Bom, depende! A maior
armadilha dos tempos modernos é relativizar aquilo que é “Absoluto”, tratando
como mero ponto de vista, e absolutizar o relativo,
ou seja, querer absolutizar (dogmatizar) aquilo que é apenas mero ponto de
vista pessoal, ou até mesmo de uma coletividade específica! Diante de atual relativismo
cultural e de um esvaziamento de valores humanos. Somos convidados a
compreender o que são valores relativos e absolutos. Ora, valor
absoluto, é algo que tem valor por si só, ou seja, que não necessita que alguém
lhe atribua valor! O ouro por exemplo,
é de valor absoluto! Ou seja, é absoluto porque em qualquer lugar que o
levardes ele será sempre ouro! Bruto, derretido ou endurecido, ouro verdadeiro é
sempre ouro! Já o VALOR RELATIVO é algo que depende de uma relação para se ter
valor. Por exemplo: Com uma nota R$ 10,00 (dez reais) você pode comprar no
Brasil qualquer coisa que tenha este valor, mas se levarmos essa mesma nota aos
E.U.A. e tentar comprar algo ainda que tenha o valor de dez reais, com esta
nota não será possível, ainda que provemos que ela seja verdadeira! Mas aquilo
que estou querendo comprar nos E.U.A. vale também dez reais, por que não posso
comprar? A nota de R$ 10,00 só tem valor em relação ao Brasil, a mesma nota lá
fora não vale, você terá que converter esse valor em dólar numa casa de cãmbio,
para poder comprar algo com este valor nos E.U.A. Ou seja, o valor de sua nota
de R$ 10,00 não é absoluto como o do ouro, mas é relativo ao seu pais de
origem. A partir deste entendimento poderíamos perguntar:
-O valor e a dignidade
humana de uma pessoa? É algo absoluto ou relativo?
-A salvação é algo
absoluto ou relativo?
-A vida humana é algo
absoluto ou relativo?
-A vida de um animal é
algo absoluto, ou relativo?
-A igualdade é algo
absoluto ou relativo?
-A meritocracia é algo
absoluto ou relativo?
-O direito a um justo
julgamento é algo absoluto ou relativo?
-Crer em Deus é algo
absoluto ou relativo?
-O ateísmo é algo
absoluto ou relativo?
-O estado laico é algo
absoluto ou relativo?
-O aborto é algo
absoluto ou relativo?
-A liberdade de
expressão, o prazer sexual e a moral é algo absoluto ou relativo?
-As leis elaboradas por
uma coletividade, de um modo geral, tem valor absoluto, ou relativo?
-O respeito aos
direitos das maiorias e minorias é algo absoluto, ou relativo?
O que está acontecendo
hoje é uma inversão, ou má compreensão do que sejam valores absolutos e
relativos! Quem não aprendeu o verdadeiro valor absoluto da vida, de sua
salvação e da verdadeira liberdade (que não se confunde com libertinagem), vive
insatisfeito consigo mesmo(a) e com os outros, querendo impor sobre os demais
seus pontos de vistas relativos como se fossem absolutos.
Portanto, não dê
valor absoluto a algo que é relativo, e não relativize aquilo que é absoluto e tem
consequências de vida eterna!
Quem conhece a fundo o Sr
Genézio Darci Boff que usa o pseudônimo de Leonardo Boff, sabe que ele em
algumas de suas obras toma posse de alguma falas que não são suas e apodera-se
sutilmente sem citar os verdadeiros autores, com se orginalmente tivessem sido
produzidas por ele, Por exemplo:
1)-“Tão
humano assim só poderia ser Deus” ,não é de autoria de Leonardo Boff,
mas do Papa São Leão Magno!
2)-“Todo
ponto de vista é a vista de um ponto”, é um conceito da Gestalt e não
do Sr Genésio Boff, vulgo Leonardo Boff.
A Gestalt (do alemão
Gestalt, "forma"), também conhecida como gestaltismo (gues), teoria
da forma, psicologia da gestalt, psicologia da boa forma e leis da gestalt, é
uma doutrina na qual defende que:
“Para
se compreender as partes, é preciso, antes, compreender o todo!”
