A maioria dos adolescentes e
adultos que se diziam satanistas ou simpatizantes de seitas agnósticas, dark e
ateus tinham, em tempos passados, ligação
de alguma forma com denominações
protestantes. Foi-se construindo um
quadro sobre o qual nunca desenvolvi uma pesquisa, mas sei que renderia ótimos
estudos. Tanto que não fiquei surpreso quando no começo de outubro de 2012 uma
pesquisa revelou a queda considerável de protestantes nos Estados Unidos e o
crescimento, ao mesmo passo largo, de ateus e agnósticos. “Quando eles desistem
da religião, ao invés de de mudarem de igreja, eles se juntam às fileiras
crescentes que não se identificam com nenhuma religião. Quase 1 em cada 5
americanos, ou 19,6% , disseram que são ateus, agnósticos, noticia o site
Último Segundo. No Brasil, o fenômeno não é muito diferente. Geralmente a
pessoa nasce – nascia – e recebia os sacramentos da iniciação cristã na fé
católica mas não aprofundavam a experiência com Deus. Então migravam para
denominações protestantes, sobretudo, aquelas que prometiam o cancelamento do
sofrimento e a prosperidade material, e de quebra, a “sorte” no amor. Como o resultado não saía conforme o prometido e o esperado, o neo-pentecostal
se via em nova aventura de se filiar a outra denominação protestante que por
sua vez prometia o céu na terra com completa ausência de conflitos. Dentro da
estrutura teológica do Protestantismo (com letra maiúscula), está uma idolatria
de um deus chamado “fé”. Muitas vezes, você pode perceber que nossos irmãos
protestantes, gritam com todas as letras e bem alto: “Só Jesus Salva”. De fato
eles estão perfeitamente certos em dizer isso, pois apenas Deus pode salvar e
sendo Jesus Deus, apenas Ele pode salvar. Mas, é comum em um segundo momento, um
protestante dizer que somente a Fé, em Jesus é que pode salvar. Então, eles
perguntam: “Você aceita Jesus”? E agora, precisamos ter fé para ser salvo, não
apenas Jesus, mas ter Fé em Jesus, como se o poder salvador de Jesus, viesse da
nossa fé nele e não de sua Autoridade de Filho de Deus. (até mesmo porque
não temos um FENÔMETRO, ou seja, um medidor da fé e de sua intensidade, e para
Cristo basta uma fé do tamanho de grão de mostrada, a menor da sementes).Aparentemente
esta afirmação é verdadeira, mas ela é incompleta, pois apenas a fé, sem as
obras, como nos lembra São Tiago, é morta. Pois do que adianta ter fé, que
Jesus salva e não querer mudar de vida!
E o que tem a ver isso com o Ateísmo?
Ora, se esta é a
doutrina ensinada pelo Protestantismo, quem segue esta doutrina se torna Ateu
do verdadeiro Deus, pois tem um ídolo ao qual é chamado pelo nome de Jesus, que
não é o Jesus filho de Maria, que ressuscitou dos mortos historicamente, mas, é
uma caricatura de Jesus. Um Jesus de mentirinha, que nos cobrirá com seu Sangue
e imediatamente “Ipso Facto”, nós já estamos salvos. Não é necessário nem o
julgamento, pois como “jesus" já nos cobriu com seu sangue, nós já estamos
salvos. O que comprova a tese de que “ o Jesus dos evangélicos não é o mesmo
dos evangelhos. Portanto é muito comum hoje alguém dizer: Eu não acredito no
Jesus dos evangélicos, mas no Jesus dos EVANGELHOS.”Um protestante, não
se reconhecerá ateu, mas uma pessoa que tenha um pouquinho só de dúvida sobre a
existência de Deus, um agnóstico, por exemplo, ao analisar a “teologia”
protestante, tornar-se-á ateu convicto, pois o deus pregado e ensinado pelo
Protestantismo de fato não existe, e nós também, como católicos não acreditamos
nele, mas no Jesus dos evangelhos. Depois de Calvino,
Kant e Karl Barth, a doutrina Protestante, afirma que qualquer tentativa de se
conhecer a Deus, pela via natural do conhecimento, na verdade, o Homem estará
construindo, ou melhor, confeccionando uma “imagem de Deus” para si mesmo e
estará, portanto, cometendo a Idolatria de adorar um falso deus. Já reparou que
um pastor é diferente do Padre em sua formação? O Padre estuda em média 3 anos
de filosofia e o pastor faz apenas a teologia.Porém, a afirmação de que Deus
não pode ser nem mesmo pensado, com risco à idolatria, é um erro, pois se a
mente humana está tão fadada a não conhecer Deus pela via natural, ou seja, não
conhecer o Deus intuído pela criação, mas concluir que exista um Deus possível
e não apenas uma possibilidade, então, o homem não pode nem mesmo conhecer o
Deus revelado, pois a própria revelação nos ensina que “A graça pressupõe a
natureza.” E a Graça aqui, é a Revelação e a natureza é o conhecimento humano
do Deus por meio das criaturas.Um ateu, ou agnóstico que se depare com esta afirmação, conclui então
que o Protestantismo é fideísta, e na linguagem atual, é fundamentalista. E de
fato, o ateu, agnóstico, cientista ou filósofo que assim concluir, não estará
errado. Pois o fideísmo é uma verdadeira “adoração” ou idolatria da Fé, e não a
fé verdadeira. Devemos entender bem
o que estou afirmando. Não estou afirmando que os protestantes, ou quem quer
que seja, sejam todos idólatras. O que queremos desmascarar é exatamente a
cultura do Deus perverso, presente na Doutrina do Protestantismo e em muitos
aspectos da própria cultura do catolicismo, principalmente no Norte e Nordeste
do Brasil e em muitos países da Europa e na América Central.Tais mentalidades até fazem “alusões” ao Deus Trino pregado por Jesus,
mas na realidade, este deus que o Protestantismo, enquanto doutrina, ensina, e
a cultura católica enquanto crença acredita, não passa de um ídolo, e muitas
vezes se concentra na Fé e não no autor da fé, estão me entendendo?
