(foto reprodução)
Ainda podemos falar de Deus? Um artigo de Frédéric Lenoir
"A maioria dos autores "crentes" contemporâneos e posteriores à Segunda Guerra Mundial enfatiza a necessidade de repensar Deus não mais como o "Todo-poderoso’, mas como o "não-poderoso’, esse que se deixa pregar na cruz, que se apaga diante da liberdade humana", escreve Frédéric Lenoir (foto acima), em artigo publicado no Le Monde des Religions, 01-01-2011. Lenoir é diretor de redação do Monde des Religions. A tradução é do Cepat.
Eis o artigo:
Quando foi feita a pergunta "Você acredita em Deus" a Albert Einstein, este respondeu: "Me diga o que você entende por Deus e eu te direi se creio nele ou não..."
Quando se diz "Deus", de que Deus se está falando?
1)- Do Deus ao qual os astecas sacrificavam crianças?
2)- Do Deus pessoal da Bíblia que fala a Moisés e aos profetas?
3)- Do Deus de Espinosa que se identifica com a natureza?
4)- Do Deus do Grande Relógio de Voltaire?
Mesmo no interior de uma tradição como o cristianismo, as imagens de Deus são inúmeras:
O que há de comum entre o Deus Pai amoroso de Jesus "que faz brilhar o sol tanto sobre os bons como sobre os maus" e o padre Fouettard do século XIX que, pela boca de muitos clérigos, ameaça o menor pecador com o fogo eterno? Entre o Deus da Madre Teresa, em nome do qual ela deu sua vida a serviço dos mais despojados, e o do Grande Inquisidor do Passado, que estava convencido de ser seu mais fiel servidor ao condenar à fogueira os heréticos?
Diante das aberrações da religião, os "mestres da suspeita" vão desenvolver uma crítica radical de Deus e da fé:
1)- Denunciada como uma "alienação intelectual" por Augusto Comte.
2)- Como uma "alienação antropológica" por Ludwig Feuerbach.
3)- Como uma "alienação econômica" por Karl Marx.
4)- Como uma "alienação psíquica" por Sigmund Freud.
5)- A fé em Deus é vista pelos principais pensadores do final do século XIX como a "sobrevivência infantil de uma necessidade de segurança" que impede o homem de atingir sua plena estatura.
Os dramáticos acontecimentos do século XX também vão dar um golpe fatal à ideia bíblica do Deus bom e todo-poderoso. Como ainda podemos crer nesse Deus providencial, que cuida de cada um, depois de 50 milhões de mortos das duas guerras mundiais? Após dezenas de milhões de mortos do Holocausto? Após Hiroshima? Após Auschwitz? "Deus morreu pendurado em uma corda por um verdugo em Auschwitz", dirá Elie Wiesel para explicar a perda de sua fé após ter atravessado o horror dos campos de concentração.
Ainda podemos falar de Deus no começo do século XXI? Deus ainda é crível?
Alguns filósofos judeus e cristãos, como Emmanuel Lévinas ou Paul Ricoeur, tentaram redesenhar a possível figura de Deus na nossa pós-modernidade. Pois, como destacou Hannah Arendt, "não é certo que Deus esteja morto, porque sabemos tão pouco sobre sua existência [...], mas, sem dúvida, a maneira como se pensou Deus ao longo de séculos não convence mais ninguém: se alguma coisa está morta, só pode ser a maneira tradicional de pensá-lo". Assim, a maioria dos autores "crentes" contemporâneos e posteriores à Segunda Guerra Mundial enfatiza a necessidade de repensar Deus não mais como o "Todo-poderoso", mas como o "não-poderoso", esse que se deixa pregar na cruz, que se apaga diante da liberdade humana. "Deus é impotente e fraco no mundo. E assim apenas está conosco e nos ajuda", escreveu Dietrich Bonhoeffer pouco antes de ser morto pelos nazistas, fazendo assim eco às proposições de Etty Hillesum. Mas, a maneira que me parece hoje a mais justa para um crente para falar de Deus... é falar dele o menos possível. De retornar à posição apofática de muitos místicos de todas as religiões, que lembram que a única coisa que podemos dizer de Deus é o que ele não é! Se quisermos tornar Deus crível em nosso mundo desencantado, mais que falar dele, os crentes deviam sobretudo viver uma experiência interior transformadora e testemunhá-lo através de uma vida alegre e amorosa. Porque, no final das contas, como escreveu o grande teólogo Hans Urs von Balthasar: "Só o amor é digno de fé!"
F0NTE:http://www.ihu.unisinos.br/noticias/40595-ainda-podemos-falar-de-deus-um-artigo-de-frederic-lenoir
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Os 07 PDFs “DESMASCARANDO A BÍBLIA” mostram que a Bíblia se apropriou de fatos históricos, e de lendas pagãs que glorificavam Deuses redentores como Tamuz, Hórus, Baal, Mitra, e Krishna, para fabricar as suas Perícopes e narrativas...
