“Não
pretendemos aqui com esta análise posar de bonzinhos, para atrair simpatias e
ficar bem na ficha com palavreados tipo: “ser a favor do neoliberalismo é ser contra os pobres e marginalizados.” Entendemos que estes
jargões e discursos enlatados, carecem de um aprofundamento antes de emitir um
juízo de valores. Pretendemos aqui portanto, fazer uma análise realista. Embora o termo tenha sido cunhado em 1938
pelo sociólogo e economista alemão Alexander Rüstow, o Neoliberalismo só
ganharia efetiva aplicabilidade e reconhecimento na segunda metade do século
XX, especialmente a partir da década de 1980. Nesta época, houve um grande
crescimento da concorrência comercial, muito em função da supremacia que o
capitalismo demonstrava conquistar sobre o sistema socialista. Mesmo ainda no
decorrer da Guerra Fria, as características do conflito já eram muito
diferenciadas das existentes nos anos imediatamente posteriores ao fim da
Segunda Guerra Mundial. A União Soviética já havia se afundado em uma grave
crise que apontava para o seu fim inevitável. Enquanto isso, o capitalismo
consolidava-se como sistema superior e desfrutava de maior liberdade para determinar
as regras do jogo econômico. O crescimento comercial foi notório e, para
enfrentar a concorrência, medidas foram tomadas no Reino Unido e nos Estados
Unidos. As principais características dessas medidas foram a redução dos
investimentos na área social. Ao mesmo tempo, adotou-se como prática também a
privatização das empresas estatais, o que se aliou a uma restrição do poder dos
sindicatos. Passou-se a defender um modelo no qual o Estado não deveria
intervir em nada na economia, deixando-a funcionar livremente. Ou seja,
considerando-se as características do novo momento, uma releitura da forma
clássica do Liberalismo. O
Neoliberalismo ganharia força e visibilidade com o Consenso de Washington, em
1989. Na ocasião, a líder do Reino Unido, Margareth Thatcher, e o presidente
dos Estados Unidos, Ronald Reagan, propuseram os procedimentos do
Neoliberalismo para todos os países, destacando que parte dos investimentos nas áreas
sociais deveriam ser direcionados para as empresas. Esta prática, segundo eles,
seria fundamental para movimentar a economia e, consequentemente, gerar
mais e melhores empregos e melhores salários. Houve ainda uma série de
recomendações especialmente dedicadas aos países pobres, as quais reuniam: a
redução de gastos governamentais, a diminuição dos impostos, a abertura
econômica para importações, a liberação para entrada do capital estrangeiro,
privatização e desregulamentação da economia e combate a corrupção. O objetivo do Consenso de Washington foi, em certa medida, alcançado
com sucesso, pois vários países que adotaram as proposições feitas, inclusive no
Brasil com FHC e Lula que deu continuidade em parte a este mesmo projeto Neoliberal em seus dois mandatos.”
Características do Neoliberalismo (princípios
básicos):
1)- Mínima
participação estatal nos rumos da economia de um país (não se defende a ausência do estado, mas o ESTADO MÍNIMO).
2)- Política de privatização
de empresas estatais, e ou, maior participação do setor privado nas mesmas.
3)- Livre circulação
de capitais internacionais e ênfase na globalização.
4)- Desburocratização
do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o
funcionamento das atividades econômicas.
5)- Diminuição do
tamanho do estado, tornando-o mais administrável e eficiente, pois desta forma
o estado volta sua atenção para a saúde, educação e segurança.
6)- Posição contrária
aos impostos e tributos excessivos.
7)- Aumento da
produção e de serviços como objetivo básico para atingir o desenvolvimento
econômico com a geração de empregos e maior distribuição de renda.
8)- Contra o controle
de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta
e demanda é suficiente para regular os preços.
Críticas ao neoliberalismo
Os críticos ao
sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências
econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de
desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política
neoliberal.
Pontos positivos do neoliberalismo
Os defensores do
neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o
desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo
deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e,
através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem!
