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Bolsonaro já defendeu sim a legislação para Grupos Paramilitares e não Milicianos Gatonets – Não confunda Alhos com Bugalhos!

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020 | 10:46





QUEM SÃO OS PARAMILITARES?


Não confundir Milicianos Gatonets com Paramilitares, estes últimos Bolsonaro quando ainda deputado federal relativizou a atuação e até defendeu a legalização através de legislação parlamentar rigorosa destes grupos, como já existem em outros países a exemplo dos E.U.A, Venezuela, Colômbia, e alguns países muçulmanos que não têm uma força militar muito bem estruturada e militarizada. De certa forma nos remetem sua atuação aos Templários no passado, que se podem considerar militares de estilo “mercenários”, ou seja, que realizam ações militares pagas. Dez anos depois, Bolsonaro diz que:



“Infelizmente, as milícias, que em sua origem tinham plena aceitação popular, se “desvirtuaram”... Atualmente Bolsonaro se diz desinteressado em discutir o tema.


Forças paramilitares (mercenários), são grupos ou associações civis, armadas e com estrutura semelhante à militar, mas que não faz parte das forças armadas, com fins político-partidários, religiosos ou ideológicos, formados por membros armados, que usam táticas e técnicas policiais ou militares para a consecução de seus objetivos Eventualmente, membros de forças paramilitares também fazem parte de forças militares regulares. No Brasil, associações paramilitares são proibidas, segundo a Constituição Federal de 1988.



Milícia (do latim militia - Substantivo feminino: arte e prática da guerra), é a designação genérica das organizações militares ou paramilitares, ou de qualquer organização que apresente grande grau de atuação. Stricto sensu, o termo refere-se a organizações compostas por cidadãos comuns armados (apelidados de milicianos ou miliciantes), ou com poder de polícia que, teoricamente, não integram as forças armadas ou a polícia de um país. As milícias podem ser organizações oficiais mantidas parcialmente com recursos do Estado e em parceria com organizações de caráter privado.Podem ter objetivos públicos de defesa nacional ou de segurança interna, ou podem atuar na defesa de interesses particulares, com objetivos políticos e monetários. São ainda consideradas milícias todas as organizações da administração pública terceirizada e que possuam estatuto militar, não pertencendo no entanto às Forças Armadas de um país, isto é, ao Exército, Marinha de Guerra ou à Força Aérea. Nicolau Maquiavel dedica três capítulos de "O Príncipe" para tratar das milícias, a saber, capítulos XII, XIII e XIV. No capítulo XII ("De quantas categorias são as milícias, e dos soldados mercenários"), o autor apresenta os diferentes gêneros de milícias e soldados mercenários, para no capítulo XIII ("Das milícias auxiliares, mistas e próprias") tratar mais especificamente das milícias próprias, auxiliares e as mistas. Por fim, no capítulo XIV ("Os deveres do príncipe para com a milícia"), ele trata dos deveres do príncipe em relação a essas armas. (FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 134)




Conforme o Portal Terra, 65 grupos paramilitares atuam nos Estados Unidos. Braço armado do chamado Movimento Patriota, eles se dizem dispostos a usar armas para defender o que acreditam ser ameaças à liberdade de expressão e ao direito de portar armas.Se vestem com roupas de combate e carregam armas de uso militar. Dizem ser extremamente patrióticos e seus grupos têm nomes como Oath Keepers (Mantenedores do Juramento, em tradução livre), Three percenters (Os três porcento) e Posse Comitatus (Força do Condado, em tradução livre, e também o nome de uma lei americana que permite que um agente da lei recrute um civil para ajudá-lo a manter a ordem).


Os grupos também fazem patrulhas em seus estados e treinam operações relâmpago simuladas com munição real. Mas eles não fazem parte das Forças Armadas ou das forças de segurança dos Estados Unidos, como pode parecer. Estes homens pertencem ao chamado "movimento patriota". São centenas de grupos paramilitares cuja missão, dizem, é evitar uma guerra contra o governo e "proteger as liberdades civis".


