“Deixo-vos
a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo
a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize...” (João 14,27)
Paz não é só ausência de guerras
Por Pe. *Antônio Aparecido
Alves
Para os cristãos, viver
em paz não é somente um dom, mas também uma tarefa, a de serem promotores da
paz. A Paz é o bem viver A paz é sonhada, nem sempre buscada e, menos ainda,
atingida. Por isto, desde 1968, o dia 1º de janeiro foi consagrado pela Igreja
como o “Dia Mundial da Paz”. Era
o desejo do então Papa Paulo VI que essa data fosse assumida não somente no
âmbito da Igreja Católica, mas que fosse comemorada por todas as nações. Por
isso, a pedido do mesmo Papa, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu
o primeiro dia do ano como sendo o dia da Confraternização Universal. Desde então, os
Pontífices têm escrito a cada ano uma Mensagem especial para este dia. Nesse
ano, o Papa Francisco dedicou sua reflexão de 1º de janeiro aos migrantes e
refugiados, chamando os de “homens e mulheres em busca de paz”. Diz a Mensagem
que existem no mundo 250 milhões de migrantes, dos quais 22 milhões são
refugiados, isto é, pessoas que fogem da guerra e da violência em seus países
de origem. Deixam para trás emprego, propriedades e outras coisas, para garantirem
a própria vida e a de sua família. Enfatiza o Pontífice que há também
outros fatores para o deslocamento humano de um País para outro, como, por
exemplo, o desejo de uma vida melhor, onde se tenha emprego, saúde e educação
de qualidade, para se viver em paz.
A Paz não é só ausência de conflitos!
É importante ressaltar
que a paz é um conceito amplo. No caso do Dia Mundial da Paz, se celebra
não somente a busca pela paz relacionada com a ausência de conflitos bélicos,
mas também a paz que mude a realidade de muitas pessoas que sofrem com as
desigualdades sociais, a violência, a fome e a miséria. Paz não é só ausência
de guerras, mas presença de justiça, igualdade e solidariedade. Ela não
é a causa, mas a consequência, o efeito de uma série de condições sociais,
políticas e econômicas. Por isso as mensagens dos Pontífices para o primeiro
dia do ano sempre relacionam a paz com alguma questão da atualidade que deve
ser transformada para que ela aconteça.Em
geral as pessoas entendem a paz negativamente, isto é, como ausência de guerra.
No entanto, ela pode ser também entendida positivamente, no sentido de se
afirmar o que deve haver, ao invés de se mostrar o que não deve haver.Partindo disto, a
UNESCO, um organismo da ONU, afirmou que a paz não pode consistir somente em
ausência de conflito armado, mas implica principalmente um processo de
progresso, justiça e respeito recíproco entre os povos, que assegure a
construção de uma sociedade internacional, na qual todos possam encontrar seu
lugar e viver bem. Esta concepção de Paz se aproxima da Sagrada Escritura.Na
Bíblia, a palavra hebraica shalom foi traduzida para o grego como eirênê e
depois para o latim como pax e daí para as diversas línguas modernas. No
entanto, essas traduções não coincidem perfeitamente com o significado do termo
hebraico que, aplicado à vida em sociedade, é muito mais que ausência de
conflitos. A palavra shalom diz que somente se está socialmente em ordem quando
a justiça é praticada e todos vivem em felicidade, com o necessário para o seu
bem-estar. Por isso, o shalom está sempre associado à tsedaqâ, justiça.
Promover a paz
A causa da paz merece
que acreditamos nela. Sobretudo nós,
cristãos, cremos na paz, porque somos seguidores do Príncipe da Paz (Ef
2,14-17) e a recebemos como um dom. No
entanto, para nós, viver em paz não é somente um dom, mas também uma tarefa, a
de sermos promotores da paz. Se ela fracassar no mundo, que não seja por nossa
culpa.