Explicando melhor: o próprio Lutero, ensina que:
“Peques com força,
mas creia com mais força ainda”. (Livro Conversas à mesa de Lutero).
Fazendo uma
referência clara que a Fé, é que irá apagar ou justificar o pecado. E se caso
isso fosse verdadeiro, na realidade, não seria necessário nem mesmo a cruz de
Cristo, ou sua Encarnação no seio da Virgem Maria, pois Fé, também tinham os
Judeus, e uma Fé, até mais profunda, pois como disse Jesus: “Bem aventurados os
que creem sem terem visto.” E os Judeus do AT nunca tinham visto a Salvação,
aquilo que o profeta no templo reza: “meus olhos agora contemplaram a
Salvação”.
A Salvação, portanto, não é um artigo, uma coisa, uma referência, um o
que? A Salvação é um QUEM? É um Alguém!
A Salvação não é um mero acontecimento,
mas um indivíduo, uma Pessoa, chamada Jesus.É importante diferenciarmos isso,
pois em muitos diálogos com ateus, eles sempre me apresentam um deus, que
também eu não acredito que exista. Como o deus de Espinosa, de Niezthie e de
tantos outros filósofos do Iluminismo, existencialismo e Renacentismo que não
combatiam o Deus ensinado pela Igreja Católica, mas o deus do Protestantismo ou
o deus conhecido pela cultura popular, que irá salvar por meio de obediência e
quem não o fizer, será castigado eternamente. Também é importante
esta reflexão, pois, fazendo uma analogia da humanidade com o corpo humano, o
que acontece quando um vírus invade o nosso organismo? Nosso organismo
identifica aquele vírus, que didaticamente chamaremos de antígeno e
imediatamente começa a produzir anticorpos para aquele antígeno. Quando o vírus
foi vencido, os anticorpos permanecem, e com esta permanência, cria-se uma
defesa adquirida, que, quando aquele mesmo vírus infectar nosso organismo,
teremos já disponíveis anticorpos específicos contra aquele determinado
antígeno e nem se quer ficaremos doente. E é assim que se criam as vacinas.
Encontra-se um antígeno “atenuado”, ou seja, inofensivo e incapaz de produzir a
doença mas que estimula a produção de anticorpos contra aquele antígeno e a
pessoa agora, mesmo sem ter pego a doença está imunizada contra aquele vírus.O
mesmo acontece com a humanidade. Hoje temos inúmeras Doutrinas Protestantes,
que se parece com a verdadeira Doutrina da Salvação, que é a Doutrina Católica.
Estas doutrinas falsas estimulam as mentes pensantes e não fideístas, a criarem
como que espécies de anticorpos contra a Doutrina Verdadeira. Faça esta experiência. Inicie um debate com um ateu. Ele imediatamente
irá descrever um deus que na verdade não é o Deus ensinado dentro da Doutrina
da Igreja. E infelizmente, por ele já ter os “anticorpos” contra as doutrina
que são parecidas, e pela falsa convicção e até mesmo desonestidade
intelectual, este ateu iniciará, apresentando também argumentos contra a Sã
Doutrina da Salvação. Mostrando a maléfica ação do Protestantismo no mundo.
