(promessa aos Cristãos de Roma - Hoje: Católicos!)
A história da Igreja
Católica cobre um período de aproximadamente dois mil anos e relata os eventos
de uma das mais antigas instituições religiosas em atividade, influindo no
mundo em aspectos espirituais, religiosos, morais, políticos e sócio-culturais.
Os seus membros creem que foi fundada por Jesus o Cristo e entregue a Pedro
(Conforme Mateus 16,18) A história da Igreja Católica é integrante da História
do Cristianismo e da história da civilização ocidental. A Igreja Católica
acredita que "está na História, mas ao mesmo tempo a transcende".
Segundo o seu Catecismo, "é unicamente 'com os olhos da Fé' que se pode
enxergar a sua realidade visível, ao mesmo tempo, uma realidade espiritual,
portadora de vida divina".
Antiguidade Cristã
É denominado de Antiguidade
Cristã o período da história da Igreja que vai do ano 33 ao ano 692 e comporta
duas fases, uma do ano 33 ao ano 313 em que se tem a sua fundação, propagação e
perseguições, esta fase se encerra com o Édito de Milão. A segunda fase é
caracterizada principalmente pela conversão dos povos invasores, o
desenvolvimento da doutrina e o surgimento do Islamismo, que impõe fortes
limitações à expansão da Igreja.
Universalidade da Igreja Católica:
O Cristianismo nasceu
e desenvolveu-se dentro do quadro político-cultural do Império Romano. Os
cristãos, inicialmente perseguidos pelo Sinédrio, depressa se desvincularam da
Sinagoga. O cristianismo desde as suas origens, foi universal, aberto aos
gentios, e estes foram declarados livres das prescrições da Lei Mosaica. O
universalismo cristão manifestou-se desde os primórdios da Igreja em
contraposição ao caráter nacional da religião judaica. Fugindo da
perseguição em Jerusalém os discípulos de Jesus chegaram a Antioquia da Síria,
uma das principais metrópoles do Oriente naquele tempo. Alguns destes
discípulos eram de origem helênica, de mentalidade mais aberta que os judeus da
palestina e começaram a anunciar o Evangelho aos gentios. Foi em Antioquia que
o universalismo da Igreja mostrou-se concretamente uma realidade e foi nesta
cidade que pela primeira vez os seguidores de Cristo começaram a ser chamados
de cristãos. Nestes primeiros séculos a penetração cristã foi um fenômeno muito
mais urbano que rural.
O testemunho de Tertuliano, escrito por volta do ano 200
é significativo:
“Somos de ontem e já enchemos tudo o que é vosso: cidades, ilhas,
acampamentos militares, o palácio imperial, o Senado, o fórum; só vos deixamos
os templos vazios.”
A fé estendeu-se por
onde hoje é a Itália, Grécia, Espanha, França, Norte da África e Ásia.
Perseguição e crescimento
Durante três séculos
o Império Romano perseguiu os cristãos, porque a sua religião era vista como
uma ofensa ao estado, pois representava outro universalismo e proibia os fiéis
de prestarem culto religioso ao soberano imperial.Durante a perseguição, e
apesar dela, o cristianismo propagou-se pelo império. Neste período os únicos
lugares relativamente seguros em que se podiam reunir eram as catacumbas,
cemitérios subterrâneos. O cristianismo de certa forma pelo contexto
das perseguições, teve de se converter numa espécie de sociedade secreta, com
os seus sinais convencionais de reconhecimentos mútuos. Para saber se
outra pessoa era cristã, por exemplo, desenhava-se um peixe , pois a palavra grega
ichtys (peixe) era o anagrama da frase Iesos Christos Theou Hyios Soter (Jesus
Cristo, Filho de Deus, Salvador).
As principais e maiores perseguições foram:
1)- As de Nero, no século I - A pretexto do
incêndio de Roma na noite de 18 para 19 de julho de 64, a perseguição deu lugar
a uma multidão de mártires, dentre eles S. Pedro e S. Paulo.
2)- A de Domiciano
(81-96).
3)-Trajano (98-117).
4)- A de Sétimo
Severo (193-211).
5)- A de Décio no ano
250.
6)- A de Valeriano
(253-260)
7)- A maior, mais
violenta e última a de Diocleciano entre 303 e 304, que tinha por objetivo
declarado acabar com o cristianismo e a Igreja. O balanço final desta
última perseguição constituiu-se num rotundo fracasso. Diocleciano, após ter
renunciado, ainda viveu o bastante para ver os cristãos viverem em liberdade
graças ao Édito de Milão, iniciando-se a Paz na Igreja.
