A Igreja missionária vem
à tona quando seus membros participam cada vez mais da existência da Igreja no
mundo por meio do “querigma”, da “diaconia”, da “coinonia” e da “martíria” (Van Engen, Charles. Povo Missionário, Povo de Deus).
A atividade da Igreja
Católica é tríplice: liturgia, diaconia e martiria - A
Igreja não é meramente uma instituição milenar, mas um Corpo, uma Esposa, um
mistério que deriva da Encarnação do próprio Verbo. O Concílio Vaticano
II (1962-1965) convocado pelo papa João XXIII e realizado por Paulo VI,
convidou a Igreja a refletir sobre a sua própria missão no mundo atual e trouxe
grandes novidades para a Igreja e ainda hoje vivemos e descobrimos novos
efeitos da sua eclesiologia. Uma das principais
novidades é o fato da Igreja compreender a si mesma como Povo de Deus e ela
encontra a sua origem e o seu modelo no Deus Uno e Trino, na comunhão perfeita
das Pessoas Divinas, que no tempo se tornou visível no Antigo Israel, o Povo da
primeira aliança a quem Deus por primeiro se revelou, e que através da
Encarnação do Filho e da sua missão salvífica se constitui Igreja de Cristo,
sacramento de salvação para os homens. A Constituição Dogmática Lumen
Gentium Nº 09, afirma, referindo-se primeiramente ao povo de Israel e depois a
Igreja da qual Cristo é Cabeça, que “aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não
individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em
povo que O conhecesse na verdade e O servisse santamente”, isso
significa que à Igreja foi dada a missão de participar do mistério da salvação
sendo este lugar onde os homens encontram Deus através
dos sacramentos: onde Deus se comunica por meio da Palavra que ilumina, a Eucaristia
que une perfeitamente a Cristo, o perdão dos pecados, o batismo que nos
constitui filhos de Deus. Em um mundo ferido pelo pecado e marcado pelo
individualismo, esta afirmação adquire força ainda maior, porque Deus não nos
deixa sozinhos, não nos deixa lutar com nossas próprias forças para conquistar
a salvação, mas nos constitui Nele um só povo na caridade, na verdade e na
liberdade.
A essência sacramental da Igreja se articula em
três atos fundamentais que se referem ao tríplice ministério de Cristo qual
sacerdote, rei e profeta:
1- Ministério
sacerdotal de Cristo na liturgia da Igreja - O termo grego
Leitourghia na sua origem significa serviço público, ou seja, um ato realizado
em favor de um povo ou de uma comunidade, com o passar do tempo adquiriu um
significado religioso, usado para todos os atos de culto divino de um povo. A Igreja continua a obra de salvação de Cristo no
mundo através da liturgia e dos sacramentos onde Ele se faz presente em cada
ato litúrgico para que os homens sejam santificados e salvos, “está presente no
sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro – «O que se oferece agora pelo
ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz» -quer e sobretudo sob
as espécies eucarísticas. Está presente com o seu dinamismo nos Sacramentos, de
modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza. Está presente na
sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura.
Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: «Onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt.
18,20) […]. Com razão se considera a Liturgia como o exercício da função
sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam e, cada um à sua
maneira, realizam a santificação dos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus
Cristo – cabeça e membros – presta a Deus o culto público integral. (SC 7).
Assim, a liturgia pode ser compreendida como os atos litúrgicos de culto
público e, na unidade da Igreja, todos os seus membros leigos e ministros ordenados,
os primeiros no sacerdócio comum, e estes, no sacerdócio ordenado, participam
dos mistérios da redenção de Cristo.
2- Ministério
real de Cristo na diaconia da Igreja.Cristo é Senhor e Soberano sobre todo o
universo, sobre toda a criação e a Igreja, como corpo visível, está a serviço
do Reino de Deus e com fé e perseverança espera ansiosa a realização universal
da vontade de Deus, que atingirá a sua plenitude no final dos tempos.Mas como a Igreja realiza a sua missão de servir ao Reino?
Não poderia ser de outra forma senão seguindo o exemplo de Cristo, o servo por
excelência. Servindo o gênero humano em todas as áreas da sua existência, a
Igreja colabora no progresso humano e cultural através da educação cristã e
social; constrói uma doutrina social fundamentada na justiça, na dignidade, na
promoção da vida, no valor inalienável da sua liberdade de consciência e de
expressão, no homem enquanto ser criado à imagem de Deus; através das
incontáveis obras de caridade para com os mais necessitados do pão espiritual,
do conhecimento de Deus, da consolação no sofrimento, da vida de fé e também do
pão material, que salva o homem nas suas necessidades básicas de sobrevivência,
formando uma sociedade a partir dos valores evangélicos e sendo testemunha fiel
do amor misericordioso de Deus.Deve ser o amor livre e desinteressado
pela humanidade a mover cada singular ação de diaconia da Igreja para que essa
possa livremente acolher a salvação dada por Cristo.
