“Portanto, já que vocês
ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está
assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não
nas coisas terrenas. Pois vocês
morreram, e a vossa essência está
escondida agora com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for
manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. Assim,
façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade
sexual, impureza, paixão, desejos maus e
a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de
Deus sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado,
quando costumavam viver nelas. Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira,
indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam
uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas
e se revestiram do novo, o qual está
sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador...”(Colossenses
3,1-10).
CARTA ENCÍCLICA: REDEMPTOR HOMINIS
(DO SUMO PONTÍFICE :
JOÃO PAULO II)
I. HERANÇA - No final do segundo Milénio
Estamos já, portanto, a
aproximar-nos de tal data que — respeitando embora todas as correções devidas à
exatidão cronológica — nos recordará e renovará em nós de uma maneira
particular a consciência da verdade-chave da fé, expressa por São João nos
inícios do seu Evangelho: « O Verbo fez-se carne e veio habitar entre nós »;e
numa outra passagem « Deus, de facto, amou de tal modo o mundo, que lhe deu o
Seu filho unigénito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida
eterna ».
Estamos também nós, de alguma
maneira, no tempo de um novo Advento, que é tempo de expectativa. « Deus,
depois de ter falado outrora aos nossos pais, muitas vezes e de muitos modos,
pelos Profetas, falou-nos nestes últimos tempos pelo Filho ... »,por meio do
Filho-Verbo, que se fez homem e nasceu da Virgem Maria. Com este ato redentor a
história do homem atingiu, no desígnio de amor de Deus, o seu vértice. Deus entrou na história da humanidade e,
enquanto homem, tornou-se sujeito à mesma, um dos milhares de milhões e, ao
mesmo tempo, Único! Deus, através da Encarnação, deu à vida humana aquela
dimensão, que intentava dar ao homem já desde o seu primeiro início e deu-lha
de maneira definitiva — daquele modo a Ele somente peculiar, segundo o seu
eterno amor e a sua misericórdia, com toda a divina liberdade — e,
simultaneamente, com aquela munificência, que, perante o pecado original e toda
a história dos pecados da humanidade e perante os erros da inteligência, da
vontade e do coração humano, nos dá azo a repetir com assombro as palavras da
Sagrada Liturgia: « Ó ditosa culpa, que
tal e tão grande Redentor mereceu ter ».
2. Primeiras palavras do novo Pontificado
A Cristo Redentor elevei os meus
sentimentos e pensamentos a 16 de Outubro do ano passado, quando, após a
eleição canónica, me foi feita a pergunta: « Aceitais? » E eu respondi então: «
Com obediência de fé em Cristo, meu Senhor, e confiando na Mãe de Cristo e da
Igreja, não obstante as muitas dificuldades, eu aceito ». Quero hoje dar a
conhecer publicamente aquela minha resposta a todos, sem exceção alguma,
tornando assim manifesto que está ligado com a verdade primeira e fundamental
da Encarnação o ministério que, com a aceitação da eleição para Bispo de Roma e
para Sucessor do Apóstolo Pedro, se tornou meu específico dever na sua mesma
Cátedra.
Escolhi os mesmos nomes que havia
escolhido o meu amadíssimo Predecessor João Paulo I. Efetivamente, quando a 26
de Agosto de 1978 ele declarou ao Sacro Colégio (dos Cardeais) que queria ser
chamado João Paulo — um binómio deste género não tinha antecedentes na história
do Papado — já então reconheci nisso um eloquente bom auspício da graça sobre o
novo Pontificado. E dado que esse
Pontificado durou apenas trinta e três dias, cabe-me a mim não somente
continuá-lo, mas, de certo modo, retomá-lo desse mesmo ponto de partida. Isto
precisamente é confirmado pela escolha, feita por mim, desses dois nomes. E ao
escolhê-los assim, em seguida ao exemplo do meu venerável Predecessor, desejei
como ele também eu exprimir o meu amor pela singular herança deixada à Igreja
pelos Sumos Pontífices João XXIII e Paulo VI; e, ao mesmo tempo, manifestar a
minha disponibilidade pessoal para a desenvolver com a ajuda de Deus.
