A Teologia da Libertação e por conseguinte, a
esquerda revolucionária, para sobreviver se reinventou, ampliou o conceito de “excluído”. Antes, era alvo
de sua práxis não preferencial, mas exclusiva e excludente, o pobre de bens
materiais e sem acesso às políticas públicas, mas, como seus ideólogos
perceberam que este mesmo pobre seria apenas uma questão de tempo mudar de
classe social,
ficando fora de seu alcance proselitista devido o avanço das melhorias sociais
e distribuição de renda causada pelo Capitalismo Humanista surgente, foi buscar a nova MASSA DE MANOBRA entre os
homossexuais, negros, marginais de todos os quilates (desde o pequeno
traficante até os grandes comandantes do crime organizado) e jovens mimados e
revoltadinhos com tudo e com todos, não para liberta-los do pecado, mas aliciá-los para sua
causa revolucionária socialista.A ideologia marxista
presente na Teologia da Libertação não faz nada pelo pobre a não ser utiliza-lo
como massa de manobra e cobaia de ideologias Socialistas. O Cardeal Ratzinger,
hoje Papa emérito Bento XVI, em 1984 disse que “a teologia da libertação é uma
heresia singular”. Uma heresia é tanto mais perigosa quanto mais
elementos de verdade engloba! Eis
como o Cardeal Ratzinger explica a mistura de elementos de verdade do
cristianismo com a ideologia marxista:“Na minha opinião, aqui se pode reconhecer muito claramente a
mistura entre uma verdade fundamental do Cristianismo e uma opção fundamental
não cristã, que torna o conjunto tão sedutor: o sermão da montanha é, na
verdade, a escolha por parte de Deus a favor dos pobres. Mas a
interpretação dos pobres no sentido da dialética marxista da história e a
interpretação da escolha partidária no sentido da lula de classes é um salto
“eis allo genos” (grego: para outro gênero), no qual as coisas contrárias se
apresentam como idênticas”.A Congregação para a
Doutrina da Fé não silenciou sobre a Teologia da Libertação. Em 6 de agosto de
1984 lançava a “Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação” –
Libertatis nuntius. Dois anos depois, em 22 de março de 1986 lançava outro
documento, desta vez uma “Instrução sobre a liberdade cristã e a libertação” –
Libertatis conscientia.
Em ambos os casos a intenção era alertar sobre os
perigos da Teologia da Libertação.Porém o problema é que já estamos,
no Brasil, imersos em uma cultura, uma
educação e uma mídia tão marcadamente marxista e esquerdista que para muitos é
incompreensível que a Teologia da Libertação seja um desvio, uma deturpação da
fé, pelo simples fato de que realmente acreditam que a sociedade socialista é o
“paraíso”, o “Reino de Deus” na terra. Uma sociedade em que tudo seria de
todos, e em que não haveria mais pobres: eis sua utopia, jamais alcançada pelos
países que se aventuraram a construí-la.
Socialismo ou capitalismo? Quem é intrinsecamente mal?
Muitos creem que o
capitalismo é que é intrinsecamente mau, enquanto o socialismo-comunismo é o
“paraíso”. Na verdade, o socialismo-comunismo é que é intrinsecamente mau, enquanto o capitalismo é mau em seus “acidentes”, ou seja,
devido ao fato de que pessoas com má intenção realmente se aproveitam de sua
estrutura para explorar os trabalhadores e enganar a sociedade. Mas o sistema em si não é intrinsecamente
mau, de modo que, se as pessoas se utilizarem dele para fazer o bem,
uma sociedade solidária poderá ser construída. Aqui se faz necessário recorrer ao solene Magistério da
Igreja a fim de entender porque o socialismo-comunismo é intrinsecamente mau. Recomendo a leitura de
alguns documentos da Igreja, como os dois citados acima e a o Compêndio da
DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA, que você pode encontra-los no site: Vatican.va - Retiro
algumas passagens de apenas um destes documentos, Divini Redemptoris, a fim de
ilustrar a posição da Igreja sobre o socialismo-comunismo:“Perigo tão ameaçador, vós já o
compreendestes, Veneráveis Irmãos, é o
comunismo bolchevista e ateu, que visa subverter a ordem social e abalar os
próprios fundamentos da civilização cristã”. (Pio XI, Divini Redemptoris, 1937)“Ademais, o comunismo despoja o homem da liberdade, princípio espiritual de
conduta moral, tira à pessoa humana toda a dignidade e qualquer freio moral
contra os assaltos dos cegos instintos”. (idem)“Intrinsecamente perverso é o comunismo, e não se pode admitir, em campo
algum, a colaboração recíproca, por parte de quem quer que pretenda salvar a
civilização cristã”. (idem)Sobre a ilusão da
sociedade socialista-comunista também nos fala mais recentemente nosso querido
Papa emérito Bento XVI, em suas duas Encíclicas até o presente momento
lançadas, Deus Caritas Est e Spe Salvi:“O marxismo tinha indicado, na
revolução mundial e na sua preparação, a panacéia para a problemática social:
através da revolução e consequente coletivização dos meios de produção –
