1 Timóteo 2,1-2: “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade”.
O Papa Francisco celebrou a missa na Capela da Casa Santa Marta, nesta segunda-feira, 18, e em sua homilia pediu aos cristãos para rezarem pelos seus governantes, não obstante as coisas más que fazem. O pontífice pediu também aos governantes para rezar, caso contrário, correm o risco de fecharem-se no próprio grupo. Para ele, o governante que tem a consciência de ser subalterno ao povo e a Deus, reza. A reflexão de Francisco parte da Primeira Leitura de hoje e do Evangelho. Na primeira leitura, São Paulo aconselha a Timóteo a rezar pelos governantes. No Evangelho, há um governante que reza: é o oficial romano que tinha um empregado que estava doente. Amava o povo, não obstante fosse estrangeiro, e amava o empregado, pois, de fato, se preocupava.“Este homem sentiu a necessidade de rezar. Não somente porque amava, mas também porque tinha a consciência de não ser o patrão de tudo, de não ser a última instância. Sabia que acima dele, há outro que comanda. Havia subalternos, soldados, mas ele também estava na condição de subordinado. E isso o levou a rezar”, disse Francisco. O governante que tem essa consciência, reza. Se não reza, fecha-se na própria autorreferencialidade ou na de seu partido, naquele círculo do qual não se sai. É um homem fechado em si mesmo. Porém, quando vê os problemas verdadeiros, tem a consciência de ser subalterno, que existe outro que tem mais poder que ele. Quem tem mais poder do que o governante? O povo, que lhe deu o poder, e Deus, do qual vem o poder através do povo. Quando um governante tem a consciência de ser subordinado, reza”, afirma o papa. O pontífice ressaltou ainda a importância da oração do governante, porque de acordo com ele é a oração para o bem comum do povo que lhe foi confiado. Os governantes, de acordo com Francisco, devem pedir ao Senhor essa sabedoria: “É tão importante que os governantes rezem pedindo ao Senhor que não cancele a consciência de ser subalterno a Deus e do povo”. E a quem se opor dizendo ser agnóstico ou ateu, o papa diz: “Se você não pode rezar, confronte-se com a sua consciência, com os sábios do seu povo, mas não fique sozinho com o pequeno grupo do seu partido. Peço-lhes um favor: cada um de vocês pegue hoje cinco minutos, não mais. Se você é um governante, se pergunte: “Eu rezo por aquele que me deu o poder através do povo?” Se não é um governante, “rezo pelos governantes? Sim, por esse e por aquele sim, porque gosto deles; por aqueles outros, não”. Esses têm mais necessidade do que os outros! “Rezo por todos os governantes?” E se você perceber, quando faz exame de consciência para se confessar, que não reza pelos governantes, leve isso à confissão. Porque não rezar pelos governantes é um pecado”, conclui o papa. Refletindo sobre a Primeira Carta de São Paulo apóstolo a Timóteo, o Pontífice observou a necessidade de todo o povo rezar por um “pedido universal”. Sobre as orações, o Santo Padre pediu que fossem feitas “sem cólera e sem polêmicas”. “Pedidos, súplicas, orações e agradecimentos para todos os homens e ao mesmo tempo pelos reis e por todos os que estão no poder”, completou.Segundo Francisco, Paulo evidencia que o ambiente de uma pessoa que crê é a oração, a oração de intercessão. “Que todos rezemos por todos, para que possamos levar uma vida calma e tranquila, digna e dedicada a Deus”, rogou. Para o Papa, é necessária a oração para que isso seja possível. O Pontífice explicou tratar-se da oração pelos governantes, pelos políticos, pelas pessoas que são responsáveis de levar adiante uma instituição política, um país, uma província.