Sendo este, podendo ser comparado com uma “Sã Doutrina” atenuada, incapaz de
gerar a salvação na vida de quem toma conhecimento da verdadeira Doutrina da
Salvação.Eu pude experimentar muitas vezes isso, quando em meio aos debates, ao
apresentar aquilo que conheço da Doutrina de Deus, ensinado, vivido e
professado pela Igreja Católica, que é minha fé, muitos ateus me dizem assim:
“Esta doutrina não é a doutrina ensinada pela Igreja, saiba que se for assim,
então você não é católico”. Porém, o que não percebem, e não querem perceber, é
que, se isto que eu disse, não é doutrina da Igreja, e por isso eu não sou
Católico, então eles próprios não são ateus, pois o Deus que acabo de
apresentar é por eles completamente desconhecido.A maioria dos ateus
de hoje, são pessoas preocupadas em conhecer a Verdade, porém, ao vislumbrar o
mundo das religiões e principalmente o mundo das religiões protestantes, e não
conseguir, pela “poluição religiosa” visualizar e encontrar a Verdade que é a
Fé Católica, concluem erradamente que tal Verdade é inexistente, ou seja, que
Deus não existe.Então, num diálogo com um ateu, nossa primeira tarefa, é concordar com
ele dizendo-lhe que o deus que apresentaram a ele, não é o verdadeiro Deus, e
que portanto este deus ao qual o ateu foi apresentado realmente não existe.O
que ele conhece é uma caricatura de Deus, ou seja, antígenos atenuados de uma
fé mesquinha e ignorante que eles repudiam, mas nós, Católicos fiéis ao
Magistério, Tradição e Escrituras também repudiamos. O deus rejeitado pelos
ateus é o mesmo deus rejeitado pelos Católicos. A única diferença é
que nós conhecemos o Deus verdadeiro, tanto pela via natural da criação e das
criaturas, quanto pela via da revelação, então, nosso segundo trabalho, é
apresentar à eles, o Deus que pode ser concluído pela via natural, e contrastar
este Deus com o Deus da Revelação e levá-los, pelo uso da filosofia e lógica
simples, que este é o mesmo Deus da Revelação. Que é exatamente o Deus que
professamos todos os domingos, principalmente no Credo
Niceno-Constantinopolitano.Não tenhamos medo de desmascarar a Idolatria Protestante e repudiar o
deus pregado pelo Protestantismo, pois ao fazê-lo estaremos abrindo os olhos
dos cegos, cegos estes que apesar de poderem ver, não conseguem ver devido ao
excesso de similaridades, aquilo que aqui chamamos de Poluição Religiosa.
É POSSÍVEL UMA FÉ RACIONAL ?
Tanto no Oriente como
no Ocidente, é possível entrever um caminho que, ao longo dos séculos, levou a
humanidade a encontrar´se progressivamente com a verdade e a confrontar´se com
ela. É um caminho que se realizou — nem podia ser de outro modo — no âmbito da
autoconsciência pessoal: quanto mais o homem conhece a realidade e o mundo,
tanto mais se conhece a si mesmo na sua unicidade, ao mesmo tempo que nele se
torna cada vez mais premente a questão do sentido das coisas e da sua própria
existência. Nossa fé não é puro sentimento ou apenas a
invenção de um grupo de homens mal intencionados e manipuladores. Existe a
racionalidade da fé. E no Catolicismo esta inteligência da fé possui uma
densidade tal, que seria um pecado de omissão não conhecer e estudar. A Fé é um
ato da inteligência; portanto não é um sentimento vago, mas é expressão da mais
nobre faculdade que o homem tem: o intelecto, que tenta aplicar-se ao objeto
mais nobre que possa ser concebido, ou seja, a Deus. Esse ato do intelecto é
movido pela vontade, pois o objeto da fé transcende os limites do intelecto
humano (a verdade é mais ampla do que o alcance do nosso intelecto). Sendo
assim, o objeto da fé não obriga a um assentimento, não é tão evidente que
force a adesão de quem o contempla. A vontade, portanto, deve mover o intelecto
para que diga Sim ou Não. A vontade, porém, só move o intelecto depois
do exame das credenciais sobre as quais se apoia cada proposição de fé. Cabe
então ao intelecto humano averiguar as razões em virtude das quais o indivíduo
pode e deve crer (): estude o Evangelho, a história, a paleografia… e chegue
eventualmente à conclusão: “Não é absurdo crer; não é infantilismo ter fé”. Há
razões suficientemente fortes para que o homem diga Sim ao objeto de fé, sem
trair sua dignidade de homem adulto.Portanto o homem crê inteligentemente. E a
própria razão sadiamente crítica que aponta o caminho da fé. Assim evitam-se as
superstições e crendices que não resistem ao crivo da razão.
AS FALSAS EXPRESSÕES DA FÉ AUTÊNTICA:
Se a fé tem por objeto algo não evidente por
si mesmo, ela é um ato livre. Pode ser traída e rejeitada, como acontece nos
casos em que as paixões predominam sobre o intelecto e a vontade. Daí haver
falsas expressões da fé, que causam escândalo aos não crentes, mas que não são
autênticos gestos de fé.Aliás o senso de justiça obriga a lembrar os grandes
benefícios que a Religião proporcionou à humanidade: Sem a verdadeira religião,
o homem e a humanidade estaria entregue as supertições e carnificinas
materialistas que a história infelizmente já experimentou nos regimes
totalitaristas ateus.A religiosidade é um elemento integrante da
pessoa humana. O homem bem pode ser considerado um peregrino do Absoluto, um
viandante rumo ao Eterno e Infinito. Até os materialistas marxistas procuram um
novo estado de coisas e a plena satisfação de seus anseios através da mística
do martelo e da foice. Os atritos que a religião causou entre os homens se
devem, em grande parte, à valorização dos bens espirituais, que os antigos e
medievais julgavam ser superiores aos bens materiais. A religião inspirou a
entrega de tudo, até da própria vida, para não renegar o Valor Supremo que é
Deus. Quando se avalia o passado, não se pode deixar de levar em conta esse
traço próprio da mentalidade de nossos ancestrais.Acontece, porém, que esse elemento integrante da pessoa humana, o senso
religioso , não pode ser cego ou desligado da razão. É esta que distingue entre
si fé e crendice. É com a inteligência que o homem crê, e não com os olhos da
mente fechados pela cegueira do sentimentalismo ou das emoções.Compete aos
cristãos dar testemunho da autêntica religião, para que, mediante este
testemunho claro e firme, o irmão que busca o Absoluto, embora não tenha fé, se
entusiasme pela beleza de uma vida santa, heroicamente santa!