No ano 313,
Constantino e Licínio, imperadores, assinaram o Édito de Milão no qual se
concedia aos cristãos a liberdade de culto e restituíam os bens à Igreja,
equiparava-se o cristianismo, em direitos e privilégios, à religião pagã.Os
cristãos formaram comunidades locais, denominadas Igrejas, sob a autoridade
pastoral de um bispo. O bispo de Roma, sucessor do apóstolo Pedro, exercia o Primado
sobre todas as Igrejas. A vida cristã estava centralizada em torno
da Eucaristia e o repúdio do Gnosticismo foi a grande vitória doutrinal da
primitiva Igreja.
O Império Romano-Cristão
No decurso do século
IV, o Cristianismo começou a ser tolerado pelo Império, para alcançar depois um
estatuto de liberdade e converter-se finalmente, no tempo de Teodósio, em
religião oficial do Estado. O imperador romano, por esta época, convocou as
grandes assembleias dos bispos, os concílios, e a Igreja pôde então dar início
à organização de suas estruturas territoriais.A igreja cristã na região do Mediterrâneo
foi organizada sob cinco patriarcas, os bispos de Jerusalém, Antioquia,
Alexandria, Constantinopla e Roma (veja Pentarquia). As antigas comunidades cristãs
foram, então sucedidas pela "sociedade cristã", o cristianismo passou
de religião das minorias para então se tornar em religião das multidões. Com
a decadência do Império, os bispos pouco a pouco foram assumindo funções civis
de caráter supletivo e a escolha do bispo passou a ser mais por escolha do
clero do que pela pequena comunidade, segundo as fórmulas antigas.Por essa
época não foram poucas as intervenções dos nobres e imperadores nas suas
escolhas. Figuras expressivas da vida civil foram alçadas à condição de bispo,
exemplo disto foram Santo Ambrósio, governador da Alta Itália que passou a
bispo de Milão; São Paulino de Nola, ex-cônsul e Sidônio Apolinário, genro do
imperador Ávito e senhor do Sul das Gálias, que foi eleito bispo de
Clermont-Ferrand.Antes de findar o
século IV o Primeiro Concílio de Niceia (325) e o Primeiro Concílio de
Constantinopla, em respostas às heresias arianas e ao macedonianismo,
formularam a doutrina da Trindade que ficou fixada no seu conjunto no
"Credo niceno-constantinopolitano". Por esta época colocou-se a
questão da relação entre as naturezas humana e divina de Cristo, a heresia do
monofisismo, que foi finalmente decidida no Primeiro Concílio de Éfeso,
convocado pelo imperador Teodósio II, que afirmou que Cristo é "perfeito
Deus e perfeito homem" e definiu Maria como "Aquela que portou
Deus" (Theotokos) em resposta à heresia nestoriana (do bispo Nestório) que
lhe atribuia apenas o Christotokos (Aquela que portou Cristo). Esta posição
depois foi reafirmada no Concílio de Calcedônia (451) e no Terceiro Concílio de
Constantinopla (680).
OS TEMPOS DE OURO DA IGREJA na Patrística foram
os séculos IV e V:
Embora possa se
entender que se estenda até o século VII a chamada "idade dos
Padres".Os principais Pais do Oriente foram:
-Eusébio de Cesareia,
-Santo Atanásio, ilustre na defesa da fé contra o arianismo;
-Basílio de
Cesareia,
-Gregório de Nisa,
-Gregório Nazianzo,
-São João Crisóstomo, alcunhado
de Boca de Ouro pela sua excelente oratória,
-São Cirilo de Alexandria.
Os principais Padres do Ocidente ou da Igreja Latina são:
Santo Agostinho,
autor das "Confissões", obra prima da literatura universal e Santo
Ambrósio, Eusébio Jerônimo, dálmata, conhecido como São Jerônimo
que traduziu a Bíblia diretamente do hebraico, aramaico e grego para o latim. Esta
versão é a célebre Vulgata, cuja autenticidade foi declarada pelo Concílio de
Trento. Outros padres que se destacaram foram São Leão Magno e Gregório Magno,
este um romano com vistas para a Idade Média, as suas obras "os Morais e
os Diálogos" serão lidas pelos intelectuais da Idade Média, e o
"canto gregoriano" permanece vivo até os dias de hoje. Santo Isidoro
de Sevilha, falecido em 636, é considerado o último dos grandes padres
ocidentais.