Refere-se a um processo
de dar forma, de configurar "o que é colocado diante dos olhos, exposto ao
olhar". A palavra gestalt tem o significado "de uma entidade
concreta, individual e característica, que existe como algo destacado e que tem
uma forma ou configuração como um de seus atributos". A
gestalt, ou psicologia da forma, surgiu no início do século XX e, diferente da
gestalt-terapia, criada pelo psicanalista berlinense Fritz Perls (1893-1970),
trabalha com dois conceitos: super-soma e transponibilidade. O
filósofo austríaco Cristian von Ehrenfels apresentou esses critérios pela
primeira vez em 1890, na Universidade de Graz (portanto, bem antes de Genésio
Boff). Um dos principais temas trazido por ela é tornar mais explícito o que
está implícito, projetando na cena exterior aquilo que ocorre na cena interior,
permitindo assim que todos tenham mais consciência da maneira como se comportam
aqui e agora, na fronteira de contato com seu meio. Trata-se de seguir
o processo em curso, observando atentamente os “fenômenos de superfície” que só
podem ser verdadeira e autenticamente aprofundados com a ajuda da iluminação dos
vários meios sociológicos, filosóficos, metafísicos, teológicos, psicológicos e
científicos para uma interpretação integral e não parcial do fenômeno, pois
nenhuma ciência, ou conhecimento por si só é capaz de absorver e interpretar
toda realidade.De
acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do
"todo" por meio de suas partes, pois o todo é outro, que não a soma
de suas partes: "(...) 'A+B' não é simplesmente '(A+B)', mas sim, um
terceiro elemento 'C', que possui características próprias".Segundo o critério da
transponibilidade, independentemente dos elementos que compõem determinado
objeto, a forma é que sobressai. Exemplo: as letras f, l, o, r, não constituem apenas uma palavra em nossas
mentes: "elas quando juntas na forma correta, evocam a imagem da flor,
seu cheiro e simbolismo - propriedades não exatamente relacionadas às letras
vistas em separado”. Um dos seus principais representantes foi Max
Wertheimer (1880-1943). Wertheimer demonstrou que quando a representação de
determinada frequência não é transposta se tem a impressão de continuidade e
chamou o movimento percebido em sequência mais rápida de "fenômeno
phi". A tentativa de visualização do movimento marca o início da escola
mais conhecida da psicologia da gestalt e seus pioneiros, além de Wertheimer,
foram Kurt Koffka (1886-1941); Kurt Lewin (1890-1947); e Wolfgang Köhler
(1887-1967), todos bem anteriores a Genésio Boff. Em 1913, a Academia Prussiana
de Ciências instalou, na ilha de Tenerife, nas Canárias, uma estação para
estudo do comportamento do macaco. Wolfgang Köhler foi nomeado, então, diretor
da estação - ainda muito jovem e com quase nenhuma experiência em biologia e
psicologia de animais. Suas pesquisas, pioneiras com antropoides, enfatizaram
que "não só a percepção humana, mas também nossas formas de pensar e agir
funcionam, com frequência, de acordo com os pressupostos da Gestalt. Os seus
experimentos comprovaram que os chimpanzés têm condições de resolver problemas
complexos, como conseguir alimentos que estão fora do seu alcance.
O Pensamento sistêmico
O pensamento sistêmico
é uma forma de abordagem da realidade que surgiu no século XX, em contraposição ao
pensamento "reducionista-mecanicista" herdado dos filósofos da
Revolução Científica do século XVII, como Descartes, Francis Bacon e Newton. O pensamento sistêmico não nega a racionalidade científica, mas
acredita que ela não oferece parâmetros suficientes para o desenvolvimento
humano e para descrição do universo material, e por isso deve ser desenvolvida
conjuntamente com a subjetividade das artes e das diversas tradições
espirituais. Isto se deve à limitação do método científico e da análise
quando aplicadas nos estudos de física subatômica (onde se encontram as forças
que compõem todo o universo), biologia, medicina e ciências humanas.O pensamento sistêmico
(bem antes de Genésio Boff),é visto como componente do paradigma emergente, que
tem como representantes cientistas, pesquisadores, filósofos e intelectuais de
vários campos. O pensamento sistêmico inclui a interdisciplinaridade.
Visão Sistêmica
Visão sistêmica
consiste na habilidade em compreender os sistemas de acordo com a abordagem
da Teoria Geral dos Sistemas, ou seja, ter o conhecimento do todo, de
modo a permitir a análise ou a interferência no mesmo. A visão sistêmica é
formada a partir do conhecimento do conceito e das características dos
sistemas. Visão
sistemática é a capacidade de identificar as ligações de fatos particulares do
sistema como um todo. Foi desenvolvida a partir da necessidade de explicações
complexas exigidas pela ciência. Mas para entender a
visão sistêmica, primeiro precisamos delinear as principais características de
um sistema, dentre as quais podemos citar:
a)-Um sistema é
composto por partes.
b)-Todas as partes de
um sistema devem se relacionar de forma direta ou indireta.
c)-Um sistema é limitado
pelo ponto de vista do observador ou um grupo de observadores (a
verdade completa estará sempre no objeto observado e não no observador).
d)-Um sistema pode
abrigar outro sistema.
e)-Um sistema é
vinculado(relativo) ao tempo e espaço.
O pressuposto da simplicidade
A crença em que,
separando-se o mundo complexo em partes, encontram-se elementos simples, em
que é preciso separar as partes para entender o todo, ou seja, o pressuposto de
que "o microscópico é simples". Daí decorrem, entre outras
coisas, a atitude de análise e a busca de relações causais lineares. O pressuposto da simplicidade tira o objeto de estudo dos
seus contextos, prejudicando a compreensão das relações entre o objeto e o
todo.
