Ao longo de mais de dois mil
anos a Igreja Católica Apostólica Romana esteve intimamente relacionada com o
processo de desenvolvimento da leitura e dos livros. Desde os primeiros momentos de
escrita no Novo Testamento a leitura e a preservação de escritos se tornou
elemento central na religião cristã. A tradição oral era a forma de transmitir
os ensinamentos passados de geração em geração. Porém, os escritos
preservavam essas mensagens para um futuro ainda mais distante.A importância
dada aos livros foi tida como sagrada no período medieval. Os monges e clérigos eram os
homens letrados e se sentiam no dever de guardar os manuscritos e copia-los.
Embora as primeiras bibliotecas tenham surgido no período da Antiguidade,
muitas foram destruídas por diversos fatores. Foi na Idade Média que a
preservação dos livros foi organizada institucionalmente pelos monges e com o
passar do tempo surgiram as universidades.
A Igreja Católica demonstrou
preocupação em elencar os livros que deveriam ser evitados e os livros que
deveriam ser lidos. Foram elaboradas listas tanto para que se lessem livros
considerados bons quanto para que não se lessem também. É dessa noção de organizar o que
se deve ler que os livros do Novo Testamento foram organizados em listas e
chancelados como canônicos, sendo ignorados os livros considerados apócrifos.
Assim, desde a Idade Antiga as proibições de livros entre cristãos existiram e
eram feitas de forma casual e local. Os livros considerados heréticos eram
terminantemente proibidos e sua reprodução não era incentivada. Em
1515, com a Bula “Inter Sollicitudines” do Papa Leão X, ocorreu a primeira
proibição de livros universalmente na Igreja. As listas de livros analisados
eram agora realizadas por Bispos ou teólogos indicados e teria uma validade
para todos os territórios. Diante do surgimento do protestantismo, a Igreja
Católica organizou regras específicas para determinar quais os livros deveriam
ser evitados por católicos por serem considerados heréticos. Foi no
Concílio de Trento, em 1546, que se estabeleceram regras objetivas sobre a
situação dos livros e foi instituída uma congregação para criar uma lista de
livros proibidos aos católicos que ficou conhecida como “Index Librorum
Prohibitorum.” A cada período a lista de livros proibidos era publicada e os
católicos deveriam evitar ler, sob pena de excomunhão. O “Index” foi publicado
pela última vez em 1948 em sua forma completa e foi extinto em 1966 pelo Papa
Paulo VI. Assim, a necessidade de se
estabelecer um padrão conceitual de “literatura católica” se intensificou com o
aumento da produção de livros, especialmente com o surgimento da imprensa de
Gutenberg no século XVI. Certamente os livros que constassem no Index
não seriam parte da Literatura Católica por rejeição das próprias autoridades
religiosas.É difícil precisar quando a expressão “literatura católica”
foi utilizada pela primeira vez em um sentido relacionado ao que será exposto a
seguir. Em um primeiro conceito amplo, “literatura católica” poderia ser
definida como o conjunto de livros que estão autorizados ou relacionados à
Igreja Católica, incluindo livros teológicos, literários filosóficos e também
científicos. Contudo, tal definição não poderia ser considerada solidificada,
uma vez que surgem diversos questionamentos quanto ao seu uso. No livro “The
Fine Delight: Postconciliar Catholic Literature” (2013), o escritor Nickolas
Ripatrazone demonstra a complexidade e a difícil tarefa em se definir o que é a
Literatura Católica:“Literatura católica e escritores católicos
resistem à definição. Ser “católico” é estar incluso em aceitar todas as vozes,
embora nem todos os escritos possam ser considerados religiosamente católicos. Será um escritor católico por sua posição
dentro da Igreja: batizado, crismado, praticando? E se ele estiver inativo ou
relapso? Ele é apenas católico se opera em fidelidade com as crenças
doutrinárias da Igreja? Há certas crenças mais importantes que outras? Será que
um escritor convicto pró-vida não seria considerado católico se rejeitasse a
infalibilidade papal? E quanto aos escritores que se convertem ou vem pela fé?