3- Ministério
profético de Cristo na martyria da Igreja. O povo de Deus, ou seja, a Igreja é consciente
que recebeu, no batismo a inseparável e privilegiada missão de seguir Cristo
por onde quer que Ele vá, em todos os tempos da história, em todas as épocas
nas quais está inserida a humanidade e em todos os desafios humanos que esta
possa enfrentar. Tal missão se concretiza em um anúncio
radical do Evangelho, no testemunho de uma vida configurada aos valores
cristãos. Em toda a sua história, a Igreja sempre sofreu os mais diferentes
tipos de perseguição, do martírio de sangue na época das primeiras comunidades
cristãs ao atual martírio da indiferença e até mesmo da total negação da
existência de Deus, devendo permanecer firme em Cristo, renunciando as
compensações efêmeras do mundo, unida a sua cruz para colher os frutos
da ressurreição. Hoje em dia o maior testemunho
que a Igreja pode dar aos homens é a fidelidade e a radicalidade de uma vida
consagrada, que por um lado é inteiramente separada para Deus na doação
integral de si, mas, por outro, existe exatamente para servir e estar no mundo,
ao lado de cada homem que espera a salvação porque, como nos ensina São João
Paulo II: “é necessário transmitir ao mundo este fogo
da misericórdia. Na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz, e o homem a
felicidade!”O “querigma” é a característica de que a Igreja deve pregar
que “Jesus Cristo é o Senhor”. Esta poderosa declaração foi o primeiro credo da
igreja primitiva e representava o elemento central de sua fé e identidade. (At
2.36; 10.36). Levando isso em consideração, a Igreja é forçada a sair, pois o
senhorio de Cristo deve ser reconhecido por aqueles que ainda não se curvaram
diante dele. E quando pensamos no papel da Igreja, muitas vezes olhamos somente
para a Grande Comissão. A pregação do Evangelho é muito
importante, e até essencial, eu diria, porém não podemos fechar nossos olhos
para as outras três características.A “diaconia” ressalta uma das
qualidades onde a Igreja de Cristo deve se identificar com o seu Senhor. Assim como o Filho do Homem veio para servir, a igreja deve
se portar como serva. John Stott fala que muitos conhecem bastante a Grande
Comissão de Mateus e de Lucas (em Atos), mas poucos lembram aquela de João: nós
somos enviados como Cristo foi enviado pelo Pai (Jo 20.21). Marcos complementa
dizendo que Jesus foi enviado para servir (Mc 10.45). O servo não pode estar
acima do seu senhor. O discípulo que confessa que Jesus é o Senhor vai
viver como o Mestre viveu. Ao servir, a comunidade de amor segue os passos de
seu Senhor e testemunha dele aos que ela serve.O grande
problema aparece quando a Igreja precisa exercer esta terceira característica.
A “coinonia” segue o mandamento de amar uns aos outros. Esse amor entre
os cristãos deve refletir o amor entre o Deus Pai e Jesus Cristo, Seu Filho (Jo
15.10). A presença de Cristo no meio do seu povo, representada no amor
fraternal, é testemunho para os que são de fora (Jo 13.34,35).É simplesmente
incrível o fato de representarmos em nossos relacionamentos a presença de
Cristo no meio do seu povo. O problema é que a Igreja
passa a supervalorizar a “coinonia”, priorizando programações para o
crescimento do corpo, para a unidade de seus membros e para a boa convivência
entre os irmãos. Quando os cristãos se voltam somente para si esquecendo-se de
testemunhar para os outros a igreja pode estar sofrendo de uma enfermidade que
Peter Wagner denomina de “coinonite”. A ausência do “querigma” e da “diaconia”
na prática da Igreja demonstra que ela está voltada mais para si mesma do que
para os que estão fora dela.
SEM “MARTIRIA” CORREMOS O RISCO DE REDUZIR
A IGREJA À MERA “MORDOMIA”
(ADMINISTRAÇÃO)!
