Se a humanidade estabelece uma
política de inclusão de todos os seres humanos, todos ganham, inclusive os bilionários. Isso não é uma ideologia de
esquerda ou de direita. É apenas bom senso. No entanto, rotular uma coisa
como "de esquerda" hoje em dia é uma moda que não encontra susbtãncia
nos fatos. Com frequência, quando se
rotula de "esquerdismo" coisas como luta pelos direitos humanos, é
como se só esquerdistas fossem humanos. Ora, direitos humanos é um causa
neutra, nem de esquerda nem de direita. Quem a rotula
de esquerdismo apenas demonstra a sua ignorância sobre o que é ser de esquerda
ou até mesmo de direita.O casamento aparentemente contraditório
entre um bilionário capitalista com grupos de esquerda desperta a seguinte
pergunta: como um bilionário capitalista, especulador no mercado financeiro,
decidiu financiar grupos de esquerda? É isto que vamos explicar aqui.
Para quem não olha o
mundo apenas sob uma perspectiva, ou ponto de vista, até mesmo porque toda
moeda tem três lados e não apenas um, esse casamento entre os metacapitalistas
e as esquerdas não traz grandes surpresas, pelo contrário, é perfeitamente
compatível com os movimentos progressistas de hoje.
De
acordo com o intelectual Flávio Morgenstern, para compreender o casamento entre
George Soros e outros mega capitalistas, com grupos de esquerda, é fundamental
entender quais são os objetivos da esquerda hoje e o que é Globalismo, fenômeno
muito debatido no mundo, mas pouco discutido no Brasil.
Segundo Morgenstern, o grande objetivo da esquerda é um mundo de
paz entre as pessoas. Assim, para se alcançar a PAZ, na lógica esquerdista,
seria necessário um Estado forte, além das fronteiras
de um país, capaz de destruir todas as fontes de desigualdades na sociedade,
seja ela racial, sexual ou até de renda. Mais do que isso, se
tivéssemos um Estado com controle absoluto sobre a sociedade, acima das forças
locais de um país, não haveria motivos para as nações entrarem em guerra. E é exatamente aí que entra o Globalismo de
George Soros e outros bilionários ditos progressistas.
Teoria da conspiração?
O brilhante filósofo
inglês, Roger Scruton (ver obra Como ser um Conservador) nos diz que não. Segundo ele, a União Europeia foi criada justamente para ser
um Estado acima dos governos locais a fim de evitar mais guerras na Europa. O ponto chave é que a união entre os povos não
ocorreu de maneira espontânea, popular, de baixo para cima, mas imposta por uma
agenda globalista onde as pessoas comuns não se vêm representadas pelas novas
normas e leis impostas para a sociedade pelos burocratas de Bruxelas.
A
saída do Reino unido da União Europeia (Brexit) só mostrou este
descontentamento popular com a agenda globalista.
Se de um lado, a União
Europeia é um exemplo real que nos ajuda a entender o Globalismo; por
outro, a relação entre o financiamento dos globalistas (George Soros e outros)
com movimentos de esquerda não parece ser tão óbvia. Por que a Fundação
de George Soros financia ONGs, “coletivos” e movimentos que defendem ideologias
que hoje caracterizam a nova esquerda (new left), tais como:
Feminismo,
ideologia de gênero, black lives matter, gaysismo, abortismo, legalização das
drogas, livres fronteiras para imigração, desarmamentismo, descriminalização da
pedofilia, etc?
A razão é simples,
muitos destes movimentos de esquerda não são necessariamente contra o capitalismo
de George Soros, mas contra valores e princípios conservadores, base da
civilização ocidental, que representam obviamente uma resistência aos
anseios globalistas das famílias Soros, Rockfeller, Ford, entre outras.
Uma
hipótese plausível é que para estes metacapitalistas colarem em prática seu
projeto de governo global – novamente, tema amplamente discutido no primeiro
mundo – é necessário enfraquecer qualquer resistência a esse super governo.
Evidentemente, que todos os elementos defendidos pela direita, principalmente
pelos conservadores, são uma resistência ao poder global, tais como a família,
a religião judaico-cristã, os poderes locais, o respeito às tradições, aos costumes
e à liberdade individual. Por
exemplo:
-É muito difícil um
governo moldar um comportamento numa sociedade em que os valores são
transmitidos pela família ou pelo convívio social, e não pelo Estado.
-Na mesma linha, é
quase impossível um governo impor sua agenda diante de costumes e tradições tão
enraizadas na sociedade.
Em outras palavras, estes elementos conservadores representam uma resistência
a qualquer tentativa de CONTROLE de governos sobre a sociedade civil.
Por
isso, que é perfeitamente compreensível que George Soros, um super capitalista,
financie agendas progressistas mundo afora: os movimentos de esquerda de hoje
lutam contra princípios conservadores, que são elementos de resistência ao
projeto globalista, tendo George Soros como o ícone, mas tem outros bilionários
simpatizantes e financiadores desta ideologia.
Mais do que isso,
muitos destes movimentos progressistas não lutam pelos mais oprimidos, mas se vendem como bem-intencionados, politizando problemas
de fato reais, para imporem sua ideologia sobre a sociedade. Por exemplo:
É
evidente que existe machismo em diversas partes do mundo; o problema é
politizar o tema para impor uma ideologia e um CONTROLE sobre a sociedade,
transformando todo homem num potencial machista e toda mulher numa potencial
vítima.
Em outras palavras, por
meio de uma guerra de narrativas, exploram-se ressentimentos para imporem uma
agenda antiliberal e anticonservadora sobre a sociedade, financiada com o
dinheiro destes globalistas.
Será
que é mera coincidência que uma pessoa adepta da ideologia de gênero defenda
também o desarmamento da sociedade civil, o aborto, o poliamor, ridicularize o
cristianismo e admire bilionários globalistas?Por que
será que é tão previsível saber a opinião dos Gregórios Duviviers e dos cools
da Vila Madalena e do Leblon sobre imigração, legalização das drogas, aborto,
cotas, etc? Por que será que tantas pessoas pensam em bloco sobre todos
estes temas?...
Fonte: Portal Conservador
NA ECONOMIA E NOS GOVERNOS SEJA DE DIREITA OU ESQUERDA,“NÃO EXISTE ALMOÇO GRÁTIS”
A expressão não
existe almoço grátis, é uma das máximas das finanças e se manifesta na sua vida
de várias maneiras. A frase tem sua autoria frequente e erroneamente atribuída ao prêmio
Nobel de Economia Milton Friedman. De fato, ele
popularizou a frase, mas frisou que não a inventou. Sua origem remonta provavelmente ao século 19, nos
Estados Unidos. Diz-se que a expressão faz referência ao fato de os Saloons da
época servirem “almoço grátis”, desde que o cliente comprasse bebidas. Ou
seja, grátis não existe coisa nenhuma!
A frase acabou se tornando um dito popular quando se quer dizer que tudo
na vida tem um preço, ainda que oculto e pouco óbvio.Se você não paga, alguém
paga!
Em termos
financeiros, você pode pensar que, mesmo que algo seja de fato gratuito para
você, alguém pagará por aquilo. Um site cujo conteúdo é gratuito
provavelmente ganha dinheiro de outra forma – publicidade, por exemplo – em vez
de cobrar diretamente do usuário. Isso é o que significa a expressão
“não existe almoço grátis”. Também, existe a possibilidade de que o pagamento
não seja em dinheiro, mas na forma de outro recurso. O preço das coisas,
afinal, não precisa ser monetário.
O pagamento pode ser feito em tempo, esforço, favores, atenção ou
qualquer outro tipo de troca. Todo mundo provavelmente tem aquele parente ou
colega que de vez em quando faz um agradinho para depois pedir alguma coisa, sim,
ou não?
Você no mínimo paga a
escolha com uma renúncia.Em finanças, a frase “não existe almoço grátis”
costuma se referir especificamente ao conceito de custo de oportunidade. Esse conceito trabalha com a ideia de que, ao fazer uma
escolha, você está automaticamente renunciando a todas as outras alternativas,
e que isso por si só faz parte do custo dessa escolha.
Custo de oportunidade, portanto, é o valor daquilo de que você abre mão,
são as coisas que você perde ou deixa de ganhar ao escolher uma coisa e não
outra. Assim, mesmo quando não há dinheiro propriamente dito envolvido na sua
escolha, levá-la a cabo implica esse custo.