Os políticos, afirmou o Santo Padre, recebem “adulações
por parte de seus favoritos, ou insultos”
De acordo com Francisco há políticos, mas também padres e bispos que são insultados. Para o Pontífice, “alguns merecem”, mas a prática se tornou “um hábito” de “acúmulo de insultos e de palavrões, de depreciações”. Ainda assim, o Papa frisou que quem está no governo “têm a responsabilidade de conduzir o país”. Sobre o povo, questionou: “E nós, os deixamos sós, sem pedir a Deus que os abençoe?”. Respondeu: “Tenho certeza que não se reza pelos governantes, ao contrário: poderia parecer que a oração aos governantes seja ‘insultar-lhes'”. Por fim, o Santo Padre recordou como os italianos passaram recentemente por uma “crise de governo”. “Quem de nós rezou pelos governantes? Quem de nós rezou pelos parlamentares? Para que possam ir de acordo e levar adiante a pátria? Parece que o espírito patriótico não chega à oração; mas sim às desqualificações, ao ódio, às brigas, e termina assim. Portanto, quero que em todos os lugares as pessoas rezem, levantando as mãos puras para o céu, sem raiva e sem polêmicas. É preciso discutir e esta é a função de um parlamento. Discutir, mas não destruir o outro. Aliás, é preciso rezar pelo outro, por aquele que tem uma opinião diferente da minha”, exortou. Diante dos que pensam que aquele político é “muito comunista” ou “corrupto”, o Papa, citou a passagem do Evangelho de Lucas na qual o apóstolo não pede para que a política seja discutida, mas pede orações.
Aos que dizem que “a política é suja”, o Pontífice
afirmou que Paulo VI a considerava “a mais alta forma de caridade”!
“Pode ser suja assim como
qualquer outra profissão, qualquer uma… Somos nós que sujamos uma coisa, mas
não é a coisa em si que é suja. Acredito que devemos nos converter e rezar
pelos políticos de todas as cores, todos eles! Rezar pelos governantes. É isso
que Paulo nos pede. (…) Os governantes são responsáveis pela vida de um país. É
bom pensar que, se o povo reza pelos governantes, os governantes também serão
capazes de rezar pelo povo, como o centurião que reza pelo seu servo”,
concluiu.
Oração
pela Pátria brasileira em tempos de pandemia
Deus, compassivo e misericordioso,
rico em bondade e em fidelidade,
lançai o vosso olhar sobre todos os vossos filhos e filhas,
o amado povo brasileiro.
Velai, Senhor, sobre os empobrecidos;
fortificai os desanimados;
iluminai os médicos e cientistas;
assisti os agentes sanitários;
concedei sabedoria aos governantes.
Nós Vos recomendamos as pessoas e famílias afetadas pela Covid-19: aqueles
que se encontram em terapia intensiva,
nas enfermarias dos hospitais e em isolamento residencial;
os que não têm acesso aos recursos de saúde e meios básicos de
assistência.
Consolai, Senhor, as famílias enlutadas
que nem mesmo puderam velar os seus entes queridos.
Concedei o repouso eterno às vítimas dessa terrível pandemia.
Orientai os Vossos filhos e filhas
a serem solidários na hora do sofrimento e da dor dos semelhantes.
Em vós, Senhor, depositamos toda a nossa confiança e esperança.
Vinde, Senhor, em nosso auxílio!
Nossa Senhora Aparecida,
a quem invocamos com filial afeto,
rogai por nós que recorremos a vós.
"Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade
completa"
ORAÇÃO
Deus e Senhor nosso, protegei
a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o papa, sobre o
nosso bispo, sobre o nosso pároco e todo o clero, sobre o chefe da nação e do
Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com
justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa. Favorecei
com os efeitos contínuos de vossa bondade o Brasil, este (arce)bispado, a
paróquia em que habitamos, cada um de nós em particular e todas as pessoas por
quem somos obrigados a rezar ou que se recomendaram às nossas orações. Tende
misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o
descanso e a luz eterna.
-Pai nosso…
-Ave, Maria…
-Glória ao Pai…
FONTES DE CONSULTA:
-https://noticias.cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/menos-insulto-e-mais-oracao-pelos-governantes-pede-papa/
-https://www.cnbb.org.br/rezem-pelos-governantes-nao-obstante-os-seus-erros-exorta-papa-francisco/?fbclid=IwAR10JbS7bbFhvZ_mZ9H6pJosVkjDhx5OjGqq0x-0C3EZbeRnVGGWIS7Ypeg
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