O MONAQUISMO:
Por esta época surgiu
o monaquismo. Em busca de uma imitação de Cristo mais perfeita, com o tempo o
ascetismo cristão tomou formas de afastamento do mundo. Santo Antão é
figura-símbolo do monaquismo dos primeiros séculos, mas a sua figura central é
São Bento de Núrsia que com os seus dois primeiros mosteiros e a sua famosa
"Regra" serviu de referência típica para o monaquismo, principalmente
no Ocidente. Na idade média os mosteiros prestaram relevantes serviços e,
dentre outros, tiveram a grande missão de conservar a cultura antiga.À medida que o Império Romano decaía, a Igreja assumiu muitas de suas
funções e ajudou a manter a ordem no meio do caos que se generalizava. O fato
de nem tudo se haver perdido se deve em grande parte à influência ordenadora da
organização eclesial. Por ela foram estimulados os ideais de justiça social,
preservada e transmitida a cultura antiga e civilizadas as populações bárbaras.
A Idade Média:
Este período da
história da Igreja vai do ano 692 a 1303 e é marcado principalmente pela
extensão da Igreja entre os povos germânicos e eslavos e inclui duas fases, a
chamada de alta idade média (692-1073), que tem como fatos mais marcantes a
expansão da fé para além do que havia sido o Império Romano, o feudalismo e o
cisma grego ocorrido em 1054; e a baixa idade média que tem início em 1073,
desde o começo do pontificado de Gregório VII até a morte de Bonifácio VIII em
1303. Neste período verifica-se forte influência da Igreja nos acontecimentos
sociais, cultura, trabalho e política.
Novos Horizontes de Missão:
O Cristianismo, com a
invasão dos bárbaros germânicos vindos do oriente a partir do século IV, teve
nova oportunidade de expansão. Missionários levaram a mensagem do cristianismo
para além das divisas antigas do Império. Nesta época, deve-se situar a conversão
ao catolicismo dos Frígios, dos Saxões, dos Bávaros, dos Alamanos, dos Turíngios,
dos Eslavos e dos Normandos.Winifrid, monge inglês que mudou o nome para
Bonifácio, foi o grande apóstolo da Alemanha. Nos primórdios do século VI, no
Natal, Clodoveu, rei dos francos recebeu o batismo católico, com ele todo o
reino se converteu ao catolicismo. A França é considerada a filha primogênita
da Igreja. Os magiares se converteram acompanhando o seu rei Santo
Estevão, os boêmios com São Wenceslau e os poloneses com o batizado do duque
Miezko.O Mediterrâneo, no
entanto, por volta do século VII se viu às voltas com o avanço muçulmano, estes
dominaram o norte da África, parte do Oriente que havia sido cristianizado e,
no ano 711, desembarcaram na Península Ibérica para conquistar com velocidade
surpreendente o reino visigodo cristão e, a final, serem detidos em Poitiers
por Carlos Martel. Por oito séculos os muçulmanos permaneceram na península. O
relacionamento, neste período, entre muçulmanos e cristãos conheceu altos e
baixos, desde inimigos em combates históricos a aliados episódicos contra
vizinhos desafetos, uns e outros suportaram a dominação do adversário de forma
desigual e inconstante, segundo as circunstâncias históricas de cada século. No início da Idade Média o Cristianismo sofreu ingerências dos senhores
feudais, tanto nos bispados como na Santa Sé o que levou a vida eclesiástica a
sofrer uma certa decadência moral.
O Cisma do Oriente
O Bispo de Roma era
tido pelos outros Patriarcas como "o primeiro entre iguais", embora o
seu estatuto e influência tenha crescido quando Roma era a capital do império,
com as disputas doutrinárias ou procedimentais a serem frequentemente remetidas
a Roma para obter uma opinião. (Era comum nesta época se dizer: Roma falou,
está falado - Consumatun est).Mas quando a capital se mudou para
Constantinopla, a sua influência diminuiu. Enquanto Roma reclamava uma
autoridade que lhe provinha de São Pedro (que, segundo a tradição, morreu
naquela cidade, e é considerado por ela o primeiro papa) e São Paulo. Constantinopla
tornara-se a residência do Imperador e do Senado. Uma série de
dificuldades complexas (disputas doutrinárias, Concílios disputados, a evolução
de ritos separados e se a posição do Papa de Roma era ou não de real autoridade
ou apenas de respeito) levaram à divisão em 1054 que separou a Igreja entre a
Igreja Católica no Ocidente e a Igreja Ortodoxa Oriental no Leste (Grécia,
Rússia e muitas das terras eslavas, Anatólia, Síria, Egipto, etc.). A esta
divisão chama-se o Grande Cisma do Oriente.