Por sinal, o custo de
oportunidade tem a ver tanto com as situações em que há desembolso financeiro
quanto com aquelas em que o seu pagamento é feito com outro tipo de recurso, como
o seu tempo, como já vimos acima. Você provavelmente está familiarizado com o
clichê “as melhores coisas da vida são de graça”. O amor, a contemplação da natureza, o tempo de
qualidade com a família e por aí vai. Mas, essas coisas são de graça mesmo? Pode
ser que sim. Não dá para negar que a sorte existe e que eventualmente vamos
conseguir coisas muito boas por acaso, sem qualquer esforço ou “pedágio”, seja
seu, seja de outras pessoas. Mas vamos olhar para essas situações maravilhosas
e aparentemente gratuitas mais de perto.
Passar tempo de
qualidade com a família automaticamente implica que você não poderá empregar
esse tempo para fazer outra coisa. Trabalhar, por exemplo. Ou seja, se você
quer passar tempo com a sua família, talvez tenha que abrir mão de ser um algum
hobby, ou passatempo que você gosta de
fazer sozinho(a).Esse é o seu custo de oportunidade.
E o amor? Bem, para
encontrar o amor, você precisa se colocar em situações em que possa conhecer
pretendentes, deverá ter tempo para conhecer a pessoa, e uma vez estabelecidos
o sentimento e a relação, precisará despender certos esforços para que a coisa
dê certo. Nenhum relacionamento vive só de amor. Ambas as partes terão que
ceder em certos pontos, conversar, chegar a acordos. Tudo isso dá um certo trabalho,
requer tempo e paciência, ou seja, existe sempre uma relação de custo-benefício.
O mito do Serviço Público
Gratuito: entenda porque não existe almoço grátis!
(By Jhone Carrinho - Published on 29 de setembro 2020)
A liberdade econômica é essencial para
o desenvolvimento de nossa sociedade. Sem ele, nenhum de nós será capaz de
exercer nossos direitos e, como resultado, todos nos encontraremos no domínio totalitário
da máquina estatal.
Entenda o mito do
serviço gratuito:
O Terceiro Reich, a Itália fascista, a União Soviética, a
RPDC – todos os regimes criminosos do passado foram uma consequência do
socialismo que reinou nesses países, que foi sinônimo de falta econômica de
liberdade da sociedade. E todos eles levaram à pobreza, fome,
incontáveis vítimas e completa devastação econômica de vários milhões de
dólares.
A liberdade econômica é
a pedra angular de todos os direitos individuais dentro da Coletividade
Sem ela, nem uma sociedade saudável nem uma família feliz
serão formadas – o século XX claramente provou esse fato para nós. Com base na
declaração sobre a importância da liberdade econômica, considere o fenômeno do
mito do serviço gratuito.
Vale ressaltar que foi usado ativamente
e está sendo usado pela propaganda de regimes socialistas totalitários como um
lucro fácil e uma decepção para os cidadãos economicamente semi, ou
completamente analfabetos.
A base deste mito
Então, qual é o mito dos serviços gratuitos e o que é? Por
incrível que pareça, esse fenômeno nos rodeia na vida cotidiana e
puxa suas patas com garras em nossa direção, mesmo nos continentes mais
distantes – não há como escapar dele nem nos EUA ou na Austrália.
A base desse mito é que o Estado nos
impõe seus serviços sob o disfarce de atendimento gratuito e desinteressado aos
cidadãos.
Todos nós ouvimos e continuamos a ouvir sobre medicina
gratuita, educação gratuita, transporte gratuito, e em casos especialmente
negligenciados, sobre moradia gratuita, parece soar muito atraente. Além disso,
é habitual, porque o governo muitas vezes fez promessas de vida livre e
gratuita aos cidadãos e por esse motivo, muitas testemunhas da URSS hoje
defendem ardentemente a provisão orçamentária para todos os benefícios. Qual é
o problema e por que a bela palavra “livre” é tão perigosa e enganadora?
O mito na propaganda
socialista
O primeiro e o mais óbvio – o mito sobre serviços gratuitos
e o mito de que eles não podem ser livres por
definição. Vamos dar uma olhada nos exemplos mais
marcantes da propaganda socialista:
Educação gratuita e medicina gratuita.
Ninguém duvida que os funcionários das instituições acima sejam remunerados. Além
disso, tanto a educação quanto os cuidados com a saúde precisam de instalações,
reparos e equipamentos especiais – especialmente em vista do rápido
desenvolvimento da medicina e da evolução tecnológica do processo educacional.
Como todas essas coisas são financiadas quando se trata de algo gratuito?
Primeiro ponto: quem
paga de fato?
É declarado que o estado paga por tudo.
De fato, o
estado toma parte dos ganhos dos cidadãos para pagar por todos os itens acima.
Conhecemos esse fenômeno como o imposto. Portanto, educação e medicina “gratuitas”
são pagas – e pagas pelos cidadãos do estado. Este é o primeiro ponto
que precisamos saber para não cair no truque do mito sobre a existência de
serviços gratuitos.
Segundo: o cidadão
pagando pela própria saúde e educação
O segundo não é tão explícito, existe um problema em os
cidadãos pagarem por seus próprios cuidados de saúde e educação para seus
filhos por padrão? Existe, e não um. Vamos levá-los todos em ordem.
Como cidadão e indivíduo, você tem o direito de escolher
quais serviços deseja e o que não deseja. A educação “gratuita” não dá aos
cidadãos a oportunidade de recusar o financiamento obrigatório, mesmo que não
planejam ter filhos, a quem precisam educar posteriormente.Parece, por que
pessoas sem filhos pagam as despesas de escolas e jardins de infância? No
entanto, a máquina estatal não leva em consideração essas pessoas, os cidadãos
não são solicitados – todos têm uma obrigação de pagar e, em caso de recusa,
enfrentarão sanções na forma de coerção, confisco, ou prisão (Alguns
regimes socialistas totalitários até mesmo preveem a pena de morte por se
recusarem a pagar pelos serviços que você não precisa).
A centralização dos
serviços
Faz-se necessário lembrar que com a centralização dos
serviços, você é privado da oportunidade de escolher instituições e
especialistas que fornecem os serviços necessários. Vale ressaltar a divisão
aqui:
Alguns regimes socialistas excluem
completamente as empresas privadas, outros não, mas, com isso, não o isentam de
ter que financiar serviços “gratuitos”.
-No primeiro caso, você não poderá escolher uma instituição
médica adequada com base em avaliações e não poderá enviar seu filho para uma escola
com classificações altas. A coerção estatal os torna todos iguais.
Não importa se você quer que seus
filhos estudem em um ginásio ortodoxo ou aprendem astronomia em um liceu na
Universidade Estatal – você vai aonde eles lhe dizem de cima pra baixo e
pronto! não haverá tal escolha.
-No segundo caso, você pode
escolher uma escola particular e uma clínica médica particular, mas você ainda
precisa pagar pelas instituições do estado, mesmo levando em consideração os preços dos
serviços privados – eles não foram cancelados. Assim, parte do seu salário será
destinada a especialistas competentes e tratamento indolor no hospital
escolhido, e parte do seu salário será destinada ao financiamento de um
hospital “gratuito” pior. E pagar pela educação dos filhos de outras
pessoas.
Em outras palavras: uma escola particular competirá com
outras escolas particulares. Seus proprietários estão diretamente interessados
na qualidade do ensino e na seleção de pessoal altamente qualificado. Seu lucro
depende disso: se os clientes não estiverem satisfeitos com o serviço prestado,
o dinheiro será destinado a um concorrente.Os proprietários de um hospital
particular estão diretamente interessados em garantir que sua equipe seja a
mais profissional e educada, o equipamento seja o mais recente e o tratamento
seja indolor.
A disseminação da
informação na sociedade
Muitas pessoas temem que esses estabelecimentos também
estejam interessados em enganar seus clientes por imposição de serviços
desnecessários: no entanto, na maioria das vezes esse medo não é justificado.
Obviamente, é impossível rastrear completamente a tendência da imposição de
serviços pagos, no entanto, a disseminação de informações sobre essas práticas
ameaça o proprietário com uma diminuição no número de clientes e perda de
lucro.
Mas os trabalhadores de escolas e
hospitais públicos “gratuitos” tem baixa remuneração – e, portanto, a chance de
ser transferido para uma instituição privada com um salário decente é
extremamente rentável para eles. No entanto, o trabalho nas instituições
estatais é praticamente garantido: os baixos ganhos são compensados pela
oportunidade de ocupar sua casa por muitas décadas. Seus baixos ganhos não os
motivam a se desenvolver na esfera profissional, e o comportamento agressivo não ameaça a
perda de clientes.