Esse paradigma também leva à separação dos fenômenos: os físicos dos
biológicos, estes dos psicológicos, dos culturais, etc., numa atitude de
atomização científica. Faz parte dessa perspectiva também a atitude ou-ou, que,
de acordo com a lógica, classifica os objetos, não permitindo que um mesmo
objeto pertença a duas categorias diferentes. Além
disso, esse pressuposto provoca a compartimentalização do saber, fragmentando o
conhecimento em diferentes disciplinas científicas.Dessa forma
criam-se os especialistas, aqueles que tem um acesso privilegiado ao conhecimento,
estabelecendo-se uma hierarquia do saber departamentalizado, que tem suas
vantagens e desvantagens:
a)-VANTAGEM: Ao focar na especialidade, ou seja, na parte,
no micro, se descobre detalhes e nuances que a visão geral seria incapaz de
perceber. É a priorização da Faculdade no lugar da Universidade.
b)-DESVANTAGEM: Corremos o risco de nos tornar idiotas
departamentalizados, ou seja, perdemos a visão integral ao trocar a
Universalidade pela Faculdade, perdemos a visão macro em detrimento do micro e
do periférico, e isto se estende a todos os âmbitos do conhecimento!
Neste ponto entendemos
porque a Teologia é a mãe de todas as Ciência, porque a Teologia tenta
universalizar todos os conhecimentos dando o sentido e significação universal!
O pressuposto da estabilidade
É a crença de que o
mundo é estável, ou seja, em que o "mundo já é". Ligados a esse pressuposto estão
a crença na determinação - com a consequente previsibilidade dos fenômenos
- e a crença na reversibilidade - com a consequente controlabilidade dos
fenômenos. O
pressuposto da estabilidade leva o cientista a estudar os fenômenos em
laboratório, onde pode variar os fatores um de cada vez, exercendo controle
sobre as outras variáveis. Assim, ele provoca a natureza para que explicite,
sem ambiguidade, as leis a que está submetida, confirmando ou não suas
hipóteses. Ao levar o fenômeno para laboratório, excluindo o contexto e a
complexidade, focalizando apenas o fenômeno que estava acontecendo, ele exclui
a sua história dentro do universo. Faz parte desse paradigma o pressuposto da previsibilidade:
O que
não é previsto com segurança é associado a um conhecimento imperfeito, o que
leva a uma redução ainda maior do conhecimento por meio do pressuposto da
simplicidade. Por conseguinte, a instabilidade de um sistema é visto como um
desvio a corrigir. A idéia da controlabilidade dos fenômenos leva a uma interação
do especialista na forma de uma interação instrutiva: a crença de que o
comportamento do sistema será determinado pelas instruções que ele receber do
ambiente e em que, portanto, poderá ser controlado e previsível.
O pressuposto da objetividade
É a crença em que
"é possível conhecer objetivamente o mundo tal como ele é na
realidade" e a exigência da objetividade como critério de cientificidade. Daí
decorrem os esforços para colocar entre parênteses a subjetividade do
cientista, para atingir o universo, ou versão única do conhecimento. No
pressuposto da objetividade o cientista posiciona-se "fora da
natureza", em posição privilegiada, com uma visão abrangente, procurando
discriminar o objetivo do ilusório (suas próprias opiniões ou subjetividade). Daí
advém a crença no realismo do universo: o mundo e o que nele acontece é real e
existe independente de quem o descreve. Com isso obtemos várias representações
da realidade, que ajudaria a descobri-la. E o critério de certeza advém daquelas
observações conjuntas e reproduzíveis, onde, coincidindo os registros de
observações independentes, mais confiáveis e objetivas são as afirmações. A
estatística encontra aí um bom campo de atuação. O relatório impessoal
e as normas de trabalho científico orientam uma linguagem impessoal, "como
se a caneta fosse um instrumento para a manifestação de uma verdade
anônima". Na verdade, a linguagem impessoal visa a
"mascarar" a linguagem de forma a dar uma impressão de ausência de um
sujeito, de um pesquisador, onde uma afirmação pode tomar a forma impessoal
para mascarar uma opinião pessoal. Resumindo:
a ciência tradicional procura simplificar o universo (dimensão da simplicidade)
para conhecê-lo ou saber como funciona (dimensão da estabilidade), tal como ele
é na realidade (dimensão da objetividade).Isso levou a uma dificuldade tremenda
em três áreas científicas, onde podemos classificar, de acordo com Vasconcellos
(2003), a adoção dos paradigmas científicos em fácil,
tranquilo e difícil.
O Pensamento sistêmico e a psicologia analítica de Carl
Gustav Jung
Muitas críticas à
teoria junguiana coincidem com a dificuldade em se aceitar a psicologia como
ciência devido aos pressupostos apresentados. O pensamento sistêmico propõe, em
contraposição, os paradigmas da complexidade, da instabilidade e da
intersubjetividade, que se integram incrivelmente com a psicologia analítica. O
pressuposto da complexidade reconhece que a simplificação obscurece as
inter-relações dos fenômenos do universo e de que é imprescindível ver e lidar
com a complexidade do mundo em todos os seus níveis. Um exemplo de uma
descrição baseada nesse pressuposto é a Sincronicidade, que prevê outras
relações, que não são causais, para os eventos do universo. Além disso, a psicologia analítica lida de modo sistêmico com
a psique, daí seu homônimo: psicologia complexa, ou profunda. O
pressuposto da instabilidade reconhece que o mundo está em processo de
tornar-se, advindo daí a consideração da indeterminação, com a consequente
imprevisibilidade, irreversibilidade e incontrolabilidade dos fenômenos.