asseverava-se em tal doutrina – devia dum momento para o outro caminhar tudo de
modo diverso e melhor. Este sonho desvaneceu-se. Na difícil situação em que
hoje nos encontramos por causa também da globalização da economia, a doutrina
social da Igreja tornou-se uma indicação fundamental...”(Bento XVI, Deus Caritas Est, 2005) 12″Ele “(Marx) supunha simplesmente que, com a expropriação da classe dominante, a
queda do poder político e a socialização dos meios de produção, ter-se-ia
realizado a Nova Jerusalém...sabemos também como depois evoluiu, não dando
à luz o mundo sadio, mas deixando atrás de si uma destruição desoladora. Marx não falhou só
ao deixar de idealizar os ordenamentos necessários para o mundo novo;O seu erro
situa-se numa profundidade maior. Ele esqueceu que o homem permanece sempre
homem. Esqueceu o homem e a sua liberdade. Esqueceu que a liberdade
permanece sempre liberdade, inclusive para o mal. Pensava que, uma vez
colocada em ordem a economia, tudo se arranjaria. O seu verdadeiro erro é o materialismo: de
fato, o homem não é só o produto de condições econômicas nem se pode curá-lo
apenas do exterior criando condições econômicas favoráveis”. (Bento XVI, Spe Salvi, 2007)Enquanto
o indivíduo não se convencer que a idealizada sociedade socialista-comunista
não passa de uma ilusão, não poderá crer que a Teologia da Libertação é uma
deturpação, um milenarismo (cf. Catecismo da Igreja Católica, §676) que reduz a
religião aos aspectos sociais, prometendo (em vão) o céu “já aqui nesta terra”,
o “Reino de Deus”, que seria nada mais nada menos que a ilusória sociedade
socialista-comunista.
Não se trata de fazer aqui uma apologia do
capitalismo selvagem!
Os efeitos nefastos do
consumismo e da “mercadorização” das pessoas e das relações também têm sido
fortemente denunciados pela Igreja: “Ora a experiência histórica dos Países socialistas
demonstrou tristemente que o coletivismo não suprime a alienação, antes a
aumenta, à medida que a ela junta ainda a carência das coisas
necessárias e a ineficácia econômica. A experiência histórica do Ocidente, por
sua vez, demonstra que, embora sejam falsas a análise e a fundamentação
marxista da alienação, todavia esta, com a perda do sentido autêntico da
existência, é também uma experiência real nas sociedades ocidentais. Ela verifica-se no consumo, quando o homem
se vê implicado numa rede de falsas e superficiais satisfações, em vez de ser
ajudado a fazer a autêntica e concreta experiência da sua personalidade”. (João Paulo II, Centesimus annus, 1991)
Porém, o capitalismo não é intrinsecamente mau, como o
socialismo-comunismo!
O capitalismo sem a
avareza de alguns pode, sim, dar espaço para uma sociedade mais justa e para a
ação caritativa e solidária! Com o socialismo-comunismo não pode
acontecer isso, pois sua proposta, por mais que pareça à primeira vista bela e
“romântica”, tolhe a liberdade do ser humano e o direito de usufruir os
bens conquistados com o próprio trabalho (propriedade privada).
Parte da estratégia
A
Teologia da Libertação é uma ramificação, como que um “departamento” entre
outros da estratégia marxista e gramscista de controle cultural e de mudança de
valores para a construção da sociedade socialista-comunista.
AS RAMIFICAÇÕES LIBERTÁRIAS
a)-Existe a Teologia
da Libertação de caráter teológico-filosófico.
b)-Existe a “Psicologia
da Libertação”, do Padre jesuíta Martin-Baró (no campo da Psicologia).
c)-Existe a “Pedagogia
da Libertação”, ou “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire (no campo
da Educação).
Todas estas teorias são
aplicações práticas da idéia gramsciana da revolução cultural. Não se trata de
dizer que não exista nada de positivo nelas, bem entendido. Porém
há muitos erros e distorções, e há, por trás de tudo,
um claro objetivo, o qual tenta-se mostrar aqui:Para a Teologia da
Libertação o DOGMA COMUM de todos os
seus ideólogos é: o “Reino de Deus é a sociedade
utópica socialista-comunista. Jesus foi um revolucionário que veio apenas para
ensinar aos “oprimidos” (os pobres) a maneira de se “libertar” do jugo dos
“opressores” (os ricos e poderosos), e o meio é a revolução, através “luta de
classes”. Marx,
a partir da dialética do filósofo Hegel, havia traçado o que seriam, segundo
ele, as “leis” de funcionamento das sociedades ao longo do tempo.
A grosso modo, a dialética hegeliana diz que a cada tese
contrapõe-se uma antítese. O resultado da contraposição dialética entre tese e
antítese é a síntese. Seguindo
este raciocínio, e aplicando-o às sociedades, Marx disse que:
a)-Ao capitalismo e à
hegemonia da burguesia (tese).
b)-Esta burguesia se
oporia à classe dos oprimidos, proletários e operários (antítese).
c)-Então, os oprimidos,
através da revolução e da luta de classes se libertariam do jugo dos opressores
(dos burgueses) e consolidariam a sociedade socialista-comunista (síntese). Para
ele, a história marcharia inexoravelmente para este fim.
