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O risco de basear sua fé e caminhada cristã em revelações particulares é cair no "misticismo"

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 6 de agosto de 2023 | 15:23

 

 


 




Por *Francisco José Barros Araújo 




Revelações particulares alienantes? problema constante! Grupos estranhos, sectários, proselitistas, e que se julgam o supra sumo da igreja, têm surgido e se multiplicado confundindo e perturbando o povo de Deus. A apatia está por toda à parte. Ninguém se preocupa em verificar se o que está sendo apregoado e noticiado é verdadeiro ou falso. Esta é infelizmente, a realidade de muitas pessoas envolvidas em grupos sectários e não reconhecidos pela Igreja.


 








 

O QUE É MISTICISMO?

 




Esta palavra pode significar muitas coisas dependendo do contexto que está inserida. Existe o verdadeiro místico e sua mística sadia ( Ex. Santa Tereza d’Avila e São João da Cruz) e o falso místico com sua mística (misticismo), como foram os movimentos místicos condenados pela igreja, tais como:

 








 



-"Quietismo": é o nome dado na teologia católica a um conjunto de crenças cristãs que cresceram em popularidade na França, Itália e Espanha durante o final da década de 1670 e 1680, particularmente associadas aos escritos do místico espanhol Miguel de Molinos (e posteriormente François Malaval e Madame Guyon), e que foram condenados como heresia pelo Papa Inocêncio XI na bula papal Coelestis Pastorde 1687.O quietismo é uma doutrina herética, cuja prática espiritual e origens remontam ao século XVII. O quietismo tem sido uma doutrina combatida ativamente pela Igreja Católica, a qual o considera um desvio da fé verdadeira. (conforme 2 Tessalonicenses 3,10-12; João 5,17; Filipenses 2,12 e Mateus 25,35-45). Segundo a heresia quietista, o fiel alcançaria a Deus mediante a oração contemplativa e a passividade da alma. No estado de quietude, a mente humana se torna inativa, já não apresenta vontade própria, mas permanece passiva, sendo Deus mesmo quem opera nela. Para os críticos do Quietismo, ele reduz ou elimina por completo toda responsabilidade moral do ser humano. Por isto, e para não ser motivo de confusão e perplexidade para a generalidade dos fieis, a doutrina foi condenada e considerada herética pelo papa Inocêncio XI, e Molinos, apesar de ter abjurado de eventuais erros em sua doutrina, foi mantido em prisão no Castelo de Santo Ângelo, morrendo em 1696. Em 1685 Molinos é preso pela Inquisição, condenado à prisão perpétua e proibido de trabalhar por Inocêncio XI.Em suas características essenciais, o quietismo é uma característica das religiões da Índia. Tanto o bramanismo panteísta quanto o budismo apontam para uma espécie de “auto-aniquilação”, um estado de indiferença no qual a alma desfruta de uma tranquilidade imperturbável. E o meio para isso é o reconhecimento da identidade do indivíduo com Brahma, o todo-deus, ou, para o budista, a extinção do desejo e a conseqüente elevação ao estado de nirvana, de forma incompleta na presente vida, mas completamente após a morte. Entre os gregos, a tendência quietista é representada nos estóicos. Estes, juntamente com o panteísmo, que caracteriza sua teoria do mundo, apresentam em sua apatheia um ideal que lembra a indiferença perseguida pelos místicos orientais. O sábio é aquele que se tornou independente e livre de todo desejo. De acordo com alguns estóicos, o sábio pode se entregar ao tipo mais baixo de sensualidade na medida em que afeta apenas o corpo, sem incorrer na menor contaminação de sua alma. Os neoplatônicos sustentavam que o Um dá origem ao Nous ou Intelecto, uma noção que eles aplicavam tanto à alma universal quanto às almas individuais. Estes, como consequência de sua união com a matéria, esqueceram sua origem divina. Portanto, o princípio fundamental da moralidade consiste no retorno da alma à sua origem. O destino supremo do homem e sua maior felicidade consiste em elevar-se à contemplação do Uno, não pelo pensamento, mas pelo êxtase (ekstasis). O Gnosticismo, especialmente a Escola Antinomiana, buscava a salvação em uma espécie de conhecimento intuitivo do divino, pelo qual o "espiritual" se emancipava da obrigação de obedecer à lei moral. A mesma tendência quietista aparece nos ensinamentos dos euquitas ou messalianos, que sustentavam que a oração liberta o corpo da paixão e a alma das más inclinações, de modo que os sacramentos e os atos penitenciais são inúteis. Estes foram condenados nos Sínodos de Side na Panfília (383) e em Éfeso (431). Os Bogomilos do final da Idade Média foram provavelmente seus descendentes diretos. Os meios para atingir tal estado de contemplação são a oração, o repouso completo do corpo e da vontade e um processo de auto-sugestão. Entre as ideias de Beguinas e dos Begardos condenados pela Igreja Católica no Concílio de Viena (1311-12) estão as proposições: “que o homem na vida presente pode atingir tal grau de perfeição que pode se tornar completamente impecável; que os perfeitos não precisam jejuar ou orar, mas podem conceder livremente ao corpo o que ele quiser; que eles não estão sujeitos a nenhuma autoridade humana nem estão vinculados aos preceitos da Igreja.” A Igreja católica condendou o quietismo de forma