Segundo Pitcavage, estes militantes dizem que “o governo está tentando tirar suas armas, privar-lhes de seus direitos e liberdades e que eles precisam lutar contra isso. Sua ideologia está baseada em teorias da conspiração globais sobre ameaças à paz e à estabilidade, e eles acreditam que o governo federal de Barack Obama estava colaborando com estas conspirações. E eles estão preparados para usar suas armas para restaurar o que dizem ser o plano perfeito dos Pais Fundadores dos Estados Unidos”, explica o especialista à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.


Os objetivos específicos variam de um grupo a outro, porque o que os une é uma característica fundamental: sua desconfiança em algumas posturas ditatoriais do governo e das estruturas do Estado. Seu objetivo é defender o que eles enxergam como ameaças fundamentais à liberdade de expressão e ao direito de portar armas. Alguns destes grupos fazem parte do movimento dos "sobrevivencialistas", que estão se preparando para uma catástrofe mundial. Outros são partidários de uma corrente ideológica com alguns elementos da extrema direita.



"Se revisarmos a história americana vemos que essas milícias armadas existiram nesse país desde seu início. E parte da sua existência tem a ver com a forma como os primeiros imigrantes chegaram aqui, quando não havia forças de polícia nem militares estabelecidas. Eles tinham que criar suas próprias milícias para se protegerem...” disse à BBC Mundo, Carolyn Gallaher, professora da Universidade Americana em Washington e autora do livro On the Fault Line: Race, Class and the American Patriot Movement (Na falha geológica: raça, classe e o movimento patriota americano, em tradução livre).



(Grupo Paramilitar Americano)


Muitos se perguntam nos E.U.A quem são esses indivíduos?


A quem questionasse, eles se autointitulavam como "uma terceira força", uma linha auxiliar da força policial, e que estavam ali para defender a liberdade de expressão. Eles aparecem nestes eventos e se posicionam como uma terceira força e dizem coisas como 'queremos proteger a liberdade de expressão de todos, queremos manter a paz, queremos apoiar a polícia', alguns deles até condenam os supremacistas brancos. Apesar de alguns pontos de sua ideologia aproximá-los da extrema direita, no entanto, a especialista diz que eles não devem ser confundidos com os supremacistas brancos. Eles não são supremacistas... Inclusive há algumas pessoas não brancas no movimento...” concluiu Carolyn Gallaher

Fonte: Terra. com


O termo mílicia nem sempre tem caráter negativo, pois existe oficialmente Milícia da Imaculada dos Frades Menores Conventuais conhecida como Milícia da Imaculada (também chamada de MI ou Exército da Imaculada) é uma associação pública de fiéis cristãos, fundada em 16 de Outubro de 1917, em Roma, por São Maximiliano Kolbe, destinada ao apostolado católico e apostolado mariano, que tem como ideal: "Conquistar o mundo inteiro para Cristo através da Imaculada"  (Livro: Frei Sebastião, Cinquenta anos de um amigo de Deus. Pags. 87 a 91 e Revista O Mílite, especial 25 anos da Milícia da Imaculada).

Em 18 de dezembro de 2008, no plenário da Câmara dos Deputados, Bolsonaro, então deputado pelo PP, rebateu uma fala de Chico Alencar (PSOL-RJ), que havia elogiado seu companheiro de partido, o deputado estadual do Rio Marcelo Freixo, por ter levado ao Congresso o relatório da CPI das Milícias, uma investigação sobre grupos paramilitares no Rio. Bolsonaro corretamente lamentou na época, que as apurações atingissem tão somente os paramilitares(milicianos) e não os traficantes de drogas:


“O meu estado, lamentavelmente, é diferente dos demais. Para pior. Nenhum deputado estadual faz campanha para buscar, realmente, diminuir o poder de fogo dos traficantes, diminuir a venda de drogas no nosso estado. Não. Querem atacar o miliciano, que passou a ser o símbolo da maldade e pior do que os traficantes. Existe miliciano que não tem nada a ver com “gatonet” (serviço irregular de TV por assinatura) e com venda de gás. Como ele ganha R$ 850 por mês, que é quanto ganha um soldado da PM ou do bombeiro, e tem a sua própria arma, ele organiza a segurança na sua comunidade. Nada a ver com milícia ou exploração de “gatonet”, venda de gás ou transporte alternativo. Então, senhor presidente, não podemos generalizar”, disse Bolsonaro, na tribuna.