Ou um escritor que vive “culturalmente” como católico, mas não participa dos
rituais da Igreja? O que é mais importante: biografia ou conteúdo literário? Se
um ateu escreve um romance sobre um padre, aquele é um romance católico, ou é
apenas católico se os personagens agem de acordo com os ensinamentos da Igreja,
e não saem do seminário para o mundo secular?”

Na tentativa de apresentar
um conceito de Literatura Católica, o inglês Beato John Henry Newman apresentou
suas ideias em palestra aos estudantes na universidade Católica que ele fundou
em Dublin, na segunda metade do século XIX. Newman foi um conhecido Anglicano
que se converteu ao catolicismo, chegando a se tornar Cardeal e influenciar
diversos ingleses. O discurso foi posteriormente publicado com o título The
Idea of the University (A ideia da Universidade), cujo principal trecho está a
seguir: Quando se fala de uma “Literatura Católica na
língua inglesa” como um desiderato, nenhuma pessoa sensata dirá que é o mesmo
que “obras católicas” ou mesmo “obras de católicos”. A frase não significa uma literatura religiosa. “Literatura
Religiosa”, na verdade, significaria muito mais do que “a literatura de homens
religiosos”. Além disso, isso quer dizer que o assunto da Literatura é
religioso. Mas “Literatura Católica” não deve ser entendida como uma literatura
que trata exclusiva ou primariamente de assuntos católicos, de doutrina,
controvérsia, história, pessoas ou política católica, mas inclui todos os
assuntos da literatura, tratados como um católico os trataria, e como ele só
pode tratá-los. (Newman, The Idea of the University, Longmans, 1907). A definição do Cardial Henry
Newman gira em torno não do conteúdo essencialmente católico (por exemplo,
livros da vida dos santos, livros de orações e devocionais), para
ele literatura católica tem relação com o modo se deve tratar a literatura, com
uma visão católica sobre os assuntos dispostos na literatura. Esse
conceito é de grande abrangência e com isso podem ser colocados como parte da
literatura católica não apenas autores católicos que apresentam claramente sua
visão religiosa nas obras, mas todo uma complexidade de escritores que revelam
os conceitos defendidos pela Igreja. O fato de o autor ser católico em vida não
é o foco da definição, pois os temas que tratou e que estão de acordo com os
preceitos é que serão considerados para avaliação.O escritor brasileiro Sílvio
Castro define literatura católica de forma mais restrita. Ele vincula o autor
diretamente a obra e ao conteúdo, porém demonstra que o fato de se declarar
católico não implica em dizer também que as obras daquele escritor assim
seriam: “Não
é um simples fruto do acaso que autores importantes como Machado de Assis,
Guimarães Rosa, Graciliano Ramos e muitos outros, mesmo alguns deles
proclamando-se católicos, não tenham produzido uma literatura católica, isto é,
uma literatura capaz de refletir os ideais que orientam a prática religiosa do
autor.” (Sílvio Castro. História da Literatura Brasileira, volume 2, p. 432,
1999). Na tentativa de esboçar um
conceito mais técnico e acadêmico, especialmente para a finalidade dos próprios
livros sobre Literatura Católica, a estudiosa Mary R. Reichardt Ph.D em Inglês
pela Universidade de Wisconsin-Madison e professora na Universidade St. Thomas
desde 1988 apresenta suas ideias em dois livros: “Encyclopedia of Catholic
Literature” (editora Greenwood, 2004) e “Exploring Catholic Literature: A
Companion and Resource Guide” (editora A Sheed & Ward book, 2003). Nesses
dois livros a professora analisa diversas obras que considera como parte da
grande tradição literária católica. Sobre o conceito de “literatura católica”
ela apresenta os seguintes argumentos:Mas o que exatamente é “literatura católica”? Uma
categoria ampla, nenhuma definição precisa existe. Escrito por pessoas de todas as origens e culturas ao longo de sua
história de dois mil anos, a literatura católica não obedece a nenhum padrão
único. Ela foi produzida em todos os gêneros possíveis: ficção, poesia,
autobiografia, obras infantis, peças de teatro, ensaios e muito mais. Alguns
escritos católicos são claramente sentimentais e piedosos. Alguns são
didáticos, escritos com a intenção expressa de converter o leitor. Alguns
usam o catolicismo de formas que distorcem ou depreciem intencionalmente a fé.