*Padre Antonio
Aparecido Alves
- é Mestre em Ciências Sociais com especialização em Doutrina Social da Igreja
pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e Doutor em Teologia pela
PUC-Rio. Professor na Faculdade Católica de São José dos Campos e Pároco na
Paróquia São Benedito do Alto da Ponte em São José dos Campos (SP). Para
conhecer mais sobre Doutrina Social visite o Blog: www.caminhosevidas.com.br
#Formação Shalom: A política e a paz
Por *Hannele Araújo
Na
cabeça do brasileiro, a palavra política está diretamente associada à
corrupção. Mas afinal, qual é a definição do dicionário para a palavra
política? Política denomina arte
ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. Veja, todos
queremos que o país, estado ou cidade em que vivemos seja organizado e bem
direcionado para a promoção da dignidade da pessoa humana desde a concepção até
a morte e, que durante todo o processo da vida, os cidadãos possam ter
acesso a recursos que façam com que esta mesma dignidade seja, não somente
preservada, mas valorizada. O
que acontece atualmente no Brasil é que a corrupção é clara e não se restringe
apenas ao quesito financeiro. Muitas políticas públicas e propostas de leis são
ataques à dignidade humana porque atentam contra a vida do feto e a estrutura
familiar natural.Aborto legalizado e
“casamento homossexual” são apenas duas das muitas “lutas” que partidos
políticos brasileiros empreendem contra o cidadão de bem nas mais diversas
instâncias governamentais mesmo com o eleitorado se manifestando contra. Além
disso, qualquer dona de casa sabe que o valor da cesta básica está
inacreditavelmente alto e que, para ter o mínimo para alimentar sua família sem
“Bolsa alguma coisa” ou sem se endividar, está muito difícil.
Muitos afirmam que a solução para o Brasil é, simplesmente educação. Se existir educação para todos, o país estará em “paz” - Será?
Madre Teresa de Calcutá
nos disse algo surpreendente para os padrões revolucionários atuais: “Quer
mudar o mundo? Vá para a casa e ame sua família.” - O princípio de todo o desmoronamento de uma sociedade não acontece primariamente
nas instituições políticas, mas na familiares. Quem serve ao
estelionato, a uma luta mascarada, à promoção da morte de um feto, com certeza
está com sua consciência distante dos valores que constroem uma sólida e feliz
família e, por consequência, uma sociedade estruturada e justa. De que vale o
ser humano ganhar o mundo inteiro, tendo o que muitos mais buscam que é um
trabalho bem remunerado, repleto de reconhecimento e sucesso se ao voltar para
a casa o trabalhador só encontrar solidão, discussões, distanciamentos,
conflitos, enfim, ausência de paz e compreensão no seu lar?Indo mais a fundo na
realidade existencial humana, não nos esqueçamos que as guerras interiores são
as que impedem o homem de se tornar um verdadeiro promotor da Paz. Moysés
Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom, afirma que: “Enquanto
o mundo buscar a Paz sem Jesus Cristo, longe estará da Paz, afinal, Jesus Cristo
é a nossa Paz.” - Se tivemos uma
experiência com Jesus Cristo, se O conhecemos é porque deixamo-nos envolver por
Sua graça e permitimos que Ele sele a bandeira da Paz em nosso coração. Dessa
forma, como não o permitir, fazendo um
esforço colaborativo com a graça, para que toda esta Paz seja também instaurada
no coração de cada cidadão, cada instituição política, enfim, toda a nação?
*Hannele Araújo –
Missionária Comunidade Católica Shalom
Fonte:https://www.comshalom.org/politica-e-paz/
#Formação Shalom: “A paz que é tão sonhada”
“Quanto
mais parecido com Jesus, mais paz, mais vida plena!”
Outro dia manuseando um
livro de história, fiquei impressionado com um capitulo que falava de grandes
conflitos internacionais ao longo da história. Fome, morte e sofrimentos de
todo tipo. Fiquei pensando:Ninguém
com o mínimo de juízo, desejaria a guerra, pois em nome dela se constrói toda
uma estrutura de sofrimento e morte.Imediatamente lembrei-me
de uma bela canção que diz:“A
paz que é tão sonhada, cantada em canções tão linda, só chegará até nós, quando
ouvirmos a voz do Senhor…” - A verdadeira paz é
muito mais que ausência de guerra. A paz que realmente o mundo almeja é uma
pessoa, o Filho de Deus, Jesus. Quem conhece Jesus e o aceita em sua vida, vive
em paz, não por que não sofra, mas por que entendeu que a paz é Deus e Nele
podemos encontrar sentido para nossas dores. Não
poderá existir paz no coração de cada um de nós e no mundo que vivemos, se essa
paz não se basear numa entrega total a Jesus, o filho de Deus. Ele é a nossa
paz. Quem teve a graça de encontrá-lo deve anunciá-lo com
gratidão e fervor. Essa paz atenção, não é ausência de sofrimento como já
falamos, mas é a entrega de vida, ou melhor uma configuração de vida a Jesus. Quanto
mais parecido com Ele, mais paz, mais vida plena. Uma vez encontrando essa paz,
precisamos nos comprometer em anunciá-la e comunicá-la aos outros. Constatamos
assim, a importância de uma vida missionaria e evangelizadora, de modo a sempre
levar os outros a ter uma experiência com Ele. Que nunca desistamos de nossa
missão, Ele o Senhor Jesus estará sempre conosco.