Exemplos de governos que adotaram políticas econômicas
neoliberais nos últimos anos:
- No Brasil: Fernando
Collor de Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003)
- No Chile: Eduardo
Frei (1994 - 2000), Ricardo Lagos (2000 - 2006) e Michelle Bachelet (2006 -
2010)
- Nos Estados Unidos:
Ronald Reagan (1981 - 1989), George Bush (1989 - 1993) e George W. Bush (2001-
2009)
- No México: Vicente
Fox Quesada (2000 - 2006)
- No Reino Unido:
Margaret Thatcher (1979 - 1990)
Principais teóricos do Neoliberalismo:
- Friedrich Hayek (Escola
Austríaca)
- Leopold von Wiese
- Ludwig von Mises
- Milton Friedman
(Escola Monetarista, Escola de Chicago)
Veja no link abaixo a lista dos ganhadores do Nobel de
Economia:
O neoliberalismo pode
ser definido como uma ideologia ou doutrina que atualmente ganhou a maior
adesão e simpatia dos políticos e da opinião pública internacional, nacional e
local, estabelecendo, por isso, os parâmetros da política econômica de grande parte
dos países do mundo. Os programas de ajuste estrutural estão
fortemente embasados nessa ideologia. Como seu nome indica, o
neoliberalismo ("novo liberalismo") traz de volta à cena o conjunto
de teses econômicas conhecido como liberalismo. Na sua acepção geral, o termo
liberalismo define as ideias, teorias ou doutrinas que dão primazia à liberdade
individual e rejeitam qualquer tipo de coerção do grupo ou do Estado sobre os
indivíduos. No plano econômico, o liberalismo teve notável influência
no desenvolvimento do capitalismo do século XIX. Um ponto central nessa
doutrina era o repúdio a qualquer intervenção do Estado na área econômica. Os
liberais entendiam que os fenômenos econômicos eram regidos por uma ordem
natural, que tendia ao equilíbrio e à prosperidade. O mecanismo de
garantia dessa ordem residia, para eles, na livre concorrência (Lakatos e
Marconi, 1999). Essas ideias
permaneceram como substrato do neoliberalismo dos dias de hoje, embora
muitos outros elementos tenham sido introduzidos.
Aspectos do ideário neoliberal
O neoliberalismo
surgiu em alguns países da Europa e nos Estados Unidos como uma reação
contrária ao Estado do Bem-Estar. Data de 1944 a publicação do livro O caminho
da servidão, de Friedrich Hayek, que é considerado o texto de origem dessa
ideologia. Em 1947, os seguidores do neoliberalismo fundaram a Sociedade de
Mont Merin, com o objetivo de combater o welfare state e de preparar o caminho
para a instalação de um capitalismo mais duro e livre de regras. Uma das ideias
centrais desse grupo, apontada por Perry Anderson, é reveladora do caráter
excludente da proposta neoliberal: os membros da Sociedade de Mont Metin
consideravam a desigualdade social um valor positivo e criticavam o
igualitarismo promovido pelo Estado do Bem-Estar, que, considerava-se, levava
as populações à dependência e à passividade. Atualmente, os defensores do
neoliberalismo não se posicionariam tão abertamente a esse respeito. As ideias neoliberais
não tiveram ressonância nas décadas de 50 e 60. Nessa época, estavam sendo
registradas as mais altas taxas de crescimento econômico da história do
capitalismo, sob a hegemonia do modelo do Estado do Bem-Estar. Em 1973, porém,
esse modelo econômico entrou em crise. Na Europa e nos Estados Unidos teve
início uma longa recessão que combinou baixas taxas de crescimento econômico
com altas taxas de inflação. Esse foi o terreno propício para o avanço das ideias neoliberais. Os partidários
do neoliberalismo diziam que a crise dos anos 70 era resultado da pressão excessiva
dos sindicatos por maiores salários e por mais gastos sociais (para saúde e
escola públicas, moradia, assistência social, salário-desemprego, etc.).
Pensavam que, para vencer a crise, a
meta dos governos devia ser a estabilidade monetária. Para isso,
sugeriam duas medidas:
a)- Disciplina
orçamentária, com contenção dos gastos para o bem-estar social.
b)- Reformas fiscais
para incentivo dos agentes econômicos.
Outra forma de entender o paradigma neoliberal é dividindo suas
implicações em três planos, seguindo a análise de Maria Alice Dominguez Ugá
(1997): econômico, social e político. No plano
econômico, o neoliberalismo rejeita o padrão de intervenção estatal.
O que é o Estado do Bem-Estar? (Keynesianismo) ?