Através destes dois nomes e dos
dois pontificados, quero vincular-me a toda a tradição desta Sé Apostólica, com
todos os Predecessores no espaço de tempo deste século vinte e dos séculos
precedentes, ligando-me gradualmente, segundo as diversas épocas até às mais
remotas, àquela linha da missão e do ministério que confere à Sé de Pedro um
lugar absolutamente particular na Igreja. João
XXIII e Paulo VI constituem uma etapa, à qual desejo referir-me diretamente,
como a um limiar do qual é minha intenção, de algum modo juntamente com João
Paulo I, prosseguir no sentido do futuro, deixando-me guiar por confiança
ilimitada e pela obediência ao Espírito, que Cristo prometeu e enviou à sua
Igreja. Ele, efetivamente dizia aos seus Apóstolos, na véspera da sua Paixão: «
É melhor para vós que eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não virá a
vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei ». « Quando vier o Consolador, que Eu vos
hei-de enviar da parte do Pai, o Espírito da verdade que do Pai procede, ele
dará testemunho de Mim. E vós também dareis testemunho de Mim, porque estais
comigo desde o princípio ».«Quando, porém, Ele vier, o Espírito da verdade, Ele
guiar-vos-á para a verdade total, porque não falará por Si mesmo, mas dirá tudo
o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas vindouras ».
7. No Mistério de Cristo
Entretanto, se as vias a seguir,
para as quais o Concílio do nosso século orientou a Igreja, vias que nos
indicou na sua primeira Encíclica o saudoso Papa Paulo VI, permanecerão de modo
perduradoiro exatamente as vias que nós todos devemos seguir, ao mesmo tempo
nesta nova fase podemos justamente interrogar-nos: Como? De que maneira será
conveniente prosseguir? O que será necessário fazer, para que este novo advento
da Igreja, conjugado com o já iminente fim do segundo Milénio, nos aproxime
d'Aquele que a Sagrada Escritura chama « Pai perpétuo », Pater futuri saeculi?
. Esta é a pergunta fundamental que o novo Sumo Pontífice tem de pôr-se, desde
o momento em que aceitou, em espírito de obediência de fé, o chamamento em
conformidade com a ordem mais de uma vez dirigida a Pedro: « Apascenta os meus cordeiros »;o que quer dizer: « Sê pastor do meu
rebanho »; e depois: « ... e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos ».
É precisamente aqui neste ponto,
caríssimos Irmãos, Filhos e Filhas, que se impõe uma resposta fundamental e
essencial, a saber: a única orientação do espírito, a única direção da
inteligência, da vontade e do coração para nós é esta: na direcção de Cristo,
Redentor do homem; na direção de Cristo, Redentor do mundo. Para Ele queremos olhar, porque só n'Ele,
Filho de Deus, está a salvação, renovando a afirmação de Pedro: « Para quem
iremos nós, Senhor? Tu tens as palavras de vida eterna ».
Através da consciência da Igreja,
tão desenvolvida pelo Concílio, através de todos os graus desta consciência, através
de todos os campos de atividade onde a Igreja se afirma presente, se encontra e
se consolida, devemos tender constantemente para Aquele « que é a Cabeça », para
« Aquele de quem tudo provém e nós somos criados para Ele »,para Aquele que é,
ao mesmo tempo, « o caminho e a verdade » e « a ressurreição e a vida »,para
Aquele ao ver o Qual vemos o Pai, para Aquele, enfim, que devia ir,
deixando-nos — entende-se aqui a alusão
à sua morte na Cruz e depois à sua Ascensão ao Céu — para que o Consolador
viesse a nós e continue a vir constantemente como o Espírito da verdade. N'Ele estão
« todos os tesouros da sabedoria e da ciência » e a Igreja é o seu Corpo. A
Igreja « em Cristo é como que um sacramento, ou sinal, e instrumento da íntima
união com Deus e da unidade de todo o género humano »;e disto é Ele a fonte! Ele
mesmo! Ele o Redentor!
A Igreja não cessa de ouvir as
suas palavras, continuamente as relê e reconstrói com a máxima devoção todos os
pormenores da sua vida. Estas palavras são escutadas também pelos não cristãos.