Fonte:https://www.comshalom.org/a-paz-que-e-tao-sonhada/
#Formação Shalom: “A paz na Bíblia”
Por Maria Clara
Bingemer
É comum nos países do
Oriente Médio, ouvir ainda hoje uma tradição que vem de muito antes, das raízes
mesmas da vida e da cultura destes povos: a saudação “ shalom”, que quer dizer
paz em hebraico. É a maneira que os israelitas têm de se saudar. O mesmo acontece com os
árabes, que usam o termo salam, que tem o mesmo significado: “paz”.
Chega a ser incrível que em uma região na qual a paz está totalmente ausente,
para não dizer quase perdida numa guerra sem quartel, a saudação costumeira do
povo continua sendo desejar a paz. Por ser tão difícil
e ameaçada, a paz na Bíblia sempre foi considerada um bem extremamente
precioso. A raiz hebraica šlm
(da qual deriva shalom) é muito antiga e comum a todas as línguas semitas e expressa não só uma ausência de guerra, mas uma idéia de
perfeição, de “estar completo”, de “estar perfeito” “estar terminado”.
Portanto, quem vive no shalom está com saúde, sente-se bem, encontra-se em um
estado de plenitude. No texto hebraico do AT , portanto, a paz
tem uma ampla gama de significado, que ultrapassa o meramente político-bélico.
O significado teológico de paz como benção e salvação de Deus está presente na
maior parte dos textos. A tradução grega traduziu shalom por eirene, o que
enfraquece um pouco seu significado, já que eirene remete a uma idéia de
ataraxia, de ausência de movimento e conflito, que não corresponde à paz
bíblica. Em todo caso, destaca-se na Bíblia judaica o significado da paz como
fruto do cumprimento da vontade de Deus. Como diz 2Mac 1,4: “ (Que Deus) abra o vosso
coração à sua Lei e a seus preceitos e vos conceda a paz”. A paz é,
aqui, apresentada como o resultado da observância a Torah e, por
conseguinte, indica “salvação” em um sentido bem teológico. O
Novo Testamento, na história da infância de Jesus, o apresenta como o portador
da paz ao mundo por excelência. Em Lc 2,14, por ocasião de seu nascimento, os
anjos anunciam: “ Gloria a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados”
No nascimento de Jesus a paz, em seu significado pleno de salvação, de ausência
de conflitos e de vitória sobre o mal e a injustiça, é oferecida aos seres
humanos. No início do evangelho
de Mateus, Jesus começa sua vida pública com um discurso programático que é
iniciado com o Sermão da Montanha, onde se destacam as bem-aventuranças. Entre
essas , está na versão de Mateus, em Mt 5,9: “Bem-aventurados os que promovem a
paz, porque serão chamados filhos de Deus” . Dentro do contexto das
Bem-aventuranças, portanto, para participar do Reino de Deus, anunciado por
Jesus Cristo, é necessário que o discípulo seja um construtor da paz, trabalhe
para que a paz reine efetivamente na comunidade. Nos
escritos de Paulo, a paz é sempre unida à graça mostrando que para o apóstolo a
verdadeira paz era proveniente da graça de Deus que recebemos em Jesus Cristo.
Na carta aos Colossenses, por exemplo, em 3,15 lê-se: “E a paz de Cristo reine
em vossos corações. Nela fostes chamados para formar um so corpo”.Para Paulo a
paz é um fruto do Espírito(Gl 5,22; Rm 14,17). Em Rm 14,17 Paulo está bem perto
da mensagem dos profetas, escreve “…porque o reino de Deus não é comida nem
bebida, senão justiça, paz e alegria no Espírito Santo”. Por isso Paulo
pode afirmar que “justificados pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor
Jesus Cristo”. Na carta atribuída ao
apóstolo Tiago encontra-se uma interessante afirmação sobre a ligação entre
justiça e paz. Em Tg 3,18, o autor termina a segunda parte do terceiro
capítulo, em que discorre sobre os frutos da sabedoria vinda de Deus, com a
solene afirmação: “O fruto da justiça semeia-se na paz para os que constroem a paz”.