O monopólio do estado
Assim, o estado monopoliza os setores educacional e de
saúde. Seus lucros crescem na proporção de como se degradam. O
proprietário (neste caso, representado pelo estado) não tem motivação para
estimular o pessoal ao desenvolvimento, o pessoal também não tem motivação para
se desenvolver. Como resultado, recebemos baixos níveis de assistência médica e
baixos níveis de educação básica em todo o país. Todos sabemos as
consequências e resultados da educação brasileira na “pátria educadora” –
piores índices de educação básica no PISA .
Por fim, alguns irão dizer que a socialdemocracia Sueca, um
paraíso onde um governo benevolente deixou todos os cidadãos felizes e
prósperos, é o exemplo cabal que prova a eficácia dos serviços estatais. A
estes, recomendo uma reflexão mais profunda sobre a realidade da Suécia na
matéria logo a seguir.
Fonte:https://studentsforliberty.org/brazil/blog/o-mito-do-servico-gratuito-entenda-porque-nao-existe-almoco-gratis/
Você provavelmente já
ouviu a história do paraíso nórdico, onde um governo
benevolente torna todos felizes, saudáveis, prósperos e sábios.
O país das maravilhas sem preocupações
que desafia a teoria econômica e refuta qualquer objeção às grandes políticas
do governo - onde saúde e faculdade são "gratuitas", todos pagam sua
"parte justa" e há um programa governamental para atender a todas as
suas necessidades.
A história da Suécia tornou-se a panaceia liberal para
todos os desafios às políticas socialistas e governamentais de grande porte. Se você chamar a atenção para os fracassos das políticas socialistas
na Venezuela, Grécia ou essencialmente em qualquer lugar onde elas tenham sido
tentadas, a resposta inevitável é que não queremos dizer “socialismo” ruim como
a Venezuela, queremos dizer “socialismo” bom como a Suécia. Se você questionar a praticidade ou o impacto econômico
dos planos de saúde de pagador único, mensalidades universitárias
"gratuitas", altos impostos, um estado de bem-estar social expansivo,
regulamentação governamental ou um ano de licença familiar remunerada, você
ouvirá que funciona na Suécia, então por que não aqui. Até mesmo nosso artigo recente em
oposição ao salário mínimo de US $ 15 foi recebido com uma repetição de
comentários do Facebook dizendo como o salário mínimo ainda mais alto da Suécia
não causou nenhum dos danos que afirmamos que surgirão aqui. Dado que a
Suécia não tem um salário mínimo (muito menos um salário mínimo superior a US $
15 por hora), podemos apenas concluir que esses inúmeros comentaristas
simplesmente presumiram que a Suécia deve provar seu ponto - porque
a Suécia é a resposta para todos os desafios ao grande governo.No
entanto, quando Bernie Sanders diz que devemos olhar para a Suécia para ver os
resultados das políticas "socialistas democráticas", ele não gostará do que descobrir - a versão liberal do conto de fadas
é que a Suécia está longe da realidade de um país que ficou rico pela liberdade
mercados, bloqueados pelo “socialismo”, e então revividos novamente por
reformas de livre mercado. As políticas de Sanders foram testadas na Suécia - e falharam.
A era do “socialismo” sueco foi marcada
pela estagnação econômica, crescimento zero do emprego, queda dos salários,
aumento da dívida e, por fim, uma depressão econômica. Basicamente, apenas o
que você esperaria. Foi somente depois de um corte drástico nos gastos do
governo, reformas de mercado livre e venda de ativos pelo governo que a Suécia
finalmente voltou ao crescimento econômico. Novamente, exatamente como você
esperaria.
A Suécia não é a história notável de como um país fez o
“socialismo” funcionar. É apenas mais um exemplo do fracasso das políticas
socialistas e do poder da liberdade econômica.
Como a liberdade e os
mercados livres tornaram a Suécia rica
Em meados de 1800, a Suécia era um dos países mais pobres
da Europa. Enquanto muitos de seus vizinhos europeus estavam experimentando os
benefícios econômicos da Revolução Industrial, a economia sueca foi sufocada por
um governo aristocrático corrupto, altos impostos, sistemas de guildas
restritivos, licenciamento ocupacional e severas restrições ao comércio.
As condições econômicas resultantes foram tão
ruins que mais de 1,3 milhão dos 3,5 milhões de habitantes da Suécia imigraram
para os Estados Unidos em meados de 1800, principalmente pela promessa de terras agrícolas de baixo
custo no Upper Midwest (dificilmente uma vida de riquezas e lazer).Então, entre
1840 e 1865, houve uma revolução libertária (então chamada de liberal): os
impostos foram cortados; os sistemas de guildas foram abolidos; as
regulamentações econômicas foram suspensas; bancos e taxas de juros foram
desregulamentados; liberdade de imprensa e religião foram ampliadas; as
proibições de comércio foram abolidas; e as tarifas de importação foram
eliminadas em grande parte. A Suécia se tornou um dos
países mais livres do mundo. E, isso o tornou um dos mais prósperos. Os mercados livres desencadearam a ética de trabalho e a
engenhosidade do povo sueco. De 1890 a 1950, o crescimento econômico da Suécia
foi o mais rápido do mundo. Empresas
icônicas como Ericsson, Volvo, IKEA, SKF, Tetra Pak, H&M e Electrolux foram
formadas por inventores e empresários suecos. Entre 1850 e 1950, verdadeiro
sueco per capita renda aumento de oito
vezes, até mesmo como sua população dobrou. A mortalidade infantil caiu de 15% para 2% e a expectativa de vida
aumentou 28 anos.
Em 1950, a Suécia passou de um dos
países mais pobres do mundo para o 7º mais rico. E em 1960, a expectativa de
vida média na Suécia era de 73,1 anos, 2,2 anos a mais do que nos Estados
Unidos.
Este período de crescimento excepcional também foi uma
época de governo limitado. No auge de seu crescimento, por volta de 1900, os
gastos do governo representavam apenas 6% do PIB. Os gastos do governo
permaneceram abaixo da maioria das outras nações desenvolvidas, incluindo os
Estados Unidos, até que começaram a aumentar no final dos anos 1950 e 1960.
Em outras palavras, a riqueza da Suécia
não foi criada pelo governo. Não foram as políticas socialistas de “terceira
via” das décadas de 1970 e 1980 que tornaram os suecos saudáveis e prósperos. A
Suécia deve seu sucesso a mais de 100 anos de mercados livres e liberdade
econômica.
O fracasso da
experiência socialista da Suécia
Começando na década de 1950, as
políticas do governo da Suécia começaram a se deslocar para a esquerda,
eventualmente movendo-se bruscamente para a esquerda no final dos anos 1960 e
início dos anos 1970.
A carga tributária da Suécia, que ainda era inferior a 30%
do PIB em 1960, cresceu para bem mais de 50% do PIB de meados da década de 1970
até o início da década de 1990.
Ao mesmo tempo, em apenas 20 anos entre
1960 e 1980, o gasto público quase dobrou
de 31% do PIB para 60% do PIB, atingindo um pico de mais de 65% do PIB
no início dos anos 1990.
Os benefícios sociais foram expandidos, os mercados de
trabalho foram rigidamente regulamentados e, em alguns casos, as taxas
marginais de imposto ultrapassaram os 100%. Os resultados eram previsíveis. Gastos do governo e impostos onerosos expulsaram a indústria privada e
sufocaram a inovação. Os empresários mais ricos e
bem-sucedidos da Suécia - incluindo os
fundadores da IKEA, Tetra Pak e H&M - foram expulsos do país. A formação de empresas essencialmente parou. No ano de
2004, apenas duas das 100 maiores
empresas da Suécia haviam sido fundadas depois de 1970.
A Suécia caiu do 4º país mais rico do
mundo em 1975 para o 14º em 1993. Passou de 20% mais rico do que o país médio
da OCDE para ser 10% mais pobre.
A falta de formação de novas empresas também significou
menos empregos. Embora a população da Suécia tenha crescido quase 2 milhões entre 1950
e 1993, ela perdeu quase 500.000 empregos no setor privado. Não é de
surpreender que, até as reformas do mercado livre no início da década de 1990,
fossem os trabalhadores de baixa renda que sofriam mais.
