Para ter uma analise
qualificada da pesquisa historiográfica a respeito da história da Igreja na
América Latina, faz-se necessário uma discussão sobre o método. Qual o método a
ser utilizado na reelaboração da história da Igreja é quastão fundamental para recuperar
a memória histórica dos crentes da América Latina ?É através do método que se
pode objetivar as informasções que mapeam e reconstrõem o ëdificio
histórico", sendo fonte para abstrair o imáginário cultural religioso,
separando fatos de mitos.
É preciso perguntar sempre ?
-Quem, e por que está contando esta história ?
-E por que estes destaques
históricos (positivos, ou negativos)?
-Quais as intenções desta narrativa?
Toda história é
sempre contada e interpretada a partir de uma perspectiva, seja de direita, esquerda
ou de centro. Não há história nem historiadores imparciais.Travar um debate
metodológico no fazer história da Igreja da América Latina, é saber discernir a
complexidade de tal tema.
PARCIALIDADE DE VISÕES:
I - SOB A
PERSPECTIVA PROGRESSISTA (Um exemplo):
Por muito tempo a
História da Igreja na América Latina foi escrita sob os cânones da História
positivista, privilegiando a instituição, o poder, a política, a colonização e,
como efeito colateral, a opressão intencionada ao povo originário da terra
encoberta, que, nesta forma de escrever a História, foi esquecido, ficou
anônimo, sem o direito de ser fonte, de ser contado também como construtor de
fatos históricos.Além disso, a História da Igreja era construída desde uma
óptica eurocêntrica, isso incluía a Igreja latino-americana, que contava como
um apêndice nos compêndios de História. Seria preciso
provocar uma revolução na escrita da História, escrevendo-a de baixo, do porão
ao sótão, à partir do povo esquecido, em vez de partir da instituição, da
Igreja. Sendo assim, a HISTÓRIA DA IGREJA NA AMPERICA LATINA sob a perpectiva progressista tem como objetivo demonstrar que essa história se constitui numa outra História da Igreja na
América Latina construída a partir do Outro esquecido pela Igreja, o Outro
pobre, mas também oprimido, sendo, portanto, uma História escrita a partir da
alteridade, da pessoa e não a partir da instituição.Uma História escrita a
partir do Outro, para o Outro e pelo Outro.
Pergunta que não cala: " Quem vai contar esta
história ?"
-Será dado caneta e
papel para os índios, os negros, os pobres e oprimidos para que a contem ? (ela será realista e ampla? ou pontual?).
-Ou virá um historiador
contaminado de ideologias e tendencioso a escrevê-la a partir de sua
perspectiva ideológica?
-Ele será fiel aos fatos na sua integralidade histórica e
contextual ? Ou se limitará a contar fatos isolados ?
II - A HISTÓRIA DA IGREJA NA AMÉRICA LATINA SOB
OUTRA VISÃO:
A MOTIVAÇÃO DOS
PRIMEIROS MISSIONÁRIOS NO BRASIL:
Vejamos uma afirmação
equívoca que se costuma propalar dentro e fora da Igreja:
"O interesse da Igreja na catequese dos índios na América era o da
exploração comercial".
Apelemos para o bom senso:
1º)- Imagine-se o
leitor na pele de um jesuíta ou um franciscano, na Europa do século XVI. "Você é uma
pessoa de inteligência e capacidade marcadamente acima da média, porque antes
de ser admitido à Ordem teve que passar por testes rigorosíssimos em que a
maior parte dos candidatos sucumbiu.”
2º)- Por ideal, por
vocação, por Deus, você renunciou a tudo: renunciou à vontade própria pelo voto
de obediência; renunciou ao santo e legítimo direito de constituir família pelo
voto de castidade; renunciou aos bens da fortuna pelo voto de pobreza. Estudou,
e estudou muito, durante anos e anos: filosofia, teologia, hermenêutica,
pastoral.
3º)- Pois bem, agora
o seu superior o chama e lhe diz: "Você vai partir para a América, para o
interior do Brasil, para os sertões do Paraguai
ou para a longínqua Califórnia. Terá de fazer uma viagem por mar em
que a probabilidade de morrer em um naufrágio, ou torturado por corsários
calvinistas, ou escravizado por piratas árabes, é de mais ou menos cinqüenta por ano.
4º)-Vai abrir uma
missão onde os indígenas já mataram três antecessores seus. Se sobreviver ao
primeiro contato com eles, terá que aprender a língua dos selvagens e passar o
resto da vida catequizando-os, enquanto mora em uma choupana, só, passando fome
e frio, enfrentando onças e serpentes, esquecido pelos outros homens.
