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O
Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos (Mouvement Mondial des
Travailleurs Chrétiens) é a associação oficialmente reconhecida pela Igreja
Católica para trabalhadoras e mulheres católicas. É uma organização membro da
Conferência das Organizações Católicas Internacionais do Vaticano. O Movimento
Mundial dos Trabalhadores Cristãos (WMCW / MMTC) não tem membros individuais,
mas é uma federação de vários movimentos nacionais.[1] A afiliada nos Estados
Unidos é a Catholic Labour Network.[2] No Reino Unido, é o Movimento de
Obreiros Cristãos.[3]
As atividades WMCW / MMTC são educacionais e evangelísticas. O Movimento baseia seu compromisso na fé em Jesus Cristo, no Evangelho e no ensino social da Igreja Católica (D.S.I). Ela está comprometida em trabalhar em conjunto com outras pessoas - independentemente de raça, cultura ou credo - para melhorar suas condições de vida e construir uma sociedade sem exclusões. A abordagem usada pelo Movimento baseia-se no método desenvolvido por Joseph Cardijn para "ver-julgar-agir" de forma Cristã. A sede mundial do Movimento fica em Bruxelas, Bélgica. O francês é a língua de trabalho da sede do Movimento.
História do M.M.T.C.
Antes
da Segunda Guerra Mundial, em muitos países europeus, havia diferentes
federações trabalhistas para católicos, socialistas, comunistas e liberais.
Todos esses sindicatos foram abolidos pelos regimes nazistas ou outros de
direita no Eixo Europa. O Vaticano e outros acreditavam que essa divisão no
movimento trabalhista enfraqueceu sua capacidade de derrotar o nazismo e outros
movimentos totalitários. Após a Segunda Guerra Mundial, o Vaticano
desencorajou a reforma dos " sindicatos cristãos " Sindicatos
católicos alinhados), embora nem sempre tenha sido bem-sucedido.[4] Como
alternativa aos sindicatos católicos que negociavam contratos e representavam
trabalhadores para a administração, as associações cristãs de trabalhadores
foram criadas como um movimento educacional, espiritual e social, e não como um
sindicato específico. Na década de 1950, as associações de trabalhadores
católicos da Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Suíça e Holanda decidiram unir
forças para criar uma estrutura internacional para incentivar trocas e
conhecimentos entre indivíduos e diferentes situações; estimular a
solidariedade entre movimentos de trabalhadores; promover a disseminação dos
movimentos operários cristãos no mundo; e desenvolver o apostolado no mundo do
trabalho. Em 1966, para coincidir com o 75º aniversário do Rerum Novarum, foi
reconhecido oficialmente pela Santa Sé.[5]
Referências
1. ↑ «Directory
of associations».
www.laici.va
2. ↑ «The
Catholic Labor Network –
Washington, DC».
catholiclabor.org
3. ↑ «Home». mcworkers.org
4. ↑ Oubre, Fr. Sinclair. «Foundations of
Catholic Trade Unions in Europe». classic.catholiclabor.org
5. ↑ «Movimiento
Mundial de Trabajadores Cristianos - Inicio».
mmtc-infor.com
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Mundial_dos_Trabalhadores_Crist%C3%A3os
Por que
a ideologia de luta de classes é anticristã?
LUTA DE CLASSES; um conceito muito difundido, talvez banalizado, mas inegavelmente popular, mesmo que subjetivamente. É comum que seja assim, não só com este, mas com vários outros conceitos, que ganham conotações diferentes, como uma palavra que ganha diferentes sentidos conforme os anos passam.