A literatura católica foi escrita por católicos batizados, crentes, por
católicos perdidos e por não-católicos. Para
os propósitos deste livro, podemos propor a seguinte definição: A literatura
católica é uma boa literatura que emprega a história, tradições, cultura,
teologia e/ou espiritualidade do catolicismo de maneira substancial, informada
e significativa. Por “boa” literatura quero dizer aquelas obras de arte que
apresentam a situação humana de formas complexas e em vários níveis que podem
ser ponderadas, analisadas e discutidas. Essa literatura nunca se presta ao
pensamento em preto e branco, mas concentra-se em explorar as áreas cinzentas
do paradoxo, da ambiguidade e do dilema moral. (REICHARDT, Mary R. Exploring Catholic Literature: A Companion and
Resource Guide. Editora A Sheed & Ward book, 2003, introduction, p. 4)A professora Reichardt se
apega às mesmas diretrizes do Beato Henry Newman para conceituar “Literatura
Católica”. O foco está direcionado ao conteúdo e sua abordagem e não nas
características biográficas ou históricas dos autores. Assim, “A literatura
católica é definida menos por um conteúdo especificamente católico do que por uma
perspectiva católica particular aplicada ao seu assunto“. (REICHARDT, Mary R.
Encyclopedia of Catholic Literature, Introduction, p.xxvii)[4]. A literatura
católica não é definida por um conteúdo especificamente católico, mas sim por
uma visão ou uma análise Católica específica em relação a um tema proposto nas
obras.Assim, temos dois sentidos
de Literatura Católica. O sentido amplo, que é tudo aquilo produzido em termo
de livros que apresentam aspectos e conteúdo católico, incluindo todos os
livros de teologia, filosofia, arte, ciência. Enquanto que o sentido estrito é
o conjunto de livros que apresentam assuntos literários aplicados à perspectiva
católica e que refletem seus valores.É dentro do sentido amplo de Literatura
Católica que estão os livros teológicos e filosóficos de Santo Agostinho, São
Tomás de Aquino. Já no sentido estrito, que tem relação com a literatura
propriamente, encontra-se livros como Dom Quixote, Divina Comédia e outros.Enquanto
que os livros do primeiro conceito são argumentos e teses sobre a verdade
católica, seus dogmas e ensinamentos, o segundo não tem necessariamente esse
objetivo. Os temas literários têm diversos elementos interpretativos que não
estão compromissados necessariamente com a apresentação de algo considerado
conceitual, padronizado ou mesmo a pretensão de se ensinar algo com suas
histórias.Mas em meio a uma infinidade de livros publicados quais livros deveriam
ser considerados inseridos dentro do conceito estrito? São livros
escolhidos pela Igreja Católica em listas a semelhança do antigo Index, porém
agora com caráter permissivo e não proibitivo? Ou seriam textos aprovados por
padres e bispos?A resposta para esses
questionamentos gira em torno da noção de tradição literária. Nos últimos dois
mil anos vários foram os livros que mantiveram a atenção de gerações. Esses
livros carregam valores que formaram a base intelectual da civilização
ocidental. A Igreja Católica se limita a recomendar alguns livros em seus
jornais e através de seus representantes, não mais em caráter oficial e com
aprovação papal. De tal forma que o estudo da Literatura Católica se desenvolve
atualmente com mais intensidade não apenas no campo acadêmico propriamente, mas
se aprimora entre aqueles que sustentam a fé católica.Dessa forma os livros
inseridos dentro do conceito de Literatura Católica apresentam valores da
milenar tradição católica, não sendo considerados relevantes os aspectos
pessoais do escritor, mas o contexto e valores inseridos na obra. Assim, não
são objetivamente apenas os livros clássicos que devam ser estudados, mas
também livros que apresentam a temática discutível de forma católica. Cabe ao
interprete extrair o que for essencialmente importante ao seu objeto de análise
e com isso realizar comparativos ou elaborações relacionadas aos ensinamentos
da Igreja Católica.