5º)-Mas, coragem! No
futuro essa missão irá prosperar, tornando-se um entreposto comercial que trará
muito lucro.Você
não irá receber um tostão, é claro, por que, além de ter feito voto de pobreza,
provavelmente já terá morrido... Mas os futuros comerciantes brasileiros,
portugueses ou italianos lucrarão às suas custas, e isso é o que importa"...Fala
sério: Esses argumentos convencê-lo-ia a vir para a América e a dedicar-se de
corpo e alma à evangelização?
A
"VIOLAÇÃO DA CULTURA
INDÍGENA" ?
Outro equívoco, um
pouco diverso do da "invasão do território", é o do "atentado à
cultura". A invasão teria sido feita em completo desrespeito pela cultura
indígena, que foi assim destruída, num autêntico crime de "genocídio
cultural". Alguns argumentam que teria sido melhor para os índios que os
europeus nunca tivessem vindo à América.
Há uma corrente sociológica, e talvez também ideológica e política, que
defende acirradamente a idéia do isolacionismo: o índio, ainda hoje, deveria
ser mantido à margem da influência do branco. Mal comparando, e pedindo
desculpas pela crueza da expressão, parece que essas pessoas preferem manter os
índios numa espécie de "jardim zoológico" cultural, para objeto da
curiosidade e do estudo dos outros povos.
Se os índios real e
livremente assim o desejarem, tudo bem. Mas será que o querem? Quando os vemos
vestindo roupas "de branco", jogando futebol, comercializando seu
mogno e suas pedras no exterior, adquirindo televisores e video-cassetes, tendo
"sites" na Internet e falando em celulares, é difícil achar que
realmente o queiram.Ora, se eles não quiseram ir para o "zoológico",
quem terá autoridade para impedi-los? Não terão eles o direito de buscar o
convívio social e a integração com os outros povos?
Fala-se muito, atualmente, dos males que os europeus trouxeram aos
índios da América, e particularmente do Brasil. Mas a justiça e a eqüidade
mandariam perguntar: será que não trouxeram também algo de bom?Será que a
contribuição do homem branco no Brasil e na América se limitou ao genocídio dos
povos nativos e à destruição da sua cultura, sem que tenha acrescentado mais
nada em matéria de princípios civilizatórios, de religião, de arte, de direito,
de moral, de tecnologia, de pensamento, de ciência, decisivos para a formação
de nossa personalidade nacional e da nossa identidade cultural? Será que o homem branco só trouxe devastação?Ou
introduziu, ao mesmo tempo, certas instituições, certos princípios e valores
essenciais para nossa vida e nossa cultura? Em suma, será que não valeu a pena
construir o Novo Mundo, este onde respiramos e que lutamos por aperfeiçoar?
No caso do Brasil,
seria melhor que, após a chegada de Cabral, os portugueses se fizessem ao largo
para sempre, abandonando aqueles homens e mulheres cor de cobre à
bem-aventurança paradisíaca?E mais ainda, se rebaixassem a seu nível cultural ?
Sejamos sensatos: A história avança e progride, e não o contrário, congelando
ou regredindo ao estágio de homens das cavernas, ou a algum período paleolítico
ou neolítico da história.Se os neo-ateus e
inimigos da civilização acham que podem julgar os cristãos por causa das
Cruzadas ou da Inquisição, desconhecem que a militância ateísta fez coisa
semelhante em lugares onde crentes foram fuzilados e a religião, proibida.É
difícil calcular quantas foram as mortes decorrentes da repressão à religião.Mas podemos citar alguns eventos desagradáveis decorrentes dela:
1)- A Guerra Cristera
provocada por Plutarco Elías Calles, que matou mais de 30 mil cristeros e 50
mil soldados federais.
2)- O massacre de
religiosos pelos republicanos espanhóis durante a Guerra Civil Espanhola que
totaliza umas 6,8 mil pessoas.
3)- Campanhas de
“reeducação” e campanhas “anti-reacionárias” do Partido Comunista Chinês
durante o governo de Mao Zedong. Um exemplo é a Revolução Cultural que matou
cerca de 500 mil pessoas, o que inclui muitos religiosos já que a China era e é
um Estado Ateu.
4)- Os expurgos
socialistas na Mongólia para erradicar o Lamaísmo, que custaram entre 30 mil e
35 mil vidas.