Consequências nefastas dessa teologia de caráter marxista?
Os países que se
lançaram na construção desta utopia puderam sentir na pele suas consequências
(incluindo o papa São João Paulo II):
1)-Milhões de mortos
pela fome (só na China foram mais de 65 milhões).
2)-Perseguição aos
cidadãos contrários aos regimes revolucionários (como ainda hoje acontece em
Cuba, China e Coreia do Norte).
3)-Matança em série em
campos de extermínio (p. ex. os “gulags” russos).
4)-Proliferação da pobreza, ao invés
de acabar, se alastrou.
5)-O ateísmo reinante
levou a uma vida sem sentido, a qual fez proliferar a corrupção, suicídios, tráfico e consumo
de drogas, e aumento da prostituição, incluindo crianças.
Basta procurar fontes
seguras de informação para se inteirar do que aconteceu e ainda acontece na
Rússia, na China, na Coréia do Norte, no Vietnam, em Cuba e nos países do Leste
Europeu. Realmente é preciso procurar, pois a nossa mídia (infelizmente ocupada por
Jornalistas oriundos de Universidades Públicas esquerdizadas) omite muitas
dessas informações, quando não as deturpa em favor dos regimes comunistas.
Em muitos países ainda hoje se perseguem e assassinam cristãos pelo simples
fato de serem cristãos.
Algumas ressalvas
Foi inevitável falar um
pouco de política, sociologia e filosofia para tentar expor os equívocos do socialismo-comunismo, tão propagado, às vezes
de maneira disfarçada, pela Teologia da Libertação. Muitas pessoas que se sentem ligadas de alguma forma
à espiritualidade de Teologia da Libertação desconhecem a base marxista que
está por trás de tudo. Não se trata aqui de dizer que todas as pessoas ligadas,
de uma forma ou de outra, a este tipo de vivência na fé seja necessariamente
mal-intencionado, ou ainda um simples militante marxista “infiltrado”. É claro também que não se pretende condenar
as inúmeras obras caritativas levadas a cabo pelos adeptos da Teologia da
Libertação. Muito menos se pretende negar a imensa
desigualdade social na América Latina, nem se quer dar a entender que não se
devem denunciar as injustiças e os desmandos que prejudicam a condição social
de nosso povo. O que acontece, infelizmente, é que muitas
pessoas, mesmo inconscientemente, ao passo que realizam coisas muito boas (que
devem ser continuadas), servem também, como “massa de manobra” nas
mãos de quem sabe como e porque se utilizar deste tipo de Teologia para
conseguir suas finalidades políticas.
O QUE ESTÁ POR TRÁS DOS OBJETIVOS DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO?
De fato, nem todos sabem o que jaz
por trás da aparência realmente bela da “Libertação” e da “opção preferencial
pelos pobres” (como muitos que praticam
a caridade maçônica e espírita, sem saber com o que estão envolvidos). É preciso levar em
consideração o fim último da construção de um tipo de sociedade anticristã,
como foi falado pelos documentos da Igreja mostrados acima. O que se
sabe, porém, é que há quem entenda toda a opção política que jaz
subliminarmente no caso, e quem se utilize disso. Mormente deve-se destacar que
os primeiros divulgadores desta Teologia da Libertação deveriam saber muito bem
o que estavam fazendo, e muitos grandes “nomes” desta linha hoje sabem muito
bem, sim, o que estão fazendo. É disto
que trata estes esclarecimentos, e não de condenar a priori a todas as pessoas,
instituições e atividades envolvidas.
Muitos podem se perguntar:
“Porque pessoas aparentemente tão boas deveriam ser cruelmente taxadas
de hereges só porque têm simpatia pela Teologia da Libertação?”
Existe uma diferença entre:
a)-Quem sabe dos verdadeiros
propósitos da Teologia da “Libertação” .
b)-E quem não sabe – Ora, quem não sabe
não pode ser culpado nem taxado de nada; tem que ser apenas
alertado e não simplesmente
condenado!
Alguém
pode ser uma pessoa muito boa, muito amável, muito caridosa, e sincera em seus
propósitos pessoais, desligados até dos objetivos REAIS da Teologia da
Libertação, mas infelizmente estar enganado quanto aos seus propósitos, pois a
sinceridade não é o único critério da verdade, pois uma pessoa pode estar
sinceramente enganada. Porém, mesmo quem está ligado à Teologia da Libertação,
e sabe realmente de seus fins maléficos, ateus, materialistas, que só busca a
libertação exterior e não interior do pecado, pode ser uma pessoa boa no
convívio particular.
Separando alhos de bugalhos - Uma coisa é:
a)-A maneira da pessoa
ser (nos contatos mais próximos da vida privada), que pode ser mesmo muito
meritória.
b)-Outra coisa é a
ideologia ou compromisso que assume consciente e deliberadamente em sua prática
cotidiana e social (para usar um termo marxista: a “práxis”), e que contraria a
Doutrina Social da Igreja, portanto indo de encontro ao bem comum (será
que não estão precisando urgentemente, todos nós Católicos aprender sobre Verdadeira
Doutrina Social da Igreja?).
