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As portas estão fechadas e você está sem rumo? Medite com a oração da Pacificação de Thomas Merton

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 12 de dezembro de 2021 | 22:32



Thomas Merton (Prades, 31 de janeiro de 1915 – Bangcoc, 10 de dezembro de 1968) foi um escritor católico do século XX. Monge trapista da Abadia de Gethsemani, Kentucky, ele foi um poeta, ativista social e estudioso de religiões comparadas. Escreveu mais de setenta livros, a maioria sobre espiritualidade. Dentre as principais características de Thomas Merton pode-se citar sua defesa do pacifismo e do ecumenismo. No Brasil Thomas Merton tinha vários amigos e publicou um grande número de livros. Muitas são as pessoas, leigas ou religiosas, que consideram as leituras de seus livros marcos importantes das suas vidas espirituais. Foram lançados mais de 40 livros em português, graças ao envolvimento de intelectuais – como Alceu Amoroso Lima – e de monjas e monges beneditinos – como Dom Basílio Penido, Dom Timóteo Amoroso Anastácio, Dom Estêvão Bettencourt, e  principalmente, da irmã Maria Emmanuel de Souza e Silva. Merton se correspondeu com outros brasileiros como Alceu Amoroso Lima, Dom Hélder Câmara, abades beneditinos, religiosas e religiosos e simples leitores, ao longo de sua vida. Ele também se interessava por vários autores brasileiros - em especial pelos poetas Manuel Bandeira e Jorge de Lima. Em junho de 1938, Merton foi convidado por seu amigo Seymour Freedgood para uma reunião com Mahanambrata Brahmachari, um monge hindu radicado em Chicago, que visitava Nova Iorque. Na ocasião, Merton foi aconselhado a encontrar conexão com suas próprias raízes e tradições espirituais, e lhe foi sugerida a leitura de "Confissões" de Santo Agostinho e de "A Imitação de Cristo". Em agosto, Merton decidiu assistir a uma missa, a partir desse momento começou a ler muitos escritos católicos. Em setembro, Merton começou a ler um livro sobre a conversão de Gerard Manley Hopkins, e decidiu se tornar padre. Em 16 de novembro foi batizado e recebeu sua primeira comunhão. Em 1939, fez estudos sobre Tomás de Aquino, orientado por Daniel Walsh, e foi apresentado à Jacques Maritain em uma palestra sobre a Ação Católica. Em outubro de 1939, debateu com Daniel Walsh sobre seu projeto de se tornar um sacerdote e sobre qual congregação religiosas seria mais adequada para Merton. Nesse contexto foi considerada a possibilidade de Merton ingressar na Companhia de Jesus, tornar-se franciscano ou um monge cisterciense. Em um primeiro momento, entrou em contato com os franciscanos, mas avaliou-se que aquela não seria a escolha mais acertada. Na Semana Santa de abril de 1941, Merton participou de um retiro na Abadia de Nossa Senhora de Gethsemani, perto Bardstown (Kentucky). Em 10 de dezembro de 1941 Thomas Merton retornou à Abadia de Nossa Senhora de Gethsemani, para pedir aceitação na Ordem de Cister, onde foi aceito como postulante pelo abade, Dom Frederic Dunne. Em março de 1942, durante o primeiro domingo da quaresma, Merton foi aceito como noviço no mosteiro.

 

 

 

THOMAS MERTON E A CRISE DE FÉ

 

 



 


Depois de ter passado sua vida espiritual em busca de uma união mística com Deus, os ensinamentos de Thomas Merton de pensamento e meditação contemplativa permanecem relevantes mais de quarenta anos após sua morte. Entre os muitos assuntos abordados este autor prolífico durante sua vida, Merton dedicada uma atenção especial à crise de fé que ele sentiu e que acontecera com a geração em que ele estava vivendo.Tendo escrito abertamente sobre o período de sua vida em que ele experimentou uma distância de Deus em sua autobiografia "The Seven Storey Mountain," Thomas Merton acreditava que ele sabia muito bem o que causou este tipo de crise. Foi, de fato, própria crise de Merton de fé, que o obrigou a uma jornada fora da tradição cristã, a fim de redescobrir a união mística com Deus a qual pensou que tinha sido perdido para ele. Thomas Merton entendido que, a fim de tratar uma doença, é preciso atacar a causa raiz. Em um esforço para identificar esta causa, Merton olhou para a condição humana. Foi aqui que ele viu a doença que foi a perda da união mística com Deus manifestar-se em uma variedade de maneiras diferentes. Merton concluiu que era devido aos vários obstáculos que enfrentam a pessoa moderna que o contemplativo de sua época foi, cada vez mais, perdendo a capacidade de união com Deus.

 

 

Um dos principais culpados que desviou o crente de Deus de acordo com Thomas Merton foi a época do materialismo!