A abordagem orgânica, a homeostase psíquica, e a noção de inconsciente (o que
inclui a freudiana), com os seus componentes arquetípicos e complexos são
exemplos de abordagem sistêmica da psicologia analítica.O
pressuposto da intersubjetividade reconhece que não
existe uma realidade independente de um observador e que o conhecimento
científico é uma construção social, em espaços consensuais, por diferentes
sujeitos/observadores. Então o cientista trabalha com múltiplas versões
da realidade, em diferentes domínios linguísticos de explicações. Os tipos
psicológicos junguianos são o que há de mais inovador nesse sentido, tendo
inclusive reconhecimento científico tradicional na detecção dos tipos de
personalidade.
O RELATIVISMO
O relativismo é o
conceito de que os pontos de vista não têm uma verdade absoluta ou validade
intrínsecas, mas eles têm apenas um valor relativo, subjetivo, e de
acordo com diferenças na percepção e consideração. Max Weber, em suas obras
sobre epistemologia, abre espaço para o relativismo nas ciências da cultura
quando diz que a ciência é verdade para todos que querem a
verdade, ou seja, por mais diferentes que sejam as análises
geradas por pontos de vista culturais diferentes, elas
sempre serão cientificamente verdadeiras, enquanto não refutadas. Assim
podemos concluir que o Relativismo é um termo filosófico que se baseia na
relatividade do conhecimento e repudia qualquer verdade ou valor absoluto. Todo
ponto de vista é válido e necessário.Na filosofia moderna o
relativismo por vezes assume a denominação de "relativismo cético", relação
feita com sua crença na impossibilidade do pensador ou qualquer ser humano
chegar a uma verdade objetiva, muito menos absoluta. Nietzsche na sua
obra "A Gaia Ciência", no tópico intitulado "Nosso novo
infinito", assim afirma:
"O mundo para nós tornou-se novamente infinito no sentido de que não podemos negar
a possibilidade de se prestar a uma infinidade de interpretações"
Frase que Michel Foucault
objeta:
"Se
a interpretação nunca se permite completar, é porque simplesmente não há nada a
interpretar, pois no fundo, tudo já é interpretação".
No diálogo platônico
"Teeteto", atribui-se a Protágoras uma concepção relativista do
conhecimento, por haver afirmado que "o homem é a
medida de todas as coisas". Nesse
caso, cada um de nós é, por assim dizer, o juiz daquilo que é e daquilo que não
é. Sócrates levanta então uma série de objeções contra essa forma radical de relativismo
subjetivista, tentando mostrar a incoerência interna da suposição de que o que
parece verdadeiro a alguém é verdadeiro para ele ou ela. Se
são verdadeiras todas as opiniões mantidas por qualquer pessoa, então também é
preciso reconhecer a verdade da opinião do oponente de Protágoras que considera
que o relativismo é falso! Ou seja, se o relativismo é verdadeiro, então ele é
falso (desde que alguém o considere falso). Haveria, por assim dizer, uma
auto-refutação (ou uma autodestruição) do relativismo cognitivo.
Em nossos dias, o relativismo cognitivo tem assumido várias
formas distintas!
Nas versões mais
radicais, entende-se que quaisquer opiniões são igualmente justificáveis, dadas
suas respectivas regras de evidência, e que não há questão objetiva sobre qual
conjunto de regras deve ser preferido ("igualitarismo cognitivo" ou tese
da "equipolência das razões"). Em suma, é possível dar boas razões
tanto para se admitir quanto para se recusar qualquer opinião. E, portanto, o
procedimento de dar boas razões nunca permite decidir entre opiniões rivais,
nunca nos obriga a substituir uma crença por outra. Nesse caso, uma crítica do
relativismo cognitivo pode ser feita de acordo com a seguinte linha
argumentativa (seguida, por exemplo, por Paul Boghossian em "What the
Sokal Hoax Ought to Teach Us"): Se
toda regra de evidência é tão boa quanto qualquer outra, então para que uma
opinião qualquer seja tomada como justificada basta formular um conjunto
apropriado de regras em relação ao qual ela está justificada. Em particular, a
opinião de que nem toda regra de evidência é tão boa quanto qualquer outra deve
poder ser igualmente justificada. (o relativista assim não consegue mostrar,
mas deveria mostrar, que a sua posição é melhor que a de seu oponente!). Uma
alternativa seria dizer que algumas regras de evidência são melhores do que
outras; mas então deveria haver fatos independentes de perspectiva sobre o que
as torna melhores do que outras, e nesse caso estaríamos assumindo a falsidade
do relativismo cognitivo.Em contraposição, há
espécies de relativismo que são bastante triviais, como, por exemplo, a tese da
diversidade (também chamada de "relativismo cultural"):Consiste
em registrar que diferentes pessoas mantêm crenças diferentes; que as opiniões
variam de comunidade para comunidade, de uma época para outra. Nesse caso, não
se afirma que tais crenças ou opiniões sejam verdadeiras ou justificadas, e
portanto não se tem ainda um relativismo cognitivo (epistemológico). Tal
diversidade de crenças é plenamente compatível com uma visão absolutista ou
objetivista do conhecimento.
