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Papa Francisco: "muitos casamentos são nulos na sua essência, apesar de validamente celebrados na igreja"

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 26 de junho de 2016 | 11:16


(foto reprodução)






Antes de enfrentarmos propriamente as críticas dirigidas ao santo padre, ocasionadas em virtude de algumas coisas que ele disse no congresso sobre a família realizado na Diocese de Roma (16/6/2016), cumpre esclarecer que o papa tem todo direito de emitir pareceres como teólogo, vale dizer, porem, que nem tudo o que o sumo pontífice afirma é parte integrante do magistério ordinário ou extraordinário, mas tão somente sua opinião meramente pessoal. Sua santidade, como qualquer católico, pode ter posições teológicas acerca de assuntos opináveis. É importante ressaltar este aspecto, uma vez que o bispo de Roma, eventualmente, pode externar uma ideia que encontre opositores no meio eclesiástico. Isto é absolutamente normal e sempre ocorreu na história do papado. Mas, no caso das assertivas de Francisco com relação à nulidade da maioria dos casamentos atuais, palavras que ele proferiu por ocasião do congresso acima referido -, não se trata de análise teológica; cuida-se da constatação de uma realidade prática e não teológica. De fato, a maioria dos que se casam hoje em dia simplesmente não sabem o que é o casamento cristão ou têm-no como provisório, como afirmou o papa. Daí a nulidade por exclusão do próprio sacramento, consoante dispõe o cânon 1101, § 2.º, pois, através de um ato positivo da vontade, exclui-se a indissolubilidade, que é uma propriedade essencial do matrimônio, conforme preceitua o cânon 1055. Ora, a cultura do provisório na qual estamos mergulhados só pode conduzir a “relações líquidas”, para parodiarmos um termo cunhado pelo filósofo Bauman. Outra lição do papa, também dada no congresso supramencionado, e igualmente alvo de críticas, é de uma incrível precisão teológica e jurídica!  Francisco disse que viu fé em casais que simplesmente conviviam, sem a celebração canônica, e que está certo que são verdadeiros casamentos (embora não sacramentalizados). A forma canônica ou a celebração do casamento na igreja não constitui um dado dogmático ou algo imprescindível para a atuação do sacramento. Por quê? Porque os ministros do sacramento do matrimônio são os noivos. A forma canônica, hodiernamente indispensável à validade, surge tão só no Concílio de Trento, a fim de coibir abusos e, não sendo uma norma de direito divino, admite exceções. Desta feita, o papa está absolutamente correto: existem casamentos contraídos na igreja que são nulos e existem convivências que são genuínos sacramentos (embora não formais do direito, mas apenas de fato). Afinal de contas, conforme reza uma conhecida máxima da teologia, "o Espírito Santo sopra onde quer".





Papa afirma que "a maioria dos casamentos católicos apesar da validade da celebração, são nulos na essência!"











A "INDISSOLUBILIDADE SACRAMENTAL NÃO PERMITE EXPERIÊNCIAS durante o matrimônio", excetuando a relação sexual, ISTO DEVE SER FEITO ANTES: NO NAMORO E NOIVADO!






(Igreja negou o divórcio ao rei Henrique VIII)






O papa Francisco afirmou que a maioria dos matrimônios católicos são nulos por terem sido contraídos por pessoas que não compreendem o sentido deste compromisso indissolúvel até a morte, segundo declarações recolhidas nesta sexta-feira pelos jornalistas.



"A maioria dos matrimônios sacramentais é nula porque os jovens dizem 'sim, para toda vida', mas não sabem o que isso significa", comentou o papa na basílica de São Pedro, falando diante de inúmeros fiéis e sacerdotes da diocese de Roma, respondendo de maneira espontânea às perguntas sobre os últimos sínodos sobre a família.






"Os jovens não sabem o que dizem porque têm outra cultura (...) têm boa vontade, mas não são conscientes", insistiu. 





Francisco já mencionou várias vezes a nulidade dos casamentos contraídos por convenção social, de maneira precipitada, ou apenas por mera formalidade, ou pressões contextuais, sem a devida preparação, seja porque a noiva estava grávida ou porque sonhava com o vestido de noiva e a festa.A assessoria de imprensa do Vaticano, depois de publicadas estas declarações, tentou retificar algumas. 





Segundo o texto oficial, o papa falava de uma parte e não da maioria dos casamentos.O casamento católico é um sacramento indissolúvel e não admite o divórcio, mas Francisco mudou no ano passado os procedimentos de reconhecimento de nulidade do matrimônio, o que quer dizer que mesmo celebrado validamente ,o sacramento jamais existiu! E orientou ante os tribunais eclesiásticos, para simplificá-los, acelerá-los e torná-los menos onerosos.O Papa falou sobre crise do casamento e disse que os jovens "não sabem o que estão fazendo" ao assumir compromissos de caráter definitivos. 