Por fim, a Igreja também
se identifica com a “martíria”, sendo testemunha viva da obra de reconciliação
de Cristo. O povo missionário de Deus deve ser uma
comunidade reconciliada que testemunha a possibilidade de reconciliação num
mundo alienado (2 Co 5,18-21). Ao pregar a reconciliação, a Igreja serve como Representante
de Deus na terra. O ministério da reconciliação é o centro do Testemunho da
Igreja. A “martíria” é o resultado da união das três características
anteriores.Por meio da unidade equilibrada da “coinonia”, da pregação do
“querigma” e do serviço da “diaconia”, a Igreja missionária de Cristo
testemunha o Evangelho da reconciliação.
A Igreja Primitiva nada tinha de perfeita!
Os episódios envolvendo
Ananias e Safira (Atos 5) e a crise relacional entre hebreus e helenistas (Atos
6), comprovam isso. Contudo, havia naqueles irmãos
algumas marcas que servem de apontamentos que precisam ser reconhecidos e
cultivados por toda comunidade cristã que almeje honrar a Deus em seu
dia a dia:
Em primeiro
lugar, o Kerígma: A Igreja Primitiva era uma Comunidade da Proclamação-Pregação.
Não era qualquer pregação, mas sim a Pascoal, pois “davam testemunho da
ressurreição” (vs 33), isto é, o assunto dos Cristãos de Jerusalém era Jesus
Cristo e sua “paixão” (crucificação, morte e ressurreição), como, aliás, deve
ser o tema de toda a comunidade de fé cristã. Os
cristãos primitivos não anunciavam nada que não fosse Jesus Cristo. Não se
perdia oportunidades tratando de assuntos periféricos ou de natureza
secundária. A Igreja tinha uma percepção da urgente necessidade de
arrependimento e salvação e, por isso, proclama, sendo, assim, uma comunidade
kerigmática.Além de Pascoal a proclamação era pentecostal (no poder do
Espírito, e não do próprio braço), pois
o testemunho dos apóstolos era “com grande poder” (vs 33). O Espirito Santo
derramado em Jerusalém (Atos 2, 1-4) ungiu os primeiros pregadores de forma que
as multidões foram convencidas de que Jesus era, de fato, o Cristo (Atos 2,41;
4,4-7). Sem pregação pascoal não há derramamento de poder. Logo, não haverá
convencimento do Espírito Santo e, consequentemente, não haverá conversões.
-Em segundo
lugar, a Koinonia: os irmãos da Igreja Primitiva desfrutavam de comunhão. Lucas é categórico quando registra que “Da multidão dos que
creram era um o coração e a alma” (vs 32). Antes, então, de
compartilharem os bens materiais com os necessitados da ocasião, dividiam
primeiro corações, mentes, emoções, sonhos, alegrias, tristezas e decepções,
pois é impossível dividir patrimônio sem primeiro compartilhar a vida e o
afeto. Aquele deriva deste. Na comunhão dos primeiros irmãos ficavam expostos o
amor uns pelos outros e a unidade tão ensinada pelo Senhor Jesus Cristo (João
17,1-26).
-Em Terceiro
lugar, a Diaconia: A Igreja Primitiva era rica em boas obras. Diaconia
significa serviço e os primeiros cristãos cuidavam uns dos outros. Serviam uns
aos outros. A Koinonia, portanto, mencionada no início,
não era apenas conceitual e verbal, mas sim prática. Tão prática que “...nenhum
necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras e casas,
vendendo-as, traziam os valores correspondentes aos pés dos apóstolos; então se
distribuía...” (vs 34-35). A solidariedade era ampla, pois “nenhum
necessitado havia”. Até as últimas consequências, pois terras e casas eram vendidas.
E, também, sem acepção de pessoas, pois se distribuía “a qualquer um” (vs 5).
-Em quarto e
último lugar, Mordomia. Mordomia é o mesmo que administração, despensa,
economia. Os primeiros cristãos eram generosos, mas não eram tolos!
Sabiam exatamente, com sabedoria de Deus e senso administrativo, trabalhar com
os parcos recursos angariados com a venda das propriedades, distribuindo o
resultado “à medida de que alguém tinha necessidade” (vs 35). Vagabundos e preguiçosos não eram sustentados pela
comunidade. Afinal, Deus ordenou a todos o trabalho como forma de garantir o
próprio pão e a sobrevivência (Gn 2,15; Ex 20, 9). Além disso, o apóstolo Paulo
condenou a presença de preguiçosos que queriam se aproveitar da generosidade
dos irmãos em Tessalônica (2 Tessa 3,6-11). Cada centavo levantado atendia ao
pobre, ao necessitado, ao órfão e as viúvas (Atos 6,1; Tg 1,27; 2,14-15).