Mesmo nas medidas básicas de saúde, a
Suécia ficou para trás. A vantagem de 2,2 anos na expectativa de vida que a
Suécia tinha sobre os Estados Unidos em 1960 diminuiu para apenas 1,6 anos em
2005. Obviamente, não foi o "socialismo" ou a saúde universal que
tornou os suecos saudáveis - se é que os tornou menos saudáveis em relação aos
resto do mundo.
No início da década de 1990, duas décadas de “socialismo”
transformaram a Suécia de uma das economias mais fortes do mundo em um país em
declínio e caminhando para uma depressão.Enquanto as reformas de livre mercado
trouxeram a Suécia de volta do limite (ou seja, os suecos reconheceram que o
“socialismo” estava falhando e se reformaram antes que a situação se tornasse
tão ruim quanto na Grécia e Venezuela), a experiência sueca com
“socialismo” terá efeitos duradouros. Se a Suécia, cujo crescimento econômico
superou todas as outras nações da OCDE nos 100 anos anteriores a 1970, tivesse
crescido meramente na média da OCDE de 1970 a 2002, a economia teria sido muito
maior que seria o equivalentede $ 32.400 por família por ano. A Suécia ainda é
uma nação relativamente rica - mas teria sido muito mais rica sem sua incursão
no "socialismo".
Reformas de mercado
livre da Suécia
Uma depressão econômica no início da
década de 1990 trouxe uma onda de reformas econômicas de mercado livre. Os
impostos e os gastos do governo foram cortados drasticamente. Os programas de
bem-estar foram revertidos. O sistema previdenciário foi parcialmente
privatizado e alterado
de um programa de benefícios definidos (como temos nos Estados Unidos) para um
programa de contribuições definidas.
-Um sistema de vales escolares universais foi implementado
para fornecer aos alunos e pais a opção de gastar seus dólares de educação em
qualquer escola pública ou privada de sua escolha.
-As empresas foram reprivatizadas.
-Regulamentações onerosas foram simplificadas. E um imposto
sobre transações financeiras - o mesmo imposto que Bernie quer impor a “Wall
Street” - foi eliminado depois de ter reduzido tanto os volumes de negociação
que a redução na receita do imposto sobre ganhos de capital mais do que
compensou a receita do imposto sobre transações.
Mais uma vez, os resultados foram
impressionantes, mas não surpreendentes: à medida que os gastos do governo
caíram, o crescimento econômico voltou.
O emprego no setor privado e os salários reais - que
haviam permanecido estáveis durante os 20 anos de “socialismo” - aumentaram
significativamente. Com uma economia reanimada e gastos do governo
reduzidos, a dívida do governo da Suécia começou a recuar.
Em muitos aspectos, a economia da
Suécia hoje é mais livre do que a dos Estados Unidos. De acordo com a Heritage
Foundation, a Suécia supera os Estados Unidos em quase todas as medidas de
liberdade econômica, exceto gastos do governo e política fiscal. A Suécia é considerada um dos países mais
fáceis do mundo para fazer negócios.
E a Suécia tem algumas das políticas de comércio mais
pró-livre do mundo. A Suécia percorreu um longo caminho desde a era
“socialista” que Bernie e sua espécie parecem imaginar que ainda perdure.
Problemas ainda permanecem
devido a altos impostos e gastos do governo
O potencial da Suécia ainda é limitado por impostos e
gastos do governo relativamente altos, junto com o oneroso mercado de trabalho
e regulamentações habitacionais. Embora a Suécia seja um lugar fácil para
iniciar e expandir um negócio (com uma alíquota de imposto corporativo de
apenas 22% em comparação com 35% nos Estados Unidos), empresas de
sucesso como o Spotify ameaçaram deixar
a Suécia devido a altos impostos pessoais e altos custos no mercados
imobiliários rigidamente regulamentados dificultam a atração de talentos.Os altos impostos também dificultam o acúmulo de riqueza pessoal. Embora Bernie e outros liberais afirmem que
pagarão por seus programas sociais tributando os “ricos” - a matemática
simplesmente não bate.
Em países como a Suécia, que oferecem
amplos benefícios do governo, esses benefícios são pagos por impostos sobre a
classe média (ou seja, não há faculdade
"gratuita" ou saúde "gratuita", esses serviços são
simplesmente pagos indiretamente por meio de impostos em vez de diretamente pelos
Comercial).
Ao contabilizar um imposto de valor agregado de 25%, o
trabalhador sueco médio que ganha cerca de US $ 45.000 por ano pagará cerca de
70% de sua renda em impostos. Com custos médios de habitação variando
entre20-30% da renda e um custo de vida geralmente alto na Suécia, um
trabalhador médio tem pouco sobrando para gastos ou economias discricionárias.
O resultado é que, embora a Suécia
tenha mais igualdade de renda do que os Estados Unidos, a desigualdade de
riqueza da Suécia é uma das mais altas do mundo. Estima-se que o 1% do topo na
Suécia possua até 40% da riqueza, em
comparação com cerca de 35% nos Estados Unidos. Os 10% mais ricos detêm 69% da riqueza. E, devido à dificuldade de
acumulação de riqueza, estima-se que 2/3 da riqueza seja herdada na Suécia, em comparação com apenas 1/3 nos
Estados Unidos.
Essa baixa mobilidade intergeracional
significa que grande parte da riqueza sueca é controlada por famílias
aristocráticas de várias gerações e pela ex-nobreza sueca. Estima-se que apenas
uma família - a família Wallenberg - pode possuir até 40%do mercado de ações da Suécia.
A Suécia não é um exemplo de igualdade - os impostos
confiscatórios da Suécia significam que a natalidade é mais importante do que o
mérito, e é muito difícil para os suecos de renda média
ou alta acumularem riqueza e irem além da dependência do governo. Impostos altos e um estado de bem-estar social expansivo
não tornaram a Suécia mais igualitária, apenas tornaram a vasta maioria da população
dependente do governo.
As extensas regulamentações
trabalhistas da Suécia (destinadas a “proteger” os trabalhadores) também tornam
difícil para os trabalhadores jovens e com baixa qualificação encontrar o
emprego necessário para desenvolver habilidades e ganhar experiência.
Por exemplo, a taxa de desemprego juvenil da Suécia é de
19,3% (em comparação com 10,8% nos Estados Unidos). No entanto, esse problema é
mais evidente entre a população imigrante da Suécia. Quase 22% dos cidadãos suecos nascidos no exterior
estão desempregados (em comparação com apenas
4,9% nos Estados Unidos), e a Suécia tem uma das maiores lacunasentre os
nascidos no estrangeiro e o desemprego dos nativos no mundo. A
situação é ainda pior para os refugiados, que tendem a ser menos qualificados e
educados do que a população imigrante em geral: depois de 15 anos no país, apenas 34% dos refugiados têm emprego em
tempo integral. O
resultado são comunidades
imigrantes grandes e pobres, dependentes (e pesadamente onerosos) de programas
de bem-estar do governo. Além disso,
a grande dificuldade da Suécia em assimilar imigrantes em seu sistema dá
suporte ao argumento de que seu modelo de bem-estar funciona melhor em um país
pequeno e homogêneo, mas representaria problemas em um país com mais
diversidade como os Estados Unidos.
Os muito elogiados benefícios do governo da Suécia também
deixam muito a desejar. Enquanto Bernie Sanders exalta como a Suécia oferece
faculdade “gratuita”, o estudante sueco médio
ainda deixa a faculdade com US $ 19.000 em dívidas de empréstimo estudantil, em
comparação com US $ 24.000 modestamente mais altos nos Estados Unidos. No entanto, como a renda sueca é mais baixa,
o graduado sueco médio tem uma relação dívida / renda de cerca de 80%- o mais
alto do mundo - em comparação com cerca de 60% nos Estados Unidos. A razão provável é que os estudantes na Suécia podem
contrair empréstimos do governo para pagar suas despesas de subsistência,
enquanto os estudantes nos Estados Unidos têm mais probabilidade de trabalhar
sua maneira de trabalhar na faculdade.
O resultado final é que os alunos
suecos deixam sua faculdade “gratuita” com dívidas ainda piores do que as de
seus colegas americanos, e então pagam uma vida inteira de altos impostos pela
faculdade “gratuita” de todos os outros (qualquer semelhança com O Brasil não é
mera coincidência).