SE O RELATIVISMO FOSSE ABSOLUTO, NÃO HAVERIA CIÊNCIA!
Dentro deste conceito
antropófago, o relativismo cultural é um ponto de vista extremo oposto ao
etnocentrismo, que leva em consideração apenas um ponto de vista em detrimento
aos demais. Porém, os críticos dessa visão apontam que o
relativismo torna impossível um avanço científico nas ciências da cultura na
medida em que coloca todos os tipos de análise, absurdas ou não, em igualdade
de veracidade. Todavia, não são essas formas de relativismo
(extremamente fortes ou fracas) que encontramos nas filosofias de Kuhn, Rorty e
até mesmo Feyerabend (em alguns de seus últimos escritos). O que eles sugerem, a partir de
evidências históricas, é que as preferências por certos padrões de
investigação, por certos objetivos cognitivos variam com o tempo e dependem do
contexto considerado. E mais do que isso: sua validade e autoridade
dependem da prática estabelecida no interior de uma comunidade. Eles
questionam as tentativas de codificar a racionalidade científica mediante um
certo conjunto de regras metodológicas que guiam a atividade científica; mas
não apenas isso, questionam também a tese de que a racionalidade científica
permaneça em grande parte estável e invariante com o passar do tempo, apesar
das novas descobertas e das mudanças sociais e culturais. Eles criticam o que
Shapere chamou "essencialismo": a suposição de que as marcas
características da racionalidade científica não estão elas próprias sujeitas a
mudanças e revisões. Eles reconhecem que as normas do que conta como "boa
ciência" também se transformam ao longo da história e não devem ser
consideradas como uma estrutura rígida que não sofre mudanças substanciais. No caso específico das ciências naturais,
eles reconhecem, fazendo justiça à história da ciência, que as mudanças e as
divergências envolvem não apenas as teorias (não apenas afirmações fatuais),
mas também os critérios e os valores característicos da prática científica.Por exemplo, é possível, em certas
ocasiões, justificar uma teoria T1 com respeito aos princípios e valores de um
sistema evidencial E1 (por exemplo, que permite hipóteses sobre inobserváveis)
e ainda justificar uma teoria alternativa T2 (incompatível com T1) com respeito
aos princípios e valores de outro sistema evidencial E2 (por exemplo, do
empirismo indutivista), mesmo na
ausência de uma fundamentação independente que sem petição de princípio
"favoreça inequivocamente" E1 ou E2 (ou seja, um caso de
incomensurabilidade) A justificação de uma crença é sempre relativa a um
sistema evidencial e, havendo uma disputa entre E1 e E2, poderia não haver
acordo racional quanto à aceitação de T1 ou T2, mesmo que tivéssemos à
disposição todas as evidências possíveis. Por outro lado, quando
se dá preferência a um sistema evidencial a partir de um meta-sistema
dominante, tal escolha racional não pressupõe que esse meta-sistema represente
uma visão objetiva ou correta (em todo tempo e lugar) que permita justificar de
modo absoluto. Quando ocorre de abandonarmos a ciência normal anterior, de
transcendermos nossa própria tradição de pesquisa, não somos levados a um
"ponto arquimediano", fora do espaço e do tempo, que defina
absolutamente o que deva ser racional, visto que a própria racionalidade
científica pode transformar-se no processo evolutivo da ciência. Como
diz Feyerabend (1993), os padrões de um debate científico só parecem ser
"objetivos" porque se omite a referência à tradição considerada, ao
grupo de adeptos que os utilizam. Assim sendo, o relativismo cognitivo
não consiste apenas em afirmar que a verdade (ou a justificação) de toda crença
é relativa a princípios e padrões de um sistema de regras de evidência;
trata-se ainda de recusar a suposição de um sistema absoluto, neutro
(independente) e universal em relação ao qual toda crença possa ser julgada.Nesse
sentido, o relativista não atribui "estatuto privilegiado" a nenhuma
visão particular, nem mesmo ao relativismo. O relativista não pode impedir que
o absolutista sustente que o relativismo é falso; mas ainda assim é permitido
ao relativista manter a preferência por sua posição (que a seus olhos se
"salienta" em relação às demais), pois (segundo o relativista) o
absolutista também não tem como evitar que o relativista se mantenha
relativista.O relativista consistentemente
admite que não é só o relativismo que tem boas razões em seu favor; também o
absolutista pode ter suas boas razões para manter-se em tal posição, numa
típica situação de incomensurabilidade. Enfim, não há nada de paradoxal em o
relativismo ser mantido por uns e não por outros, pois ninguém está
obrigado a aceitar todas as opiniões dos outros como sendo verdadeiras. Por
exemplo, um relativista poderia acreditar que a Terra gira em torno de si mesma
e que é falso que está fixa, ao mesmo tempo em que está ciente de que alguém
acredita que ela se mantenha fixa. (Harré e Krausz, 1996, p. 98). O que o
relativista tenciona é, nas palavras de Goodman, converter alguém ao seu ponto
de vista, sem tentar fundamentar absolutamente esse seu ponto de vista. O que
ele diz é: "Veja como as pessoas naquela época tinham uma outra concepção
de mundo. Se você estivesse no lugar delas, não manteria suas crenças
atuais". Com efeito, o relativista não se obriga a demonstrar que
a partir de certas premissas segue-se inexoravelmente a verdade do relativismo.