Apogeu medieval
Os séculos XII e XIII
formaram o apogeu clássico da cristandade medieval. Inocêncio III é a figura
que desponta nesta época. Por este tempo reuniram-se concílios, surgiram as
universidades, foram fundadas ordens religiosas de renome a de São Francisco de
Assis, de São Domingos de Gusmão, São Bruno fundou a Cartuxa, e São Bernardo de
Claraval, talvez o personagem europeu de maior importância do século XII, deu
notável impulso à Ordem de Cister. Surgiram ainda a Ordem das Mercês
(Mercedários), os ermitãos de Santo Agostinho, e a Ordem do Carmo dentre
outras.
A Escolástica
Surge também a
"Escolástica", uma filosofia da segunda parte da Idade Média, que
seguindo um método especial e tomando como guia, em geral, a Aristóteles se
ensinava nas escolas episcopais, os seus seguidores eram designados por
escolásticos, daí passou às universidades. “Seu intento é mostrar que entre a razão e
fé, a filosofia e a teologia há íntima união. A filosofia está a serviço da
teologia.” Seu apogeu foi atingido no Século XIII, é o tempo de Alberto
Magno, S. Boaventura, Alexandre de Hales, Duns Escoto e de Tomás de Aquino,
seguramente o maior deles, as suas obras mais conhecidas são a Suma Teológica e
a Suma contra Gentios. É deste tempo o primeiro "código canônico"
(Decretais de Gregório IX), recompilado por São Raimundo de Penhaforte. Surge
a Universidade de Paris que tem os seu privilégios reconhecidos pelo Papa
Inocêncio III, em 1215, e as de Oxford, Bolonha e Salamanca.
São deste tempo as
Cruzadas, os Templários, os Hospitalários, as Ordens Militares e o
"cavaleiro cristão" de que El Cid, Rodrigo Dias de Vivar, é o
clássico modelo. O Papa concedia graças especiais aos combatentes, e nelas se
envolveram príncipes e povos numa demonstração supranacional do elevado grau de
seriedade da religiosidade da época. A decadência das cruzadas coincide com o
movimento das missões. São Francisco de Assis consegue com o anúncio do
Evangelho e o exemplo da caridade o que as armas não alcançaram. Aparecem
as grandes Catedrais, a arte medieval é praticamente exclusiva arte sacra e têm
lugar as grandes peregrinações com sentido penitencial: ao Santo Sepulcro, aos
túmulos de São Pedro e São Paulo, em Roma e a Santiago de Compostela.
A Idade Nova
Este período é a
idade das reformas, pode dividir-se em pré-reforma, com início em 1303 e tem
como fatos mais marcantes o desterro de Avinhão, o Cisma do Ocidente, a
interrupção do Renascimento e a rebelião de Lutero em 1517. O período seguinte está caracterizado
pela Reforma (Reforma católica e Reforma protestante), as guerras de religião e
termina com a Paz de Westfália em 1648.
Crise e cisma do Ocidente
Correntes religiosas
orientais antigas lançaram as suas raízes no sul da França e norte da Itália. Surgiram os
"Valdenses" e os "Albigenses" ou "Cátaros",
baldados os esforços religiosos-diplomáticos de Inocêncio III. Este acabou por
convocar uma vitoriosa cruzada chefiada por Simão de Monforte. Para continuar a
luta contra esta heresia foi criada a Inquisição exclusivamente para a defesa
da fé e o combate à heresia. Nesta empresa rivalizaram o poder
eclesiástico e o poder civil. Em 1232 foi criada por Gregório IX a
Inquisição Pontifícia, tanto o sistema penal da época como o processo
inquisitorial tiveram graves defeitos que ferem a sensibilidade do homem
moderno.A Baixa Idade Média viu ainda surgir novas doutrinas heréticas, como as
de Wiclef, professor em Oxford, cujas proposições são consideradas como
precursoras dos reformadores do século XVI e tiveram forte influência sobre
João Huss, cujas ideias tiveram ampla aceitação na Boêmia.Os violentos conflitos entre o Imperador Frederico II e os Papas
Gregório IX e Inocêncio IV foram a causa imediata da crise do sistema doutrinal
e político da cristandade no século XIII, o que gerou um ressentimento dos
povos germânicos(Alemães), contra o papado e que se constitui em causa remota
que favoreceu a revolução luterana.