ATENÇÃO! O Senhor dos Anéis é um livro católico?

O fato de Tolkien ter sido
um católico devoto e tradicional não implica em dizer que todas as suas obras
sejam automaticamente inseridas dentro da chamada Literatura Católica. Isso por
que os escritores podem escrever livros sem nenhum vínculo ou aspectos que
possam ser analisados dentro da ótica católica.Para estabelecer se O Senhor dos
Anéis é literatura católica deve-se analisar dois pontos chaves. Primeiro
se o autor teve a intenção ou se o livro contém algum tipo de conteúdo
religioso e segundo se os estudiosos da Literatura Católica consideram a obra
como parte dessa tradição literária.Em uma leitura de O Senhor dos
Anéis muitas pessoas não conseguem verificar aspectos religiosos diretamente.
Praticamente não se menciona sobre algum tipo de religião ou um Deus criador.
Acontece que isso foi feito de forma intencional pelo autor. Em carta para o
Padre Robert Murray, amigo da família do autor, em 2 de dezembro de 1953,
Tolkien respondeu às análises que o padre fez e disse o seguinte:“O Senhor dos Anéis obviamente é uma obra fundamentalmente religiosa e católica; inconscientemente no
início, mas conscientemente na revisão. É por isso que não introduzi, ou
suprimi, praticamente todas as referências a qualquer coisa como “religião”, a
cultos ou práticas, no mundo imaginário. Pois o elemento religioso é absorvido
na história e no simbolismo.” (TOLKIEN.
As Cartas de J.R.R. Tolkien, 2006).Então, foi declarado expressamente
pelo próprio autor que sua obra tem elementos católicos, ainda que estivessem
implícitos. Existe aqui duas características importantes. O autor era um católico e ele
afirmou que sua obra era fundamentalmente católica. Isso quer dizer que a visão
de mundo católica foi utilizada como parte do processo de escrita do livro.
Não foi por acaso que em entrevista para Clyde Kil, o escritor do Hobbit
respondeu que “Eu sou um Cristão e certamente o que eu escrevo será a partir
dessa perspectiva”. (Mythic 141).Mesmo tendo feito essas declarações evidentes,
é importante ressaltar que Tolkien enxergava seus livros como um entretenimento
pessoal que acabou publicando. Ele não gostava de alegorias ou mensagens
ocultas que fossem colocadas pelo próprio escritor em seu livro.Ela
não é “sobre” coisa alguma além de si mesma. Certamente ela não possui
intenções alegóricas, gerais, particulares ou tópicas, morais, religiosas ou
políticas. A única crítica que me aborreceu foi a de que ela “não contém
religião” (e “nem Mulheres”, mas isso não importa e não é verdade, de qualquer
maneira). É um mundo monoteísta de “teologia natural”. O estranho fato de que
não há igrejas, templos ou rituais e cerimônias religiosas, simplesmente é
parte do clima histórico descrito. (Carta
165, Para Houghton Mifflin Co. Junho 1955). Dessa forma, o autor colocou
a sua religião como uma fonte de inspiração para criar personagens, lugares,
cultura, estética e arte. Por todas as obras do Tolkien há uma atmosfera
católica no estilo de escrita e elementos literários. Porém, o fato de ser a
sua fonte principal não resulta em dizer que ele tenha colocado mensagens
ocultas com a finalidade de “catequizar” o leitor e o convencer sobre a religião
cristã.O autor não escreveu pensando em criar uma “armadilha” para que seus
leitores se convertessem.A pretensão foi em princípio que o leitor se entretece
com uma boa leitura, como Tolkien afirma no prefácio de O Senhor dos Anéis: “O
motivo principal foi o desejo de um contador de histórias de tentar fazer uma
história realmente longa, que prendesse a atenção dos leitores, que os
divertisse, que os deliciasse e às vezes, quem sabe, os excitasse ou
emocionasse profundamente”. (Prefácio, 2ª edição do Senhor dos Anéis).Nesse sentido, as obras são
literárias, devem ser fontes intelectuais que visam proporcionar emoção,
sentimento. Um estilo de arte pura e que está desconectada com um autor que
impõe suas ideias ao leitor. Contudo, certamente as interpretações com a visão
cristã são realizadas e é nesse ponto que o autor coloca a aplicabilidade como
algo possível.A aplicabilidade é se valer
da simbologia e dos arquétipos que a obra contém para fazer comparativos com a
realidade histórica, cultural, política, religiosa do próprio leitor. Não se
trata de busca de mensagens deixadas pelo autor, mas de interpretação feita por
quem está assimilando as ideias do livro. É no campo da aplicabilidade os
estudos das obras do Tolkien estão inseridos dentro das análises literárias
católicas.Posto isso, o próprio autor dizia que sua obra teve sua religião como
fonte e que escreveu a partir desse ponto de vista. Mas que as interpretações
religiosas de sua obra são feitas pelo leitor e não por imposição alegórica do
autor.Resta saber se os estudiosos da literatura católica consideram O Senhor
dos Anéis como uma obra possível de ser estudada dentro desses moldes. A seguir
isso será evidenciado com os principais especialistas no tema.