Do Protestantismo ao Ateísmo Moderno e
Relativismo Contemporâneo
Uma leitura dos acontecimentos históricos
É possível fazer uma leitura dos acontecimentos históricos que percorrem
desde o surgimento do Luteranismo até o relativismo atual através da chave de
interpretação da quádrupla negação. Sendo que uma negação anterior prepara o sucessivo
“não”. Vejamos de modo concreto para entender a questão:
1º passo para o ateismo: "DEUS SIM, IGREJA NÃO"
É a negação surgida e
instaurada por Lutero. Permite uma visão mais subjetivista da fé, onde realça o
caráter pessoal da salvação em detrimento do caráter institucional. É possível
seguir a Deus, sem seguir uma instituição em concreto. Nega-se o caráter
necessário da Igreja para a salvação, para isto, será necessário defender um
conjunto de conceitos epistemológicos que será à base do pensamento da
filosofia moderna. As escrituras afirmam que a Igreja é a coluna e o
sustentáculo da verdade (I Tim 3,15).
2º passo para o ateismo: "DEUS SIM, CRISTO NÃO"
Esta segunda grande
negação é própria do século da ilustração, onde se busca uma fé fundada apenas
na razão. Aceita-se a Deus, mas apenas como um grande relojoeiro que fez sua obra
prima (o cosmos), a dotou das forças necessárias para se autogerir e foi
embora. A providência é jogada no lixo, surge o DEISMO. Um Deus sem culto e
despersonalizado. O homem é senhor total e absoluto de seu próprio destino.
Nega-se a transcendência. (O deus dos Iluministas e dos maçons). A
realidade não é apreendida objetivamente pelo ser humano, mas construída
intelectualmente através das percepções sensitivas que são próprias a toda raça
humana.É no contexto desta segunda negação que surge a Revolução Francesa,
retirando dos templos católicos a presença dos santos e de Cristo eucaristia, e
erigindo altares à Deusa Razão. Uma “contraditio terminis”, pois “mitologizam”
a fé católica, retiram dos evangelhos tudo que seja milagroso e sobrenatural e
ao mesmo tempo criam culto e templo para a “Deusa Razão”.É um racionalismo fundando na irracionalidade do caos e da violência.
Destinada intelectualmente ao fracasso, a revolução tinha seus dias contados,
apesar da propaganda massiva da revolução perpetrada por Jacques-Louis David
criando obras como o Juramento de Horácio (cena dramática que convida a
população a pegar em armas) e perpetuando o mártir da revolução no quadro “A
morte de Marat”.A revolução francesa nasce de exigências legítimas de uma
população que sofria pela fome, crise nas colheitas e impostos sufocantes. No
entanto, conduzida não pela razão que tanto defendia, mas pelo terror das guilhotinas.
O lema “liberdade, igualdade e fraternidade”, pese seu caráter evangélico e de
se propor como novo evangelho, era escrito pelo sangue de muitos homens e
mulheres que não se alinhavam. Vemos a expropriação das propriedades do clero,
a assassinato de sacerdotes, religiosos e religiosas. A Fé católica é vista
como fundamento do Ancient Regime e como tal deve ser varrida do mapa, como
principal inimiga da revolução e de seus ideais.Surge, então, como
resposta a esta barbárie um novo absolutismo que se espalha por toda a Europa.
Mas, o mundo já não era mais monárquico, a semente do pensamento revolucionário
já tinha sido plantada. E mais tarde crescerá com mais furor através da
revolução marxista que veremos a seguir na terceira negação.
3º passo para o ateismo: "DEUS NÃO, O HOMEM SIM"
É a última negação
presente no séc. XIX. Deus já não é necessário para garantir a ordem do mundo.
A única realidade é a material e a este senhor devemos prestar contas. Seu
fundamento é a filosofia Hegeliana. Onde o espirito absoluto é traduzido à
matéria. E os indivíduos são apenas um momento, uma ocasião para o
desenvolvimento da matéria, do mundo perfeito sem classes e de total igualdade. Na filosofia marxista, não há pessoas, existe apenas o estado, que se
desenvolve através da dialética de lutas de classes. O novo homem e nova
humanidade marxista é a síntese final do processo dialético, onde a tese são os
sistemas econômicos burgueses e a antítese é a classe operária explorada. O
marxismo acelera o confronto entre ambas que ocorrerá de modo necessário.A visão de pessoa
humana como um momento do processo dialético materialista é o que justifica a
barbárie de mais de 100 milhões de pessoas exterminadas por Stalin. Os
comunistas alegam que isto ocorreu porque Stalin desvirtuou a revolução. Em
realidade, ele se apresenta como aquele que leva até as últimas consequências
os pressupostos filosóficos da revolução.A negação de Deus só é possível, em
última instância, através da negação do ser humano, o que nos conduz a uma
quarta negação.