5)- A repressão
religiosa do governo de Enver Hoxha na Albânia.
6)- A repressão
comunista no Camboja, que mandou para os campos da morte Chams (cambojanos muçulmanos), cambojanos
cristãos e monges budistas.
7)- As campanhas
antirreligiosas da União Soviética de 1917-1921, de 1921-1928, 1928-1941, de
1958-1964, e de 1970-1990, cujo número de vítimas não é conhecido.
8)- A completa
repressão religiosa na Coréia do Norte, que impôs o culto ateísta ao Estado
(Juche).
9)- A repressão
religiosa por Estados Ateus como a República Popular da China, o Laos, o
Vietnã, e a Coréia do Norte, que resiste até hoje.
Como a Igreja Católica re-construiu a
Civilização Ocidental ?
Bem mais do que o
povo hoje tem consciência, a Igreja Católica moldou o tipo de Civilização em
que vivemos e o tipo de pessoas que somos. Embora os livros textos típicos das
faculdades não digam isto, a Igreja Católica foi a indispensável construtora da
Civilização Ocidental.
A Igreja Católica não só eliminou os costumes repugnantes dos bárbaros e
Romanos do mundo antigo, como os bacanais romanos, infanticídio e os combates
de gladiadores, sacrifícios humanos, canibalismos de povos conquistados, mas
também depois da queda de Roma, sem armas, e apenas com os mosteiros, ela
restaurou e re-construiu a civilização ocidental com valores Cristãos.
A Igreja Católica
moldou uma sociedade que permitiu “o milagre das ciências modernas, a saudável
economia de livre mercado, a segurança das leis, a caridade como uma virtude, o
esplendor da Arte e da Música, uma filosofia assentada na razão, a
agricultura,a arquitetura, as universidades, as Catedrais e muitos outros dons
que nos fazem reconhecer em nossa Civilização a mais bela e poderosa
civilização da História.
As pessoas são sempre
muito rápidas em culpar a Igreja pelo que houve de ruim na História, mas não
param para pensar que, sem ela, teria sido tudo MUITO PIOR.Fala-se a toda hora
que ela atrasou o progresso das ciências, mas raramente alguém lembra que, se
não fosse pelas bibliotecas mantidas nos mosteiros, o conhecimento e os inestimáveis
tesouros literários do mundo greco-romano teriam sido perdidos, destruídos
pelos bárbaros que varreram a Europa depois do colapso do Império Romano.Todo mundo fala dos
casos de uns tantos padres acusados de pedofilia como se isso fosse motivo para
se condenar a própria existência da Igreja.Mas a mídia não se interessa em
explicar que, entre quase todos os povos antigos, o uso de menores para a
satisfação sexual de adultos era considerado normal, e que isso só acabou por
causa da influência da Igreja.
Exemplos parecidos de retorno deste costume
promíscuo, perverso e pagão existem
muito, por exemplo no país mais depravado do mundo: A Holanda onde casais fazem
sexo em praça pública escandalizando crianças, e agora o PT quer fazer isto no
Brasil.
A civilização
ocidental baseia-se nos milagres da ciência moderna, na riqueza do mercado
livre, na segurança do primado da lei, no respeito pelos direitos humanos e
pela liberdade, nas virtudes da caridade ou da segurança social, nas
belas-artes e na música, numa filosofia assente no racionalismo, e numa série
de outros factos que temos como adquiridos – e que fazem de nós a mais poderosa
e mais extraordinária civilização de todos os tempos:
1)- Foi a Igreja
Católica quem arrancou a Europa da Idade das Trevas.
2)- A ciência moderna
nasceu de facto com a Igreja Católica.
3)- Os padres
católicos desenvolveram a ideia do mercado livre cinco séculos antes de Adam
Smith. Foi a Igreja Católica quem criou as universidades e os hospitais.
4)- Tudo o que se diz
sobre o caso de Galileu é deturpado pelos inimigos da Igreja.
5)- O direito
ocidental nasceu do código canónico, e não só do romano.
6)- A Igreja
humanizou o Ocidente, insistindo na santidade de todas as vidas.