NESSE CONTEXTO PARA QUE SERVEM OS DOGMAS?
A metodologia dogmática não é de origem católica! sua metodologia é
tomada "emprestada" da razão filosófica. Porém, é uma verdade de fé!
Indiscutivelmente, existe uma
resistência ao dogma, devido tanto à reação ao dogmatismo, quanto à postura do
espírito moderno e pós-moderno da autonomia do sujeito. Importa superar o
conceito de dogma que o associa a algo irracional, heterônimo e inflexível. O
dogma serviu e serve para delimitar o campo de sentido duvidoso porém essencial
e estabelecer marcos consensuais e avançar na compreensão dos dados da fé. Exemplo: O inferno, Céu e Purgatório são realidades dogmáticas comprovadas pela revelação nas
escrituras, mas podemos perguntar como são intrinsecamente estas realidades? Esta
temática de como o são, é considerada pela teologia e magistério da Igreja como
“questões em aberto”. O dogma contribui assim para a atualização da
palavra de Deus e da formulação da experiência cristã. No dogma
aparentemente predomina a tendência de clausura de sentido. Mas,
ao mudar o horizonte de compreensão e se apresentarem problemas novos à vida
cristã, ele recobra sua força polissêmica. O dogma surge sempre na base, nunca da cúpula da
Cristandade,pois a Igreja não cria dogmas, mas os confirma, ou nega heresias
contrárias em definitivo de afirmações surgidas geralmente na base. E como elemento que provém da
Tradição e faz Tradição, é fruto da tarefa interpretativa realizada por vários
grupos na comunidade eclesial. O senso comum dos fiéis aponta e
prepara a base consensual imprescindível para o dogma. Grupos minoritários de
leigos, religiosos, sacerdotes e bispos ensaiam a tematização, auxiliando ainda
na sua divulgação e aceitação. Por fim, o magistério, através do conjunto dos bispos
unidos ao Papa, realiza o discernimento final e o define. O
trabalho não se encerra aí. Compete à mesma comunidade eclesial, na
pessoa de seus diferentes sujeitos, tornar compreensível e, se necessário,
reinterpretar o dogma, enriquecendo o seu sentido.
Os dogmas
centrais do cristianismo são, ao mesmo tempo, infalíveis e reformáveis não para mudança, mas melhor entendimento!
A infalibilidade reside no fato
que o dogma significa uma conquista irrevogável, trazendo elementos vinculantes
para expressão da fé. A "reformabilidade" advém de sua
formulação humana, simultaneamente caducável e passível de maior exploração de
sentido! A reforma, ou atualização do dogma visa "suprir o descompasso da
língua, aperfeiçoar as fórmulas usadas, purificar o esquema de pensamento,
manter viva a verdade da revelação em sua relação com a existência
humana e dar mais clareza e plenitude a esta verdade". Pode-se falar, com
propriedade, de uma "evolução do dogma"(não confundir evolução
com negação do dógma, é uma evolução sempre para melhor entendimento da
formulação.Tudo sobre formulação dogmática é avanço, jamais é retrocesso, pois
nenhum dógma proclamado ex-cátedra, jamais foi e jamais será negado, ou
anulado).O dogma pretende ter acesso ao
mistério de Deus, sempre novo e insuperável. Como Deus é realidade
insondável, inesgotável, inabarcável plenamente, pois como já dizia São Tomás
de Aquino: “A verdade é sempre maior que nossa inteligência”. O dogma portanto,
capta algo real sobre Deus, mas sempre insuficientemente. Necessita assim novas
abordagens no correr dos tempos, que se aproximam mais do mistério de Deus sem
dizer palavra final sobre Ele, porém, nada que fuja ao que já foi revelado e
definido pelo magistério milenar da Igreja. Embora se servindo da razão, o
dogma não se reduz a um conjunto de fórmulas frias e exatas, como uma equação
matemática de segundo grau. Manifesta, ao contrário, um sentimento doxológico,
isto é, de louvor. Só se compreende Deus deixando-se fascinar por Ele,
abrindo o coração, a mente e o entendimento para a luz e o calor de sua
presença irradiante. Por fim, o dogma evita discussões
vãs e vazias e propõem esclarecimentos sujeitos a evolução dentro de uma
tradição revelada, porém, não totalmente interpretada, de temas cruciais sem
retrocesso a problemáticas já superadas e respondidas pela
teologia, sempre em vista do bem comunitário e pessoal em relação a
nossa salvação.
PORQUE
O RELATIVISMO É CONTRADITÓRIO ?
*Pe.