Dito isto, voltemos agora nosso olhar para a relação entre
a Teologia da Libertação e a Igreja Católica
Algumas pessoas dizem que a
Teologia da Libertação é a única coisa que faz sentido na Igreja atual. Quem pensa assim, ou não sabe o que é
realmente a Teologia da Libertação, ou não conhece o que é a Igreja do qual faz
parte. Se soubesse da verdadeira finalidade da Teologia da Libertação, que é a
infiltração marxista na religião, e se soubesse os malefícios que o marxismo
trouxe à humanidade, certamente não apoiaria esta Teologia, nem diria que ela é
a única coisa que faz sentido na Igreja. E também, se conhecesse o que é a
Igreja: Corpo Místico de Cristo, Esposa de Cristo, por Ele instituída para a
salvação de toda humanidade (pobres e ricos e não apenas uma classe social) e
para reunir e santificar todos quantos acolhem seu chamado.Se esta pessoa prestasse
atenção em tudo que a Igreja, por meio de seus membros, já fez e continua
fazendo pelos pobres, necessitados, e enfermos; se constatasse a multiplicidade
de carismas, de missões, dons e apostolados com que o Espírito Santo cumulou a
Igreja nestes dois mil anos de evangelização e missão, jamais faria tal
afirmação.
Comungar
é tornar-se um perigo?
“É Jesus este
pão de igualdade!
Viemos pra
comungar
com a luta
sofrida do povo
que quer ter
voz, ter vez, lugar.
Comungar é
tornar-se um perigo;
viemos pra
incomodar!
Com a fé e
união nossos passos um dia vão chegar”
(Ir. Vaz
Castilho)
O trecho da música
composta dentro desta práxis teológica, resume a visão marxista e da Teologia
da Libertação sobre o que seja a participação na Eucaristia: uma
antecipação e prefiguração da utópica sociedade marxista, em que “tudo é de
todos”; bem como a expressão da luta de classes, na qual a classe oprimida, no
caso o “povo que quer ter voz, ter vez, lugar” se revolta e busca sobrepujar a
dita “opressão” das “classes dominantes”. Por isso
comungar, para a Teologia da Libertação, é reunir a classe oprimida e fazer a
revolução, a luta de classes. É “tornar-se um perigo” para as “classes
dominantes”, de tal modo que possam dizer: “viemos pra incomodar” estas
classes! Isto representa um reducionismo típico do movimento
revolucionário. Reducionismo porque
reduz todos os demais aspectos da Eucaristia a apenas um, a expressão da
“partilha do pão”, que prefigura a partilha dos bens. Deixa em segundo
plano (senão totalmente esquecidos) aspectos mais importantes:
a)-A União com Cristo (cf. Catecismo da Igreja Católica –
CIC – §790, 1003, 1391);
b)-A união dos que crêem (§805, 1396, 1398, 2637);
c)-O aumento da graça e crescimento da vida cristã (§1392,
1397, 1644);
d)-A fonte renovadora da conversão e força para o afastamento
dos pecados (§1393-95, 1436, 1846);
e)-A participação no sacrifício de Cristo e a união com a
liturgia celeste (§1322, 1370).
Deturpação porque até
mesmo este único efeito da Eucaristia que realça (a prefiguração da partilha
dos bens e o compromisso com os pobres) é utilizada não por causa de seus princípios
evangélicos, mas apenas para dar suporte e divulgação à ideologia
marxista.A utilização em larga
escala de músicas parecidas com esta, com a mesma temática, mostra o objetivo da
Teologia da Libertação. Apesar dela ter sofrido um declínio após um apogeu nas
décadas de 70 e 80 do século passado, sua influência ainda paira fortemente
sobre as músicas, as vestes litúrgicas, nos seminários, folhetos de subsídio
litúrgico; nas notas de rodapé da Bíblia (vide a Bíblia Edição Pastoral da
Editora Vozes, em que cada nota de rodapé ao longo de toda a Bíblia leva
somente a reflexões marxistas de opressor-oprimido; até mesmo quando Jesus
chama para perto de si as crianças, o subtítulo que se dá a este trecho é
“Jesus escolhe os pobres”); e nos sermões de padres e pessoas ligadas a linha,
tentando passar um senso comum de cunho meramente social do que é ser Católico. Seguindo
os conselhos de Gramsci, o reducionismo e a deturpação que a Teologia da
Libertação faz com as verdades da Igreja tornam-se tão comuns e entrelaçadas
com o cotidiano que viram uma espécie de imperativo, ou de inexorável vontade
de Deus. Lamento dizer aos seus simpatizante e ideólogos, mas "Comungar
não é tornar-se um perigo meramente social. Como Cristão o outro, independente da classe social, não é meu inimigo, somos todos filhos do mesmo Pai, portanto, o outro é meu irmão". É fato que faz parte
dos preceitos cristãos, do múnus profético, denunciar as injustiças sociais,
mas não no sentido da apologia da luta de classes.
Inclusive esta mesma luta de classes, no atual cenário marxista, expandiu-se, e engloba não mais somente a dicotomia “rico versus pobre”, mas também várias outras, como:
a)-“mulheres versus
homens” (feminismo).
b)-“homossexuais versus
heterossexuais” (gayzismo).
c)-“filhos versus pais”
(conflitos de gerações);
d)-“negros versus
brancos” (racismo),
e)-“sem terra e sem
teto versus seus proprietários”, e por aí vai.