Nas paredes do “Templo de Luxor” em Karnak, pode ser visto a “ANUNCIAÇÃO”, a “CONCEPÇÃO”, o “NASCIMENTO”, e a “ADORAÇÃO” ao bebê Hórus, filho de Ísis, que teria sido o intermediário entre Deus é os humanos.
Brasil 2012 Lisandro Hubris
http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=31436
Prezado Lizandro,
Seja sempre bem vindo ao nosso apostolado. Acho que vc está assistindo muito ao documentário ateu: ZEIT GEIST.
Para sua decepção já temos a refutação deste documetário em meu blog:
REFUTANDO O SERÍSSIMO DOCUMENTÁRIO ATEU ZEITGEIST
Refutação em 7 minutos com um especialista:
http://www.youtube.com/watch?v=a-2HBSfPZpU&feature=related
O que o documentário não mostrou – Por que ?
http://www.youtube.com/watch?v=HVom9RBRt24&feature=related
1)- ZEIT GEIST – (O Espírito do Tempo) - Termo Alemão que exprime o avanço intelectual e cultural do mundo numa época.
2)-Na visão parcial dos seus autores, trata a religião de forma generalizada chamando-a de “porcaria Intocável” e invenção humana dos poderosos (Como se o homem não fosse desde os primórdios um SER RELIGIOSO).Tudo isto demonstra uma visão muito simplicista do fenômeno Religioso na Humanidade.
3)-O documentário na visão de seus autores, apresenta uma visão: Parcial, distorcida, reducionista e unilateral da Religião, da Verdade, bem como sobre Deus e o inferno.
4)-O documentário apresenta de forma deturpada e apelativa apenas a face de Deus: Cruel, legalista e incessível, com cenas apelativas que beiram o ridículo, ou seja, de forma unilateral (O documentário sequer entrevistou um religioso sequer, para apresentar a defesa, mostrando sua PARCIALIDADE).
5)-Os autores do documentário só vêm a religião de forma negativa e de caráter revanchista, principalmente no tocante as falhas humanas.
6)(-O Documentário é de Caráter EXOTÉRICO apresentando a ASTROLOGIA como Ciência, e com dados relativos à Nova era (Tauros, Áries, peixes e aquário) como se fossem aceitos pela CIÊNCIA ASTRONÔMICA).
7)-O documentário faz um verdadeiro MALABARISMO EXOTÉRICO apelativo, tentando enquadrar: Esoterismo e Zodíaco como Doutrina Cristã, julgando-se os autores do documentário seus verdadeiros intérpretes das escrituras.
8)-Apresenta o Judaísmo e Cristianismo como Plágio da Religião Egípcia.E Generaliza por baixo todos os Cristãos que não se coadunam com suas pseudo-teorias de Fanáticos e fundamentalistas, como se todos não aceitassem a EVOLUÇÃO e os dinossauros como parte do plano da Criação de Deus.O que muitos Cristãos não aceitam é a teoria do acaso da criação, pois não tem unanimidade no meio científico.
9)-O documentário em seu delírio final apresenta Cristo Como Mito, sem falar das testemunhas oculares de Cristo : Os apóstolos, e não cita nenhum historiador Ateu que confirma a CRISTO HISTÓRICO, sem aceita-lo com Deus – POR QUE ?...
10)-O documentário apresenta Constantino como fundador do Cristianismo no Concilio de Nicéia, como se já não existisse Cristãos e papas anteriores a este imperador de conversão duvidosa, que nem o papa da época São Silvestre acreditou na conversão dele, batizando-o somente em seu leito de morte.
11)-O documentário apresenta a religião como escravidão, e quem não é religioso ou descrente como “livres”. PERGUNTA: Quem é mais livre ? Os escravos da Religião, ou os escravos de sua própria liberdade inescrupulosa ? Será que não é trocar 6 por meia dúzia ?
12)-O ducumentário assim como os produtores do Código Davince misturam verdade e mentiras para prevalecer suas idéias, este é o pior meio de busca da verdade.
"Se enxerguei além dos outros, é por que estava no ombro de gigantes" (Isaac Newton)
Tanto no Tanach, Torah, Techelim, Zohar, Talmud, Midrash, etc. Quanto na bíblia, se lê sobre um Soberano Criador dos céus e da terra bipolar, com sentimentos humanos instáveis. Por exemplo: ele cria a luz, em seguida ele olha a luz e gosta do que fez. Ora, isso não provém de um Soberano Onipotente, Onisciente, Onipresente.
Nem tampouco ele se arrepender inúmeras vezes ao longo dos relatos exarados nos livros "sagrados".
Um Soberano Criador dos céus e da terra que cavalga nas costas de um Keruv para se locomover.
Se assenta em um trono glorioso. Assim demonstrando que tem bunda; do contrário não se sentaria. AGORA, se ele tem bunda, então deixa de ser Onisciente, Onipresente, Onipotente.
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