Também chamado de "welfare state" (em inglês), o Estado do Bem-Estar é o modelo estatal
desenvolvido, sobretudo, nos países europeus ao término da II Guerra Mundial,
em 1945. Seus princípios básicos foram elaborados pelo economista inglês John M.
Keynes; por isso, com frequência, fala-se em keynesianismo para se referir a
esse tipo de Estado.
Houve
muitas variações na forma como os diversos países compreenderam e aplicaram o
modelo do "welfare state". É possível, entretanto, identificar algumas
características básicas:
a) O Estado intervém
na área econômica, através de subsídios a diversos setores. Também controla a
exploração de alguns recursos naturais (indústria mineral, energia, etc.)
através de empresas estatais. Na época, isso fazia parte de um projeto de
construção nacional que, no plano político, correspondia à democracia liberal.
b) O Estado é
responsável pela promoção da justiça social e do igualitarismo. As políticas
sociais são universais: saúde, educação e previdência para todos. Aumentam os
recursos destinados a essas políticas.
c) Abandona-se a
ideia de que a lógica do mercado está acima
de tudo. No campo das relações de trabalho, a estabilidade dos
trabalhadores no emprego é estimulada. Nos países onde este modelo se desenvolveu, o poder de negociação
dos sindicatos era muito alto.
As políticas neoliberais no mundo
O primeiro país a
sair da crise foi a Inglaterra, sob o governo de Margareth Thatcher, que começou no ano de 1979. Para Perry Anderson
(1996), esse foi o modelo neoliberal mais puro de todos. As políticas
liberais de Thatcher compreendiam a contração da emissão de moeda; elevação das
taxas de juros; diminuição dos impostos sobre os mais ricos; abolição dos
controles sobre os fluxos financeiros; combate ao sindicalismo estatal,diminuição
nos gastos sociais e amplo cronograma de privatizações. Outros países ricos
seguiram o exemplo inglês, ainda na década de 1980, embora com variações
consideráveis. Em 1982, foi a vez dos Estados Unidos com a eleição de Ronald
Reagan. A ritmos diferentes, quase todos os países europeus implementaram esse
modelo entre os anos 80 e 90. A queda do Muro de Berlim ampliou a área de
influência neoliberal às antigas economias comunistas, já na década de 90.
Nesse período, outras regiões também se abriram ao avanço do neoliberalismo com
intensidade variável (caso dos países asiáticos).
Mas, afinal, o que foi que essas políticas
trouxeram para esses países? Vejamos o que diz Perry Anderson no seu Balanço do
neoliberalismo:
1)- A inflação dos
anos 70 foi detida, o que foi considerado um sucesso!
2)- Houve recuperação
dos lucros, com redução de atendimentos a reinvindicações Sindicalistas
absurdas(em algumas situações da vida é necessário perder, individual e
corporativamente para ganhar de forma mais ampla, meritória e
comunitariamente).
3)- Em todos os
países, as taxas de desemprego cresceram, assim como a desigualdade social.
Apesar de terem
seguido à risca as medidas neoliberais, muitos países por dois fatores
impactantes (Corrupção e baixo nível de educação com mão de obra
desqualificada),não conseguiram retomar o crescimento econômico. Esse é o
grande fracasso do neoliberalismo, pois o objetivo final de todas essas medidas
era justamente a retomada do crescimento econômico. Nesse ponto, o neoliberalismo
mostrou-se ineficaz .Você deve estar se
perguntando se esse aspecto não forçou os países a mudarem de estratégia? Por
enquanto, diremos que o neoliberalismo continua sendo apresentado como a única
alternativa de sociedade, a despeito do seu resultado prático.
O neoliberalismo na América Latina...
A implantação de
programas neoliberais na América Latina iniciou-se no Chile. A maior conversão
ao modelo do neoliberalismo, porém, aconteceria em fins dos anos 80 e seria
fortemente estimulada pelo crédito das Instituições Financeiras Multilaterais
aos Programas de Ajuste Estrutural. Segundo Maria Alice Dominguez Ugá (1997),
as políticas de ajuste respeitam os principais aspectos do ideário
neoliberal: as duas instituições máximas da sociedade são o mercado e a
propriedade privada; o Estado institui e fiscaliza o cumprimento de leis gerais
que dão suporte a essas duas instituições; a política subordina-se ao primado
da economia.O problema é que todo
esse estímulo ao mercado e ao setor privado está sendo feito em países que
nunca desfrutaram dos benefícios de um Estado do Bem-Estar (Soares, 2001).