4º passo para o ateismo: "O HOMEM NÃO, O ESTADO e a ecologia SIM"
A degradação da razão
humana conduz a negação da impossibilidade da existência de qualquer verdade
absoluta. A filosofia hermenêutica presente na obra “Verdade e Método” de
Gadamer é um exemplo. O homem constrói a verdade segundo seu grupo social e
cultura, e este grupo com “suas verdades” é que constrói o homem e a verdade
das coisas. Deste modo, a verdade é sempre mutável e não um termo “ad quo”, não
há uma finalidade para vida humana, mas apenas uma construção de algo caótico a
um nada último.Esta visão epistemológica se apresenta como fundamento do relativismo
moral e do indiferentismo religioso. Quando tudo é verdade, não existe verdade.
E quando nada é objetivamente verdadeiro, todas as coisas são colocadas no
mesmo plano, perdendo seu valor. Priva a racionalidade humana do principio de
não contradição, conduzindo a humanidade a ações bárbaras. Sobre a bandeira da
tolerância, o relativismo implanta uma verdadeira ditadura da força e do poder.
Pois quando não há uma verdade como critério e medida de nossas ações, se
implanta a verdade subjetiva dos mais fortes. Por isso, as politicas e medidas
sociais são implantadas não em vistas a um bem comum, ou um critério de bondade
e verdade, mas segundo pressões sociais, econômicas ou interesses privados.Assim
vemos a aprovação das uniões homoafetivas, a aprovação do aborto em geral, e do
bebê anencéfalo em especifico. O homem volta-se contra o mesmo homem, pois
ferido em sua racionalidade, é incapaz de perceber as consequências de seus
atos que vão contra a sua própria humanidade. Os títulos das "Campanhas da Fraternidade" normalmente seguem o que a ONU, organização inimiga da Igreja, recomenda. Que tem ver água de esgoto com a doutrina católica e defesa da Fé? Nada! Isso é mero engajamento politico ideológico.
Aliás, Fraternidade é palavra revolucionária, porque se quer uma fraternidade sem admitir Deus como Pai de todos os homens, porque Criador deles. Como poderá haver fraternidade se não se admite Adão como pai de todos os homens? Essa fraternidade é maçônica e não católica. Em Troyes, lê-se no edifício da Prefeitura o lema da Revolução Francesa posto em pedra: "La Fraternité ou la mort". "Fraternidade ou morte". Esse era um lema que Caim poderia assinar. E os Cains da Revolução Francesa o assinaram com o sangue que escorria de suas guilhotinas.
A Ecologia, a preocupação com o ambiente, considera crime fazer omelete com ovos de tartaruga marinha. Mas os ecologistas não defendem com igual vigor os embriões humanos. Matar tatu é crime. Mas, matar o pai e a mãe pode ser "compreendido" pelo mundo moderno, explicando tudo pelos traumas criados pelas mentiras edipianas inventadas por Freud e sua Psicanálise cabalística. E o criminoso pode dar entrevistas à TV e às revistas mais famosas.
Teologia da "Ecologia Integral" e a defesa do "Ambiente Inteiro"
Por Orlando Fedeli
Se o mundo moderno está cheio de absurdos, como poderia estar isenta deles o verdeiro "buraco negro" que é, em certo sentido, a Internet? De fato, na Internet há de tudo. Especialmente absurdos. Ainda agora recebi um texto no qual os absurdos começam pelo título - "Ame a Terra como a si mesmo "-, continuam pela introdução, invadem o núcleo do artigo e culminam na conclusão. O texto é assinado por Padre Marcelo Barros O.S.B., Prior do Mosteiro da Anunciação de Goiânia, que se apresenta como autor de "23 livros publicados, entre os quais "A Noite do Maracá". Se o número de títulos publicados indicasse valor, dever-se-ia concluir que Dom Marcelo é um intelectual de peso. Como explicar, então, os absurdos que ele assina? A bem da verdade, a introdução não é de responsabilidade pessoal dele. Mas ele lhe dá seu aval por citá-la de modo elogioso e admirativo. Essa estapafúrdia introdução nada mais é do que a citação de uma "Carta da Terra", elaborada por "intelectuais". O Pe. Marcelo Barros nos elucida que os mencionados "intelectuais" são "pessoas engajadas na política". O que significa, obviamente, que são ligados a partidos socialistas. Porque "intectual engajado" sempre é um ser com pretensões a posturas enfumaçadamente filosóficas, e atrelado a uma organização de esquerda. Normalmente, os tais intelectuais engajados são incensados pela mídia esquerdista, e admirados boquiabertamente pelos "Servos da Mídia". E como incensa a mídia? Quando se ouve um locutor anunciar pomposamente: "Vamos ouvir agora o pensamento do 'cientista político' Zero da Silva", pode-se ter a certeza de que se vai ouvir um profundo vazio, discursado com palavras empoladas e slogans da moda, sobre a plenitude do oco, como tema dialética e culturalmente revolucionário. Desta vez, entretanto, o incensamento provém de alguém duplamente autorizado: um autor de 23 livros publicados, que é, ao mesmo tempo, autor de "A Noite do Maracá" e monge beneditino. Portanto, um especialista na prática de incensamentos. Um incensador em sentido literal e literário. Pois a introdução que o Padre cita, dos "intelectuais engajados", é do mesmo tipo vazio (apenas fumação). Nela se afirma, por exemplo, que somos uma "comunidade terrestre". Será possível haver uma comunidade que não seja terrestre? Uma comunidade extra terrestre de ET's movidos a eletrodos e pilhas? E os intelectuais engajados nos conclamam a "somar forças para ser uma sociedade mundial". De modo que ficamos sabendo que, apesar de já sermos uma "comunidade terrestre", ainda não somos uma "sociedade mundial". Apesar da globalização e da internet, estamos ainda no nível da periferia. Que desgraça!