Mas a diminuição das
injustiças sociais, que existem de fato, e a denúncia das injustiças pode
passar por outros meios muito mais condizentes com o espírito real do Evangelho
do que a luta de classes. Portanto, tomemos cuidado com algumas mensagens
“ocultas” presentes em certas músicas, em algumas “orações da assembléia”, em
homilias etc.Comungar é tornar-se um outro
Cristo, é fazer Cristo viver em si (cf. Gal 2,20), o mesmo Cristo que falou:
“Meu Reino não é deste mundo” (Jo 18, 36) e à pecadora arrependida: Vais e não
peques mais (João 8,11). O cristão não
pode ser, de forma alguma, insensível à miséria dos povos do Terceiro Mundo.
Todavia, para acudir cristãmente a tal situação, não lhe é necessário adotar um
sistema de pensamento que é intrincecamente anticristão como a Teologia da
Libertação; existe a doutrina social da Igreja,
desenvolvida pelos Papas desde Leão XIII até João Paulo II de maneira cada vez
mais incisiva e penetrante. Se fosse posta em prática, eliminaria
graves males de que sofrem os homens,
sem disseminar o ódio e a luta de classes.
Adaptado de: Card.
Ratzinger – Eu vos explico a Teologia da Libertação
O PROTAGONISMO DO POBRE NA “TEOLOGIA DA PROSPERIDADE!
Uma novidade no Brasil é
a plataforma “Reino” para conectar projetos de empreendedores cristãos no país. “Ser
empreendedor é transformar realidades”, disse José Garcia Júnior, da Valorem - O número de
empreendedores no Brasil ultrapassa os oito milhões, segundo dados do Portal do
empreendedor. Dentro dessa estatística está incluído também cristãos que também
resolveram ter seus negócios próprios. Esta plataforma servirá de referência no
Brasil para o empreendedorismo cristão.“Reino”, será um sistema que vai
conectar os empreendedores cristãos e seus projetos no país com todos os
demais, criando um ecossistema. A plataforma poderá ser usada até como fonte de
informações. Percebemos que existem milhares de iniciativas empreendedoras que
estão impactando e transformando vidas tanto nas áreas social e econômica,
quanto na espiritual. Mas precisamos
conectar todo mundo, gerando uma sinergia, que potencialize as iniciativas. Por
isso iremos disponibilizá-la o quanto antes, explicou o idealizador do projeto
“Reino”, José Garcia Júnior, diretor executivo da Valorem, uma instituição
voltada para o empreendedorismo cristão. Me sinto realizado, principalmente
porque a Palavra
em 1Co 16,14 diz: ‘Todos os vossos atos sejam feitos com amor’. E tudo que fiz e faço é muito prazeroso e feito com
muito amor”,declarou(https://comunhao.com.br/empreendedorismo-cristao/).A tese weberiana
segunda a qual o empreendedorismo não se desenvolve apenas com atos motivados
por interesses econômicos, mas também por normas e valores internalizados, é
amplamente sustentada pelos novos empreendedores Cristãos. A motivação religiosa-normativa,
legitimada por um ideal secular de justiça social é enfatizada tanto entre os
empreendedores católicos como protestantes. Como decorrência, a
principal preocupação deste deste empreendedorismo Cristão, é
refutar e reformar a tríade relacional entre economia-individualismo-egoísmo.
No caso da experiência neopentecostal, a ênfase recai sobre as conveniências do
pertencimento, sendo que o novo discurso apela para um “novo tipo” de chamado
secular, porém, sacralizado de ser um empreendedor bem-sucedido com as virtudes
que Deus concede a todos e não somente a predestinados, tal qual no calvinismo.
Nesse sentido, ser bem-sucedido adquire um caráter quase coercitivo de um dever
para com Deus, o que acaba por reforçar o papel da igreja na orientação e
pastoreio dos negócios.A título específicos de
exemplos concretos vemos isto no protestantismo através das denominações Igreja
Renascer em Cristo e IURD, já no lado Católico com o Movimento dos Folcolares
através da ECONOMIA SOLIDÁRIA. Ver-se de modo geral, que as estruturas religiosas
destas organizações, formam um tipo especial de capital social, denominado de
capital espiritual – por meio de “fechamento” de redes sociais, organização
social apropriável, obrigações e normas, canais de informações e redes
religiosas de ajuda mútua – capaz de criar e sustentar recursos organizacionais
– quais sejam, recursos culturais/simbólicos, espaços de formação, informação e
apoio espiritual/motivacional – e que são mobilizados de modo a facilitar as
ações de seus empreendedores. Tais recursos dão vantagens relativas a esses
empreendedores por oferecerem benefícios tais como:
a)-Tecnologias
religiosas;
b)-Apoio psicológico;
c)-Redução dos custos
da coleta e acesso à informação, de negociação e do estabelecimento de
contratos;
d)-Informações
específicas e interpretadas de acordo com a visão de mundo religiosa;
e)-Um sistema de
significados que cria essa visão de mundo e sustentada pelas estruturas de
plausibilidade, dando-lhes maior grau subjetivo de certeza, esperança e fé
acerca de seus negócios;
f)-Prestações de
serviços técnicos por parte de membros da organização;
g)-Desenvolvimento do
capital humano
devido à aprendizagem contínua por meio de cursos, seminários, palestras,
congressos; trocas de experiência; e possibilidades de negócios, incluindo
possíveis parceiros, fornecedores e clientes.