Bolsonaro também, já havia se posicionado sobre a atuação dos paramilitares em uma reportagem da BBC. Mais incisivo do que na Câmara, legitimou a atuação dos grupos paramilitares como defensores da “ordem”:


“Elas oferecem segurança e, desta forma, conseguem manter a ordem e a disciplina nas comunidades. É o que se chama de milícia. O governo deveria apoiá-las, já que não consegue combater os traficantes de drogas. E, talvez, no futuro, deveria legalizá-las”... afirmou na reportagem que foi publicada em inglês.



Bolsonaro foi procurado pelo GLOBO para comentar as declarações que já fez sobre as milícias. O parlamentar amenizou o tom e foi mais cuidadoso. Segundo ele, opiniões antigas estavam relacionadas a outro tipo de atuação de paramilitares:


“As milícias tinham plena aceitação popular, mas depois acabaram se desvirtuando. Antes, davam apenas proteção para uma comunidade. Depois, passaram a cobrar “gatonet” e gás...” disse Bolsonaro.


Questionado sobre o que pensa da atuação hoje de milícias em Rio das Pedras e Campo Grande, berço destas organizações no Rio, Bolsonaro disse:

“Hoje em dia ninguém apoia milícia mais não.Não me interessa mais discutir isso, disse o ainda deputado Bolsonaro, querendo encerrar o assunto. Até quando vocês (jornalistas) vão fazer matéria sobre o que eu falei no passado ou quando eu fiz xixi no poste há 40 anos?...”

Fonte: O Globo


Saiu na Folha de 21/04/2014 (Durante o governo do PT):


Paramilitares americanos treinam policiais brasileiros”

 
(Foto: Folha UOL)

“A empresa americana Academi, que antes se chamava Blackwater, está treinando policiais militares e agentes da Polícia Federal para ações antiterrorismo na Copa.A Blackwater ficou conhecida por agir como um exército terceirizado dos Estados Unidos, com mercenários atuando nas guerras do Iraque e do Afeganistão.A empresa está envolvida em polêmicas. Ex-funcionários da Blackwater são acusados de terem matado 17 civis iraquianos no massacre da praça Nisour, em 2007.Na semana passada, um grupo de 22 policiais militares e agentes federais brasileiros voltou de um treinamento de três semanas no centro da Academi em Moyock, na Carolina do Norte. O curso foi bancado pelo governo dos EUA e faz parte de uma série de ações de intercâmbio entre as forças policiais dos dois países.


Nossa Constituição diz que podemos nos associar como bem entendermos e para quaisquer fins lícitos que desejarmos. Mas ela cria uma importante exceção a esse direito: não podemos constituir grupos paramilitares (inciso XVII do art. 5o)


Só que ela não define o que é um grupo paramilitar!?


Grupo paramilitar não é qualquer grupo armado ou que obedeça uma cadeia de comando.

Caso contrário, uma empresa de segurança privada, por exemplo, seria um grupo paramilitar. Afinal, tais seguranças andam armados e têm cadeia de comando.



Para descobrirmos o que é um grupo paramilitar temos que nos perguntar:

O que a Constituição está tentando impedir quando proíbe a criação de grupos paramilitares?


O que a Constituição está tentando preservar é o monopólio do uso da força unicamente pelo Estado de forma a que outros grupos não representem risco à perpetuação do próprio Estado. Em outras palavras, o grupo passa a ser paramilitar quando suas ações ou objetivos ameaçam a existência do Estado através do uso da força. Ou, para ser ainda mais preciso, ameaçam a existência do governo, já que o objetivo de grupos paramilitares muitas vezes é controlar o Estado através da remoção do governo, sem aniquilar o Estado. Mas, para simplificar, vamos focar apenas no Estado:


Quando uma empresa de segurança privada é autorizada a funcionar ela o é apenas porque se subordina ao poder estatal. É isso que a diferencia, por exemplo, das milícias, que funcionam não subordinadas ao poder estatal, mas paralelas ou em contraposição ao poder estatal. O complicador do debate surge quando começamos a pensar em tais associações não como subordinadas ou paralelas ao poder do Estado, mas como defensora do poder estatal.


Soa estranho?