ativa em toda a sua história. Os fraticelli foram condenados pelo Papa João XXII em 1317 pelo possível quietismo. O mesmo Papa condenou em 1329, supostos os erros de fé de Meister Eckhart as afirmações de que somos totalmente transformados em Deus da mesma forma que no Sacramento o pão se transforma no Corpo de Cristo; que uma vez que é a vontade de Deus que eu pequei, eu não gostaria de não ter pecado; que devemos produzir o fruto, não de ações externas, que não nos tornam bons, mas de ações internas que são feitas pelo Pai enquanto ele habita em nós. Em pleno acordo com seus princípios panteístas, os Irmãos do Espírito Livre (séculos XIII a XV) sustentavam que aqueles que alcançaram a perfeição, ou seja, a absorção completa em Deus, não precisam de culto externo, nem de sacramentos ou oração; que não devem obediência a nenhuma lei, pois sua vontade é idêntica à vontade de Deus, e que podem dar livre curso aos seus desejos carnais sem contaminar a alma. Este é também substancialmente o ensinamento dos "alumbrados", um grupo religioso existente na Espanha durante os séculos XVI e XVII. O espanhol Miguel de Molinos foi quem desenvolveu o quietismo no sentido estrito da palavra. De seus escritos, especialmente seu "Dux Spiritualis" (Roma, 1675), 68 proposições foram selecionadas e condenadas por Inocêncio XI em 1687. O princípio fundamental do sistema está contido na primeira proposição: “o homem deve aniquilar seus poderes, e este é o caminho interno; de fato, o desejo de fazer algo ativamente ofende a Deus e, portanto, é preciso abandonar-se inteiramente a Ele e depois permanecer como corpo inanimado.” A Igreja condenou o quietismo, particularmente o de Miguel de Molinos. No entanto, essas doutrinas encontraram adeptos nos mais altos escalões do clero (tanto no passado como no presente), como o oratório Pietro Matteo Petrucci (1636-1701), que foi consagrado bispo de Jesi (1681), e elevado ao cardinalato (1686). Seus escritos sobre misticismo e vida espiritual foram criticados pelo jesuíta Paolo Segneri, e seguiu-se uma controvérsia que resultou no exame de todo o assunto pela Inquisição e na proibição de cinquenta e quatro proposições selecionadas de oito dos livros. (1688). Ele se submeteu imediatamente, renunciou à sua sede episcopal em 1696 e foi nomeado Visitador Apostólico pelo Papa Inocêncio XII. Outros líderes do movimento quietista foram: José Beccarelli, de Milão, que se retratou perante a Inquisição em Veneza em 1710; François Malaval, leigo cego de Marselha (1627-1719); e especialmente o Barnabite François Lacombe, diretor espiritual de Madame Guyon, cujas opiniões foram adotadas por Fénelon. A doutrina contida na "Explanation des Maximes des Saints" (Explanação das máximas dos Santos) de Fénelon foi sugerida pelos ensinamentos de Molinos, era menos extrema em seus princípios e menos ativa em suas aplicações, e geralmente é chamada de “semiquietismo”, tendo gerado uma controvérsia entre Bossuet e Fénelon. Este último submeteu seu livro à Santa Sé para exame, com o resultado de que vinte e três proposições extraídas dele foram condenadas pelo Papa Inocêncio XII em 1699. Segundo Fénelon, há um estado habitual do amor de Deus que é totalmente puro e altruísta, sem medo de punição ou desejo de recompensa. O Protestantismo continha certos elementos que o Quietista poderia ter adotado consistentemente. Lutero instituiu a “Sola Fide” (somente a fé salva), as obras, inclusive nossos pecados não contam. Tanto que Lutero disse em uma carta a Melanchton: "Crê firmemente, e peca muitas vezes". Lutero, não tendo como refutar argumentar contra a carta de São Tiago que diz que a fé sem obras é uma fé morta (Tiago 2,14-16), nem mesmo ousou distorcê-la, mas simplesmente descarta-la das escrituras, chamando-a de "carta de palha" (conforme Erl. LXIII, 115). Que nesse contexto, Tiago 2,19 compara essa fé tremenda a uma fé  vazia e morta, semelhante à fé dos demônios que, apesar de também crerem e tremerem diante de Deus, é uma fé inútil por não resultar em obras adequadas e que glorifiquem a Deus. Portanto, a doutrina da justificação somente pela fé de Lutero, isto é, sem boas obras, encaixava-se muito bem na doutrina quietista. Na "Igreja visível", como propunham os reformadores, o quietista teria encontrado abrigo do controle da autoridade eclesiástica em um abrigo com o qual pudesse se relacionar. E a busca de tornar a vida religiosa como algo mais individual em suas relações diretas com Deus aproximavam o protestante da heresia quietista. No entender da teologia católica, a rejeição parcial ou total do sistema sacramental levaria o protestante devoto a uma atitude quietista. De fato, traços de quietismo são encontrados nos primeiros desenvolvimentos do Metodismo e Quakerismo (a "luz interior"). Mas em seus desenvolvimentos posteriores, outras correntes protestantes passaram a enfatizar a vida ativa em vez da vida passiva e contemplativa. Enquanto Lutero sustentava que a fé sem obras é suficiente para a salvação, seus sucessores hoje dão pouca importância às crenças de Lutero, e dão grande ênfase à "religião como modo de vida", isto é, como ação. O ensino católico busca, em seu entendimento, evitar "extremos", ou seja, nem um passivismo alienante, e nem um ativismo militante.