O Conflito de Avinhão:
Os conflitos entre
Bonifácio VIII e Filipe, o Belo, rei da França culminaram com o Papa
prisioneiro em Avinhão. Em Avinhão o pontificado afrancesou-se: foram franceses
os sete papas que ali se sucederam bem como a grande maioria dos cardeais. Apareceu
um nacionalismo eclesiástico que desperta o interesse dos soberanos do
ocidente. Em 1377 Gregório XI retorna a Sé Apostólica para Roma, no episódio
sobressai a figura de Catarina Benincasa futura Santa Catarina de Sena que tem
papel decisivo no retorno do Papado a Roma.A crise culmina no Cisma do Ocidente, os reis europeus se filiam a
diferentes papas segundo as suas conveniências, chegam a ter até três papas,
cada um pretendendo ser a única cabeça legítima da Igreja. O Cisma deixou a
cristandade dividida e perplexa, até mesmo entre os santos: Santa Catarina de
Sena manteve-se ao lado de Urbano VI, enquanto São Vicente Ferrer posicionou-se
a favor do Papa de Avinhão: o Antipapa Clemente VII. O Cisma do Ocidente vai
de 1378 a 1417, e só vai terminar com a eleição de Martinho V, quando a Igreja
recupera a sua unidade.
A transição, Constantinopla e a América
Vários fatores
contraditórios coincidem na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. As
elites são alimentadas por uma nova visão, agora antropocêntrica e por um certo
retorno à antiguidade pagã (Renascimento).Os papas do renascimento, com
exceção de Adriano VI, são mais voltados para as artes e letras, tornaram-se
mais governantes voltados para os assuntos temporais e verdadeiros mecenas, que
preocupados com os problemas disciplinares eclesiásticos e para as questões
espirituais.Constantinopla cai no dia 29 de maio de 1453 na mão dos turcos
otomanos. Perde-se o Império Cristão do Oriente que começava a se reaproximar
depois do "Grande Cisma". Fechadas as portas para o Oriente têm
início então as "grandes navegações" em que se destacaram as nações
católicas Portugal e Espanha, a descoberta das Américas abre caminho para o
Evangelho chegar a novos povos e permite novas perspectivas em que irão se destacar,
no primeiro momento, os jesuítas de Santo Inácio de Loyola. As Filipinas foram
também evangelizadas, assim como a Índia, a China e o Japão, nestes dois
últimos países ocorreram grandes perseguições.É deste tempo, o Humanismo, culto exagerado dos clássicos latinos e
gregos, defendia uma piedade erudita. O maior dos humanistas foi Erasmo de
Roterdão (1466 - 1536), amigo de Thomas Morus. Na verdade, com exceção da
Espanha, onde o humanismo apoiado pelo Cardeal Cisneros foi sinceramente
cristão, a herança religiosa dos humanistas pouco contribuiu para uma esperada
reforma da Igreja.A grande divisão
seguinte da Igreja Católica ocorreu no século XVI com a Reforma Protestante,
durante a qual se formaram muitas das denominações Protestantes, com seus
nefastos resultados de divisão, esfacelamento e pulverização do Cristianismo,
nos lembrando este alerta profético de Cristo em Mateus 12,30, onde se lê:“quem não é por mim, é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha”.
Consequências da divisão:
O malfadado livre
exame pessoal das escrituras, proposto pelo heresiarca Lutero, contradizendo a
própria escritura que diz: “Pois nenhuma interpretação das escrituras é de condição particular.."(II Pedro 1,20), como sendo o verdadeiro método de ler e de
entender a Bíblia, tem mostrado, nos dias atuais, sua verdadeira face. Por
recusar a unidade de governo e de ensino da Santa Igreja, os protestantes, logo
na infância, se dividiram em diversas seitas, que, com o passar do tempo, foram
se dividindo sempre mais, estilhaçando-se em milhares de igrejolas. Como toda
heresia que se preze, o protestantismo não poderia deixar, mais cedo ou mais
tarde, de cair no ridículo como a lista logo abaixo com os diversos títulos de
igrejas protestantes brasileiras, onde seitas dos mais variados e falsos
quilates escolhem os nomes mais ridículos possíveis para se auto-proclamarem
envidadas de Deus, apresentando-se como salvadoras:
Assembléia De Deus
Com Doutrinas E Sem Costumes (Rio De Janeiro - RJ)
Associação Evangélica
Fiel Até Debaixo D'água
Bola De Neve Church (Toda
bola rola para baixo, portanto, esta garante que vai para o Abismo)
Comunidade Arqueiros
De Cristo
Comunidade Do Coração
Reciclado
Comunidade Evangélica
Shalom Adonai, Cristo!