Entende-se aí justiça como a conduta humana justa como resposta à vontade de
Deus, uma conduta de acordo com as exigências de Deus. Quem constrói a paz está
semeando os frutos da justiça, no sentido de obediência às exigências divinas. Os ensinamentos do AT e
do NT podem contribuir para uma reflexão sobre a possibilidade da paz no mundo
hodierno se se tiver diante dos olhos as exigências dos profetas. A paz
(shalom) na perspectiva bíblica, só é possível em uma sociedade que vive de
acordo com as exigências divinas postuladas na Lei, na Torah. Estas exigências
foram assumidas na pregação de Jesus Cristo e a Comunidade Cristã desde os
primeiros tempos as conservou nos evangelhos e nos outros escritos do Novo
Testamento. Uma vida em conformidade com as exigências divinas
possibilita criar na sociedade um procedimento ético de respeito aos direitos
do próximo, os direitos humanos, que ajudam a viver a justiça e portanto a
construir a paz. Na teologia do Antigo Testamento, portanto, é
impossível construir uma sociedade justa sem o respeito à vontade de Deus
expressa em seus mandamentos.Jesus Cristo, seguindo nisto os
doutores da Lei de seu tempo, resumiu todo o intrincado da Lei, e de suas
interpretações rabínicas, em dois preceitos, que resumem toda a Lei: “Amarás o
Senhor, teu Deus, de todo teu coração, de toda a tua vida, e de toda a tua
força” e “ Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. O homem moderno que quiser
verdadeiramente trabalhar na construção da paz deverá levar a sério e viver
estas exigências éticas. (Disponibilizado no Amai-vos – Jan/2004)
Fonte:https://www.comshalom.org/a-paz-na-biblia/
DISCÍPULOS E MISSIONÁRIOS DA PAZ!
“Chegada, pois, a tarde daquele
dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo
dos judeus, se tinham ajuntado, chegou
Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja
convosco. E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte
que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor. Disse-lhes,
pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou,
também Eu vos envio...” (João 20,19-21)
Essas duas atitudes de
Jesus são para nós fundamentais. Jesus é o Ressuscitado que passou pela cruz. Esta
atitude tem o objetivo de nos levar a compreender a dimensão de Sua
ressurreição. Ele passou pela cruz para ressuscitar. Antes da
ressurreição vem a cruz. Não é uma ressurreição reduzida somente a dimensão de
que Ele está vivo. Sim! A ressurreição garante que Jesus está vivo, mas antes passou pela
cruz, antes venceu a morte, venceu tudo. Venceu o Seu corpo chagado que agora
está glorificado. Mas as chagas continuaram no Seu corpo. Se Jesus
ressuscitou, não era óbvio que as Suas chagas desaparecessem? Por que
continuaram em Seu corpo? Porque a cruz e a ressurreição são um mistério. Ele ressuscitou
porque foi obediente e enfrentou a morte humilhante da cruz, por Deus o exaltou
soberanamente. Então, podemos afirmar que Jesus é o Ressuscitado que passou
pela cruz, que traz as marcas gloriosas da cruz! O
primeiro presente que o Ressuscitado dar ao homem é aquilo que Ele conquistou:
A Paz, o Shalom, ou seja, a salvação plena, a bênção, a graça, a paz. O Ressuscitado dá aos apóstolos a reconciliação com
Deus, com o próprio homem e com a natureza. Por isso, Jesus é o Shalom do Pai.