Mas não é disso que esse texto irá tratar: aqui veremos como tal conceito é altamente anticristão, e porquê. Não podemos iniciar um texto sobre luta de classes sem antes falar do termo anterior: a ideologia. Por ser um termo deveras espinhoso, explicarei rapidamente as duas definições possíveis, coligando-as de modo a facilitar o entendimento.Primeiro, pode-se defini-la como um conjunto de ideias e doutrinas individuais ou de grupo, algo como uma subcultura; segundo, pode-se defini-la como meio de dominação por meio do convencimento. Arranjando os termos, temos uma subcultura ilusória. Russel Kirk (1918-1994) define ideologia como a secularização da religião, com seus próprios santos, dogmas e rituais, prometendo um paraíso terrestre contanto que se siga a sua doutrina sistemática; por tais características, a ideologia atrapalha o juízo humano, direcionando-o a um ponto, mascarando seus defeitos por meio de sofismas; e por manter tal fidelidade ao seu dogma, causa a divergência entre homens. Assim, a ideologia cria o caos.
Posto
tal ponto, é possível falar da luta de classes. Tal conceito é cunhado por Karl
Marx (1818-1883) para nomear o confronto entre “classes” de pessoas, definidas
pelo seu “capital acumulado”: há a "burguesia" (dona dos meios de
produção) e o "proletariado" (o trabalhador braçal). Para Marx, os
trabalhadores estariam influenciados pela ideologia burguesa e, para fugir
dessa suposta alienação, deveriam concorrer na luta ideológica, cunhando então a
revolução.
O próximo
passo é responder à pergunta essencial deste artigo: porque a ideologia de luta
de classes é anticristã – ou, em outros termos, porque a ideologia e a luta de
classes são anticristãs?
Richard M. Weaver (1910-1963) nos diz que a harmonia entre nações que estão divididas em grupos maiores ou menores não depende da quimérica ideia de igualdade, mas de fraternidade, um conceito muito anterior e que está fortemente arraigado no sentimento dos homens. Não é difícil ver que tal ideia é perfeitamente aplicável, visto que a fraternidade demanda respeito e proteção, como em uma família, onde o irmão mais novo pode exigir que o irmão mais velho cumpra seu dever, através de uma rede de sentimentos. – Muito semelhante à famosa frase de Jesus, “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”; em que amar não é concordar com tudo o que o próximo diz ou faz, pois não implica amar ações, aplica amar o indivíduo substantivamente; e isso não exige qualquer igualdade fora a substância. Ou seja, igualmente humano, nada mais que isso. Logo de início, vemos que o ensinamento de Cristo atrita com Marx, mas, antes disso, há o atrito com a ideologia; o catolicismo é Religião, não secularização; não quer ocultar a verdade, mas revelá-la, prega a igualdade substantiva e não material, o amor fraterno e mútuo entre as pessoas humanas. Um pouco de leitura cristã mostra que o homem possui uma imperfeição intrínseca ao ser; pois, se fosse perfeito, seria Deus, o único Perfeito. Mas, por ser feito à imagem de Deus, ou seja, à imagem do Intelecto infinito, o homem possui intelecto, ou a virtude da razão, o que o diferencia dos animais. Por tais características, o homem pôde desenvolver a Filosofia para buscar a verdade. Por ser imperfeito, porém, o homem não pode conceber um sistema perfeito, e não pode conhecer todas as verdades.
Mostrar as "verdades fundamentais" e evitar erros é a função da Revelação divina
A revelação por sua vez, é estudada e corroborada pela Teologia, com o auxílio da Filosofia: a união da ciência de Deus e a ciência do homem. Querer, por meio de uma ideologia, oferecer um sistema que promete a verdade absoluta, pressuposta pela imperfeita razão humana, é em si automaticamente anticristão, com o agravante de causar atrito entre os homens, em oposição à fraternidade proposta pelo cristianismo.
Postas as cartas na mesa, a luta de classes é essencialmente anticristã. Mais que tudo, o objetivo deste, além de explicar a divergência entre os termos de forma enxuta, é o convite à leitura, estudo, e aprofundamento do tema. Há muitas ideologias no mundo, e há ideias que são consideradas como se o fossem boas, mas não são; há outras ainda mascaradas de cristianismo, outras que o apoiam, outras que querem destruí-lo.
Fonte:
https://www.ofielcatolico.com.br/2005/06/por-que-ideologia-de-luta-de-classes-e.html
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