Os problemas também são
evidentes no sistema de saúde administrado pelo governo da Suécia (ou, digamos,
“racionado”)
Como seria de se esperar de um sistema que oferece
atendimento virtualmente “gratuito” enquanto tenta conter os custos, a oferta é
insuficiente para atender à demanda, resultando na Suécia com alguns dos piores
tempos de espera da Europa. Os pacientes costumam
esperar meses por consultas com um
especialista ou cirurgias necessárias.
Por exemplo, o tempo médio de espera
para a cirurgia da artéria coronária foi de
55 dias , enquanto um paciente nos EUA provavelmente receberia a
cirurgia imediatamente. E, o tempo de espera para ver um psiquiatra infantil é
de 18 meses. A maioria dos americanos não aceitaria esse tipo de racionamento
para cirurgias cardíacas que salvam vidas ou se seus filhos precisassem de
cuidados psiquiátricos. Nem os suecos que podem pagar uma opção melhor - mais
de 10% dos suecos agora compram seguro
privado para evitar as “linhas” do governo para cuidados.
A Suécia é uma nação rica com um alto
padrão de vida - mas as
evidências mostram que isso ocorre apesar do governo, não por causa dele.
E, na medida em que devemos olhar para a Suécia, é para ver
os benefícios alcançados pelas reformas de mercado livre - incluindo reforma
previdenciária / previdenciária, vales-escola, livre comércio e reforma
regulatória - que os liberais agora rejeitam.
A Suécia não é um paraíso
"socialista" que desafia a economia - é um país que descartou muitas
das mesmas políticas socialistas fracassadas que Bernie e seus seguidores
querem impor aos EUA, que abraçou a liberdade econômica na maioria dos domínios
não fiscais, e ainda continua a ser sobrecarregado por altos impostos e gastos
do governo.
Não vamos repetir os mesmos erros que a Suécia cometeu.
Vamos abraçar a liberdade econômica que enriqueceu a Suécia e rejeitar o
“socialismo” que a tornou mais pobre.
Fonte: http://www.libertyandcommonsense.com/?p=429
Por que, afinal, os bilionários financiam agora a
esquerda?
*(Por Flavio Gordon)
Ontem, num grupo de
WhatsApp, conversava com alguns velhos amigos dos tempos de escola, quase todos
empresários liberais, sobre o seguinte dilema:
Como é possível que um empresário
bem-sucedido como Jorge Paulo Lemann – “forjado no mais puro capitalismo”, como
resumiu um desses meus amigos – financie, por exemplo, uma revista de educação
como a Nova Escola, talvez a publicação mais influente da área, cujo conteúdo é
radicalmente de esquerda e anticapitalista, e para a qual o marxista Paulo
Freire é “o maior educador brasileiro”?Por
qual motivo um sujeito que fez fortuna no capitalismo – e que, portanto, pode
ser considerado um representante desse sistema – fomenta a divulgação de ideias
socialistas dentro das escolas?
É claro que o dilema só pode existir se forem conhecidos os
dois fatos concretos que o perfazem:
Que
Lemann é um empresário capitalista de destaque e que, ao mesmo tempo, promove
institucionalmente uma educação com forte viés marxista e neomarxista.
Meus amigos conheciam
bem o primeiro deles. Daí que, sendo liberais, admirassem Lemann e vissem nele
um emblema da economia de mercado.
Mas
ignoravam totalmente o segundo. Não tinham ideia de que a Fundação Lemann
abrigasse a Nova Escola, e menos ainda da importância dessa revista (que, desde
que fundada por outro empresário capitalista, Victor Civita, promove toda sorte
de pautas “progressistas” nas salas de aula, do feminismo radical ao
antiamericanismo terceiro-mundista) para os ideólogos esquerdistas da educação.
Eis por que não
consigam sequer conceber, e tendam a ridicularizar como fantasioso, esse
aparente paradoxo, o de um notório capitalista fomentando uma cultura política
socialista.É difícil entender por que os donos das maiores fortunas do mundo, e
especialmente os que possuem grandes fundações em seu nome, empregam o seu
vultoso capital no fomento de agendas de esquerda, frequentemente radicaisMutatis
mutandis, essa incapacidade de compreensão é estruturalmente similar ao daquela
conhecida jornalista segundo a qual não há esquerda nos EUA, porque, afinal de
contas, o país é “a meca do capitalismo”. Naturalmente, assim como eu, meus
amigos riem de tal opinião, não percebendo que o seu espanto diante da mera possibilidade
de um grande capitalista ajudar a difundir ideias de extrema-esquerda é apenas
uma versão mais sutil daquela peça de humor involuntário.Mas se, no caso da
jornalista, a incompreensão talvez decorra de certa indigência intelectual,
posso garantir que esses meus amigos são pessoas inteligentes. Não, o problema
aqui não é de inteligência, mas de hábito.
VICIO DE RACIOCÍNIO
Reside num vício de
raciocínio, adquirido em nosso ensino fundamental, que consiste em analisar a
realidade política com base em definições meramente enciclopédicas, resultando
em silogismos factualmente absurdos como este: se
socialismo é sinônimo de esquerda, logo capitalismo só pode sê-lo de direita;
e, portanto, um empresário capitalista jamais seria um aliado objetivo de
radicais de esquerda.Curiosamente, aquele vício de raciocínio é,
ele próprio, contaminado com elementos de marxismo, a começar pela teoria da
determinação material da consciência. Assim, as ideias de uma pessoa seriam
determinadas por sua posição respectiva na sociedade de classes. Um empresário
capitalista – ou burguês, na terminologia clássica – esposaria necessariamente
ideias e valores capitalistas. Um proletário, por sua vez, defenderia
necessariamente ideias e valores socialistas. Tudo isso consagra no
imaginário nacional um clichê tão ridículo e desmentido pelos fatos quanto
difícil de erradicar, mesmo em inteligências acima da média.
O VELHO CLICHÊ
A sugestão de que
empregadores são (ou deveriam ser) sempre de direita; empregados, sempre de
esquerda. Ou, em versão ainda mais burlesca, de que ricos
são de direita; pobres, de esquerda. Os
primeiros, para manter o status quo e garantir seus privilégios; os segundos,
para revolucionar a estrutura social e melhorar sua condição de vida.
Ora,
a realidade mostra precisamente o contrário. Basta observar que, hoje, os donos
das maiores fortunas do mundo, e especialmente os que possuem grandes fundações
em seu nome, empregam o seu vultoso capital no fomento de agendas de esquerda
(eufemisticamente chamadas de “progressistas”),
frequentemente radicais. O exemplo mais patente talvez seja o de George
Soros, um dos principais financiadores de movimentos extremistas como Occupy
Wall Street, Black Lives Matter e Antifa.
Não é preciso fazer grandes
especulações sobre a razão disso para constatar o fato de que as coisas são
realmente assim. Essa hipótese é reforçada, por exemplo, pela confissão do
próprio George Soros, que, em artigo significativamente intitulado “A Ameaça
Capitalista”, publicado na The Atlantic em fevereiro de 1997, escreve com todas
as letras, e sem um pingo de vergonha:
“Embora
eu tenha feito fortuna no mercado financeiro, hoje temo
que o fortalecimento irrestrito do capitalismo laissez-faire e a difusão dos
valores do mercado para todas as esferas da vida estejam ameaçando a nossa
sociedade aberta e democrática. O principal inimigo da sociedade aberta,
creio, já não é a ameaça comunista, mas a capitalista”.
Logo, ao ser perguntado
por um daqueles amigos sobre qual seria a minha hipótese para explicar o dilema
com o qual abri este artigo, respondi não ter uma plenamente elaborada,
limitando-me a constatar a existência objetiva dos fatos aparentemente
paradoxais.Uma explicação possível, todavia, é a de que:
Contrariando
o axioma materialista, os grandes empresários capitalistas, detentores do poder
econômico, já não tenham uma mentalidade burguesa-capitalista, mas, ao
contrário, aristocrática e dinástica, desejando proteger-se das flutuações do
mercado por meio da associação com o poder político-militar, ou estatal.
Nesse sentido, conquanto
tenham enriquecido na economia de mercado, já não a considerariam propícia aos
seus interesses, vendo na ordem capitalista antes um perigo que uma
oportunidade. Cansado de aventuras e riscos, o antigo empreendedor
torna-se, então, um novo aristocrata, querendo agora a proteção do estado.
Fonte: Gazeta do Povo, por Flávio Gordon – Doutor em Antropologia
pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ)
e autor do best-seller A Corrupção da Inteligência: intelectuais e poder no
Brasil (Record, 2017).
Proeminente socialista Bernie Sanders tenta justificar sua
riqueza - e acaba fazendo um tributo ao capitalismo!
