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Qual a sua "missão pessoal" no mundo e na Igreja, dentro de um carisma específico? Já pensou nisso?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 27 de setembro de 2015 | 21:14






Dimensão da "Missão Pessoal" na Vida Consagrada 
 



A vida consagrada é um chamado de Deus, um dom de Deus. É um dom para a construção da fraternidade. Aqueles que são chamados a uma vida consagrada são chamados a construir juntos a unidade , a comunhão, a família de Deus, pois além da vocação à salvação, à santidade, ao amor, Deus escolhe algumas pessoas para uma vida de maior intimidade com ele e as destina a cumprir uma missão em favor dos demais.A vocação possui um carisma específico pata transformar a realidade temporal. Por exemplo: A vocação Shalom tem a missão de promover a paz, por isto ser Shalom é ser discípulo da paz. Para os que pertencem à uma família religiosa sua missão no mundo coincide com o carisma desta. O ser humano é criado único, irrepetível, e por isto tem um papel único no mundo e na família religiosa. Cada pessoa tem uma contribuição, tem uma missão na família religiosa e no mundo. A missão está irrevogavelmente ligada aos outros. Ninguém pode construir a sua história sozinho. O projeto de vida de um vocacionado não é separado do projeto de vida da comunidade. Cada vocacionado tem uma missão única dentro do carisma da comunidade religiosa. Esta missão dá sentido à sua história pessoal e deve construir seu futuro.




É vivendo a vocação com fidelidade que se descobre a missão pessoal:





É trabalho de Deus e da escuta do homem. Nós não somos acostumados a ler os acontecimentos da nossa vida e interpretá-los à luz da vocação.Assim o chamado de Deus:




1- Faz ver Deus na nossa história;


2- Faz encontrar o sentido da nossa história de vida;


3- Cura as nossas lembranças;


4- Torna úteis os sofrimentos, nos fazendo chegar ao ponto de achá-los imprescindíveis para a descoberta e desenvolvimento da nossa missão.






Quando uma pessoa assume o carisma de seu fundador, isso significa que essa pessoa nega sua própria missão pessoal?





“Eis uma boa pergunta. O carisma do fundador, por natureza, traz a amplitude necessária para que cada um, com sua própria missão, com sua própria identidade, enriqueça esse carisma. O carisma do fundador ou da fundadora é um bem, uma graça. É um modo de viver a relação com Deus, que foi própria dele, e que nos foi transmitida em forma de Vocação. Mas, eu contribuo com esse carisma, o atualizo, o vivo com minha própria identidade.Obviamente que quando tratamos de penetrar no espírito do Fundador, há sempre o perigo de absorver-se. Se eu sinto que tenho vocação para esta Família, (neste caso à Família de Schoenstatt), eu participo, com minha riqueza, com minha missão pessoal, com minha identidade, dentro do carisma do Fundador.” (Ir. M. Elizabet Parodi estudou a relação e o vínculo das comunidades religiosas aos seus fundadores)





Descobrir a própria vocação implica em viver o seu mistério de modo autêntico:






“O mistério de cada pessoa é concomitantemente aberto ao infinito e encarnado no tempo e no espaço por meio de formas e limites que a história original de cada indivíduo contribui para traçar e fixar” (Amedeo Cencini – Redescobrindo o Mistério p. 10).





Viver o mistério de modo autêntico é, na verdade, decifrá-lo no decorrer do progresso da própria vida, a partir dos pontos fundamentais da nossa história de forma a aceitar a própria missão dentro de uma vocação, como Santa Teresinha que descobriu sua missão pessoal na Vocação Carmelita (Serei o amor). Quem não sabe se abrir para o mistério contido em si, fecha-se também para algo que proporciona o conhecimento pleno de si (das suas aspirações e vulnerabilidades) e da própria vocação.