O
contexto latino-americano diferencia-se radicalmente dos centros que irradiaram
as ideias neoliberais (Europa e Estados Unidos) pelas maiores taxas de pobreza,
violência, desigualdades econômicas e de gênero. Se poderia perguntar: Como é
possível implementar, num contexto desses, um modelo de sociedade ainda mais
excludente? Ora, o Neoliberalismo capitalista só seria excludente na medida em
que o agente econômico só tivesse o que reclamar, e nunca o que oferecer. Tal
situação é exceção para a maioria dos agentes econômicos, e não a regra.
O Neoliberalismo se mostra atualmente o sistema econômico mais sustentável, já
que sua lógica interna é a do custo da escolha econômica recair sobre o agente
que age e não sob terceiros, o que induz o agente a escolher de maneira
racional como agir economicamente. É o Estado e o custo socializado da escolha
econômica que gera, de maneira exponencial, a insustentabilidade do uso dos
bens sociais.Uma das formas de
minimizar os impactos já foi mencionada: trata- se de implementar políticas
compensatórias, voltadas a alguns setores da população, como substituto às
políticas sociais de abrangência universal.Outra estratégia, porém, é revestir as reformas com um caráter de "mal necessário" e
inevitável, facilitando a aceitação da doutrina neoliberal em nome de um bem
maior: o desenvolvimento da nação a longo prazo. O discurso do desenvolvimento
contém muitas justificativas para toda espécie de políticas, por piores que
sejam suas consequências, oferecendo também argumentações favoráveis ao avanço
do neoliberalismo.
Fato: apesar das falhas do neoliberalismo, As pessoas migram dos países menos neoliberais para
os "mais neoliberais" (Por que?)
-Um fato que pode ser
observado com clareza é que as pessoas migram voluntariamente dos países menos
liberais para os mais neoliberais. Os EUA como um dos países mais neoliberais
do mundo, recebem milhões de imigrantes todos os anos.
-Nos EUA (até o fechamento desta matéria),só existe uma empresa estatal: o US Postal Service, e mesmo assim trabalha como se fosse uma empresa privada, sem ingerência política.
-Nos Estados Unidos da América não existem elefantes brancos estatais, cheios de privilégios para funcionários públicos acomodados.
-Nos EUA a propriedade privada é garantida, assim como a liberdade de expressão, a liberdade de montar negócios, a liberdade fiscal e monetária.
-A imprensa é completamente livre nos EUA, e podem ser parciais!
-Os americanos se deslocam dentro de seu país livremente, entram e saem do país da mesma forma.
-Os EUA são o 4º país mais liberal do mundo, segundo o ILE - Índice de Liberdade Econômica.
-Empresas multinacionais são completamente livres para entrar e investir nos EUA.
-Nos EUA (até o fechamento desta matéria),só existe uma empresa estatal: o US Postal Service, e mesmo assim trabalha como se fosse uma empresa privada, sem ingerência política.
-Nos Estados Unidos da América não existem elefantes brancos estatais, cheios de privilégios para funcionários públicos acomodados.
-Nos EUA a propriedade privada é garantida, assim como a liberdade de expressão, a liberdade de montar negócios, a liberdade fiscal e monetária.
-A imprensa é completamente livre nos EUA, e podem ser parciais!
-Os americanos se deslocam dentro de seu país livremente, entram e saem do país da mesma forma.
-Os EUA são o 4º país mais liberal do mundo, segundo o ILE - Índice de Liberdade Econômica.
-Empresas multinacionais são completamente livres para entrar e investir nos EUA.
Para quem tem "dúvidas sobre se os EUA são o país mais
neoliberal das Américas" e um dos mais neoliberais do mundo, então aqui está:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u113736.shtml
Os EUA ficaram em
primeiro lugar entre os países americanos com maior liberdade econômica, com
82% (4º lugar na classificação geral). O Canadá ficou em 10º lugar no ranking
geral.O Chile foi o mais bem colocado no ranking geral entre os
latino-americanos, ficando em 11º lugar (3º entre os países americanos). O
México ficou em 49º na classificação geral (13º entre os americanos). Cuba
ficou com o último lugar nas Américas (29º). O país ficou no penúltimo lugar
(156º) no ranking geral, à frente apenas da Coréia do Norte.