 

 

 

Merton confidencia que sentiu e resultou em uma perda de unidade com o mundo, tornando a união mística com Deus quase impossível. Para remediar esta situação, Merton sugeriu que não importa o que fé individual, uma pessoa pode ter, eles fariam bem em não fechar as suas mentes para os ensinamentos dos grandes pensadores espirituais e contemplativos, Cristãos ou não.De acordo com Thomas Merton, resolver esta crise de fé seria mais difícil do que simplesmente mergulhar no estudo religioso. Merton acreditava que ao não conseguir uma união com Deus, a humanidade era o seu próprio pior inimigo. A fim de deixar de estar em desacordo consigo mesmo, Thomas Merton acreditava que uma pessoa deve rejeitar as tentações da era tecnológica e materialista.

 


 


 


Como um mestre espiritual, Merton entendeu que era sua responsabilidade de manter a tradição contemplativa viva e orientar aqueles que tinham perdido sua espiritualidade volta a um relacionamento com Deus!

 


 

Na tentativa de alcançar este objetivo, Merton apontou que era as distrações da idade moderna que impediu os fiéis de alcançar a relação mística com Deus. Quando os seres humanos poderem acalmar o mundo externo ao seu redor, eles irão adquirir a capacidade para o pensamento contemplativo necessário, e  compreender que Deus mais que um Ser, mas uma Presença infinita e viva dentro de cada indivíduo, como já dizia Santo Agostinho em suas Confissões, que procurava fora, o que estava dentro e por isto tão tardiamente amou esta beleza tão nova e tão velha. Por meio de sua eloquente experiência, Thomas Merton foi capaz de falar com os males e problemas daqueles que estavam enfrentando crise espiritual, com uma paixão e clareza raramente visto em mestres espirituais.

 

 

 

Uma das maneiras em que Merton acreditava que as pessoas perderam a capacidade de formar uma união mística com Deus estava em ser ou transparecer serem algo diferente do que eles realmente eram!

 

 

 



Era a afirmação de Merton que dentro de cada indivíduo existiam dois seres completamente separados, um dos quais uma pessoa queria ser, mas não podia, porque não foi revelado plenamente por Deus. Portanto, era necessário encontrar e destruir esse outro falso eu que estava no centro e restaurar o relacionamento entre o crente e Deus. A fim de fazer isso, Merton salientou a importância do pensamento contemplativo, que assumiu como missão preparar aqueles que estavam dispostos para esta comunicação com Deus. Para redescobrir o verdadeiro eu, Thomas Merton insistiu que o crente deve resistir à tentação de se entregar à tentação, por mais forte que ela seja. Para Merton, a oposição que faz afastar-nos de uma união mística com Deus só podia ser combatida com a oração contemplativa, que trabalha para imergir o participante no amor que é um relacionamento com Deus. Desta forma, os crentes podem pôr fim aos obstáculos que estão impedindo-os de conhecer a Deus, abraçando o silêncio e a quietude que é propício para permitir que Deus entre em suas vidas e nos capacite a resiliência.

 

 


ORAÇÃO DE THOMAS MERTON PARA O REEQUILÍBRIO E CONFIANÇA EM DEUS:

 

 

 

"Senhor, meu Deus, não imagino sequer para onde vou, não vejo o caminho que se abre a minha frente. Não posso saber com certeza onde terminará. Tão pouco me conheço realmente a mim mesmo, e o fato de pensar que estou a cumprir a Tua vontade, não significa que estou a cumpri-la realmente. Creio, porém, que o desejo de Te agradar te agrade mesmo. Espero manter este desejo em tudo o que fizer e nunca fazer coisa alguma que se afaste deste desejo. Sei que, assim procedendo, me conduzirás pelo caminho reto, mesmo quando acontecer que o não saiba. Por isso confiarei sempre em Ti, mesmo que pareça andar perdido entre sombras de morte. Nada temerei, pois comigo estarás sempre e jamais me abandonarás diante do perigo."

 

 

 

Bibliografia:

 

 

 

-Merton Vade Mecum: A Quick-Reference Bibliographic Handbook, Patricia A. Burton. (Thomas Merton Foundation Publications), 2001.


 

-About Merton Secondary Sources 1945-2000: A Bibliographic Workbook. Compilado por Patricia A. Burton, Marquita Breit e Paul M. Pearson. (Thomas Merton Foundation Publications), 2002.

 

 

-The Thomas Merton Encyclopedia. Editada por William H. Shannon, Christine Bochen and Patrick O'Connell. (Orbis Books), 2002. Brochura.

 

 

-Mística e Compaixão: A teologia do seguimento de Jesus em Thomas Merton (Paulinas, 2008) Getulio Antonio Bertelli

 

 

-Oração pela Vida: O compromisso contemplativo de Thomas Merton (Agir, 1979) Henri J. M. Nouwen. tradução de Rene Bucks e Alzira Maria Ribeiro Araujo

 

 

-Thomas Merton – o apóstolo da compaixão (T.A. Queiroz, 1984) J.C. Ismael

 

 

-Thomas Merton - o homem que aprendeu a ser feliz (Vozes, 1997) Ir.Maria Emmanuel de Souza e Silva.

 

 

 

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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