Como um monge beneditino, Prior do Mosteiro da Anunciação, nos anuncia tais disparates, sem pestanejar?
O Prior, através da citação de seus "intelectuais engajados" - ou atrelados -, autores da famosa "Carta da Terra", nos diz que essa sociedade mundial deve ser baseada no "respeito pela natureza" (ou seja, ecologismo), nos famosos "direitos humanos" (na verdade, compreensão e defesa dos criminosos), na "justiça econômica" (socialismo) e numa "cultura de paz".
Que seria uma "cultura de paz"?
Certamente o pacifismo mais desbragado. A condenação de toda a guerra. A defesa do fim do embargo a Cuba, a veneração pela China comunista, a política do Zimbabwe, a apologia da política de "doçura" de Winnie Mandela e seus "colares de fogo" (os pneus em fogo que colocavam nos pescoços dos adversários na África do Sul) etc. Chegando ao segundo parágrafo do texto de Dom Prior, ficamos sabendo os nomes dos famosos "intelectuais engajados": o ex-Frei Leonardo Boff, famoso marxista de sacristia, a cantora Mercedes Soza "e outros", nos diz vagamente o Prior da Anunciação. Mas que outros? Que intelectuais engajados se ocultam atrás desse brumoso "outros"? É como se alguém citasse a escalação de um time de futebol dando o nome de dois jogadores apenas. É muito pouco, Padre. E de muito pouco valor. Sim, porque se o ex-Frei Boff - agora Genésio - era um homem que estudava e tinha certa competência, ele só a teve para escrever heresias, defender o comunismo e um imaginário bem estar na URSS, que só ele e Frei Betto visionaram. Padre Marcelo nos previne que a ''Carta da Terra" "percorre o mundo", "propondo uma nova Ética Internacional", que incluiria - pasmem os leitores - os "Direitos da Terra" (sic!!!) a serem reconhecidos pela famigerada ONU, aquele fórum de palradores vivendo no Nirvana, lá em Nova York ("cette chose - là de New York", como disse De Gaulle). Eis aí, então, Frei Boff e Mercedes Soza, quais novos Moisés e Miriam, descendo do novo Sinai, carregando as tábuas da Novíssima Lei proclamadora dos direitos da Terra!!! E seguidos pelos... "outros"... E Padre Marcelo Barros, ele, qual novo anjo do Apocalipse, toca, não o famoso Maracá, mas sim a sua "tuba mirum" para nos prevenir e nos anunciar que, a continuar como estamos, indo pelo caminho que vamos, no ritmo que mantemos, o mundo acaba antes do ano 2025.
"Dies illa, dies irae" - Com maracá e tudo mais!
E Cristo, que disse que ninguém na terra sabe quando será o fim do mundo? Ele devia ter consultado o padre Marcelo Barros, que sabe a data do fim do mundo. Pelo menos condicionalmente. Solenemente beneditino e terrivelmente apocalíptico, o Prior do Mosteiro da Anunciação de Goiânia nos adverte: "A vida só consegue sobreviver até o ano 2025". É o que nos garante, com toda a seriedade e toda a fundamentação ecológica, Padre Marcelo Barros. Pela Internet! Que pena que eu tenha já 67 anos, e que vá morrer, certamente, antes do ano 2025! Que pena que eu não esteja vivo em 2025, para perguntar ao Padre Marcelo Barros - que desejo viva bem além dessa data, se Deus quiser - como ele vai explicar aos homens do ano 2026 que o mundo não acabou, que a vida continuou. Isto é, que o mundo gira e que a "Lusitana roda", como dizia uma antiga propaganda de uma velha companhia de transportes. Como eu gostaria de cobrar do Padre Marcelo Barros o fracasso de sua profecia ecologicamente condicionada! Sou até capaz de me esforçar para ficar vivo até lá. Até 2025... Só para isso!
Padre Marcelo parece ser um prior bem diferente de São Bernardo. Um prior que nem São Bento jamais imaginou que haveria um dia em seus mosteiros. Um prior ecológico, mais do que teológico.
Pelo texto que li, parece ser ele moderninho, à la Frei Betto; desses padres que, em vez de se preocuparem em salvar as almas, e em ensinar-lhes o caminho do Céu, cuidam - como todo intelectual engajado - só do "verde".
Como canta a canção portuguesa, eles - os intelectuais engajados - também poderiam cantar:
"Ái verdinho, meu verdinho,
esquecer-te não há maneira.
Tu para mim és pão e vinho,
e cor de minha bandeira".
Gostaria de lembrar ao Padre Marcelo uma frase famosa de Jesus Cristo, para que a transmita a seus admirados intelectuais engajados: nem de só de pão - ou de "verde" - vive o homem!