Comunidade Porta Das
Ovelhas
Congregação
Anti-Blasfêmias
Congregação J.A.T.
(Jesus Ama A Todos)
Cruzada De Emoções
Cruzada Do Poder
Pleno E Misterioso
Cruzada Evangélica Do
Ministério De Jeová, Deus Do Fogo
Cruzada Evangélica Do
Pastor Waldevino Coelho, A Sumidade
Igreja "A"
De Amor
Igreja "Eu Sou A
Porta"
Igreja Cuspe de
Cristo
Igreja A Serpente De
Moisés, A Que Engoliu As Outras (Rio De Janeiro - RJ)
Igreja Aceita A Jesus
Igreja Atual Dos
Últimos Dias (Araras - SP) - Pense na dúvida cruel!!!
Igreja Automotiva Do
Fogo Sagrado
Igreja Batista A Paz
Do Senhor E Anti-Globo
Igreja Batista Coluna
De Fogo (Belo Horizonte - MG)
Igreja SASSARICANTE
???!!! ( Esta é demais !!!).
Igreja Batista Ô
Glória!
Igreja Batista Ponte
Para O Céu
Igreja Batista
Renovada Lugar Forte
Igreja C.R.B.
(Cortina Repleta De Bênçãos)
Igreja Caverna De
Adulão
Igreja De Deus Da
Profecia No Brasil E América Do Sul
Igreja
Dekanthalabassi (??????)
Deixamos ao juízo dos
internautas estas "pérolas espalhadas por ai", que seriam cômicas se
não fossem trágicas ao povo simples, que se deixa levar por estes oportunistas
de plantão.
CONCLUSÃO
Romanos 1,5-8: “Pelo qual
recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes
pelo seu nome. Entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus
Cristo. A todos os que estais em Roma,
amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo. Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de
vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.”
------------------------------------------------------
APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:
filhodedeusshalom@gmail.com
+ Comentário. Deixe o seu! + 5 Comentário. Deixe o seu!
Pobre daquele que precisa da intimidação e ameaça do fogo do inferno, para ser ético, moral e virtuoso.
Pobre daquele que precisa de algo em troca (vida eterna) para ser ético, moral e virtuoso.
Prezado ateu graças a Deus Nilson de Simas,
Concordo plenamente com sua afirmação.Quanto a fazer o bem,devemos fazer sim, porém, sem barganhar e tentar passar na cara de Deus que foram boas pessoas e que merecem os céu, por mérito e não por Graça.
É ENGANO PROFUNDO,pois este de ATEUS e ESPÍRITAS fazerem o bem, esperando méritos de Deus, é como os leões que amamentam o proprio filho e devoram os filho dos outros.
Na realidade os Ateus fazem o bem, não para agradar a um Deus que supostamente não creem para não serem multado ou mal falados,mas também esperando recompensas e reconhecimentos terrenos, é a velha barganha:Uma mão lava a outra, trocam seis por meia dúzia.
Não fazem também uma caridade gratuita, mas esperando algo em troca no futuro da pessoa a qual prestaram um favor qualquer.
É totalmente infundada a afirmação ATÉIA de que o Cristão FAZ O BEM POR MEDO DO INFERNO, pois se assim o fosse Por que Cristo CONDENARIA QUEM AGE ASSIM? Vejam Só o que Cristo nos disse:
“Guardai-vos de fazer a vossa CARIDADE diante dos homens,
para serdes vistos por eles. Aliás não tereis galardão junto de vosso Pai,
que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta
diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas para
serem glorificados pelos homens. - Em verdade vos digo que já
receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a
tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola seja
dada ocultamente, e teu Pai, que vê em segredo, te recompensará.”
(Mateus, capítulo 6, versículos 1 a 4.)
Shalom !!!