“Virei
milionário pelo meu próprio esforço. Qualquer um também pode!”
Bernie Sanders pertence
à ala da extrema-esquerda do Partido Democrata. Ele quase foi o candidato à
presidência dos EUA pelo partido, em 2016, mas perdeu a nominação para Hillary
Clinton.No entanto, sua base de apoio é extremamente fervorosa, e é formada
majoritariamente por adolescentes e jovens millennials, todos defensores
abertos do socialismo.Mais do que isso: o próprio Sanders é um
auto-declarado socialista, e um contumaz defensor do regime
venezuelano, o qual ele diz que deveria ser imitado pelos EUA.Ainda
mais famoso que sua defesa do socialismo é o seu desdém pelos ricos (sendo que
ele próprio possui três mansões), os quais, segundo Sanders, são a fonte de
todos os problemas dos EUA, bem como os causadores do aquecimento global.
Sanders, que quis ser o
candidato democrata às eleições presidenciais americanas de 2020, tornou
públicas suas declarações de imposto de renda.
E,
para a surpresa de ninguém, o socialista que odeia os ricos é ele próprio um
milionário.
Graças aos royalties
das vendas de um livro que escreveu, Sanders está hoje, como a disse a CNN,
"na categoria dos super-ricos". Ou, como alguns diriam, ele é parte
do 1%.
Após
toda uma vida política denunciando "milionários e bilionários" como a
causa de tudo o que há de ruim nos EUA, esta revelação foi um tanto embaraçosa
para Sanders.
Contradição constrangedora
Alguns críticos de Sanders afirmaram que isso faz dele um hipócrita. Eis um homem que vitupera milionários, mas ele próprio é um."Hipócrita", no entanto, não necessariamente seria o termo certo, desde que Sanders pague as alíquotas de impostos que ele diz que os milionários deveriam pagar, sua renda, por si só, não faz dele um hipócrita.
No
entanto, até o momento, isso não ocorreu. Como mostra sua declaração de IR, ele
e sua mulher pagaram uma alíquota de 26%, bem abaixo do valor de 52% que ele
defende que os ricos devem pagar — e que, dependendo do humor dele, pode chegar
a 77%.
Para compensar essa
"magra" tributação, o casal doou US$ 19.000 para instituições de
caridade, o que equivale a apenas 3,4% de sua renda mensal. Vale lembrar
que nada proíbe Sanders de doar voluntariamente seu dinheiro ao governo
federal.
Qualquer
americano pode fazer doações para o governo, como o website do Tesouro
claramente instrui (até o momento, o Tesouro já recebeu US$ 3,7 milhões em
doações).
O fato de Sanders não ter feito isso mostra que, na
prática, ele quer que apenas "os outros" sejam confiscados, e não
ele.
Ainda sobre
"hipocrisia", é fato que Sanders também pode escapar da pecha de
hipócrita dizendo que, quando denuncia milionários, ele não se refere a todos
eles, mas apenas a, digamos, 90% deles. E então ele pode se autoincluir entre
os 10% do bem.Não obstante, Sanders não parece estar muito confortável com seu
status de rico. Ao ser confrontado por estar entre aqueles que ele sempre
vituperou, Sanders foi para a defensiva:
"Eu
escrevi um livro que se tornou um best-seller", declarou. "Se você
escrever um best-seller, você também pode se tornar um milionário."Tradução:
"Ganhei meu dinheiro de maneira justa e honesta; portanto, pare de me
importunar!".
E é exatamente neste
ponto que começamos a ver Bernie Sanders contradizer suas próprias afirmações
sobre milionários, riqueza e capitalismo. Para uma pessoa normal, a
defesa feita por Sanders de suas riquezas não seria problema nenhum. Não há
dúvidas de que muitas pessoas ricas, ao serem perguntadas sobre como ganharam
seu dinheiro, responderiam: "Trabalhei para isso. Mereço."No
entanto, quando é o socialista Bernie Sanders quem diz isso, a coisa se torna
mais espantosa.
Afinal,
um dos principais mitos difundidos por Sanders e por toda a ala socialista da
esquerda é que as pessoas que enriquecem fazem isso explorando os pobres. Assim
como ocorre com os marxistas ortodoxos, há uma crença ampla e muito difundida
entre a esquerda de que a riqueza só pode ser obtida por meio da exploração dos
trabalhadores.
Ademais, essas pessoas
acreditam que as economias de mercado sistematicamente favorecem os ricos ao
mesmo tempo em que proíbem o sucesso econômico daqueles que não nasceram ricos.
Segundo esta narrativa, aqueles que porventura são ricos, mas que não
exploraram os trabalhadores diretamente, provavelmente herdaram seu dinheiro de
outras pessoas que inegavelmente exploraram trabalhadores.
Entretanto, ao ouvirmos
Bernie Sanders explicando sua riqueza, é perceptível que ele próprio acredita
que:
A
riqueza pode ser obtida por meio do trabalho duro e honesto: "Eu escrevi
um livro que se tornou um best-seller. Se você escrever um best-seller, você
também pode se tornar um milionário."Tradução: "Você pode ganhar
muito dinheiro se você for bom no que faz. É realmente simples assim!".
Isso inegavelmente se
parece muito com o argumento do "enriquecer por meio de seus próprios
esforços", o qual a esquerda tão veementemente rejeita. E
é um tanto bizarro ouvi-lo de um autodeclarado socialista. Mas, realmente, não
deveria ser surpresa nenhuma o fato de que, ao ser questionado sobre suas
riquezas, Sanders tenha recorrido a um clichê capitalista.
Ele
obviamente fez isso porque o argumento faz sentido para qualquer pessoa
racional. Dado que Sanders tinha de argumentar que sua riqueza foi obtida
moralmente, ele recorreu ao argumento mais lugar-comum possível: ele enriqueceu
porque fez por merecer.
Supondo que estamos
falando apenas da renda que ele obteve com as vendas de seu livro, ele está
certo. Ninguém foi obrigado a comprar seus livros. Ele
ganhou dinheiro porque as pessoas voluntariamente entregaram seu dinheiro em
troca do livro. Por esta medida,
Sanders de fato "mereceu" seu dinheiro.Porém, as observações de
Sanders sobre as origens de sua riqueza não terminam aí. Há várias constatações
interessantes:
1)-Para começar, ao
enfatizar que seu livro foi um "best-seller", ele está admitindo que
toda a logística envolvendo a distribuição e entrega do produto para um grande
número de pessoas foi um fator crucial para que ele pudesse enriquecer.
2)-Sendo assim, por
definição, Sanders aparentemente acredita que é possível
produzir um bem ou serviço sem explorar trabalhadores. Afinal, seus livros não simplesmente apareceram
magicamente no mundo. Seres humanos trabalharam para editar e imprimir os
livros, organizá-los, montá-los e distribuí-los por todas as livrarias do país.
Sanders ganhou dinheiro utilizando a mão-de-obra destas pessoas.Com efeito, ele
ganhou muito mais dinheiro do que todos os caminhoneiros que distribuíram seus
livros para as livrarias de todo o país. Ele ganhou muito mais dinheiro que
todos os trabalhadores que aturam na montagem dos livros.
Será
que Sanders acredita que ele explorou esses trabalhadores? Aparentemente não.
Sanders justifica sua riqueza como consequência de ter escrito um livro que as
pessoas voluntariamente compraram. Ele não menciona absolutamente nada a
respeito de todos os trabalhadores envolvidos no processo de produção que
fizeram com que seu livro chegasse aos leitores.
3)-Ademais, ao admitir
que a enorme venda dos livros foi o que o tornou um milionário, ele está confessando que o ato de entregar um bem ou serviço
desejado pelos consumidores é essencial para permitir o enriquecimento. Em outras palavras, tivesse ele apenas escrito um
livro, ele não teria virado milionário. Porém, dado que ele escreveu um livro
que virou best-seller — isto é, que agradou os consumidores —, isso trouxe a
ele muito dinheiro.
4)-Logo, dado que o
segredo — como admite o próprio Sanders — para enriquecer é vender algo que as
pessoas querem, isso não significaria que, em uma economia de mercado, os
milionários e bilionários são aqueles que estão fornecendo um benefício para a
sociedade?
5)-Sanders está
reconhecendo que o tamanho da riqueza está ligado a quantos consumidores um
empreendedor atende no mercado. Sanders aparentemente acredita que pelo menos
um milionário — ele próprio — enriqueceu porque forneceu às pessoas o que elas
queriam. E, se este é o caso, qual é o sentido de dizer que os ricos não estão
pagando a "quantidade justa" de impostos?