Considere, por exemplo, a segunda emenda à Constituição dos EUA:


a well regulated Militia, being necessary to the security of a free State, the right of the people to keep and bear Arms, shall not be infringed(‘uma milícia bem regulada, sendo necessária à segurança de um Estado livre, o direito do povo de manter e portar armas, não será infringido’).



A constituição americana está, em outras palavras, dizendo que milícias privadas não são necessariamente um risco ao Estado, mas uma forma de proteção desse Estado. Se o Estado não pode se proteger, cabe à  população protegê-lo.


O que pode parecer uma singela diferença entre o direito americano e o brasileiro, na verdade esconde um debate filosófico muito mais profundo que, dentre outras coisas, diz respeito ao que entendermos ser o ‘Estado’ (?)


Se o Estado é não só o território e o governo, mas também, e sobretudo, a população que habita aquele território e é representada por aquele governo, tal população obviamente tem o direito de pegar em armas para não só se proteger, mas também proteger o seu Estado.



É verdade que a segunda emenda americana nasceu do medo de uma invasão inglesa no século 18. Mas a razão pela qual ela resistiu aos últimos 225 anos, ainda que o Reino Unido tenha se tornado o principal aliado dos EUA desde então, é a crença norte-americana de que o Estado é a população, e vice-versa. Se o Estado, que é a população, está ameaçado, é um direito desta defendê-lo. Nesse sentido, o direito dos paramilitares mercenários, não é mais do que uma forma de legítima defesa da democracia!!!


Mas dar à população o direito de proteger o Estado cria um risco intrínseco e permanente:


Se tal milícia acha que o Estado está sendo ameaçado, ela se vê no direito de protegê-lo. Mas, e se ela acha que o Estado está ameaçado não por um agressor externo, mas por um interno?


Por exemplo, por um governo democraticamente eleito por uma maioria de extremistas, digamos, cristãos, judeus, mulçumanos, latinos, comunistas, de extrema direita ou esquerda, e  influenciados por grandes empresas?




Para o constituinte americano, a proteção da identificação entre população e Estado vale o risco. Em outras palavras, é melhor correr o risco de alguma milícia descontrolada ameaçar o governo do que correr o risco de a população achar de que ela e o Estado não são a mesma coisa.

Fonte: Para Entender Direito – Folha UOL

QUEM SÃO OS ATUAIS MILICIANOS QUE ATUAM NO RJ E OUTROS ESTADOS?


Se anos atrás, no lançamento dos filmes Tropa de Elite 1 e 2, o Brasil se indignava com o poder político nas milícias do estado do Rio de Janeiro, imagina quando descobriram o quão antigos são esses grupos no país. O crime de formar milícias seria legislado somente em 2012. Por décadas, diversos bairros ou comunidades conviveram com moradores, policiais, bombeiros e até mesmo agentes penitenciários que buscavam garantir a segurança pública, fossem remunerados para isso ou não.

No contexto da criminalidade brasileira, a partir da década de 2000 e de início no Rio de Janeiro, milícia designa um modus operandi de organizações criminosas formadas em comunidades urbanas de baixa renda, como conjuntos habitacionais e favelas, inicialmente, e que a princípio efetuam práticas ilegais sob a alegação de combater o crime do narcotráfico. Tais grupos em alguns casos (para não ser injusto com generalizações), se mantêm com os recursos financeiros provenientes da extorsão da população e da exploração clandestina de gás, televisão a cabo, máquinas caça-níqueis, agiotagem, ágio sobre venda de imóveis, etc (gatonets). São formadas por policiais, bombeiros, guardas municipais, vigilantes, agentes penitenciários e militares, fora de serviço ou na ativa. Muitos milicianos são moradores das comunidades e contam com respaldo de políticos e lideranças comunitárias locais. A princípio com a intenção de garantir a segurança contra traficantes, os milicianos passaram posteriormente a intimidar e extorquir moradores e comerciantes, cobrando taxa de proteção. Através do controle armado, esses grupos também controlam o fornecimento de muitos serviços aos moradores. São atividades como o transporte alternativo (que serve aos bairros da periferia), a distribuição de gás e a instalação de ligações clandestinas de TV a cabo.