No
Brasil de hoje, a revolução pioneira em cursos e apoio desta natureza é a dos
evangélicos, que, além da oferta do “combo: Jesus –
resgate da dignidade e felicidade”, colocam em curso um liberalismo dos pobres.
Os evangélicos sabem de modo prático que é possível mudar a realidade do
pobre sem luta, ou ódio de classes, assim conseguem empoderar seus pobres. Dessa
forma, eles recusam veementemente a condição de vítimistas e se tornam agentes
da própria história.Ter também, um
objetivo, aliados que rezam por você, o apoiam e um inimigo claro, traz
motivação e conforto diante das incertezas e dificuldades da vida. Por algum
tempo essas correntes se mantiveram isoladas da esfera pública, mas na segunda
metade do século passado, passam a interagir na política institucional, a
conformar redes midiáticas para garantir o investimento em televangelização e a
fortalecer bases doutrinárias e representações políticas para globalizar sua
ação.
Os números e os últimos eventos eleitorais mostram que a
estratégia foi bem sucedida:
a)-São de religião
evangélica cerca de 20% da população do continente, em comparação com 69% dos
católicos.
b)-Em 1900, os
protestantes eram cerca de 50.000: apenas 1% da América Latina, enquanto 94%
eram católicos.
c)-Em 1930, eles tinham
se tornado um milhão, 50 milhões nos anos 1980. E, no ano 2000, subiram para
cerca de 100 milhões. A projeção é que em 2030 os evangélicos dividam de igual
para igual com os católicos o número de fiéis.
d)-No Brasil, em apenas
40 anos, o percentual passou de 5% para 22% dos fiéis. Na Venezuela, passaram
de 7% a 17% da população na última década.
Esses contingentes disputam a consolidação de seu poder de
influência construindo uma rede diversa e potente:
1)-Administram rádios e
canais e TV, atuam nas periferias com inúmeros programas sociais e respostas de
pertencimento, ou seja, influenciando comportamento e provendo identidade para o modo de vida
que defendem, e, claro, se envolvem na disputa política de vários modos.
2)-Vigiam e monitoram
campanhas eleitorais e escolhas políticas dos candidatos, unificando as diferentes filiações em torno a temas morais
e seus cavalos de batalha como casamento igualitário e proibição do aborto. Se constituem assim em
uma poderosa força sociopolítica, capaz de prover resposta às diferentes
agonias da pós-modernidade.
3)-Mesmo no campo
econômico, conseguem indicar um caminho pelo empreendedorismo vinculado à
teoria da prosperidade. Tal ação coordenada somada a um sistema político
fragmentado e a um sistema financeiro que acentua a exclusão, permite que essas
igrejas cresçam e se associem a uma sensibilidade mobilizadora que alimenta
formações políticas de direita.
É importante, no
entanto, compreender que o que habitualmente se chama de evangélico é um rótulo
genérico que não dá conta das complexidades e das distinções nesse movimento em
que atuam distintos grupos religiosos: luteranos, metodistas, calvinistas,
batistas, presbiterianos e pentecostais, entre as denominações mais conhecidas.
Conforme Paul Freston, para além do agravamento da miséria, o que pode explicar
o sucesso empresarial dos pentecostais e neopentecostais é um conjunto de
aspectos culturais, sociais e religiosos. Diz
esse autor que a religião é ambivalente e oferece diferentes coisas a
diferentes indivíduos:“O pentecostalismo é flexível e é improvável haver uma única razão
para o seu crescimento...é necessário levar-se
em conta não apenas os fatores econômicos e políticos, mas sociais, culturais,
étnicos e religiosos; não apenas o nível macro (quais são as configurações
favoráveis à conversão) mas também o nível micro (porque as pessoas com estas
características se convertem)”, destaca.
Duas prováveis explicações são:
1ª)-A possibilidade de
vivenciar a experiência com o Espírito Santo, por todos os membros, mesmo os
iletrados.
2ª)-Outro aspecto é a
flexibilidade, a possibilidade de adaptação a diferentes organizações,
localidades e realidades, já que não depende de um clero formal e permite a ascensão de quaisquer lideranças, uma vez que não
depende de formação teológica, mas emerge da própria comunidade,
o
que viabiliza alto nível de adaptação às culturas locais,
“diferentemente do protestantismo histórico, que manteve, em maior ou menor
grau, fidelidade às suas tradições europeias.
A conexão bem definida entre superação da carência
econômica e religião mostra que na fé está a resposta!
A prosperidade
econômica pode ser alcançada por uma ética do trabalho, mas principalmente pelo
empreendedorismo. É comum nas práticas dessas igrejas o auxílio
para que desempregados montem o próprio negócio, mesmo na economia informal, e
a dinâmica da ajuda mútua (irmão ajuda irmão) criando redes de proteção e
pertencimento. Dentre as estratégias de sobrevivência e controle
estão:
1)-A sublimação
(pureza) sexual.