Anderson Alves
O relativismo é realmente contraditório porque
pretende afirmar que todas as afirmações, inclusive as contraditórias, são
sempre verdadeiras (ou sempre falsas).Mas quem diz que duas afirmações
contraditórias podem ser verdadeiras, deve aceitar que duas contraditórias não
podem ser verdadeiras. O relativismo e o ateísmo absolutos são
reciprocamente excludentes; e o relativismo só pode ser verdadeiro quando é
relativo, ou seja, parcial, aplicado ao modo de expressar ou de conhecer uma
verdade, e não à verdade mesma. De fato, o conhecimento humano é discursivo e
progressivo e até hoje nenhuma ciência pode dizer que conhece totalmente o
objeto estudado. A realidade que está diante de nós é sempre mais rica do que
conhecemos. Por isso ela é como uma janela pela qual nos chega a luz da verdade
e da bondade divinas e infinitas. As filosofias relativistas ainda não
conseguiram destruir a racionalidade humana e continuamos pensando a partir da
convicção de que é possível conhecer a verdade e de que afirmações
contraditórias não podem ser ao mesmo tempo verdadeiras. Mesmo assim o
relativismo se expande na cultura atual, não através da Lógica, mas pela força
da repetição superficial de afirmações “dogmáticas”. Desse modo, não há dúvidas
de que vivemos em um ambiente onde reina não um relativismo absoluto, mas sim
um absolutismo relativista.Absolutismo relativista
significa, pois, os esforços para se impôr uma cultura mundial relativista, que
tenta destruir os valores tradicionais. Pretende-se
assim convencer aos povos de que tudo é relativo, pois a verdade não existe (ou
tudo é verdade, o que dá no mesmo) e todos os comportamentos morais são
igualmente bons (ou igualmente maus).Tudo o que é contraditório parece ser hoje válido e
tolerável. A única coisa que não se tolera é que se mostre as contradições e a
irracionalidade do mesmo relativismo. O absolutismo relativista exige que
toleremos as mentiras como se fossem verdades, e que não “toleremos” as
verdades, como se fossem mentiras.Na
Ética o absolutismo relativista se manifesta principalmente em dois modos:
a)-No Positivismo.
b)-E no chamado “pensamento débil”
Ambos dizem que a Ética
só pode ser descritiva. Embora esses sistemas sejam opostos, as conclusões a que chegam são
semelhantes:
1)- O Positivismo diz que o método das ciências
experimentais deve ser aplicado a todas as ciências. Ora, as ciências só
descrevem a realidade, sem prescrever nada. Por isso a Ética deve apenas dizer
como as pessoas se comportam. O argumento dado é logicamente válido, mas há uma
premissa que deve ser discutida: por que a Ética deve ter o mesmo método das
ciências experimentais? Essa é uma afirmação filosófica, que só pode ser
imposta pela força, uma vez que não se sustenta racionalmente. De fato, a dita
afirmação não pode ser justificada por métodos experimentais e a conclusão do
raciocínio é autocontraditória: diz que as ciências não devem ser normativas,
mas essa afirmação é já uma norma no âmbito científico.
2)- Outro sistema importante é o chamado
“pensamento débil”. Diz
que o filósofo moral deve descrever os modelos de comportamento para facilitar
o diálogo entre as culturas. Forma-se assim uma mesa redonda, semelhante à de
um jogo de cartas, na qual não se chega a nenhuma conclusão. E isso se
apresenta como uma exigência da “democracia”. E o argumento dado
diz: os homens são todos iguais; quando dois homens possuem opiniões diversas,
ambas devem ser aceitas, pois é antidemocrático ou
politicamente incorreto dizer que uns homens tem razão e outros se equivocam.Quem
pensa assim deveria antes de tudo esclarecer o que significa a afirmação de que
“todos os homens são todos iguais”.Se significasse que possuem uma mesma
dignidade, estamos de acordo. Mas se quer dizer que tudo o que os homens
afirmam, em razão da dignidade comum, seja sempre verdadeiro, isso é um
absurdo. Da dignidade da natureza humana não se deduz que o conhecimento de
todos os seres humanos seja sempre verdadeiro.E tampouco se deduz que sempre dizemos a verdade, ainda por mais
sinceros que fôssemos, pois a sinceridade não é o único critério da verdade,
pois uma pessoa pode estar sinceramente equivocada. De fato, o homem pode,
não só se equivocar, mas também mentir, manipular, tentar dominar a quem parece
ser mais fraco. E não se entende como o erro ou a mentira pode sustentar uma
“democracia”. Dito de outro modo: o principal equívoco
do “pensamento débil” está em estabelecer como critério de verdade não a
relação do juízo intelectual com a coisa conhecida, mas sim o juízo com a
dignidade de quem o profere. Da dignidade do ser humano, de fato, não se
deduz a verdade de todos os seus conhecimentos, nem a bondade moral de todos os
seus atos.
Portanto, o Positivismo e o “pensamento débil”
expressam bem o atual absolutismo relativista:
“A tentativa de impor
pela força de repetições afirmações contraditórias, como se fossem verdades
absolutas, negando o que realmente é verdadeiro e bom!”