As
obras do Tolkien em listas de Literatura Católica
Durante o século XX várias
listas de livros foram elaboradas onde constavam os mais recomendados da
literatura católica. E as obras do Tolkien constantemente estiveram nelas. Isso
devido a sua grande popularidade e repercussão entre os jovens leitores.O nome
Tolkien figura na lista de um dos mais antigos livros ingleses que trata sobre
a Literatura Católica, “The Guide to Catholic Literature 1888-1940”, Onde no
Volume 2, página 1141 pode ser visto uma breve biografia do Tolkien indicando
ser um professor e logo em seguida seus livros publicados até 1940. Nessa lista
está incluso o livro O Hobbit, mas O Senhor dos Anéis ainda não havia sido
publicado e por isso só veio a consta em edições posteriores.Nos dois grandes
volumes da “Encyclopedia of Catholic Literature” editada por Mary R. Reichard
(editora Greenwood, 2004) é apresentada uma grande lista de livros que compõem
a tradição literária católica. Entre os vários nomes está Tolkien, que ganhou
uma análise especial entre os mais de setenta autores examinados. Há um
capítulo inteiro para demonstrar os elementos católicos em O Senhor dos Anéis e
a vida de Tolkien. No livro “Catholic
Literature: An Introduction” de Margaret Summit, Ph.D, (editora Tumblar House, 2005) ela chega a
afirmar que “Creio que O Senhor dos Anéis pode ser aplicável ao drama da salvação,
assim como pode ser em relação aos eventos históricos do século XX”[5] Nesse
mesmo livro, é feito uma analise em cada capítulo de um autor e sua obra, tais
como T.S. Eliot, Chaucer, Richard Crashaw, Francis Thompson, Evelyn Waugh e
Tolkien e seu livro “Leaf Niggle” (Folha de Migalha). A “Loyola University
Chicago” através do “Center for Catholic Intellectual Heritage” elaborou uma
lista de livros considerados clássicos para os católicos (veja AQUI). Foram
elencados vários escritores e suas obras em cada uma das categorias desde a
antiguidade até o presente momento: 1. Teologia e Espiritualidade; 2.Filosofia;
3. Literatura; 4. Pensamento Social Católico. Alguns nomes são citados mais de
uma vez nessa lista, uma vez que contribuíram com obras de campos diversos.
Como exemplo Santo Agostinho, São Tomás de Aquino e Beato John Henry Newman que
se enquadram nas categorias tanto de Teologia quanto de Filosofia. No campo da
Literatura pode-se ler nomes como G.K. Chesterton, Fulton Sheen, Graham Greene,
Hiliare Belloc e o professor de Oxford J.R.R. Tolkien, com menção a obra O
Senhor dos Anéis.
LISTA DE "CLÁSSICOS DA LITERATURA CATÓLICA"
(Segundo a Loyola University
Chicago)
1)-Literatura: Medieval
*Obs.: O que estipula o início da Idade Média é a destituição de Rômulo Augusto do trono romano, em 476, e o que estipula seu fim é a conquista de Constantinopla pelos otomanos, em 1.453.