A Economia Neoliberal dos Estados Unidos:
“O país (EUA) possui uma das economias mais abertas do mundo - isto é,
com poucas restrições contra investimentos estrangeiros e importações, e pouca intervenção
do governo federal na economia do país.”
Quando se fala dos
Estados Unidos – que é uma das economias mais abertas do mundo –, eles têm
problemas com algumas coisas, como a agricultura e o aço.Mas, por outro lado,
as importações dos Estados Unidos são gigantescas, cerca de US$ 1 trilhão (R$
3,13 trilhões) por ano. É absurdamente alto, uma loucura. Veja o benefício para
o resto do mundo, que exporta todo este valor para os Estados Unidos. Ainda
assim, se você olhar o sistema de proteção econômica dos países em
desenvolvimento, ele é muito mais fraco do que o dos Estados Unidos.
Ranking das Economias Livres
A economia dos
Estados Unidos é 82% livre, de acordo com nossa avaliação 2007, que lhe faz
economia a 4ª mais livre do mundo. Os Estados Unidos são 1º dentre os 29 países
nos Américas, e sua contagem total é muito mais elevada do que a média
regional.Os Estados Unidos têm níveis elevados de liberdade do investimento, de
liberdade de comércio, de liberdade financeira, de direitos de propriedade, de
liberdade de negócio, e baixo índice de corrupção. A taxa alfandegária média é
baixa, embora haja diversas barreiras não tarifárias. Quase todas as operações
comerciais são simples e transparentes. O investimento extrangeiro é bem-vindo
e sujeito às mesmas régras que o capital nacional. Os mercados
financeiros estão abertos à competição estrangeira e são os mais dinâmicos e
modernos do mundo. O Poder Judiciário é independente e de alta qualidade. A
corrupção é baixa , como befits uma democracia ocidental, e o mercado de
trabalho é altamente flexível.Os fatos estão aí. EUA - 4ª economia mais
neoliberal do mundo. Chile economia mais neoliberal da AL, curiosamente o país
com maior bem-estar e mais rico. Mèxico muito mais neoliberal que o Brasil,
portanto tem economia muito mais forte. Acho interessante essa
relação de ódio anti-americanos que alguns brasileiros têm com os EUA. É uma demonstração
explícita de um revanchismo meramente infantil e irracional.Ora, para ficarmos
como os EUA, precisamos apenas fazer como eles: Adotar o neoliberalismo cada
vez mais e com o passar do tempo a economia vai se desenvolvendo. Verdade seja dita: Durante o governo FHC muitas reformas neoliberais
foram feitas. Nenhuma delas foi desfeita pelo Lula, e, então, agora, o Brasil
que conta com uma economia relativamente neoliberal, está crescendo e com baixa
inflação. Agora para encerrar, é óbvio que um governo central com seis
burocratas dirigindo um país, como são os regimes Comunistas, não vai ter a
capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento.No
Bonde da História prevalece sempre a razão, e assim caminha a humanidade, pois
não acredito em cultura e nem em ideologia de escritório, ou seja, naquelas
criadas em uma sentada ou canetada por pseudo iluminados, mas naquela testada
na história da humanidade com tentativas de erros e acertos e naturalmente
prevalecida, pois este tal Comunismo dito científico, de científico não tem
absolutamente nada, pois tudo que é científico se caracteriza pela
repetibilidade em laboratório, coisa que nenhum laboratório social Comunista
mundo afora em suas tentativas de implantação o fez até agora, pois tudo
descambou em ditaduras sanguinárias e desumanas de esquerda.
BIBLIOGRAFIA:
-ANDERSON, Perry
(1996). "Balanço do neoliberalismo". In: A. BORÓN, As políticas
sociais e o estado democrático. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
-LAKATOS, Eva Maria e
MARCONI, Marina de Andrade (1999). "Degradação social, globalização e
neoliberalismo". In: Sociologia geral. São Paulo: Atlas.
-SOARES, Laura Tavares
Ribeiro (2001). Ajuste neoliberal e desajuste social na América Latina. Rio de
Janeiro: Vozes.
-UGÁ, Maria Alice
Dominguez (1997). "Ajusta estrutural, governabilidade e democracia".
-S. GERCHMAN e M. L. Werneck VIANNA, A miragem da pós-modernidade. Democracia e políticas sociais no contexto da globalização. Rio de Janeiro, Fiocruz.