A vida de Cristo fala ao mesmo tempo também a muitos homens que ainda não se
acham em condições de repetir com Pedro: « Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo
». Ele, Filho de Deus vivo, fala aos homens também como Homem: é a sua própria
vida que fala, a sua humanidade, a sua fidelidade à verdade e o seu amor que a
todos abraça. Fala, ainda, a sua morte na Cruz, isto é, a imperscrutável
profundidade do seu sofrimento e do seu abandono. A Igreja não cessa nunca de
reviver a sua morte na Cruz e a sua Ressurreição, que constituem o conteúdo da vida
quotidiana da mesma Igreja. De fato, é por mandato do próprio Cristo, seu
Mestre, que a Igreja celebra incessantemente a Eucaristia, encontrando nela « a
fonte da vida e da santidade », o sinal eficaz da graça e da reconciliação com
Deus e o penhor da vida eterna. A Igreja
vive o seu mistério e nele vai haurir sem jamais se cansar, e busca
continuamente as vias para tornar este mistério do seu Mestre e Senhor próximo
do género humano: dos povos, das nações, das gerações que se sucedem e de cada
um dos homens em particular, como se repetisse sempre, seguindo o exemplo do
Apóstolo: « Tomei a resolução de não saber, entre vós, outra coisa, a não ser
Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado ».A Igreja permanece na esfera do
mistério da Redenção, que se tornou precisamente o princípio fundamental da sua
vida e da sua missão.
Se alguém nos perguntar quem tu és, o que responderias? Qual é o primeiro
pensamento que vem em sua mente para se identificar?
O 'EU' ideal e o 'eu'
real, que é a diferença entre aquilo que gostaríamos de ser, e aquilo que somos
atualmente. Muitas vezes o tempo e as circunstâncias não permite que cheguemos
ao nosso 'eu' ideal, mas isto não pode nos desanimar, não podemos menosprezar
as nossas pequenas conquistas, nos desvencilhando dos rótulos.
É quase sempre muito
difícil se autodefinir. Quem eu sou? Muitos timidamente respondem o que são
profissionalmente, sou médico, advogado, professor, estudante. Mas a nossa
verdadeira identidade está além daquilo que fazemos. Na realidade a nossa
identidade determina aquilo que fazemos e não o contrário. Fazemos algo por que
o que somos nos dá características para fazer.
Muito se fala sobre
os temperamentos, e eles são importantes também na nossa personalidade, mas
ainda assim não é isso que diz o que somos. Deus nos fez à sua imagem e
semelhança (Gn 1,27), porém somos diferentes uns dos outros, no que se refere à
nossa identidade.
O dicionário define identidade como: “Circunstância de um indivíduo ser
aquele que diz ser ou aquele que outrem presume que ele seja.” Ou seja, diz que
nós mesmos dizemos quem somos, ou o outro presume quem somos. Mas
verdadeiramente, quem você é? Quem você é em Deus?Santa Teresinha dizia que: “Eu
não aquilo que penso e os outros pensam de mim, mas sou aquilo que Deus pensa
de mim...”
A maneira mais
correta de saber quem somos é por meio da Palavra daquele que nos criou. A
Bíblia tem uma definição de quem genuinamente somos. A nossa fé nos torna
indivíduos diversificados, separados por Deus, para que cumpramos um propósito
aqui na Terra. E importante se faz salientar que quando percebemos quem somos,
qual o propósito de estarmos aqui, isso traz em nosso coração uma aceitação.
Aceitar a si mesmo é um modo que o Pai tem de trabalhar na nossa
identidade, para que possamos entender que somos únicos, e que Deus nos trouxe
aqui com tais características para realizar esta proeza que Ele nos deu como
missão. Viemos ao mundo com um propósito, existe um alvo, um lugar onde devemos
chegar. Se a sua fé está firmada em coisas materiais, na sua carreira
profissional, ou na fama, você estará limitado a chegar somente aonde essas
coisas podem o levar.
Se você é alguém por
causa da sua roupa, quando você não estiver bem vestido, não será ninguém, ou
quando a fama acabar, por ser algo transitório e instável, você também deixará
de ser quem acredita que é. Somente quando somos alguém em Deus, temos uma
verdadeira identidade, a identidade de Cristo, pois nos identificamos com Ele.
O apóstolo Paulo dizia: “Porque eu, mediante a própria fé, morri
para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já
não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na
carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por
mim.” (Gl 2,19-20)
Mas o que nos define e nos torna diferentes uns dos
outros?
Quando Deus
formou o homem,
Ele soprou o espírito
em suas narinas e assim ele passou a ser uma alva vivente. Podemos dizer
portanto, de uma forma didática, que somos uma unidade em corpo de alma
espiritual. Desta forma é esta alma espiritual que nos diferencia e nos dá
identidade, uma vez que ela é única, pessoal e intransferível, formada através
das experiências adquiridas, trazendo nela um pouco de nossa herança genética.