Responder-nos-ia Padre Marcelo que não adianta dizer isso, pois que, assegura-nos ele, não só o "verde" está acabando, mas também os animais, e que a Ecologia Ambiental quer dar proteção "ao verde e aos animais ameaçados de extinção". Seguramente, entre esses animais devem ser incluídos os animais racionais, que guardam bom senso, ainda que não engajados nem atrelados.
Padre Marcelo se revela inteiramente "intelectual" quando escreve este sublime pensamento e esta descoberta extraordinária (atenção, pois a descoberta de Dom Prior é sensacional):
"É importante não só o 'meio ambiente' e sim o ambiente inteiro" Quem jamais havia feito descoberta igual? Todo o mundo só fala do "meio ambiente". Pois Padre Marcelo é radical: ele descobriu o Ambiente Inteiro! Não é realmente sensacional?
Só um autor de 23 livros publicados poderia fazer descoberta tamanha! Padre Marcelo deve ser tido como o Colombo da Ecologia! Ele deveria ter o seu nome inscrito no Guiness, o tal livro de recordes, em que se registra quem deu a mais distante cusparada, quem comeu a maior batata do mundo, quem ficou dançando mais tempo e outras façanhas do mesmo porte, ou do mesmo naipe. Padre Marcelo Barros, o descobridor desse eternamente abandonado "Inteiro Ambiente", deveria estar no Guiness. Indubitavelmente! No Guiness! Ou lhe deveria ser dado o prêmio Nobel de Ecologia. Como não se pediu a assinatura do Padre Marcelo para a tal "Carta da Terra"?
Que injustiça! Que ingratidão da Humanidade! Entre os intelectuais engajados que a assinaram, faltou o seu nome.
Que assinatura ela perdeu! Mas o Padre Marcelo se revela em todo o seu profundo pensamento quando ele trata do fundamento teológico de seu ecologismo. Vejam lá o que diz esse prior - que certamente estudou Teologia -, e "intelectual engajado", tão injustamente esquecido. Padre Marcelo defende "a 'Ecologia integral', que veja a humanidade e a terra como um só conjunto vivo e orgânico". Mas que pensamento profundo! É, sem dúvida, uma visão teologicamente minhocal do homem! Padre Marcelo protestará contra o que digo. Sua cosmovisão - um intectual engajado diria sua "Weltanschauung" -, sua Ecologia Integral, defensora do "Ambiente Inteiro" e não só do "Meio ambiente" - em certas coisas é preciso ser radical! - absolutamente não é minhocal.
Não se ofendam as minhocas! Que se as respeitem! Elas também fazem parte do único "conjunto vivo e orgânico" com a terra e conosco. Não se tenha preconceito ou discriminação para com elas, usando seu digno nome para inventar um adjetivo irônico e sem caridade. A Teologia do Padre Marcelo Barros é mais profunda e mais científica do que o nível das minhocas e das ironias fáceis.
Não acreditam? Pois vejam lá:
"A Física Atômica nos alerta: isso que vemos não é a realidade última. Por trás dos corpos, há o átomo. No íntimo das mais ínfimas partículas, há uma energia que interliga todos os seres, como em uma dança mística".
Pois parece Parmênides! Ou o gnóstico Teilhard de Chardin! Mas, se é assim, para que se preocupar em salvar as baleias e os animais em extinção? Para que salvar o sistema ecológico - inclusive as minhocas -, se tudo é a mesma coisa? Ainda que pereçam todas as baleias, todas as minhocas, e todos os intelectuais, engajados ou não, o mundo continuaria a girar pelo espaço. Nada teria, no fundo, mudado. Tudo continuaria no mesmo conjunto "vivo e orgânico". Entretanto, Padre Marcelo - novo Parmênides - nos dá a razão última da unidade ontológica em que ele beneditinamente contempla o universo:
"É uma nova espiritualidade que liga Deus e o mundo, universo e ser humano, e este ao cosmos". Ah!... Agora entendi o que Padre Marcelo pensa! Para Padre Marcelo Barros, Deus, o universo e o homem são uma só realidade. Viva e orgânica.O que é puro monismo. E previno que monismo não significa uma visão ontologicamente macacal da realidade.Não concordo, porém, nem com esse monismo panteísta - ou seria Padre Marcelo teilhardianamente gnóstico? - e nem com a afirmação de que ela é uma nova espiritalidade.
Pois nova, ela não é! De jeito nenhum!
Ela é velha, Padre Marcelo, velha como o Pai da Mentira que "foi homicida desde o princípio". Essa sua "nova espiritualidade" é velha como o panteísmo pagão. É tão velha como a gnose antiga. Só não sei se se trata do velho panteísmo ou da velha gnose, porque, da confusa exposição da teologia da "Ecologia Integral", assim como da confusa e vaga defesa do "Ambiente Inteiro", não fica claro se Padre Marcelo repete erros panteístas ou gnósticos.
Em todo o caso, ele não defende a doutrina Católica. De qualquer modo, em meio a tantos absurdos subscritos pelo Prior da Anunciação, o que se encontra é uma doutrina nada católica!
E, não sei bem o motivo, lembrei-me dos velhos e divertidos artigos que Nelson Rodrigues escrevia, na década de sessenta, contra os padres de passeata e os intelectuais, nos quais ele recomendava: "atrelem os intelectuais!"