Segundo o Núcleo de Pesquisas das Violências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, até a operação no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, no final de novembro de 2010, as milícias dominavam 41,5% das 1.006 favelas do Rio de Janeiro (contra 55,9% por traficantes, e 2,6% pelas Unidades de Polícia Pacificadora).


As milícias existem no Rio de Janeiro desde a década de 1970, controlando algumas favelas da cidade. Um dos primeiros casos conhecidos é o da favela de Rio das Pedras, na região de Jacarepaguá, onde comerciantes locais se organizaram para pagar policiais para que não permitissem que a comunidade fosse tomada por traficantes ou outros tipos de criminosos, em 1979. 


No início do século XXI, estes grupos parapoliciais começaram a competir pelas áreas controladas pelas facções do tráfico de drogas. Em dezembro de 2007, segundo relatos, as milícias controlavam 92 das mais de 300 favelas cariocas. Entre 27 e 31 de dezembro de 2006, facções do tráfico lançaram uma série de ataques contra alvos da polícia, civis e até do governo em toda a cidade, em represália ao avanço das milícias.


Os traficantes incendiaram ônibus e jogaram bombas em edifícios públicos. Dezenove pessoas foram mortas, sendo dez civis, dois policiais e sete criminosos. Em um incidente, traficantes mataram sete pessoas quando incendiaram o ônibus em que viajavam. Dois passageiros morreram mais tarde no hospital devido à gravidade de suas queimaduras e outros 14 ficaram seriamente feridos. A polícia prendeu três homens e confiscou armas de fogo, granadas e munições. A polícia fluminense reagiu da mesma forma, matando mais de cem suspeitos pelos ataques.

A partir de então, o governo estadual empossado em 1º de janeiro de 2007 liderado pelo governador Sérgio Cabral (atualmente condenado e preso) reconheceu a crescente ameaça das milícias ao poder do estado. O secretário de Segurança Pública do Estado na época,José Mariano Beltrame, e o chefe da Polícia Militar confirmaram sua existência e iniciaram investigações dos policiais suspeitos de envolvimento em atividades ilegais ligadas a essas milícias.


O governador Cabral declarava, em fevereiro daquele ano, que, independente de haver um mandado de prisão, prenderia qualquer cidadão ligado a poderes paralelos como o tráfico e as milícias. Estranhamente, o governo anterior, de Rosinha Garotinho, não reconhecia a existência dos grupos parapoliciais.


Na época, a polícia e o Ministério Público diziam que a filiação a uma milícia não constituía delito criminal de acordo com a lei brasileira, o que não permitia processar as milícias como organização criminosa. Em 2016, a ação de milicianos já havia se expandido para outros estados além do Rio de Janeiro. Foi identificada a ocorrência do fenômeno em Pará, São Paulo, Bahia, Ceará e Mato Grosso do Sul. Em 2018, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul recuperou três condomínios do Minha Casa, Minha Vida, que estavam sob o poder de traficantes e usavam um sistema de controle semelhante ao de milícias.


No dia 28 de setembro de 2012, foi publicada, no Diário Oficial da União (DOU), a lei que tipifica como crime a formação de milícia ou de organização paramilitar (Lei 12 720, de 2012), sancionada pela presidente Dilma Rousseff. O texto da lei, aprovada pelo Congresso Nacional do Brasil, prevê pena de reclusão de quatro a oito anos para quem constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar crimes previstos no Código Penal. A pena poderá ser maior se um crime como homicídio for cometido por milícias sob o pretexto de prestar serviço de segurança. Nesse caso, a pena pode ser aumentada de um terço até a metade.




Diversos políticos do Rio de Janeiro dos mais variados partidos, são notórios milicianos:


Dois vereadores cariocas chegaram a ser presos em 2007 e 2008 por ligações com os grupos paramilitares: Nadinho de Rio das Pedras e Jerominho.


Além disso, o irmão de Jerominho, o ex-deputado estadual Natalino José Guimarães, também acusado de integrar uma milícia, foi preso em flagrante após trocar tiros com policiais em sua casa, na Zona Oeste do Rio. Sua prisão foi mantida pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O parlamentar renunciou no fim do ano de 2008 para escapar de um processo de cassação que levaria à perda de seus direitos políticos.