 

 


 

 




 

-E o pior deles (que sempre quer voltar com nova roupagem): "Os Movimentos Heréticos Franciscanos": São Francisco foi um dos maiores santos jamais surgidos na história da Santa Igreja. Tão grande ele foi que seu exemplo converteu multidões. Poucos santos tiveram graças tão excelsas quanto o "poverello de Assis". Sua vida santíssima é bem conhecida, e ela será sempre um sol iluminando o céu da Santa igreja Católica Apostólica Romana.Entretanto, se São Francisco é sem igual, e se a ordem que ele fundou foi abundantíssimo celeiro de Santos para Igreja de Deus, não deixa de ser verdade histórica que a Ordem Franciscana, talvez mais do que qualquer outra, sofreu, desde o princípio, e ainda em vida de São Francisco, crises doutrinárias gravíssimas, dela nascendo movimentos heréticos extremamente malignos, como a heresia dos Espirituais, a dos Dolcinianos ou Pseudo-apóstolos, seguidores de Segarelli e de Fra Dolcino, e ainda a dos Begardos que tinham como líder doutrinário o herege Frei Pedro João Olivi. Sendo São Francisco tão grande santo, e sendo a Ordem dos Frades Menores, que ele fundou, seguidora de seu exemplo sublime, era natural e lógico que o demônio procurasse destruí-la mais do que qualquer outra, suscitando dentro dela movimentos divisionistas e heréticos. O demônio como grande falsificador, só busca falsificar moeda de grande valor. Só louco falsifica peso boliviano. Falsificador esperto falsifica dólar. A heresia dos Espirituais, que contaminou os melhores elementos da Ordem franciscana logo em seu início, foi causada pelos abusos do Superior Geral que o próprio São Francisco, na hora de sua morte, em 3 de outubro de 1226, indicou como Vigário ou Ministro Geral, para sucedê-lo no governo da Ordem dos Frades Menores: Frei Elias de Cortona. Este Frei Elias tomou a direção da Ordem, desviando-se logo da Regra, que estabelecia uma pobreza rigorosa para os frades do Santo de Assis. Frei Elias admitiu andar de carruagem puxada por cavalos bem ajaezados, quando São Francisco estipulara que os frades deveriam andar sempre a pé. Elias aceitou grandes donativos e fez com que a Ordem perdesse a pobreza inicial que a caracterizava. Ademais, fez política agradando os grandes de seu tempo, e perseguiu os frades que queriam manter-se fiéis ao ideal da pobreza dado e pregado por São Francisco. Os frades mais virtuosos, os que melhor imitavam o fundador, eram os mais perseguidos.Os abusos de Frei Elias foram tais que ele acabou por ser deposto do cargo de geral da Ordem, logo depois de um ano de governo.Santo Antônio de Pádua participou dessa luta, combatendo Frei Elias de Cortona.Em 1227, o Capítulo Geral da Ordem reunido em Assis, na presença do Papa Gregório IX, elegeu como Ministro Geral Frei João Parenti, O.F.M., no lugar de Frei Elias. Este não se deu por vencido, e intrigou, procurando recuperar a direção da Ordem. Ele conseguiu o seu intento no capítulo Geral de 1232, quando foi eleito Ministro Geral. Durante sete anos, contra o que determinava a Regra, Frei Elias não convocou novo Capítulo Geral, mantendo-se como ministro geral de modo ilícito e ditatorial. Nesse tempo, ele dispersou os que se opunham, e que o acusavam de violar a pobreza pela aceitação de donativos, e por permitir construções de igrejas e conventos caros. Diz a Crônica Franciscana : "No ano do Senhor de 1237, Frei Elias destinou a cada uma das províncias, visitadores convenientes ao seu propósito, e pela irregularidade de tais visitas os frades tornaram-se ainda mais exasperados contra ele" (ChronicaFrater Jordanis a Jano, p. 18, apud Nachman Falbel, A Luta dos Espirituais Franciscanos e sua Contribuição para a Reformulação da Teoria Tradicional acerca do Poder Papal, Tesena Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, Boletim no 3,São paulo, 1978, p.82).No Capítulo Geral de 1239, Frei Elias perdeu de novo o cargo de Ministro Geral. Nesse capítulo, de novo presidido pelo Papa Gregório IX, foram tomadas medidas que garantissem a Ordem contra novos abusos: ficou determinado que haveria um Capítulo Geral a cada três anos, e que os Provinciais seriam eleitos pelos frades, e não nomeados pelo Ministro geral. Frei Elias aderiu ao Imperador Frederico II, conhecido inimigo da Igreja. Seus adversários na Ordem o acusaram até de praticar a Alquimia. Ele morreu em 1253, fora da Ordem, mas reconciliado com Igreja que o excomungara.A luta entre os partidários de Fei Elias e os seus inimigos vai ser a fonte de uma divisão, que terminará com a formação da seita dos Espirituais, que por reação contra o laxismo dos partidários de Frei Elias, acabou por cair em heresia, com o grupo dos Espirituais que desejavam levar o franciscanismo a um rigor excessivo.Os principais chefes dos Espirituais foram: Frei Corrado de Offida, Frei João de Parma, Hugo de Digne, Fra Gerardo di Borgo San Donino, Michele di Cesena, Ubertino di Casale, Salimbene, Tomas di Celano.