2)-O interdito ao fumo,
às drogas e ao alcoolismo.
3)-A adoção das noções de
dignidade de filho de Deus e prosperidade, mas não subordinadas, como há dois
séculos, à salvação, como regra de conduta e identidade coletiva. Esses
discursos simples, diretos e eficazes vão arrebatar frações significativas e
estabelecer posições muito claras em face da política.
ORIGEM, FUNDAMENTOS E PROPAGAÇÃO DA TEOLOGIA DA
PROSPERIDADE:
A Teologia da
Prosperidade é um desdobramento da crise de 29 nos Estados Unidos, cujo
fundamentalismo reorienta sua ética em favor de uma maior participação na
esfera pública a recristianização da América, empreendida através da
evangelização em massa, com uso intenso dos meios de comunicação. Na
América Latina isso será um investimento crescente e incremental. Jornais,
rádios, TVs e mais recentemente Portais Gospel na internet farão as vezes de
instâncias centralizadoras, alinhadoras dos discursos. Os porta vozes
serão lideranças que se sobressaem nesses meios e cumprem também uma função
corporativa e representativa das distintas variedades dos grupos evangélicos.
Não raro, essas lideranças disputam notoriedade entre si.
Pelo menos três grandes tendências evangélicas podem ser reconhecidas
na América Latina:
1)-Primeiro, os
protestantismos históricos, que chegaram à região no século 19 e incluem
principalmente luteranos, metodistas e calvinistas. Apesar de sua fraca
expansão demográfica, eles tinham privilégios culturais e contribuíram para o
liberalismo político.
2)-Segundo, há as
tendências evangélicas originadas nos Estados Unidos, que chegaram à América
Latina desde o início do século XX, com um forte senso missionário e proselitista
sustentado no literalismo bíblico. Eles eram, portanto, profundamente
conservadores em sua rejeição à ciência e em qualquer reivindicação ao
pluralismo religioso. Uma parte das igrejas Batista e Presbiteriana fazem parte
dessa segunda onda de evangélicos.
3)-E terceiro, os
Pentecostalismos, variante específica de um movimento que mostrou nos últimos
100 anos uma capacidade sem precedentes de globalização. O pentecostalismo
produz conversões em massa de fiéis na China, Coréia do Sul, Cingapura,
Filipinas e vários países do continente africano. Em todos esses casos, como na
América Latina, verifica-se uma constante: o movimento tem uma grande capacidade de
vincular sua mensagem às espiritualidades locais, além de incentivar formas
flexíveis, variadas e facilmente apropriadas de organização, teologia e
liturgia, disseminadas entre os mais diversos segmentos populacionais
de diferentes contextos nacionais.
A
teologia da prosperidade, que argumentou e antagonizou a teologia da libertação
em um nível prático, sustentou que, se Deus pode curar
o corpo e a alma, não há razão para pensar que Ele não pode conceder
prosperidade! Assim podemos observar
um forte poder econômico arrecadador e livre de impostos por ter caráter
filantrópico, convertido em poder político. Na Colômbia, por exemplo, segundo
dados de 2017, são 750 colégios públicos contra 3.500 igrejas neopentecostais. Além
da capacidade de adaptação, do discurso forte, da presença viva e atuante do
Espírito Santo e das mensagens persuasivas, joga a
favor dos neopentecostais a perca de fieis da Igreja Católica pela falta de uma
catequese integral, atrativa e convincente, pois transformaram o altar em
palanque Político com dos padres de carreata (convocando pobres que nem
nas missas estão), onde quem vai com sede de Deus, entra seco e sai rachado, cheio de inveja, ódio no coração
e se sentindo vítimas das zilitis. Quem quer ouvir falar de Deus e de seu plano
de salvação, para muitos que não tem um grupo de oração próximo,não tem outra
alternativa a não ser debandar para o protestantismo, ou até espiritismo, onde
falam mais de Deus e seu amor, do que em muitas missas católicas.No Chile, um dos países
tradicionalmente católicos, a confiança na Igreja Católica, segundo o instituto
de pesquisas Latinobarómetro, caiu de 80% em 1996 para 37%. O número dos que se declaravam católicos
era de 74% e caiu para 45%, no mesmo período. É a queda mais brusca entre
países da América do Sul. A tendência declinante já se verificava desde
os anos 90, mas se acentuou depois de escândalos de pedofilia. Neste contexto, os evangélicos permanecem
com uma certa autoridade moral para o discurso conservador e a prerrogativa de
guerra espiritual (a guerra que incomoda mais que a da Teologia da Libertação). A doutrina da guerra espiritual sustenta que o
divino está no mundo, mas também está a presença do mal. Dessa maneira, o diabo
deixa de ser uma metáfora para se tornar uma força espiritual encarnada que
ameaça a saúde, a prosperidade e o bem-estar, e isso resulta em uma concepção
de experiência religiosa e liturgia na qual a expulsão de diferentes demônios é
central. Essa é também a chave da expansão pentecostal, pois essa formulação
permite falar diretamente para os destinatários do discurso.Em suma, o crescimento
pentecostal se alimenta das vantagens organizacionais e discursivas dos
evangélicos e dos déficits católicos, e ocorre principalmente nos espaços em