Os comentários do pontífice são considerados "progressistas" e irritam setores conservadores da Igreja Católica, ao dizer que “muitos” dos casamentos católicos realizados hoje é de celebração válida perante a Igreja, porém nula por parte dos nubentes.Isso porque, em sua visão, os casais se unem sem perceber que estão assumindo um compromisso para toda a vida. O pontífice, que vem sofrendo repúdio por fazer comentários considerados progressistas sobre questões doutrinárias, falava durante uma sessão de perguntas e respostas com padres, freiras e trabalhadores de paróquias na noite dessa quinta-feira (16) em uma basílica de Roma.






"Estamos vivendo uma cultura provisória", disse Francisco, em resposta a um homem que perguntou como a igreja pode preparar melhor os casais jovens diante da "crise do casamento". "Por causa disso, muitos de nossos casamentos sacramentais é nula, porque os casais dizem 'sim, pelo resto da minha vida', mas não sabem o que estão fazendo", afirmou.Na transcrição do Vaticano, divulgada na manhã desta sexta-feira (17/06/2016), suas palavras foram alteradas de "grande maioria" para "alguns". 







O porta-voz do Vaticano disse que as colocações improvisadas do líder católico são editadas às vezes depois de consultas com ele próprio ou com assessores!







O Papa Francisco pediu, na quinta-feira 16 de junho, que seja aprofundada a preparação para o matrimônio desenvolvendo um “apostolado da escuta”, considerando que a ignorância do compromisso sacramental torna a maior parte dos casamentos “nulos”.Fazendo eco a um tema já debatido durante o sínodo sobre a família, o Papa Francisco pediu que a preparação para o casamento seja mais aprofundada, pois senão “a grande maioria dos casamentos sacramentais são nulos.” 






Na transcrição do improviso do papa, o Vaticano escreveu o que ele realmente quis dizer:







-“uma parte dos nossos casamentos sacramentais” são nulos.“Eles dizem ‘sim, para toda a vida’, mas eles não sabem o que dizem, porque eles têm uma outra cultura”, observou o Papa, falando de improviso, em 16 de junho, na abertura Congresso eclesial da diocese de Roma, na Catedral de São João de Latrão. “Eles têm boa vontade mas não têm consciência (do sacramento, NDR.)”,prosseguiu ele , descrevendo uma “cultura do provisório” com base na sua experiência pastoral na Argentina.“As pessoas não sabem o que é o sacramento”. A crise do casamento é porque as pessoas não sabem o que é o sacramento, a beleza do sacramento. Não sabem que ele é indissolúvel, não sabem que é para toda a vida” –  insistiu o Papa Francisco, lamentando a focalização sobre a preparação material do casamento.







-[A preparação] para o sacramento exige tempo, do mesmo modo que para as vocações sacerdotais e religiosas. É preciso fazer a  preparação “com proximidade, sem ter medo, lentamente” - “É um caminho de conversão!”








Fazendo assim o elogio da paciência, o papa augurou, tal como durante a recente Jubileu dos sacerdotes, que estes desenvolvam um “apostolado da orelha:ouvir, acompanhar, esperar e fazer amadurecer a  fidelidade”.







Como em outras ocasiões, ele lembrou que, quando era arcebispo de Buenos Aires, ele tinha proibido sempre os casamentos durante a gravidez, porque nesse caso a pressa para se casar antes do nascimento, para ficar “socialmente em regra”, impedia que o  sacramento fosse livremente consentido, o que é uma causa de nulidade.Sempre apoiando-se em exemplos de seu pastoreio na Argentina, o papa também observou, sem julgar, que a maioria dos casais que se apresentavam à preparação para o casamento já viviam juntos.







“Não dizer imediatamente: ‘Por que não se casa na igreja’ ?...recomendou ele aos numerosos sacerdotes presentes.“Não obstante, em verdade,  eu digo que eu vi tanta fidelidade nessas coabitações, tanta fidelidade...Estou certo de que este é um verdadeiro casamento, eles têm a graça do casamento justamente pela fidelidade que eles têm”. observou o ex-arcebispo de Buenos Aires.




Estes comentários pessoais do papa, fazem lembrar o convite a discernir os elementos positivos das coabitações, feito durante os dois sínodos sucessivos sobre a família, em 2014 e 2015, e retomado na exortação pós-sinodal do Papa este ano: Amoris laetitia.







Fontes: Reuters e Zenit






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Anônimo
23 de julho de 2022 às 21:08

Fiquei com uma dúvida! E se o casal depois tomar conta da indissolubilidade e assumi-la, mesmo que antes tenham querido fazer realmente uma experiência, tem que fazer novamente a celebração ou renovação do sacramento?

Anônimo
26 de julho de 2022 às 06:58

Não precisa! No momento que se assume e toma a consciência da indissolubilidade matrimonial com todas as graças e desafios, o matrimônio é validado, pois neste sacramento ao contrário dos outros 6 sacramentos, quem celebra são os nubentes.

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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