 

 



 

Os principais "erros do misticismo" defendido pelos Espirituais foram:

 

 

 

 

1. Sendo São Francisco o maior santo da História, tendo sido ele marcado com os estigmas de Cristo, a regra que ele deixou não poderia ser mudada nem pelo Papa, pois a regra de São Francisco era a lei do Evangelho, e o Papa não tem poder para mudar o Evangelho.

 

 

 

2. A regra da pobreza devia ser absoluta e radicalmente obedecida, e no mesmo grau em que São Francisco a praticara. Por isso, a Ordem franciscana não poderia ter igrejas de pedra, nem conventos. Os frades não poderiam ter livros de missa, de oração ou de estudo. Só poderiam ter um hábito de saco. Este hábito deveria ser usado até cair de podre. O hábito não poderia chegar até os pés, pois que isso seria supérfluo e um luxo desnecessário.

 

 

 

3. Com Frei Hugo de Digne, Frei João de Parma e Frei Gerardo di Borgo San Donino, os erros de Jaoquim de Fiore (1155-1202) - que já haviam sido condenado no IV Concílio de Latrão - entraram na ordem franciscana.

 

 

 

4. São Francisco e São Domingos eram as duas testemunhas de que fala o Apocalipse.

 

 

 

5. O Anticristo viria em 1248, - marcaram-se, depois, outras datas para a Bagarre franciscana - e ele seria o Imperador Frederico II , ou um Papa antifranciscano (Por exemplo, João XXII).

 

 

 

6. Haveria um “grande castigo” (alguma semelhança com certas aparições modernas?). Mesmo boa parte dos frades franciscanos seria eliminada, sobrevivendo apenas um pequeno resto, que formaria o reino do Espírito Santo.

 

 

 

7. Este reino espiritual seria o dos monges, que substituiria a ordem dos sacerdotes. Viria um grande Papa - o "Pastor angélicus", que vários Papas pretenderam ser  - e um grande Imperador que instaurariam o reino do Espírito Santo.