Portanto, diaconia (servir) e mordomia (administração), caminhavam juntas na
Igreja Primitiva. O primeiro tem a ver com o dom e disposição em se
entregar para a causa do Reino, enquanto que o segundo lida com a forma com
acontecerá tal entrega e o serviço.
A Igreja não pode ser apenas um ambiente de
comunhão!
Clubes e afins o são! Precisa
abranger o social da diaKonia aos necessitados, paralelo ao existencial que
deve atingir a todos: pobres e ricos, haja vista Jesus não ter se encarnado e
morrido na cruz apenas por uma classe social, mas por todos os pecadores(as). Destarte,
de haver o Kerígma com a pregação e depois a Catequese, contudo, não pode ser
apenas uma comunidade que anuncia, mas que não vive. Por isso tem que ser
também diaconal, praticando o amor que tanto testemunha. E, finalmente, ao
tentar praticar o amor e o cuidado, precisa fazê-lo, de forma que os
verdadeiros carentes sejam atendidos e os aproveitadores identificados e
exortados. Isso chama-se justiça! Kerigma, Catequese, Koinonia, Diaconia,
Mordomia, e por fim a Martiria, quando aqueles que foram alcançados por todas
estas etapas, são capazes de viver e testemunhar sua fé até a morte! Bela
combinação a ser resgatada neste tempo pela Igreja.
CONTEÚDO
INICIÁTICO DA RCC NOS 8 MÓDULOS DA FORMAÇÃO BÁSICA DA ESCOLA PAULO APOSTOLO
Apostila: "O GRUPO DE
ORAÇÃO"
O que é um grupo de
oração? Como deve ser organizado e conduzido? Como usar os carismas no grupo de
oração como recomenda a Santa Igreja? O que são os três momentos do grupo de
oração? Núcleo de Serviço, Reunião de Oração e Grupo de Perseverança? Como deve
ser a pregação dentro do grupo de oração? O que é Querigma? A importância do
tema e rehma dentro da reunião de oração? Quais são os ministérios e sua
importância dentro do grupo de oração? Onde e quando podem acontecer os grupos
de oração? Qual foi o primeiro grupo de oração na história da Igreja Católica.O
conteúdo dessa apostila tem como base a Sagrada Escrituras, Doutrina da Igreja,
Tradição da igreja, documentos como o Catecismo da Igreja Católica,Cristhifidelis
Laici, documentos da CNBB, Concílio Ecumênico Vaticano II entre outros com
aprovação eclesiástica .Esse módulo é composto por 6 ensinos:
1. O Grupo de Oração
2. A Reunião de Oração: Conceito, Finalidades
e Características
3. Os Serviços na Reunião de Oração
4. Preparação e Condução da Reunião de Oração
5. Elementos da Reunião de Oração
6. O Grupo de Perseverança
Apostila: "O CHAMADO DE TODO
BATIZADOS A SANTIDADE"
Tem-se a idéia de que
ser santo é algo que está tão distante de cada um de
nós e está reservado apenas para alguns padres e, ou, religiosos, ou santidade
não existe ou é impossível nos dias de hoje. Nessa apostila vemos que
Deus chama a todos a santidade, e apresenta os caminhos para buscar essa
santidade como: As bem aventuranças, a busca pelos sacramentos, a pratica da
caridade, os frutos do Espírito Santo. Nessa apostila estudamos que a santidade
só é possível pela graça de Deus e pelo auxílio do Espírito Santo que nos
santifica.