Nós podemos até imaginar Deus olhando a humanidade ferida pelo pecado,
afastada, inimiga Dele, de si mesma e de todo criado, e ao mesmo tempo dando o
sopro da vida para ela. É o Pai presenteando a humanidade com a paz, por isso
Paulo afirma que Jesus é a nossa paz na sua carta aos Efésios. Jesus ao dizer “Shalom!” não estava
desejando um bom-dia simplesmente, não era uma saudação simplesmente, mas uma
comunicação de toda sorte de benção, quer dizer, uma comunicação de tudo aquilo
que Ele conquistou com a Sua Morte e Ressurreição. Ele diz dele mesmo: “Eu
sou a verdadeira paz; Eu sou o Príncipe da paz; o que Eu conquistei eu vos
dou”. Depois de ressuscitado,
Jesus não deu outra coisa aos discípulos a não ser o Shalom e o Espírito Santo.
Mas qual a razão para Jesus dar o Shalom e ao mesmo tempo
mostrar as chagas? Pode ser que
fosse para mostrar que venceu a morte, que venceu tudo, mas sobretudo para
mostrar a fonte da Paz, do Shalom, da salvação. Seu coração traspassado é a
fonte da Paz, é o lugar onde o homem pode entrar e aí usufruir de toda a
riqueza de Deus, de toda salvação que Deus tem reservado, O coração
traspassado de Jesus é a chave, ou melhor é a única passagem, é a porta para
penetrar na Paz. Jesus mostra o
seu coração, porque é aí o lugar da fonte da salvação e da Paz. A lança
traspassa o coração de Jesus e dele jorra água e sangue. A água significa o
batismo e o sangue a Eucaristia, conforme os Padres da Igreja. Estes são os
sacramentos da iniciação cristã. Do coração traspassado de Jesus é que o
homem tem acesso à vida divina, é que o homem nasce como filho de Deus
(Batismo) e se alimenta (Eucaristia) da vida divina, unindo-se perfeitamente ao
Corpo de Cristo. Jesus se dá inteiramente ao homem. E desse coração
traspassado de Jesus que nasce o Shalom do Pai. É deste coração que ele
comunica a vida divina. Esta passagem nos dá referências fundamentais acerca do
nosso carisma. Nós acabamos de ler o encontro de Jesus ressuscitado com os
discípulos. Jesus ressuscitado faz duas coisas quando aparece aos discípulos:
1)-Primeiro ele diz: “Paz a
vós’ Em outras palavras, Jesus diz: “SHALOM!” Jesus comunica o Shalom
aos apóstolos.
2)-A segunda
coisa que Ele faz é mostrar as Suas chagas do lado e da mão, chagas
gloriosas.
Segundo os Estatutos da Comunidade Católica Shalom, referentes
a comunidade de vida, está escrito:
“Fomos consagrados ao Senhor em
vista de uma missão. A missão acontece por meio daqueles que, na Comunidade e
por meio da Obra a ela confiada, testemunham e proclamam as graças e os dons
que o Ressuscitado que passou pela cruz dá pelo seu Espírito. Ele assim os
envia para, por meio destas graças, edificarem a Igreja e servirem à humanidade… Somos
profissionais do Reino de Deus, operários da vinha do Senhor. Nossa
capacidade de trabalho estará plenamente empenhada na fermentação e propagação
do Reino de Deus, da forma e da maneira que Ele nos confiou no ser e servir
Shalom, dedicando-nos inteira e exclusivamente à Obra. Todo o nosso tempo é
consagrado ao Senhor. Nosso trabalho é evangelizar. Busquemos desenvolver e utilizar todas as profissões e meios necessários para o
crescimento da Vinha que o Senhor como um talento nos confiou para
ser multiplicado” (Est. Ns. 109 e
110).
Já em relação a Comunidade de Aliança os estatutos dizem:
“Como discípulos e ministros da
Paz, o Senhor nos confiou uma Obra no
interior da Igreja. Assumir esta Obra com oração e o
serviço é missão e dever de todos os membros da Comunidade. Os membros da
comunidade de aliança devem sentir-se profundamente responsáveis e efetivos
artífices desta Obra, conscientes de que, sem sua participação, a Obra
estará incompleta e a sua vocação comprometida… A nossa dedicação à Obra é um sinal do nosso amor ao Senhor e da
urgência da Evangelização. Nossa dedicação e bom empenho é um sinal de gratidão
aos benefícios que recebemos das mãos do Senhor e um
dever cristão e vocacional pois ‘ai
de mim se eu não evangelizar’ (1 Cor 9,16)” (Est. Ns. 212 e 213).
Formação Shalom:https://www.comshalom.org/a-missao-da-obra-shalom-na-igreja-3/
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Apostolado Berakash –
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