 

 

 

8. Assim como a Igreja substituíra a Sinagoga, haveria uma Nova igreja espiritual, igualitária (sem hierarquia) e pobre, sem nenhuma propriedade, parecida com a que é preconizada pelo ex-frei Boff e Frei Betto, que substituiria a Igreja rica, fundada por Jesus Cristo.

 

 

 

9. A lei de Deus seria abolida, sendo instaurada "a lei do Amor" (amour seulement amour - valendo queimação de ruela e o escambal, uma verdadeira Sodoma e Gomorra).

 

 

 

10. O Evangelho Eterno, de que falava o Abade Giochino di Fiore, seria o conjunto das obras do abade que se afirmara profeta.

 

 

 

Essas idéias foram expostas na obra de Fra Gerardo di Borgo, Introductorius ad Evangelium Aeternum, publicado em Paris, em 1251, e que foi condenada pelo Papa Alexandre IV, em 1255




A condenação de Gerardo di Borgo acarretou o desprestígio do Ministro Geral franciscano Frei João de Parma. O que tornava os erros dos Espirituais mais perigosos era o fato de que os frades mais famosos pela virtude, pertenciam a essa facção, enquanto seus opositores, geralmente eram mais relaxados. Exceção de valor único foi São Boaventura, que foi eleito Ministro Geral da Ordem, em 1257, e que tomou posição clara contra os erros dos Espirituais, sem ceder em nada aos relaxados. Ele determinou até a prisão de João de Parma, o que lhe valeu a ira dos Espirituais, como Angelo Clareno, que acusou São Boaventura de organizar a quarta perseguição geral contra os "verdadeiros seguidores de São Francisco". A situação dos Espirituais teve grande vantagem política com a eleição ao Papado de São Pedro Celestino -- o Papa Celestino V.Seu nome era Pedro de Morrone, Ele havia fundado uma ordem de eremitas - os Celestinos - e levava, ele mesmo, uma vida de anacoreta em uma montanha, tendo fama de santidade. Quando em Roma, os Cardeais não entravam em acordo para a eleição de um Papa, devido as lutas entre Guelfos e Gibelinos, na Itália, se propôs eleger esse santo eremita como Papa. Ele foi eleito, mas resistiu muito antes de aceitar. Entrou em Roma montado num burrico, e tomou o nome de Celestino V. Era um homem de vida muito santa, mas que não sabia governar, nem entendia de política. Os Gibelinos o dominaram, e o levaram a tomar medidas que prejudicavam a Igreja. Ele, ao perceber os erros, se arrependia. Afinal, constatando que não sabia governar, ele ameaçou renunciar ao trono pontifício, coisa que os gibelinos não queriam de modo algum, pois exploravam a falta de capacidade de governo desse santo Pontífice.Foi aí que os Espirituais Angelo Clereno e Pedro de Macerata se aproximaram do Papa São Celestino V. São Pedro Celestino conhecia, há tempos, os Espirituais franciscanos, e os recebeu com benevolência. Ouviu as suas queixas e os atendeu além de toda a medida: desligou-os de toda obediência com relação à Ordem Franciscana, e autorizou-os a viver nos eremitérios que um Abade da Ordem dos Celestinos devia colocar à disposição deles, para ali observar a Regra e o Testamento de São Francisco. Para não magoar os franciscanos com essas concessões, São Pedro Celestino não permitiu que eles se denominassem Minoritas ou franciscanos, mas deu a esse novos Eremitas que recebera, o nome de Pobres Eremitas, e os colocou sob a proteção do Cardeal Napoleão Orsini.(Cfr. Gratien, Historia de la Fundación y evolución de la orden de frailes menores en el siglo XIII, Buenos Aires: Desclée, 1947. pag 378).Era um Papa santo - São Pedro Celestino - que apoiava os discípulos (desviados) de um outro grande santo  - São Francisco de Assis - discípulos que eram acusados de heresia.Pode-se imaginar o triunfo que foi, para os Espirituais, essa aprovação desse papa realmente santo. Entretanto, essa aprovação "estatutária" dos Espirituais não era a aprovação de seus erros e de suas heresias.O triunfo dos hereges Espirituais foi curto: São Pedro Celestino, verificando que era incapaz de governar, renunciou ao papado. A 24 de dezembro de 1284, foi eleito Papa, em lugar de São Pedro Celestino, o Cardeal Benedito Gaetani, que tomou o nome de Bonifácio VIII, que era extremamente antigibelino, e contrário aos Espirituais franciscanos. "Bonifácio VIII logo que cingiu a tiara, anulou todas as concessões de seu predecessor". (Llorca, Garcia Villoslada, Montalban, Historia de la Iglesia Catolica, Madrid: Bac, 1963, vol II, p.562) e os Espirituais caíram de novo em desgraça. A 8 de abril de 1295, colocou os Espirituais que se haviam refugiado entre os Celestinos,de novo sob a jurisdição do Ministro Geral Franciscano. Depois, pela Bula Ad Augmentum ( Nov. 1295), deu poder ao Ministro Geral de tratar da questão, chegando a proibir aos Espirituais a apelação a Roma porque a questão deles já fora julgada (Cfr. Graciano, Historia de la Fundación y evolución de la orden de frailes menores en el siglo XIII, Buenos Aires: Desclée, 1947. pp. 378-379.).A luta contra os hereges Espirituais franciscanos não ia terminar ai. Ela se estenderia ainda por muito tempo. A grande condenação contra eles viria a ser pronunciada pelo Papa João XXII, que condenou os erros e heresias dos espirituais em 1318. ( Cfr.os principais erros dos espirituais franciscanos condenados por João XXII in Denzinger 484-490).Vê-se por essa história que a aprovação da prática de uma regra de um santo por um Papa santo, não significa a aprovação das heresias daqueles que se acobertam numa regra ou num santo.