que o catolicismo, com sua lenta logística, falha em explicar o processo de
metropolitização que caracteriza a América Latina:Em
cada novo bairro onde a igreja católica planeja chegar, já existem uma ou
várias igrejas evangélicas. Esse processo também ocorre do campo para a cidade
e da periferia para o centro.Todas as igrejas
evangélicas e, especialmente, os pentecostais também, forjaram diferentes tipos de
instituições educacionais, esportivas e, principalmente, instituições de
produção cultural de massa, como editoras, gravadoras, plataformas midiáticas
que, ao mesmo tempo que facilitam a atividade de proselitismo, dão densidade ao
mundo evangélico criando denominadores transversais comuns. Ainda não
sabemos a extensão dos efeitos dessas transformações do campo religioso na vida
política e na esfera pública, mas já vemos alguns de seus resultados como a
saída do armário do Conservadorismo.Os últimos
acontecimentos em curso permitem supor que a politização
dos pentecostais e boa parte dos evangélicos na América Latina
se deu pela capacidade de desenvolver diversas e contingentes formas de
mobilização política, que nos últimos anos foram orientadas para a intervenção
política, nas mãos de tendências conservadoras. No entanto, é preciso cautela
antes de aderir sem problematizações à afirmação impressionista de que uma onda
de evangélicos tomou conta do continente. É imperativo prestar atenção
aos momentos e modos dessa politização e sua interação com os contexto social
mais geral. Compreender as mudanças comportamentais, as demandas, os problemas
reais, os modos de socialização, o papel das mídias digitais e dos modos de
interação presencial.Na
realidade atual, associar-se a grupos evangélicos é altamente atraente para boa
parte dos políticos.De outra parte, para os
líderes desses grupos é importante converter pregação religiosa em poder
político e assim converter, capturar a sociedade como um todo para os valores
cristãos. E esses valores não são aleatórios. São os temas sensíveis,
controversos e concretos como:
a)- Uniões e adoções
por casais homoafetivos.
b)-Legalização do
aborto e liberação das drogas para uso lúdico.
c)-Posse de armas pelo
cidadão de bem para sua legítima defesa já que o policial sempre chega depois
do crime cometido, e algumas pautas progressistas.
Com os fundamentos da
democracia em crise, especialmente decorrentes das denúncias de corrupção e
incapacidade de responder a problemas concretos, com a erosão das alternativas
da política tradicional, apelar para a identidade evangélica parece um bom
negócio. Paradoxalmente, em paralelo ao
avanço das agendas dos direitos de gênero e diversidade na última década na
América Latina, isto contribuiu de modo direto para o fortalecimento dos
projetos políticos evangélicos, como uma reação que não estava prevista. Já a
direita assumiu os valores vinculados à família, ao Patriotismo e a
meritocracia. Essa equação é difícil desmontar e conter.A contra ofensiva
conservadora pareceu estar incubada enquanto o progresso de direitos tomava
conta de políticas de Estado em diferentes países, patrocinadas pelo centro e
pela esquerda. A contrariedade que vicejava nos subterrâneos contra a agenda
emancipadora foi capitalizada em grande medida pelas forças evangélicas, dando
potência às ambições políticas.A influência política evangélica é muito
mais forte e sólida por meio da transformação cultural e midiática e, não
obstante, eficiente nos cálculos de captura das preferências eleitorais.Como enfrentar essa
nova realidade, reconhecendo as capacidades mobilizadoras e de inclusão social
que essas igrejas mantém, respeitando a fé a identidade religiosa, mas ao mesmo
tempo assegurando a preservação de direitos e emancipação é um desafio que seus
opositores precisa compreender e encarar e conviver com isto no mesmo grau de
importância que as mudanças na ordem do mundo do trabalho, a globalização, questões
ambientais, tecnológicas e financeiras fazem parte de nosso cotidiano e não
podemos nega-las ou simplesmente exclui-las.
*Adaptado de: Sandra
Bitencourt
- Jornalista, doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS, membro do
Conselho do Observatório da Comunicação Pública e Diretora de Comunicação do
INP. Publicado originalmente no site do INP.
CONCLUSÃO:
A grande verdade é que a Teologia da
Libertação fez a opção PREFERENCIAL, EXCLUSIVA, E EXCLUDENTE pelo pobre e pela
luta de Classes, mantendo o pobre "ad aeternum" na condição de vítima,
porém, este mesmo pobre alvo de sua práxis, fez a opção pela Teologia da Prosperidade,
se libertando da Condição de vítima e se tornando protagonista no resgate de
sua própria auto estima e dignidade de filho de Deus, mudando exteriormente sua
condição social e interior no processo de conversão e libertação de uma vida de
pecados e derrotas, deixando de colocar toda culpa sempre no “outro”.
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Acesso em 13/07/2020
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-WEBER, M. A ética protestante e o
"espírito" do capitalismo. São Paulo: Companhia das
Letras, 2004.
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