Prezado estoriador Ivani Medina
Seus estudos parecem querer esconder fatos notáveis, pergunto-lhe: Por que meu caro ?
O Cristianismo nasceu e desenvolveu-se dentro do quadro político-cultural do Império Romano. Os cristãos, inicialmente perseguidos pelo Sinédrio, depressa se desvincularam da Sinagoga. O cristianismo desde as suas origens, foi universal, aberto aos gentios, e estes foram declarados livres das prescrições da Lei Mosaica. O universalismo cristão manifestou-se desde os primórdios da Igreja em contraposição ao caráter nacional da religião judaica.
Fugindo da perseguição em Jerusalém os discípulos de Jesus chegaram a Antioquia da Síria, uma das principais metrópoles do Oriente naquele tempo. Alguns destes discípulos eram de origem helênica, de mentalidade mais aberta que os judeus da palestina e começaram a anunciar o Evangelho aos gentios. Foi em Antioquia que o universalismo da Igreja mostrou-se concretamente uma realidade e foi nesta cidade que pela primeira vez os seguidores de Cristo começaram a ser chamados de cristãos. Nestes primeiros séculos a penetração cristã foi um fenômeno muito mais urbano que rural.O testemunho de Tertuliano, escrito por volta do ano 200 é significativo:
“Somos de ontem e já enchemos tudo o que é vosso:cidades, ilhas, acampamentos militares, o palácio imperial, o Senado, o forum; só vos deixamos os templos vazios.”
A fé estendeu-se por onde hoje é a Itália, Grécia, Espanha, França, Norte da África e Ásia.Durante três séculos o Império Romano perseguiu os cristãos, porque a sua religião era vista como uma ofensa ao estado, pois representava outro universalismo e proibia os fiéis de prestarem culto religioso ao soberano imperial. Durante a perseguição, e apesar dela, o cristianismo propagou-se pelo império. Neste período os únicos lugares relativamente seguros em que se podiam reunir eram as catacumbas, cemitérios subterrâneos.
O cristianismo teve de se converter numa espécie de sociedade secreta, com os seus sinais convencionais de reconhecimento. Para saber se outra pessoa era cristã, por exemplo, desenhava-se um peixe , pois a palavra grega ichtys (peixe) era o anagrama da frase Iesos Christos Theou Hyios Soter (Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador).
As principais e maiores perseguições foram:
1)- As de Nero, no século I - a pretexto do incêndio de Roma na noite de 18 para 19 de julho de 64, a perseguição deu lugar a uma multidão de mártires, dentre eles S. Pedro e S. Paulo;
2)- A de Domiciano (81-96), Trajano (98-117),
3)- A de Sétimo Severo (193-211),
4)- A de Décio no ano 250,
5)- A de Valeriano (253-260)
6)- A maior, mais violenta e última a de Diocleciano entre 303 e 304, que tinha por objetivo declarado acabar com o cristianismo e a Igreja.
Continua...
O balanço final desta última perseguição constituiu-se num rotundo fracasso. Diocleciano, após ter renunciado, ainda viveu o bastante para ver os cristãos viverem em liberdade graças ao Édito de Milão, iniciando-se a Paz na Igreja.No ano 313, Constantino e Licínio, imperadores, assinaram o Édito de Milão no qual se concedia aos cristãos a liberdade de culto e restituiam os bens à Igreja, equiparava-se o cristianismo, em direitos e privilégios, à religião pagã.
Os cristãos formaram comunidades locais, denominadas Igrejas, sob a autoridade pastoral de um bispo. O bispo de Roma, sucessor do apóstolo Pedro, exercia o Primado sobre todas as Igrejas. A vida cristã estava centralizada em torno da Eucaristia e o repúdio do Gnosticismo 9 foi a grande vitória doutrinal da primitiva Igreja. Vários fatores contraditórios coincidem na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. As elites são alimentadas por uma nova visão, agora antropocêntrica e por um certo retorno à antiguidade pagã(Renascimento).Os papas do renascimento, com exceção de Adriano VI, são mais voltados para as artes e letras, tornaram-se mais governantes voltados para os assuntos temporais e verdadeiros mecenas, que preocupados com os problemas disciplinares eclesiásticos e para as questões espirituais.