UM ADENDO: E SOBRE A APARIÇÃO DE LA SALETTE TÃO PROPAGADA PELOS MOVIMENTOS "RAD TRAD E SEDEVACANTISTAS?"











“Lembrem do valor da fidelidade ao Papa!" -  Essa foi a mensagem de Bento XVI aos novos cardeais, eleitos pelo papa Francisco. Bento repetidamente manifesta sua submissão e confiança no Papa Francisco... Mas quem tem razão é o Bruninho Roberto e a Carla Sheila e CIA LTDA, que se recusam a reconhecer a sua autoridade papal e declararam a Sé vacante! Muitos desses sedevacantistas gostam de compartilhar nas redes sociais a seguinte frase, que faria parte da mensagem divulgada por Nossa Senhora de La Salette: “Roma perderá a fé e se tornará sede do Anticristo.” Mas, essa frase faz mesmo parte da mensagem de La Salette? E o que poderia significar? Vamos explicar agora! Muito resumidamente, a verdade é: a aparição de La Salette é aprovada pela Igreja, porém, contudo, entretanto, todavia, há duas versões aprovadas pela Igreja do “segredo” revelado aos videntes de La Salette – uma versão breve (a mensagem pública) e outra mais detalhada, que foi enviada ao Papa Pio IX; a mensagem pública e a versão do segredo enviada ao Papa “NÃO CONTÊM o texto:Roma perderá a fé...”; a versão da vidente Mélanie de 1879 foi condenada pela Igreja (pasmem! ANTES DO VATICANO II), e é a única que diz que “Roma perderá a fé...”. Portanto, a versão do segredo de La Salette que profetiza a apostasia de Roma NÃO MERECE O CRÉDITO DOS CATÓLICOS. Isso é tudo o que você e eu precisamos saber, pois no mais, desta e demais mensagens de aparições aprovadas pela igreja, não tem, e não pode conter algo (por parte de qualquer vidente), além das revelações já contidas nas sagradas escrituras, caso venha a ter, o apostolo Paulo já nos advertiu:





Gálatas 1,8-9: "8Contudo, ainda que nós ou mesmo um anjo dos céus vos anuncie um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja considerado maldito! 9Conforme já vos revelei antes, declaro uma vez mais: qualquer pessoa que vos pregar um evangelho diferente daquele que já recebestes, seja amaldiçoado"






VOLTEMOS AO TEMA DO falso MISTICISMO

 

 

 

 

O permanente problema do misticismo é exaltar e colocar experiências pessoais e de alguns místicos, bem como  revelações particulares, reconhecidas pela igreja, ou não, acima da sagrada escritura e sagrado magistério. É a atitude da pessoa que deposita sua confiança em algo fora do magistério, como se fosse superior a este.O adjetivo “mystikós” deriva do verbo “mio”, que significa fechar; mais especificamente, fechar os olhos para a realidade natural em detrimento exclusivamente da sobrenatural.Para a filosofia neoplatônica, a mística é a atividade que conduz ao contato direto entre a alma individual e seu fundamento divino. Este contato possui o caráter de participação da alma em Deus. Para isso, é preciso deixar de lado a realidade sensível, uma vez que Deus é intelecto puro, sendo a alma, de caráter inteligível, a única via de acesso a Ele. A mística neoplatônica influenciou marcadamente o pensamento de vários filósofos e teólogos da Idade Média, de modo a que se constituísse, assim, uma mística cristã medieval. A mística é trabalhada pelos pensadores alexandrinos, em especial Orígenes e São Clemente, em relação à história da salvação por Cristo e à experiência de apreensão da Unidade Trinitária de Deus. Também no gnosticismo ela se faz presente. Entre os séculos XI e XIV, ela aparece como contraposição à tendência excessivamente racionalista da teologia e filosofia escolástica. Os verdadeiros e principais representantes do pensamento místico no Ocidente são Fílon, Dionísio Aeropagita, São Bernardo, São Boaventura, João Gerson, Mestre Eckhart, João da Bohêmia, João Ruysbroek, Angela de Foligno e Ângelo Silésio.