Assim como o tráfico, as milícias também possuem suas facções concorrentes e rivais:


Uma das mais conhecidas é a Liga da Justiça. Em 2018, foi apontado pelo delegado Cláudio Ferraz que diversas facções menores, surgidas a partir da Liga da Justiça, pagariam a ela uma porcentagem dos seus lucros.

Milícias historicamente conhecidas como rivais da Liga da Justiça teriam sido, segundo as investigações, o Comando Chico Bala,além do grupo comandado por Jorge Babu.

Há ainda a milícia chamada Escritório do Crime, que atua na zona oeste do município do Rio de Janeiro e que surgiu da exploração imobiliária ilegal em atividades como grilagem, construção, venda e locação ilegal de imóveis.

O Sociólogo e ex-pró-reitor de Extensão da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), José Cláudio, estuda as milícias há 26 anos, afirmou em entrevista na revista Exame de Janeiro de 2019:


“Em três gestões do PT no governo federal, com mais de 14 anos no poder, não arranharam essa estrutura. Deram Bolsa Família, vários grupos políticos se vincularam ao PT e se beneficiaram, mas o PT não alterou em nada essa estrutura. O PT fez aliança eleitoral, e buscou apoio desses grupos...”

Fonte: Wikipedia



CONCLUSÃO


Não sou a favor da violência, estou do lado do bem, sou um crítico da violência e principalmente do discurso de ódio, principalmente do tipo: “NÓS CONTRA ELES” que reinou na era Ptista e que resultou nesta atual polarização. Porém, defendo sim as pessoas de bem se defenderem quando se sentem abandonadas à própria sorte, quando as políticas de segurança pública falham. Não defendo e jamais defenderei a prática da justiça com as próprias mãos, muito menos a lei de Talião do olho por olho, dente por dente, mas defendo o direito da população de se proteger quando o Estado é falho e omisso. Pela lei Constitucional e Penal Todo e qualquer cidadão tem o direito de prender um delinquente, porém, não se pode confundir um direito com bárbarie e licença para sair matando por ai qualquer desafeto. Não defendo a violência, defendo a paz e a segurança. Porém, quando o Estado é omisso e incapaz de nos dar segurança e o simples direito de IR e VIR, com uma polícia mal equipada e desmoralizada perante a opinião pública por uma perseguição midiática e ideológica IRRESPONSÁVEL por parte deste que a promovem, o que resta ao cidadão de bem, trabalhador e pai de família, que ainda por cima foi desarmado por este mesmo Estado? Se defender, é claro! Quando alguém diz na mídia algo considerado “politicamente incorreto”, a sociedade desce a ripa, criticando autor do “delito”. Quando alguém aponta algumas falhas graves na justiça brasileira que corrobora para o aumento da violência urbana, e diz uma frase provocativa e de efeito como ADOTE ENTÃO UM BANDIDO, já vem a mídia, Direitos Humanos e uma LEGIÃO DE MIMIMISTAS fugindo do debate e apenas atacando de forma infundada. No fundo, muitos queriam ter coragem de dizer isso em público, mas a covardia deles não os permite se pronunciar dessa forma, preferem se moldar a um esquema mais cômodo. É bom lembrar que as críticas bem elaboradas enriquecem os debates. Porém, defender ou criticar simplesmente porque “João ou Maria” o fizeram, não é e jamais será a melhor maneira de se chegar a verdade. Muitos dão uma de bonzinhos, querendo agradar a todos. Ou seja, não querem se “queimar” com ninguém e ao mesmo tempo destruir todos. E como diz o filósofo Luiz Felipe Pondé, amando a humanidade e detestando o semelhante, se identificando muito bem com a ideia do” Homo homini lupus”, da concepção do filósofo inglês Thomas Hobbes. Caso não tenha coragem de falar o que realmente pensa, com medo de provocar uma polêmica, fique calado(a) e faça como muitos. É um direito seu. Pois como disse Luther King, para você adquirir “inimigos” não precisa criar uma “guerra”, é só falar o que pensa... Portanto, não se iluda, estamos em meio a uma guerra, combater apenas grupos paramilitares sem combater o crime organizado e traficantes, é favorecer a um dos lados, e eles vão lhe ajudar por todos os meios possíveis dizendo que você está certo, agindo assim você não passará de apenas um idiota útil nas mãos deles...



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