Para descobrir a própria MISSÃO PESSOAL é preciso trilhar um caminho de discernimento:







É preciso entender que a missão pessoal não se dá por acaso na vida de alguém e também não é uma escolha aleatória que se faz diante de várias alternativas, mas está escrita no coração de cada pessoa desde o momento no qual Deus a criou. Por isso para encontrar a própria missão é preciso cavar dentro da sua própria história e ir descobrindo o fio que liga os fatos da sua vida, as intervenções e manifestações de Deus que apontam para algo específico. É reconhecer, dentro da própria história, o projeto de Deus que lhe chama para uma missão.





Colocar-se diante do próprio mistério é o primeiro passo para o discernimento de sua missão pessoal no mundo, em um carisma, enfim, na Igreja:





Significa ler o Mistério do amor de Deus dentro do mistério da própria existência. Mas para isso é preciso identificar as formas pelas quais o mistério pessoal se serve para revelar-se. Nossa vida está repleta de sinais e de símbolos que nos introduzem no mistério de nós mesmos, ou que apontam para ele.





O mistério da missão pessoal está sempre dentro de nós e se torna perceptível de vários modos:





a)- Nos atos informais, como um jogo, um momento de descontração, a forma de relacionar-se, de rir, etc;

b)- Nos momentos em que nos deparamos com a dor, o sofrimento, a perda, o luto que podem despertar atitudes de fuga, resignação, distância, luta, aceitação,compaixão, etc;

c)- Nos momentos de solidão e no modo de vivermos a intimidade e a relação conosco e com os outros;

d)- E principalmente nos critérios que cada um estabelece para sua satisfação ou insatisfação naquilo que nos plenifica, mesmo de forma dolorosa, e naquilo que é de certo modo a inconcretude do não ser, pois a missão pessoal mais que fazer é ser, pois mesmo sem podermos fazer a missão pessoal continua.







Há também uma atitude existencial muito significativa que ajuda a revelar o mistério da própria missão pessoal:





Deixar emergir aquela pergunta que habita e ressoa no seu íntimo, mas que nem sempre se sabe formular de modo adequado. Identificar essa pergunta, que cada um traz dentro de si significa entender o porquê de certo caminho ou de certa busca. Ela revela o o que realmente que realmente nos inquieta. Diante disso num processo de descoberta de nossa missão pessoal é muito importante se questionar, sabendo fazer as perguntas certas e dando a elas uma relação de continuidade, formando uma cadeia de interrogações que conduzam a raiz daquilo que se está procurando, que no fundo é fazer a vontade de Deus.














Saber isso é fundamental para o discernimento de nossa missão pessoal, essa é a primeira pergunta que devemos responder a Deus quando começamos a buscar a nossa missão: O que procuramos?







Foi a pergunta de Jesus para André e Felipe que o seguiam: “O que procurais”, e eles responderam “Rabi, onde moras?” (João 1,38).







A descoberta da missão pessoal é um trabalho de construção de si mesmo, da sua própria identidade. Um trabalho que exige atenção, escuta, paciência, docilidade para acolher a palavra de Deus, sensibilidade e também a ajuda de um orientador ou diretor espiritual. O orientador é quem ensina distinguir a voz de Deus e também a responder ao chamado que Ele faz, assim como foi a ajuda de Heli para Samuel (cf Sm 3, 3-19). Neste processo, para ouvir o chamado é preciso estar atento como Samuel que repousava junto a arca. Faz-se necessário estar na presença de Deus, o que acontece por uma vida de oração fecunda. Também é preciso desejar acolher a vontade de Deus para poder ouvi-lo: “Fala, Senhor, que teu servo escuta”. A missão pessoal como podemos ver na Vida dos Santos é entendida e decifrada a partir de uma “experiência pessoal com Deus”. Nessa experiência Ele revela o seu projeto para nós, assim como fez com Moisés (cf Ex 3; 4),Pedro (Jo 21,15-19), e com Paulo a Caminho de Damasco. Para acolher o mistério da missão pessoal, querida e proposta pelo próprio Deus, que nos confia de forma pessoal esta missão, é preciso tirar as sandálias, ou seja, se despir dos próprios medos, incertezas, preconceitos, inseguranças e também da vontade de querer controlar e conduzir a própria vida por si mesmo. É preciso despir-se da lógica humana para entender as coisas de Deus pela sabedoria do Espírito.