Porém quando o pecado
entrou no mundo, ele deformou a alma do homem e o marcou tão profundamente que
atingiu todas as gerações da terra. O pecado transformou a humanidade e a
afastou do seu Criador. O pecado trouxe à natureza humana uma corrupção (Concupiscência)
do projeto original de Deus para o homem e o deixou em farrapos emocionalmente
e como não dizer psiquicamente de forma geral.
Porém graças
a Deus pelo
nosso querido Jesus, que morreu por nós mesmo enquanto ainda éramos
pecadores. Enquanto ainda éramos cheios de ódio. Enquanto ainda éramos, como a
Palavra de Deus diz, filhos da ira:
“Ele vos
vivificou, estando vós
mortos nos vossos
delitos e pecados, nos quais
outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das
potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência,
entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da
ira, como também os demais. Mas Deus,
sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós
ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo, e nos
ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes
em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da
sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus.” (Ef 2,1-7)
Ele não somente
morreu por nós, mas nos vivificou. Nos deu uma nova vida. Ele nos deu a
esperança de não mais estarmos sujeitos a este mundo, bem como sua forma deturpada
de viver e ver a vida.
“Pois o amor de Cristo nos constrange,
porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram; e ele morreu por todos, para
que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e
ressuscitou. Por isso daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; e,
ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o
conhecemos desse modo. Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Co 5,14-17)
A pessoa que éramos antes
de experimentarmos o amor misericordioso de Jesus e vivermos sob seu Senhorio,
não era nossa verdadeira identidade, uma vez que fazia parte do tempo em que
estávamos sujeitos ao domínio da carne. Porém após a nova vida em Cristo, nós
passamos a ser nova criatura – tudo se fez novo. Passamos a experimentar
vividamente dos princípios, dos valores, da visão de Deus a respeito da vida e
nos tornamos a cada dia mais parecidos com Jesus, nos configurando a Ele, tendo
os mesmos sentimentos de Cristo.
A nossa identidade em Deus é sermos semelhantes a seu
filho Jesus.
Não somos mais deste
mundo. O SENHOR trocou nossa cidadania. Nossa pátria não é mais terrena. Somos
cidadãos dos céus. Nossa pátria é celestial. Nossos valores e pensamentos portanto
vem do alto.
“Se, pois,
fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo
está assentado à destra de Deus. Pensai
nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque morrestes, e a
vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa
vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória.” (Cl
3,1-4)
Pela redenção do
homem operada por Cristo na Cruz, por toda a humanidade ferida pelo pecado, nós
nos tornamos as verdadeiras pessoas que deveríamos ser e na medida que
caminhamos segundo esta nova identidade mais nos encontramos a nós mesmos e
mais emocionalmente seguros estamos em nossa verdadeira vida e identidade real.
Por acaso saberias dizer qual é a tua identidade
espiritual?
Saberias responder o
que Deus tem reservado para ti em Cristo Jesus? Saberias afirmar com segurança
quem Deus espera que tu te tornes enquanto caminhas em sua presença?
Precisamos rejeitar
com o auxílio da graça de Deus e na busca por uma vida santa, a nossa natureza
caída para podermos descobrir a nova
vida que Deus tem pra nós. Tomemos o partido de Cristo, saiamos de cima do muro e escolhamos de que lado devemos estar:
“Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, mas espalha.”
(Mt 12, 30)
Porém, se ainda temos
uma visão embaçada a respeito de quem Deus
quer que sejamos nEle, provavelmente ainda devemos estar muito parecido com
este mundo que passa. Muito parecidos ainda estamos com a velha criatura, pois quanto
mais profundamente assumimos nossa identidade espiritual, mais claro se torna o
caminho a trilhar na fé e mais firme serão nossos passos rumo à construção da nova
vida em Cristo Jesus. A nova vida
em Cristo é a
vida de uma identidade espiritual conhecida e assumida.
Nada nos define
mais nesta vida
do que como filhos de Deus, mas
chegará o tempo em que o SENHOR nos mostrará um caminho ainda mais profundo:
“Vede que grande amor nos tem
concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos. Por isso
o mundo não nos conhece; porque não conheceu a ele. Amados, agora somos filhos
de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele;
porque assim como é, o veremos. E todo o que nele tem esta esperança,
purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.” (1 Jo 3, 1-3).