Ninguém fez mais para
modelar a civilização ocidental do que a Igreja Católica, nos seus dois mil
anos de existência – e em tantos aspectos, que quase nos esquecemos deles.Já no
século 11, cinco séculos antes da reforma protestante, aparecia a expressão em
latim Deus enim et proficuum (Por Deus e lucro) em livros de comerciantes
italianos e holandeses.Muito antes da reforma protestante, os padres em seus
confessionários estavam tratando de questões comerciais como preço justo,
usura, taxa de juros, etc. Padres jesuítas e dominicanos precederam Adam Smith
na análise da importância do dinheiro e do livre comércio, como Francisco de
Vitória e Juan Maria. O historiador Jacques Delacroix disse que os ricos da
Holanda e Alemanha, países que Weber baseou para dizer que o protestantismo
significava capitalismo, eram católicos em sua maioria.
O que explica o baixo desenvolvimento da América Latina não o é o
catolicismo e sim o absolutismo (poderio maior do estado) e o mercantilismo
(doutrina econômica que apoia o subsídios às exportações e tarifas elevadas
para importação, coisa que o Brasil faz até hoje, somos o país mais fechado às
importações do mundo,segundo o Banco Mundial, se olharmos a relação
importações/PIB).
Eu acrescentaria que
vários mosteiros já praticavam (e praticam ainda) o espírito ascético que Weber
achava que era uma vertente apenas do protestantismo. O ascetismo trata como
comedimento ou procura anular os prazeres da carne. Para Weber, os protestantes
faziam isso e por isso poupavam dinheiro, ajudando no crescimento econômico.
Bom, vários mosteiros só trabalhavam (e ainda trabalham), sem qualquer gasto
com prazeres da carne, muito antes da reforma, e produziam (e produzem) vários
bens (como os melhores vinhos e cervejas do mundo).
Podemos resumir o Argumento pelo Catolicismo da seguinte
maneira:
1)- Laissez-faire de
Smith e as idéias do direito natural advêm dos escolásticos tardios e dos
fisiocratas católicos.
2)- Os católicos
desenvolveram a utilidade marginal, a economia do valor subjetivo e a idéia de
que o preço justo era o preço de mercado, ao passo que os protestantes
britânicos desenvolveram uma perigosa e altamente estatista teoria do
valor-trabalho, influenciados pelo calvinismo.
3)- Alguns dos mais
"dogmáticos" teóricos do laissez-faire foram católicos: desde os fisiocratas
até Bastiat.
4)- O capitalismo
começou nas cidades italianas católicas do século XIV.
5)- Direitos naturais
e outras visões racionalistas descenderam dos escolásticos.
Para um
aprofundamento sistemático(Sem querer doutrinar ninguém),eu recomendaria
fortemente Erik von Kuehnelt-Leddihn, Liberty or Equality (Caldwell, Id.,
1952), sendo que o ponto principal do livro é a tese de que o catolicismo
promove um espírito libertário, ao passo que o protestantismo promove o socialismo
totalitário, escamoteado de espírito coletivista. Não estou com isto querendo
afirmar que a causa protestante deve ser descartada completamente e que a visão
católica deve ser adotada completamente. Mas parece evidente que a história é
bem mais complexa do que a versão padrão nos faz crer.
Fonte: T. Woods,
2005
Esses esclarecimentos acima, dificilmente você vai ver nas escolas públicas, ou particulares, simplesmente por que as universidades brasileiras estão ocupada por professores e simpatizantes da esquerda MAIS BURRA E
AUTORITÁRIA DO MUNDO. Chegamos há um
tal ponto, que aqueles que pretendem pesquisar o “pensamento liberal" (formulas
de governo da direita europeia como exemplo) não conseguem financiamento, para
esses estudos em bancos, fundações muito menos em entes públicos. O pessoal da
esquerda colaram na cabeça das pessoas que os capitalistas foram os
responsáveis pelos anos de ditadura no Brasil. Em suma, estudantes, com cabeça
mais livre e aberta, não tem espaço em lugar nenhum, nem na classe empresarial que há muito tempo acha melhor deixar tudo
assim, pois mamam no governos descaradamente.É mais do que certo afirmar que: o preguiçoso adora ser de esquerda e
ficar pendurado no “ saco do estado”. A esquerda no Brasil “DEMONIZOU o
pensamento liberal”, sem entrar no mérito e foge da discussão por não ter
argumentos para enfrentar esse outro modo de pensar.
-----------------------------------------------------
Apostolado Berakash – Trazendo a Verdade: Se você gosta de nossas publicações e caso queira saber mais sobre determinado tema, tirar dúvidas, ou até mesmo agendar palestras e cursos em sua paróquia, cidade, pastoral, e ou, movimento da Igreja, entre em contato conosco pelo e-mail:
filhodedeusshalom@gmail.com
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.