6)-E dá para ir ainda mais fundo:No que tange à questão
da desigualdade de renda, Sanders deixa claro que entende sua causa. E se nem todos tiverem a capacidade e o talento para escrever
um best-seller? Isso não significaria
que algumas pessoas terão milhões de dólares ao passo que outras terão muito
menos? Isso não criaria uma desigualdade?
A resposta, obviamente, é o inequívoco
SIM !
7)-Vale enfatizar:
estima-se que 73% da população adulta dos EUA tenha um computador. Isso equivale
a 187,4 milhões de pessoas. Quantas delas são capazes de produzir um
best-seller? Muito poucas. Já Sanders, utilizando um laptop que custa
apenas algumas centenas de dólares, produziu um livro que lhe trouxe uma renda
de US$ 795.000. Utilizar um insumo que vale poucas centenas de dólares
e criar um produto que gera US$ 795.000 é a essência do capitalismo
empreendedor.
8)-Logo, podemos
constatar — pelo próprio sucesso de Sanders ao vender livros — que a desigualdade não é necessariamente resultado de ricos explorando
pobres. Ela pode simplesmente ser
o resultado de algumas pessoas venderem mais livros que outras.
Conclusão
Nesta sua curta
entrevista, aprendemos algumas coisas com Sanders:
1. Ele acredita que fornecer um produto (ou serviço) que seja demandado
justifica a alta renda obtida por aqueles que o produzem.
2. Há um elo entre a renda obtida e o número total de pessoas
servidas.
3. Se você fizer o
mesmo — isto é, atender demandas de um grande número de
pessoas — poderá virar um milionário também.
4. Esses três fatores geram uma desigualdade natural entre as
pessoas.
Sem exageros, eis aí um
pequeno manifesto capitalista de Sanders. Infelizmente, é improvável que ele utilize
estas recém-descobertas revelações e as coloque em
prática em termos de políticas públicas. Ele certamente
continuará fazendo discursos socialistas e anti-capitalistas. E por que não
deveria? Foi isso o que o tornou um milionário.
*Sobre o autor: Ryan
McMaken:
É editor do Mises Institute americano.
Bernie Sanders, George Soros, Jorge Paulo
Lemann,Odebrechts, Eikes e Joesleys: como surgem os bilionários do capitalismo
de estado no Brasil e mundo afora?
Para ser classificada como capitalista, uma sociedade deve estar organizada de tal modo que sua produção seja empreendida a partir da propriedade privada dos meios de produção (capital, terra), que a maioria dos trabalhadores seja assalariada (sem estar atrelada legalmente à terra ou trabalhar como autônoma, usando seu próprio capital) e que a maior parte das decisões referentes à produção e à fixação de preços seja tomada de modo descentralizado (ou seja, sem que alguém as imponha às empresas).O Cristianismo, para eles, não possui qualquer relevância na sociedade, enquanto que pautas como aborto, drogas e ideologia de gênero serão sempre fomentadas. É o dinheiro como instrumento de desordem social.
O empreendedor é uma
figura central na linha de pensamento liberal e visto como a força motriz do
livre mercado!
O
ato de empreendedorismo consiste em arriscar o seu capital monetário em um
ambiente de incertezas em busca de oportunidades de lucros futuros.
Em um modelo de livre
concorrência, um empreendimento continuaria prosperando na medida em que continuasse
atendendo as demandas da sociedade e a tornando mais rica.De acordo com
um estudo acadêmico de 2013, 58% dos bilionários
do mundo obtiveram sua riqueza por meio do empreendedorismo. Dentro da lista dos bilionários que não são
empreendedores puros, muitos o são por causa da herança legada por seus pais
empreendedores ou porque se tornaram CEOs (diretor executivo) de
empresas de grandes empreendedores.Isso significa que os liberais
deveriam abraçar os empresários presentes na lista da Forbes como heróis da
livre iniciativa dignos dos vales das ficções de Ayn Rand? De maneira alguma.
Como lembra este outro estudo acadêmico, existem diferentes
categorias de empreendedorismo: o produtivo e o improdutivo:
1)-O empreendedorismo
produtivo seria aquele que
melhora o valor social dos recursos por meio da inovação, criando riqueza e
prosperidade.
2)-Já o
empreendedorismo improdutivo seria aquele que desperdiça recursos
por meio do rent seeking, diminuindo a criação de riqueza e gerando
pobreza.
O
rent seeking seria a captura das instituições regulatórias, de políticos e de
burocratas com objetivo de obter privilégios em favor
de grupos interesses. Tais privilégios criam reservas de mercado, distorcem a
concorrência, dificultam a entrada de novos empreendedores e diminuem as
opções dos consumidores.
O arcabouço institucional será essencial para a escolha dos
empreendedores:
Ou eles optarão pela
árdua inovação ou simplesmente irão direto para o rent seeking. Em ambientes no qual o estado possui um
maior poder de intervenção no mercado, o ganho pela inovação é mais trabalhoso
e menos recompensador, ao passo que os ganhos oriundos do rent seeking
se tornam muito maiores e mais garantidos.
O investidor e escritor
Ruchir Sharma, em seu livro "The Rise and Fall of Nations", apresenta
uma medida útil para verificar o grau de rent seeking na origem dos bilionários
de um país. O economista indiano argumenta que:
Se
mais de 30% dos bilionários de determinado país são
oriundos dos setores de construção civil/infraestrutura, mineração, petróleo, e
bancos/mercado financeiro, então isso é um sinal problemático, pois são
justamente esses os setores nos quais os empresários alocam mais tempo para
capturar reguladores e políticos para obter favores aos seus negócios.Não é
coincidência que esses sejam os setores dos bilionários, e hoje presidiários,
Eike Batista, André Esteves e Marcelo Odebrecht.
Em sua obra, ele aponta
que 64% dos bilionários brasileiros entram nesta categoria e podem ser
definidos como "maus bilionários". Além disso, Sharma afirma que
"maus bilionários" frequentemente surgem de impérios familiares em
países emergentes, onde instituições mais fracas permitem que velhas famílias
cultivem fortes laços com políticos, tendo como consequência inevitável
as trocas de favores e a corrupção.
Isso
não significa que os "bons bilionários" não possuíram nenhuma relação
com o governo no desenvolvimento do seu empreendimento. Significa apenas que
ela não foi o fator mais determinante.
As relações promíscuas entre o empresariado e o sistema
político estão longe de ser uma novidade.
Contribuindo para essa
discussão é possível citar o trabalho do historiador econômico Aldo Musacchio
"Experiments in Financial Democracy: Corporate Governance and Financial
Development in Brazil, 1882-1950", no qual ele aborda a história do declínio
do mercado de capitais e a consolidação do estatismo em nosso país.
Musacchio mostra que,
entre 1905 e 1913, o Brasil teve um boom financeiro com um volume de IPOs (Initial Public Offering, é o processo de Oferta
Pública Inicial, no qual as empresas que irão abrir capital vendem suas ações pela
primeira vez na Bolsa), superior aos atuais, e as empresas possuíam estatutos que
protegiam os acionistas minoritários. A base de investidores não era limitada
aos empresários do café e contemplava muitos comerciantes, profissionais
liberais e também viúvas.
Após
duas guerras mundiais, a instabilidade econômica aumentou em conjunto com a
inflação de preços, e isso afetou diretamente o potencial de retorno do
investidor no mercado de capitais. Consequentemente, a
estrutura de finanças corporativas no Brasil mudou drasticamente após a década
de 1930 e 40, com os bancos suplantando o mercado de ações e de títulos como
fonte de financiamento e investimentos. Já o governo, por meio da criação de
bancos de desenvolvimento, assumiu o papel de fornecedor de crédito de longo
prazo (utilizando os impostos da população) ao passo que os bancos
comerciais passaram a se concentrar apenas nos empréstimos de curto prazo.
A partir deste período, o governo tornou-se o maior acionista
da economia brasileira
Atuando
por meio de socorros a empresas que tiveram problemas após as guerras e também
por meio da criação de empresas estatais em diversos setores.
O período de
crescimento do governo como acionista está fortemente correlacionado com a
queda na qualidade da governança corporativa vivenciada pelas empresas antes da
primeira guerra mundial. A antes diversificada base de proprietários foi se
tornando cada vez mais concentrada: poderosos grupos familiares e o governo se
tornaram os proprietários majoritários das ações com direito a voto.