Diante de uma missão que nos é pedida, é natural ter dúvidas, medo das conseqüências e tentar esquivar-se, ou mesmo negar:






Moisés também passou por isso. É a força da experiência de Deus que dá coragem para vencer o medo e responder ao chamado. Pedro também teve medo das conseqüências de seguir Jesus e por isso o negou três vezes (Jo 18,17. 25-26), mas depois da experiência do olhar de Jesus entendeu o Seu amor e, então, deu sua resposta assumindo sua missão (Jo 21, 15-19). A missão pessoal autêntica nasce no terreno da gratidão a Deus por nos confiá-la, pois a missão é uma proposta de Deus, não é uma iniciativa da pessoa. O trabalho de leitura da própria vida deve levar precisamente, a essa atitude interior de gratidão. Pois deve levar a pessoa a reconhecer todo bem que recebeu ,bens e dons dados por Deus e também benefícios recebidos por tantas mediações humanas que são utilizadas por Deus, e chegar a consciência de que (em qualquer caso ou situação da sua vida, por pior que tenha sido) esse bem é sempre muito maior que tudo aquilo de negativo que faz parte da sua própria história. Essa descoberta desperta a pessoa a conceber a oferta de si própria dentro da missão a ser abraçada como uma conseqüência lógica e inevitável, como um ato livre porque é determinado pelo amor, mas também como um dever porque se posiciona diante do amor de Deus que a chama e a impele a dar uma resposta: o dom de si.






UM EXEMPLO DE MISSÃO PESSOAL DENTRO DE UM CARISMA: "AS ALMAS VÍTIMAS"













“Também nesse mesmo momento vi certa pessoa e, em parte, o estado da sua alma assim como as grandes provações que Deus lhe envia. Esses sofrimentos reportavam-se à sua mente, e de forma tão aguda que fiquei com pena e disse ao Senhor: Porque procedeis assim com ela? O Senhor respondeu-me: Pela sua tríplice coroa - mas também me deu a conhecer que uma incalculável glória aguarda a alma que imita a Jesus sofredor aqui na Terra: essa alma será semelhante a Jesus na glória. O Pai Celeste admira e reconhece as nossas almas, na medida em que vê em nós a imagem de Seu Filho. Compreendi que essa similitude com Jesus nos é concedida enquanto aqui na Terra. Mas também vejo almas puras e inocentes sobre os quais Deus exerce a Sua Justiça; são as almas vítimas que sustentam o mundo e completam o que faltou à Paixão de Jesus (Colos 1,24); porém, elas não são muitas. Alegra-me imenso que Deus me haja permitido conhecer tais almas.( Santa Faustina - D.604) 







“As almas vítimas gostam de se esconder. As almas vítimas gostam de dialogar Comigo, numa oração ininterrupta...” (Jesus, ao Padre Otavio Michelini)















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Anônimo
11 de maio de 2024 às 07:41

Eu fazia muito essa pergunta, e agora encontrei a resposta! Obrigada!

Quando uma pessoa assume o carisma de seu fundador, isso significa que essa pessoa nega sua própria missão pessoal?





“Eis uma boa pergunta. O carisma do fundador, por natureza, traz a amplitude necessária para que cada um, com sua própria missão, com sua própria identidade, enriqueça esse carisma. O carisma do fundador ou da fundadora é um bem, uma graça. É um modo de viver a relação com Deus, que foi própria dele, e que nos foi transmitida em forma de Vocação. Mas, eu contribuo com esse carisma, o atualizo, o vivo com minha própria identidade.Obviamente que quando tratamos de penetrar no espírito do Fundador, há sempre o perigo de absorver-se. Se eu sinto que tenho vocação para esta Família, (neste caso à Família de Schoenstatt), eu participo, com minha riqueza, com minha missão pessoal, com minha identidade, dentro do carisma do Fundador.” (Ir. M. Elizabet Parodi estudou a relação e o vínculo das comunidades religiosas aos seus fundadores)

Maria José - Crateús - CE.

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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