Para citar este texto: "Teologia da "Ecologia Integral" e a defesa do "Ambiente Inteiro" - MONTFORT Associação Cultural
CONCLUSÃO: NECESSIDADE DA UNIDADE SUBSTANCIAL DO SER HUMANO
Existe uma profunda
unidade entre as questões religiosas, econômicas, filosóficas, sociais e
politicas. Não são elementos separados, pois quem as elabora, vive e pratica é
o homem. O ser humano é o centro das questões.Por isso, um subjetivismo
religioso exacerbado de Lutero nos conduz a uma filosofia moderna que coloca o
homem como criador da realidade e a Deus apenas como garantidor de uma ordem.
Este racionalismo moderno exige a existência de um Deus impessoal e ordenador,
surgindo o Deísmo próprio do iluminismo, com sua expressão mais “gloriosa e
nefasta” instaurado no culto à “Deusa Razão” no período da Revolução Francesa.
Revolução esta guiada por um desejo de fazer o bem, mas com princípios que
levariam ao terror. Neste processo de degradação da razão humana o surgimento
de regimes ateus, o indiferentismo e o relativismo presentes nos dias atuais
são consequências naturais.Um processo de negação da objetividade das coisas
que “corrói” a razão humana, pois negar a capacidade de transcendência humana,
é negar a mesma humanidade.
*Daniel Marques é
formado em Humanidades Clássicas em Salamanca, Espanha, obteve a graduação e o
Mestrado em Filosofia em Roma, e atualmente cursa o 2o. ano de teologia na
arquidiocese do Rio de Janeiro.
Fonte: Zenit
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Bom dia
Gostaria de parabenizar o blog pela seriedade e disponibilidade na confecção e publicação dos artigos cuja clareza e fundamentação teórica são dignas de elogios. Atenho-me ao artigo intitulado “O caminho natural de protestantismo ao ateísmo”, especialmente no momento em que é discutida a questão do relativismo intelectual vivenciado pelo homem hodierno. É um tema bastante caro, e largamente denunciado pelo papa Bento XVI, pois vemos que está entranhado em diversos círculos culturais da sociedade. Gostaria de desenvolver minha pesquisa monográfica de conclusão do bacharelado em teologia nesta ótica. Considerando isso, desejo saber se seria possível a indicação de mais artigos ou obras de autores que fundamentem o relativismo, como foi citado no artigo “Verdade e Método de Gadamer” como também dos que combatem como o papa Bento. Desde já agradeço a disponibilidade.
Prezado ...
Seguem alguns links internos do nosso blog que tratam do tema. Agradecemos sua visita e os elogios que nos motivam a continuar nosso trabalho. Pedimos suas orações pelo nosso apostolado e suas recomendações aos seus correligionários para que a verdade prevaleça.
http://berakash.blogspot.com.br/2013/02/e-possivel-um-relativismo-absoluto-pe.html
http://berakash.blogspot.com.br/2010/11/verdade-x-relativismo.html
http://berakash.blogspot.com.br/2013/05/porque-o-relativismo-e-contraditorio.html
http://berakash.blogspot.com.br/2015/08/vasco-pulido-valente-o-atual-fanatismo.html
http://berakash.blogspot.com.br/2013/09/a-moral-da-teologia-da-libertacao-e.html
http://berakash.blogspot.com.br/2010/10/algumas-verdades-que-os-ateus-nao.html
Shalom !!!
Me definiu com muita precisão logo no início!
Maldita deforma protestanteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, foi essa seita que me afastou de Deus, triste.
Se a fé tem por objeto algo não evidente por si mesmo, ela é um ato livre. Pode ser traída e rejeitada, como acontece nos casos em que as paixões predominam sobre o intelecto e a vontade. Daí haver falsas expressões da fé, que causam escândalo aos não crentes, mas que não são autênticos gestos de fé.Aliás o senso de justiça obriga a lembrar os grandes benefícios que a Religião proporcionou à humanidade: Sem a verdadeira religião, o homem e a humanidade estaria entregue as supertições e carnificinas materialistas que a história infelizmente já experimentou nos regimes totalitaristas ateus.A religiosidade é um elemento integrante da pessoa humana. O homem bem pode ser considerado um peregrino do Absoluto, um viandante rumo ao Eterno e Infinito. Até os materialistas marxistas procuram um novo estado de coisas e a plena satisfação de seus anseios através da mística do martelo e da foice. Os atritos que a religião causou entre os homens se devem, em grande parte, à valorização dos bens espirituais, que os antigos e medievais julgavam ser superiores aos bens materiais. A religião inspirou a entrega de tudo, até da própria vida, para não renegar o Valor Supremo que é Deus. Quando se avalia o passado, não se pode deixar de levar em conta esse traço próprio da mentalidade de nossos ancestrais.Acontece, porém, que esse elemento integrante da pessoa humana, o senso religioso , não pode ser cego ou desligado da razão. É esta que distingue entre si fé e crendice. É com a inteligência que o homem crê, e não com os olhos da mente fechados pela cegueira do sentimentalismo ou das emoções.Compete aos cristãos dar testemunho da autêntica religião, para que, mediante este testemunho claro e firme, o irmão que busca o Absoluto, embora não tenha fé, se entusiasme pela beleza de uma vida santa, heroicamente santa!
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