Esse
caráter de domínio de famílias nos conglomerados empresariais brasileiros é
encarado de maneira muito crítica pelos investidores internacionais, pois é
exatamente essa alta concentração o que permite que essas famílias possuam alto
poder de influência e lobby no sistema político.
A governança
corporativa das grandes corporações brasileiras passou a dispensar cada vez
menos atenção à proteção dos investidores que adquiriam títulos e ações no
mercado financeiro e passou a se concentrar cada vez mais em como ter acesso
aos financiamentos estatais e a assegurar crédito de curto prazo junto aos
bancos.O professor Sergio Lazzarini, do Insper, em seu importante livro
"Capitalismo de Laços, explicitou as relações do empresariado brasileiro
com o governo durante um período mais recente da nossa história.
O
termo capitalismo de laços é outra maneira de descrever o nosso sistema
econômico intervencionista, no qual contatos e alianças de interesses
econômicos e políticos influenciam e distorcem a economia de mercado.
Uma das pesquisas
citadas por Lazzarini que evidencia esses laços é o artigo "Political
connections and preferential access to finance: the role of campaign
contributions", de Claessens, Feijen e Laeven, que utilizou informações
das campanhas de 1998 e 2002 no Brasil.
Os
autores encontraram evidências de que a atividade política das empresas por meio
de doações de campanha é um fator relevante para explicar as diferenças de
acesso ao financiamento. Quem mais doou para os
políticos vencedores das eleições obteve mais recursos financeiros no
período posterior.
Curioso com o fenômeno
da dita "liberalização econômica" da economia nos anos 1990,
Lazzarini resolveu pesquisar mais a fundo a hipótese de que o governo havia
diminuído sua participação na economia brasileira e de que o capital externo
havia aumentado. Para sua surpresa, tais fenômenos não só não ocorreram, como
os tentáculos do estado na economia cresceram ainda mais por meio do BNDES e
dos fundos de pensão de empresas estatais.
Diferente
da caricata visão dogmática dos intelectuais
socialistas de que o país vivia sob um total "neoliberalismo" e as
empresas estavam livres das amarras do estado por meio das privatizações,
os dados demonstraram que a participação e o potencial de controle do governo
na economia aumentaram após o processo de privatizações.
Os precedentes criados
pelo defeituoso modelo de privatização adotado no país permitiram uma
intensificação desse capitalismo de laços a partir de 2003.
Lazzarini explica que os empresários enxergam os laços com o governo como uma
forma de se capitalizar e de se proteger, ao passo que o governo vê os laços com o empresariado como uma
forma de direcionar a atividade econômica.
Sendo
assim, um bilionário brasileiro dificilmente vai ser o herói criador de
riquezas que está sempre alerta aos desejos dos consumidores e à criação de um
novo produto, serviço ou processo de produção mais eficiente para preencher uma
lacuna do mercado antes dos demais concorrentes. Por trás da mão invisível do
mercado existe um punho pesado e forte do estado subsidiando e o protegendo da
concorrência.
O fato é que nenhum
empresário pode comprar favores de um burocrata que não tenha favores para
vender. As distorções econômicas são consequências
inevitáveis de um modelo intervencionista que anula o livre mercado,
retirando o poder de decisão da sociedade (consumidores) e o entregando a
políticos e burocratas, que então assumem a tarefa de decidir quais empresas
irão prosperar (com o dinheiro de impostos dos cidadãos).Não existe nada mais
contraditório do que afirmar ser contra os monopólios dos bilionários e sugerir
como solução a atuação de agências monopolistas no papel de regular qualidade,
segurança e concorrência. Uma genuína livre concorrência precisa ser defendida
em todos os segmentos, incluindo os regulatórios.
Somente
com a quebra dos laços entre o empresariado e o estado será possível emergir
riqueza proveniente unicamente do valor e da prosperidade gerados pelo
empreendedorismo.
A verdade é que, no
modelo de capitalismo de laços, um dono de uma barraquinha de tapioca ou uma
jovem proprietária de uma inovadora startup são representantes muito mais fieis
do pensamento liberal do que o bilionário capitalista médio. Por isso,
olhemos menos para as listas dos mais ricos do país e procuremos mais heróis da
livre iniciativa naqueles que enfrentam todos os dias as diversas regulações e
restrições ao empreendedorismo.
Fonte: Mises Brasil
Por que, os maiores incentivadores do
“globalismo”, são milionários, quando sabemos que o globalismo que é politico –
diferente da globalização que é comercial – visa um governo mundial nos moldes
socialistas?
Essa e outras perguntas,
que ficam geralmente suspensas no ar, que muitos não conseguem responder ou
mesmo compreender a resposta.
-Por que milionários
estariam tão interessados agora em financiar um sistema político que prega
igualdade para todos, e não o capitalismo que é onde eles fizeram suas
riquezas?
-Por que, gastar
fortunas, financiando um sistema político que sabemos que não deu certo em
lugar nenhum do mundo?
O motivo é simples!
Segundo a teoria de Karl Marx, o
socialismo era só um meio para se chegar ao comunismo. Para Marx, quando se chegasse ao nível máximo de estatização, ou seja, quando tudo fosse do Estado (social), este
magicamente desapareceria e surgiria o comunismo – onde todos seriam iguais –
o tão prometido paraíso na terra!Ou seja, o socialismo, para Marx, é o
total controle estatal dos meios de produção!
Mas nós sabemos que quem controla os meios de produção,
controla as riquezas! Isso tanto no Capitalismo, como Comunismo.
Não
por acaso vimos nos anos de governo de
esquerda – o PT em especial – pessoas
que se diziam humildes e do povo, ficando de repente milionárias às custas do
Estado.
Um bom exemplo do que
esperam os globalistas, nós podemos ver na nossa imprensa tradicional e seu
ativismo pela esquerda, governos onde mais ganharam dinheiro, estabeleceram
poder, não deixaram que pequenas mídias sobressaíssem – sem nenhum esforço ou mérito – simplesmente, enganando, ou omitindo
informações ao povo!Este é o motivo, porque toda vez que se fala em
privatização, nossos partidos socialista e sociais-democratas são contra, mesmo
quando esta privatização seria de grande benefício à população como foram os
inegáveis benefícios oriundos da privatização da Telefonia no Brasil.
Este
também é o motivo das grandes fortunas do mundo, quererem controlar os meios de
produção mundial – por trás do verniz de solução para as desigualdades e combate
aos privilégios – o que buscam mesmo, é
a proteção de suas fortunas, pois quem ganha com o socialismo é quem tem
dinheiro e/ou poder – que é o controle político dos meios de produção!
Esses santos, justos e caridosos milionários ainda não
perceberam que a fome matou e mata mais
que o vírus da Covid!
O mundo continua
enfrentando ataques de diferentes tipos de vírus, uns mais letais que outros,
as vítimas do “virus” da fome continua a crescer no planeta de forma
assustadora.
Cinco agências das Nações
Unidas divulgaram no dia 12 de julho, um relatório dizendo que 2,37
bilhões de pessoas, ou seja, um terço da população mundial, não têm acesso à
uma alimentação completa; e o número de pessoas que sofrem a fome aumentou
exponencialmente de 161 milhões para 811 milhões nos últimos anos.
O dado mais triste é
que segundo o relatório, 22% do aumento está relacionado a crianças menores de
5 anos. No mundo, 11 pessoas correm o risco de morrer de fome a cada minuto,
quase o dobro das vítimas causadas pelo vírus, que mata 7 pessoas por minuto (neste
7 fica sempre a dúvida se morreu pelo vírus, ou em meio aos vírus). Mas
uma coisa é certa, sobre o aumento da pobreza e da fome causada pela Pandemia
ninguém quer falar na mídia, dedicam somente algumas linhas e os rodapés dos
jornais. Sabemos bem quais são as prioridades do mainstream neste momento, eles
não tem tempo a perder com pobres mortos de fome.
Se
as famílias mais ricas do mundo incluindo os sociais globalistas Rothschild’s, Rockefeller’s,
Ford, Lemann, Sanders e CIA LTDA, doassem 30% de suas fortunas, acabariam com a
fome do mundo: detalhe importante: mesmo assim, ainda continuariam sendo os
mais ricos do planeta!
Ah esses filantrópicos
transvestidos de globalistas preocupados com o social, quanto amor e caridade
pela humanidade. Vemos que são adeptos do façam o que digo, não o que faço.
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