-S. GERCHMAN e M. L. Werneck VIANNA, A miragem da pós-modernidade. Democracia e políticas sociais no contexto da globalização. Rio de Janeiro, Fiocruz.
-----------------------------------------------------
Apostolado Berakash – Trazendo
a Verdade: Se você gosta de nossas publicações e caso queira
saber mais sobre determinado tema, tirar dúvidas, ou até mesmo agendar
palestras e cursos em sua paróquia, cidade, pastoral, e ou, movimento da
Igreja, entre em contato conosco pelo e-mail:
filhodedeusshalom@gmail.com
+ Comentário. Deixe o seu! + 4 Comentário. Deixe o seu!
O Liberalismo foi condenado pela Igreja no aspecto político. Não sei até que ponto no econômico.
Prezado Prof. Francisco Castro,
O Catecismo da Igreja Católica é bem claro a esse respeito, quando explica que “todo sistema segundo o qual as relações sociais seriam inteiramente determinadas pelos fatores econômicos é contrário à natureza da pessoa humana e de seus atos”. Por outro lado, a Doutrina Social da Igreja não adota um sistema específico ou um “misto”, por assim dizer, entre o liberalismo e o socialismo. O que ela propõe é uma realidade de “outra” ordem, para além da mentalidade materialista predominante hoje.
Mas, antes de explicar o que ensina a Doutrina Social da Igreja, importa entender como a sociedade foi historicamente se centralizando em torno da economia. Tudo começou na Inglaterra, com o advento do moderno sistema bancário. Com o Banco Central financiando diretamente o crescimento das indústrias, iniciou-se uma produção em massa de riquezas, que criou a ilusão de que tudo se explica em torno do dinheiro. Karl Marx, ao invés de desmontar essa mentira, aceitou a premissa liberal – basta pensar na ideia que fazia de “infraestrutura” – e, a partir dela, construiu o seu pensamento. Os Estados Unidos, embora seja considerado o “berço” do capitalismo liberal, começou como uma sociedade agrária e pré-industrial e não foi edificado na obsessão do dinheiro. Pelo menos na sua fundação – hoje, as coisas são diferentes –, o que importavam eram as “virtudes cívicas” – relacionadas à busca do bem comum –, expostas principalmente na obra “O Espírito das Leis”, de Montesquieu. Em relação ao que propõe a Doutrina Social da Igreja, essa situação já é decadente, mas, comparada à obsessão econômica que começaria na Revolução Industrial, trata-se de algo melhor.
Com base nisso, o que propõe o Magistério? Primeiro, quando se fala da Doutrina Social da Igreja, fala-se de algo que brota diretamente do Evangelho. A Igreja não tem uma receita pronta de como montar um Estado, um governo ou uma administração. Ela simplesmente “propõe princípios de reflexão, apresenta critérios de juízo, orienta para a ação”. Nesse sentido, a fé cristã é bem diferente do islamismo. Este já nasceu com um projeto político bem determinado – o profeta Maomé mesmo era um líder militar; o Cristianismo limita-se a oferecer uma luz às realidades sociais, sem fórmulas prontas.Segundo, para a Igreja, a base que agrega a sociedade não é a economia, nem as “virtudes cívicas”, mas a família. Por isso, a importância de lutar pela sua preservação.
Santo Tomás de Aquino, ao responder “se foi útil que algumas leis tenham sido impostas pelos homens”, responde o seguinte:
Continua...