Ainda não é manifesto
o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos
semelhantes a Ele.Semelhantes a Ele, este é o alvo do todo discípulo de Jesus
Cristo. Esta é a nossa verdadeira identidade.Todo aquele que foi
chamado da morte para a vida
precisa se diferenciar dos demais por algumas características que a Moral
Cristã milenar nos orienta:
1)- Não vive pecando
constantemente e voluntariamente – antes ama a vontade de Deus mais que tudo.
2)- Não segue o
conselho dos ímpios – antes ama e procura praticar a Palavra de Deus de todo o
seu coração.
3)- Não fala mal de
ninguém – antes ama a todos, procurando convergências e não divergências vãs.
4)- Não é indiferente
a dor da humanidade – antes ama falar de Jesus e levando as pessoas a
experimentar de seu amor incondicional.
5)- Não é aprisionado
mais pelo anúncio do medo (Tá preparado?) – antes ama a Deus e é liberto ao
sentir-se amado por Ele.
Conclusão:
Precisamos assumir
nossa verdadeira identidade neste mundo. O mundo está debaixo de muita escuridão
e somente os filhos da luz, as novas criaturas em Cristo, procurando ser
semelhante a Ele a cada dia que podem orientar a humanidade a escolher melhor,
viver melhor e morrer melhor.
“Mas vós sois a geração eleita, o
sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as
grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que
outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus; vós que não tínheis alcançado
misericórdia, e agora a tendes alcançado. Amados, exorto-vos, como a peregrinos
e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências da carne, as quais
combatem contra a alma; tendo o vosso procedimento correto entre os gentios,
para que naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, observando as
vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação. Sujeitai-vos a toda
autoridade humana por amor do Senhor, quer ao rei, como soberano, quer aos
governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor
dos que fazem o bem. Porque assim é a
vontade de Deus, que, fazendo o bem, façais emudecer a ignorância dos homens
insensatos, como livres, e não tendo a liberdade como capa da malícia, mas como
servos de Deus. Honrai a todos. Amai aos irmãos. Temei a Deus. Honrai ao rei.”
(1 Pe 2,9-17).
Em Deus, somos mais
que vencedores, tudo podemos naquele que nos fortalece, somos herdeiros das
promessas do Rei dos reis. Somos filhos de Deus. Ele supre todas as nossas necessidades.
Devemos com o auxílio da graça ser santos como nosso Pai celestial é santo. Ele
não faz acepção de pessoas, na fraqueza somos fortes, somos instrumentos em
Suas mãos, somos corpo bem ajustado, totalmente ligado. E juntos formamos,
fazemos parte da Igreja do Senhor, somos a Noiva tão aguardada. Seja grande ou
pequeno Deus nos ama incondicionalmente. Se você é tímido ou extrovertido, seja
você, prático, criativo, dotado para trabalhar com artes ou com tecnologia,
além de tudo isso, você é alguém em Deus, e existe um lugar para você no seu
grande Coração. Deus ama a diversidade. Ele não nos ama porque fazemos grandes
coisas, mas nos ama incondicionalmente. Somos amados não pelo dinheiro, pelo
status de uma profissão bem-sucedida, mas por sermos seus filhos, apesar de...
Fomos redimidos e
justificados pelo sangue de Jesus, que morreu na cruz por nós. Somos dignos de
vestir a capa, dignos do anel no dedo, de sentarmos à mesa do Rei, porque um
alto preço foi pago na cruz do Calvário pela nossa vida. Mas muitas vezes por
não sabermos quem realmente somos, vivemos das migalhas que as ilusões que este
mundo tende a nos oferecer. Porém, ainda é tempo de reconhecer quem
verdadeiramente somos, por meio daquele nos salvou, Jesus. Por isso, toda vez
que alguém perguntar quem é você, responda:
“Eu sou filho amado, querido e desejado por Deus, vim ao mundo não como
um intruso, e pela minha vontade, mas pela Vontade de Deus e com o propósito de
fazer a vontade do Pai.”
Chegou o tempo do
povo de Deus sair de suas cavernas emocionais e assumir sua identidade como
cidadãos do Reino e brilhar neste mundo em trevas para que vejam a glória da
liberdade dos filhos de Deus e queiram entregar-se integralmente a Ele.O
inferno treme por isto, mas a humanidade anseia.
Assuma sua verdadeira identidade em Cristo!!! Sejamos a vós do Cristo
Ressuscitado que passou pela Cruz e que quer comunicar seu Shalom ao mundo !!!
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