Alighieri, Dante – The
Divine Comedy
2)-Literatura CLÁSSICA DO PERÍODO DE 1500–1900
Cervantes, Miguel de – Don
Quixote
Bossuet, Jacques-Benigne –
Funeral Orations
Donne, John – The Major
Works
Hopkins, Gerard Manley –
Selected Poetry
Montaigne, Michel de –
Meditations
Thompson, Francis – Poems
Vico, Giambattista – New
Science
3)-Literatura clássica E CATÓLICA - do Século XX
*Belloc, Hiliare – Selected
Essays
Boll, Heinrich – The Stories
of Heinrich Boll
*Bernanos, Georges – Diary of
a Country Priest
Bloy, Leon – Le Désespéré,
La Femme pauvre
Cairns, Scott – Recovered
Body
*Chesterton, G. K. –
Orthodoxy, The Man Who Was Thursday
*Claudel, Paul – The Satin
Slipper
Dillard, Annie – Pilgrim at
Tinker Creek, Holy the Firm
Dubus, Andre – Selected
Stories, Meditations from a Movable Chair
Endo, Shusaku – Silence,
Deep River, Jesus: A Life
Everson, William – Collected
Poems
Gordon, Mary – The Company
of Women
Greene, Graham – Monsignor
Quixote, The End of the Affair, The Power and the Glory
Hampl, Patricia – Virgin
Time
Hansen, Ron – Mariette in
Ecstasy
Heaney, Seamus – Opened
Ground: Selected Poems: 1966-1996
Helprin, Mark – A Soldier of
the Great War
Hijuelos, Oscar – Mr. Ives’
Christmas
Horgan, Paul – Great River
Jarman, Mark – Unholy
Sonnets
Jones, David – Anathemata
Levertov, Denise – The
Stream and the Sapphire
Levine, Philip – The Mercy
L’Heureux, John – The Shrine
at Altamira
Lowell, Robert – Lord
Weary’s Castle
Mariani, Paul – Salvage
Operations
McDermott, Alice – Charming
Billy
*Merton, Thomas – The Seven
Storey Mountain, New Seeds of Contemplation
Milosz, Czeslaw – Selected
Poems
Moore, Brian – Black Robe
Morrison, Toni – Paradise
Muggeridge, Malcolm –
Chronicles of Wasted Time
O’Connor, Flannery –
Collected Works
*Peguy, Charles – The Portal
of the Mystery of Hope
Percy, Walker – The Last
Gentleman, The Moviegoer, The Second Coming
Powers, J. F. – The Presence
of Grace
Rodriguez, Richard – Hunger
of Memory
Sayers, Dorothy – The Mind
of the Maker
Schneider, Reinhold – Las
Casas before Charles V
*Sheen, Fulton – Life is
Worth Living
Silone, Ignazio – Bread and
Wine
Spark, Muriel – Memento Mori
Tate, Allen – Collected
Poems
*Tolkien, J.R.R. – The Lord
of the Rings
Undset, Sigrid – Kristin
Lavreansdatter
Waugh, Evelyn – Brideshead
Revisited
Wilbur, Richard – New and
Collected Poems
Wolff, Tobias – In the
Garden of the North American Martyrs
O Congresso de Literatura Católica
Constantemente está sendo
realizado um "congresso online com o objetivo de analisar as obras dos
principais escritores da literatura católica". Vários especialistas em cada
escritor apresentarão palestras ao vivo e que serão disponibilizados na
plataforma online. Entre os autores e obras que serão examinados pelo congresso
estão G.K. Chesterton, C.S. Lewis (que era anglicano, porém será analisado com
a perspectiva católica), Dante Alighieri, Miguel de Cervantes e evidentemente
J.R.R. Tolkien.Sobre este Congresso mais
informações podem ser obtidas no site:
ATENÇÃO! A Comunidade Católica Shalom através do Portal "Bendita Leitura" oferece também, boas indicações da Literatura Católica, bem como Cursos Customizados. Maiores informações no link abaixo:
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