 

 


 

MISTICISMO MODERNO com nova roupagem

 





 






 

Como já foi dito, o problema é que quase sempre, os místicos ditos católicos, são induzidos a prescindir da Bíblia e do sagrado magistério, para se basear apenas em experiências e revelações particulares. Este é um dos grandes problemas dos neopentecostais, e de algumas correntes católicas tanto da RCC como de movimentos ditos conservadores, pois para eles essas "revelações particulares" muitas vezes estão acima da Bíblia e magistério da Igreja, até revelações ainda não confirmadas pela igreja como Medjugorge e Garabandal. Essa tendência pode ser vista no número cada vez maior de católicos que acreditam em uma revelação particular fora da Bíblia, que buscam nortear-se por essas revelações e não mais pela Palavra de Deus. Com a perda crescente dessa norma objetiva como regra de fé e prática, a tendência é buscar o "subjetivismo". Cada um passa a crer naquilo que os grupos têm experimentado e propagado. O magistério e a sagrada escritura ficam em segundo plano. É uma prática proselitista usada atualmente por muitos grupos reconhecidos ou não pela igreja, como: TFP, Arautos, e Instituto D. Bosco. O Misticismo tem estado presente em todas as épocas da humanidade. O Evangelho e as cartas de João e Colossenses foram escritos para combater o pensamento gnóstico que era cheio de misticismo (Col 2,16-23). Se existe algo que a história nos ensina, é que os ataques mais devastadores desfechados contra a fé sempre começaram com erros sutis surgidos dentro da própria igreja. Devemos oferecer a Deus um culto racional – Rm 12,1-2. O louvor místico não é adoração a Deus, mas instrumento de psicologia humanística. Onde está a Cruz em nosso meio? (Lucas 9,23). Esses místicos querem evitar até as profecias bíblicas! A igreja vai passar por uma grande provação, a fé e a caridade vai esfriar, isso é inevitável por que é bíblico e profético, temos apenas que nos preparar para perseverar até o fim e continuar evangelizando, ou seja, lançando a boa semente! Os grandes temas e mensagens de hoje são: "É o homem, mediante a fé, que obriga Deus a agir. O sangue de Jesus virou uma confissão positiva-mágica. Assim, o sangue de Cristo não purifica mais todo o pecado, mas virou apenas palavra de ordem para amarrar os demônios." O grande problema é que o agir divino depende das disposições humanas, dependendo das circunstância e empolgações, orações mais fortes, etc. Ora, emoções fortes despertadas durante orações não constituem necessariamente uma evidência de que houve adoração e de que haverá intervenção divina! Deus é soberano e condutor da história, e não as nossas disposições inconstantes! Não precisamos mudar o Pai Nosso: Seja feita a Tua Vontade, e não a minha! Do contrário, segundo esses lunáticos, tudo é castigo... que coisa mais simplória! Deus cura e intervem sempre? A enfermidade de Timóteo (1Tm 5.23), de Trófimo (2Tm 4.20) e de Epafrodito (Fp 2.25-30). O espinho na carne do apóstolo Paulo (2Co 12.7-10).  A Bíblia nos ensina que a profecia não depende do “EU” querer: “… porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirado pelo Espírito Santo”. (2 Ped 1,21).  Alguns chegam ao absurdo de dizer:  “Eu não quero saber o que a Bíblia ou documento da igreja diz,  o que importa é que nossa Sra está chorando em La Salete, Garabandal e Medijugorge! O centro não é mais Deus e sua igreja, mas revelações particulares, e pasmem! Algumas nem reconhecidas pela igreja, mas para esses(as) não importa! Alguns desses místicos de terço na mão (sem tirar o valor do Santo Rosário), e não mais a bíblia ou catecismo, dizem que existe um sentido oculto que só pode ser alcançado pelas pessoas especiais como eles! Muitos destes falsos místicos dizem: “Eu quero dizer uma coisa que não está revelada na Bíblia, pois Deus me revelou”. Mas, não é isso que nos diz a escritura em  Gálatas 1, 8: "Contudo, ainda que nós ou mesmo um anjo dos céus vos anuncie um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja considerado maldito!" - A bíblia diz que quem confirma uma proclamação não é quem proclamou, mas a assembleia, ou seja, a Igreja! Mas para esses fanáticos o Critério é a cura da unha encravada, a dor na coluna, de barriga, e por ai vai. Milagre! Milagre! Jesus disse: bem aventurados os que nada viram, mas creram, e não elogiou os(as) caçadores(as) de milagres e curas.