“Como fica claro pelo que foi dito, está presente no homem, naturalmente, a aptidão para a virtude; ora, é necessário que a própria perfeição da virtude sobrevenha ao homem por meio de alguma disciplina . Assim como vemos que o homem recorre a alguma indústria em suas necessidades, por exemplo, no alimento e no vestir, cujos inícios tem ele pela natureza, a saber, a razão e as mãos, mas não o próprio complemento, como os demais animais, aos quais a natureza deu suficientemente cobertura e alimento. Para essa disciplina, porém, o homem não se acha por si mesmo suficiente, com facilidade. Porque a perfeição da virtude consiste principalmente em afastar o homem dos prazeres indevidos, aos quais os homens são inclinados principalmente e maximamente os jovens em relação aos quais a disciplina é mais eficaz. E assim é necessário que os homens obtenham tal disciplina por outro, por meio da qual se chega à virtude. E certamente quanto àqueles jovens inclinados aos atos das virtudes em razão de uma boa disposição da natureza, do costume ou, mais ainda, do dom divino, é suficiente a disciplina paterna, que se faz mediante os conselhos [sufficit disciplina paterna, quae est per monitiones]. Mas, porque se encontram alguns impudentes e inclinados ao vício, os quais não podem ser movidos facilmente com palavras, foi necessário que pela força e pelo medo fossem coibidos do mal, de modo que, ao menos desistindo assim de fazer o mal, aos outros tornassem tranquila a vida, e os mesmos, por fim, por força de tal costume, fossem conduzidos a fazer voluntariamente o que antes cumpriam por medo, e assim se tornassem virtuosos. Tal disciplina, obrigando por meio da pena, é a disciplina das leis. Portanto, foi necessário que as leis fossem impostas para a paz dos homens e a virtude, porque, como diz o Filósofo, ‘assim como o homem, se é perfeito na virtude, é o melhor dos animais, assim, se é separado da lei e da justiça, é o pior de todos’, uma vez que o homem tem a arma da razão para satisfazer suas concupiscências e sevícias, que os outros animais não tem.”
O projeto da Igreja é, pois, construir uma sociedade, não obcecada com o dinheiro, mas baseada na virtude, nos conselhos e no amor familiar. Essa é a autêntica “civilização do amor” de que tanto se fala. Mais do que assimilar meras “virtudes cívicas” – o que, sem dúvida, já é um grande passo –, importa que as pessoas e as instituições sejam evangelizadas, aprendam a viver a virtude e, deste modo, a sociedade se tornará cada vez melhor. Vê-se logo como a natureza da sociedade, tal como colocada pelo Magistério da Igreja, é de ordem completamente diferente do que consta nos projetos dos partidos políticos atuais.
Continua...
Ensina ainda o Catecismo da Igreja Católica:
“A Igreja tem rejeitado as ideologias totalitárias e ateias associadas, nos tempos modernos, ao ‘comunismo’ ou ao ‘socialismo’. Além disso, na prática do “capitalismo”, ela recusou o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano. A regulamentação da economia exclusivamente por meio do planejamento centralizado perverte na base os vínculos sociais; sua regulamentação unicamente pela lei do mercado vai contra a justiça social, ‘pois há muitas necessidades humanas que não podem ser atendidas pelo mercado’. É preciso preconizar uma regulamentação racional do mercado e das iniciativas econômicas, de acordo com uma justa hierarquia dos valores e em vista do bem comum.”
A rejeição da Igreja ao socialismo não significa necessariamente que ela opte pelo capitalismo. É evidente que a liberdade de mercado é necessária, mas não sem certa intervenção do Estado. O Papa São João Paulo II, na encíclica Centesimus Annus, esclarece:
“Voltando agora à questão inicial, pode-se porventura dizer que, após a falência do comunismo, o sistema social vencedor é o capitalismo e que para ele se devem encaminhar os esforços dos Países que procuram reconstruir as suas economias e a sua sociedade? É, porventura, este o modelo que se deve propor aos Países do Terceiro Mundo, que procuram a estrada do verdadeiro progresso econômico e civil?”
“A resposta apresenta-se obviamente complexa. Se por ‘capitalismo’ se indica um sistema econômico que reconhece o papel fundamental e positivo da empresa, do mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade pelos meios de produção, da livre criatividade humana no setor da economia, a resposta é certamente positiva, embora talvez fosse mais apropriado falar de ‘economia de empresa’, ou de ‘economia de mercado’, ou simplesmente de ‘economia livre’. Mas se por ‘capitalismo’ se entende um sistema onde a liberdade no setor da economia não está enquadrada num sólido contexto jurídico que a coloque ao serviço da liberdade humana integral e a considere como uma particular dimensão desta liberdade, cujo centro seja ético e religioso, então a resposta é sem dúvida negativa.”
Hoje, o Brasil e o mundo estão voltados para a realidade econômica. As pessoas tomam suas decisões olhando tão somente para a própria carteira. A solução imediata para esse problema deve ser cuidadosamente discutida, mas, a médio e longo prazo, é preciso evangelizar, retomar o que os missionários católicos começaram há 500 anos no Brasil, a fim de que ele volte a ser Terra de Santa Cruz.
Shalom !!!
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.