O dito absolutismo, última
forma de pensamento universal, desrespeita as culturas verdadeiramente humanas. Pois se a Ética fosse somente descritiva, os
filósofos poderiam falar sobre as diversas culturas, mas não falar com elas. E
isso ofende a dignidade e a racionalidade humana, que como tal está aberta ao
diálogo sincero em busca de uma verdade condivisível por todos os homens.
*Pe. Anderson Alves, sacerdote da diocese de
Petrópolis – Brasil. Doutorando em Filosofia na Pontificia Università della
Santa Croce em Roma.
Alguns dizem ser perca de tempo
falar a verdade já que todos tem a sua. Ora, só no hospício todos dizem estar
falando a verdade. Num hospício, cada um tem a sua própria realidade, a sua
própria visão de mundo e sua própria razão, e se dizem Jesus Cristo, Maomé,
Einstein ou Judith Stein. Num hospício, uma bola de futebol pode ser redonda ou
quadrada, depende só do lunático em questão. Muitos negam a realidade objetiva,
influenciados pela mídia, ou pelas idéias liberais e românticas que dominam o pensamento
moderno.
-Ora se
um aluno, numa prova responde alguma coisa errada, esta seria considerada certa
ou errada?
-Se um
aluno faz uma prova toda errada, não se coloca um zero bem redondo na prova
dele?
-Como
podemos então dizer que todos tem razão e não existe verdade?
Se assim fosse, todas as
respostas seriam corretas, e ninguém poderia ser reprovado em prova alguma. É
claro que as pessoas devem ser respeitadas, mas não desta forma. E o mundo,
hoje, se transformou em um manicômio, onde todos dialogam, ninguém escuta, e
ninguém acredita em ninguém. Manicômio no qual nenhuma informação tem valor.
Vive-se num relativismo total. Sim, os relativistas e liberais sonharam com um
mundo sem lutas, sem polêmicas, em doce paz, sem guerras e sem polêmicas mal
educadas. Criaram no século XX, reino da tolerância, no qual houve já duas
guerras mundiais. Ocorre, porém, que a verdade e a mentira estão em perpétua
guerra. Ocorre que o bem detesta o mal e o mal detesta o bem.Ocorre que Cristo
Deus disse que não veio trazer a paz ao mundo, mas sim a espada, a guerra!Ocorre
que Deus disse que a vida do homem na terra é uma guerra.Ocorre que Jesus disse
que mandava seus filhos como cordeiros entre lobos.E os relativistas não
admitem que haja defesa contra os lobos.Ocorre que os relativistas sonham fazer
a paz entre Cristo e Belial. Ocorre que eles sonham em dialogar, e
dialogar com boas maneiras, até com o diabo. Ocorre que a paz e a educação
liberal só produziram um mundo de guerras mundiais e de violência. Como
reagiriam esses católicos da falsa paz, vendo Cristo de chicote na mão, batendo
nos vendilhões, derrubando as suas mesas, e expulsando-os aos gritos do Templo?
Certamente criticariam a falta de "bons modos" de Cristo, e diriam
que Ele não fora bem educado. Que afinal, se Ele foi crucificado, foi porque
não teve a habilidade diplomática conveniente, e a caridade de dialogar
pacificamente com seus opositores. Que ele não respeitou a opinião de Caifás, e
que Ele, por sua violência, acabou sendo crucificado.Que se
poderia esperar da pregação de Cristo, senão a violência do Calvário visto que
Jesus declarou que deveria haver guerra entre os filhos da luz e os filhos das
trevas?Que se
poderia esperar, diriam esses tolerantes e relativistas contra Jesus, de uma
pregação tão radical e tão cortante, tão intolerante como a de Cristo?A vida católica exige defender a
Fé. Exige vender, se preciso, o manto para comprar uma espada, como Cristo
recomendou a São Pedro. E a Palavra de Deus é como uma espada, nos diz São
Paulo.São Paulo, o Apóstolo que compôs o hino mais sublime em honra da
caridade, São Paulo recomendou a seu discípulo Tito que tratasse duramente os
hereges: "Increpa illos dure!". "Repreendê-os asperamente"
(Epístola de São Paulo a Tito, I, 13).São Paulo não disse a Tito:
"Tenha bons modos com os hereges", mas "Increpa illos
dure!".Outrora os defensores da Fé eram combativos e usavam
argumentos e ironia.Imitemo-los. Outrora, os santos eram normalmente mártires e
confessores.Hoje, os doutores de boas maneiras e de incoerência querem que haja
apenas os "santos" dialogantes, e que a Igreja seja uma casa de
tolerância.Non !!! Jamais !!!Não os sigamos.Não os imitemos.Na Sagrada
Escritura, Nosso Senhor fala:"Conheço as tuas obras: não és nem frio nem
quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente,
vou vomitar-te." (Apocalipse, III, 15-16).E hoje se quer um mundo morno,
tolerante, egoista e amoral. Esperamos mesmo seguir o que Nosso Senhor Jesus
mais ensinou, que foi amar a Deus e à Verdade. A verdade absoluta.
E combater o erro e a mentira da maneira que Nosso Senhor nos ensinou a
combater!
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