 

 

 

 

 

CARACTERÍSTICAS DE UMA "VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE MISTICA e autenticamente cristã"

 








1. Uma Espiritualidade Trinitária: A verdadeira espiritualidade coloca Deus no centro. O Espírito glorifica a Cristo. A soberania de Deus é proclamada e vivida. (1Cr 29.11; Dn 4.35; Sl 115.3; 1Tm 6:15; Ef 1.11; Rm 11.36; Sl 39.9). O homem não passa de vaso de barro. (Is 29.16; 45.9; 2Co4.7).

 

 

2. Uma Espiritualidade Verdadeira Coloca o homem no seu devido lugar: Quem é o homem? 1Rs 8.46; Jo 14.4; Sl 51.5; Sl 58.3; Ec 7.20; Is 64:6; Jr 4.22; Jr 9.5-6; Jr 13.23; Jr 17.9; Jo 3.3; Jo 3.19; Jo 3.36; Jo 5.42; Jo 8.43,44; Rm 3.10-11; Rm 5.12; Rm 7.18, 23; Rm 8.7; 1Co 2.14; 2Co 4.4; Ef 2.3; Ef 4.18; 2Tm 2.25-26; 2Tm 3.2-4; Tt 1.15.

 



3. Uma Espiritualidade Comunitária (de Koinonia): A verdadeira obra do Espírito produz o autêntico "amor cristão" (Ágape e não meramente Eros ) na igreja. Reconciliação e comunhão que desemboca na sociedade. (Rom 13,1-2)

 







 

4. Uma Espiritualidade Missionária (Ide às periferias da humanidade!): Há oração e intercessão a qual transborda no serviço de evangelização e caridade, que extrapola os muros de nossa igreja, que alarga nossa tenda de misericórdia e salvação. Vai para o campo, para as ruas, guetos e becos. Não fica apenas “decretando, determinando bençãos, amarrando demônios", e dizendo que bater palmas na missa é pecado. É uma igreja que tem o cheiro das ovelhas e não apenas de incenso.

 

 



CONCLUSÃO:







 






Em dias teologicamente incertos e confusos, é necessário voltar ao nosso tripé: Sagrada Tradição, palavra e magistério! Misticismo alienante, problema constante! Não é difícil constatar um legalismo aprisionador em certos ambientes católicos: rituais semelhantes aos cristões judaizantes também, estão presentes. A ênfase exagerada no ritualismo, missas Tridentinas em latim, revelações particulares, etc. Esses equívocos precisam ser desmascarados, confrontados, refutados, e investir na evangelização e "catequese integral", ou seja, de Niceia até o Vaticano II e não em partes escolhidas a dedo e que nos são mais convenientes.












*Francisco José Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma Nº 31.636 do Processo Nº  003/17





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Anônimo
6 de agosto de 2023 às 19:17

Oi, shalom amigo, qual à bíblia Septuaginta devo utilizar mais pra q compreenda do antigo testamento e paralelo do NT (possuo Bible AV 1611 APOCRYPHA), À inglesa(brenton) ou Ortodoxa (OSB) das genealogia correta(deluvio) e passagens, podes me dar um exemplar...

João lucas
6 de agosto de 2023 às 20:47

Oi, podes me recomenda qual bíblia septuagint ou tanakh, tenho KJV/AV 1611 Apocrypha, que possuí mais livros livros diferentes pra compreender história( e pouco teologia) século perdido shalom

Anônimo
9 de agosto de 2023 às 09:30

Amado irmão João Lucas,

A paz de Cristo e o amor de Maria!


Podemos lhe afirmar como católicos que toda as bíblicas católicas, quando se refere a septuaginta, é a que contem os 73 livros, e era a bíblia usada por Jesus e os apóstolos. Sugiro a você essas melhores versões: Bíblia de Jerusalém, Peregrino e a TEB.

Shalom !!!

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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