Constantinopla cai no dia 29 de maio de 1453 na mão dos turcos otomanos. Perde-se o Império Cristão do Oriente que começava a se reaproximar depois do "Grande Cisma". Fechadas as portas para o Oriente têm início então as "grandes navegações" em que se destacaram as nações católicas Portugal e Espanha, a descoberta das Américas abre caminho para o Evangelho chegar a novos povos e permite novas perspectivas em que irão se destacar, no primeiro momento, os jesuítas de Santo Inácio de Loyola.
As Filipinas foram também evangelizadas, assim como a Índia, a China e o Japão, nestes dois últimos países ocorreram grandes perseguições.É deste tempo, o Humanismo, culto exagerado dos clássicos latinos e gregos, defendia uma piedade erudita. O maior dos humanistas foi Erasmo de Roterdão (1466 - 1536), amigo de Thomas Morus. Na verdade, com exceção da Espanha, onde o humanismo apoiado pelo Cardeal Cisneros foi sinceramente cristão, a herança religiosa dos humanistas pouco contribuiu para uma esperada reforma da Igreja.
Continua...
A grande divisão seguinte da Igreja Católica ocorreu no século XVI com a Reforma Protestante, durante a qual se formaram muitas das denominações Protestantes, com seus nefastos resultados de divisão, esfacelamento e pulverização do Cristianismo:
Mt. 12,30, onde se lê: “quem não é por mim, é contra mim, e quem comigo não ajunta, ESPALHA...” (Literalmente):
O malfadado livre exame das escrituras, proposto pelo heresiarca Lutero como sendo o verdadeiro método de ler e de entender a Bíblia, tem mostrado, nos dias atuais, sua verdadeira face. Por recusar a unidade de governo e de ensino da Santa Igreja, os protestantes, logo na infância, se dividiram em diversas seitas, que, com o passar do tempo, foram se dividindo sempre mais, estilhaçando-se em milhares de igrejolas.
Como toda heresia que se preze, o protestantismo não poderia deixar, mais cedo ou mais tarde, de cair no ridículo. Pois bem, recentemente nos chegou em mãos uma lista com diversos títulos de igrejas protestantes brasileiras.
Seitas dos mais variados falsos quilates escolhem os nomes mais ridículos possíveis para se auto-proclamarem envidadas de Deus, apresentando-se como salvadoras.
Deixamos ao juízo dos internautas estas "pérolas espalhadas por ai", que se nos causam risos:
Listas de nomes de igrejolas protestantes brasileiras
Assembléia De Deus Com Doutrinas E Sem Costumes (Rio De Janeiro - RJ)
Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D'água
Bola De Neve Church (Esta garante que vai para o Abismo)
Catedral Evangélica Pentecostal Do Grande Deus (Bragança Paulista - SP)
Comunidade Arqueiros De Cristo
Comunidade Do Coração Reciclado
Comunidade Evangélica Shalom Adonai, Cristo!
Comunidade Porta Das Ovelhas
Congregação Anti-Blasfêmias
Congregação J.A.T. (Jesus Ama A Todos)
Cruzada De Emoções
Cruzada Do Poder Pleno E Misterioso
Cruzada Evangélica Do Ministério De Jeová, Deus Do Fogo
Cruzada Evangélica Do Pastor Waldevino Coelho, A Sumidade
Igreja "A" De Amor
Igreja "Eu Sou A Porta"
Igreja Cuspe de Cristo
Igreja A Serpente De Moisés, A Que Engoliu As Outras (Rio De Janeiro - RJ)
Igreja Aceita A Jesus
Igreja Bola de Neve.
Igreja Atual Dos Últimos Dias (Araras - SP)
Igreja Automotiva Do Fogo Sagrado
Igreja Batista A Paz Do Senhor E Anti-Globo
Igreja Batista Coluna De Fogo (Belo Horizonte - MG)
Igreja SASSARICANTE ???!!! ( Esta é demais !!!).
Igreja Batista Ô Glória!
Igreja Batista Ponte Para O Céu
Igreja Batista Renovada Lugar Forte
Igreja C.R.B. (Cortina Repleta De Bênçãos)
Igreja Caverna De Adulão
Igreja De Deus Da Profecia No Brasil E América Do Sul
Igreja De Deus Que Se Reúne Nas Casas (Itaúna - MG)
Igreja De Jesus Cristo No Universo (Porto Velho - RO)
Igreja De Novo Amanhã (Canoas - RSs)
Igreja Dekanthalabassi
Consulte várias fontes, não seja historiador e uma fonte ou de um livro só, isto é muito ruim.
Shalom !!!
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.