Apostila: "LIDERANÇA EM SERVIÇO
NA RCC"
Esse módulo é composto
por 8 ensinos:
1. Simão Pedro e Paulo Apóstolo
2. Liderança
3. O Líder Cristão
4. As Duas Dimensões da Liderança
5. O Líder a Serviço
6. Apostolado, Compromisso e Santidade
7. As Tentações do Líder
8. O Desânimo e a Improvisação
Apostila: "A IGREJA"
IGREJA é o tema do
sétimo encontro do Módulo Básico da Escola Permanente de Formação. Esse módulo
é composto por 6 ensinos:
1. Aspectos Gerais da Igreja
2. A Economia Sacramental
3. Visão Histórica da Igreja
4. A Igreja no Século XX
5. Estrutura e Organização da Igreja
6. O Leigo Comprometido
Apostila: "A DOUTRINA
SOCIAL"
Esse módulo é composto
por 8 ensinos:
1. O Ensino Social no Antigo Testamento
2. O Pensamento Social do Novo Testamento
3. Evolução do Pensamento Social na História
da Igreja
4. A Rerum Novarum e sua Atualização no
Contexto Histórico
5. Desenvolvimento Sócio Político e a
Construção da Paz
6. O Desenvolvimento Solidário da Humanidade
7. O Trabalho Humano: Laborem Exercens
8. Nova Ordem: Centesimus Annus
APOSTILAS DE FORMAÇÃO HUMANA DA RCC:
Apostila 1: "ENCONTRO COM DEUS"
ENCONTRO COM DEUS é o
tema do primeiro encontro do Módulo Formação Humana da Escola Permanente de
Formação da RCC.Esse módulo é composto por 6 ensinos:
1. Senhorio de Jesus
2. Renúncias necessárias no seguimento de
Cristo
3. O Amor de Deus
4. Sobre o sentido do Sofrimento
5. Dimensões do Amor humano
6. Perdão
Apostila 2: "ENCONTRO COMIGO MESMO"
ENCONTRO COMIGO MESMO é
o tema do segundo encontro do Módulo Formação Humana da Escola Permanente de
Formação da RCC. Esse módulo é composto por 6 ensinos:
1. Necessidades e Carências
2. As emoções humanas
3. Motivação
4. Condicionantes de Vida
5. O Poder das Palavras
6. Auto-imagem e Auto-estima
Apostila 3: "ENCONTRO COM OUTROS"
ENCONTRO COM OS OUTROS é
o tema do terceiro encontro do Módulo Formação Humana da Escola Permanente de
Formação da RCC. Esse módulo é composto por 6 ensinos:
1. Sobre o acolhimento Cristão
2. Frustração e Conflito
3. A Linguagem dos Sentimentos
4. Relacionamentos Próximos
5. Cura nos Relacionamentos
6. Relacionamentos Renovados
Fonte:http://www.escolapauloapostolocuritiba.com/p/blog-page_22.html
O que é o Itinerário Formativo “CAMINHO DA PAZ”
DA COMUNIDADE CATÓLICA SHALOM?
“O Ressuscitado que passou pela cruz, que nos comunica o seu
Espirito, nos dá a sua paz e nos envia aos Tomés de hoje”
A LOGOMARCA: O logo do
Caminho da Paz vai explicar o Itinerário Espiritual que cada pessoa irá viver,
dentro do mistério Cristológico da vocação Shalom:
1 - A mão e o lado aberto Simbolizam a
experiência de Tomé (o homem de hoje) com Cristo, O Ressuscitado que passou
pela cruz.
2 - A pomba Simboliza o Espírito Santo. A experiência com o Ressuscitado que nos comunica seu
Espírito. A experiência do Espírito Santo.
3 - O fogo nas asas da pomba: o fogo do Espírito! A efusão do
Espírito Santo! “Então lhes apareceu algo como
de línguas de fogo” At 2,3
“Quando Jesus Ressuscitado apareceu aos discípulos no cenáculo, sua primeira palavra foi ‘Shalom’ (…) Naquele dia, que é o dia que o Senhor nos fez, Jesus deu aos seus discípulos acesso ao caminho da Paz” (Carta à Comunidade).
Caminho da Paz é o itinerário formativo dos
"membros de grupos de oração da Obra Shalom". Por meio da apresentação de conteúdos e da aplicação de recursos
específicos, busca conduzi-los, desde a experiência inicial com Jesus, à
maturidade da fé, da santidade e do testemunho radical do Evangelho. O Caminho da Paz nasce junto com a experiência fundante da
Comunidade Católica Shalom, sua inspiração e primeiros passos. Já nas primeiras
atividades realizadas pela Comunidade, sempre marcadas pela ousadia e
criatividade em anunciar Jesus, as pessoas faziam uma intensa experiência com o
amor de Deus, que gerava reconciliação e mudança de vida. Era a graça, “a fonte
de bênçãos divinas, uma fonte muito visível do Seu Amor (…) de segurança nos
caminhos do Senhor” que se manifestava e formava um povo novo (Escrito No
Coração da Obra).Essa experiência se aprofundava e
dava movimento à obra nascente: o contato com Jesus Cristo gerava conversão
profunda, ardor e alegria em anunciá-lo, levando a pessoa evangelizada a
tornar-se testemunha de que o Ressuscitado que passou pela cruz concede a cada
homem e a toda a humanidade o perdão e a paz. Ao longo dos anos, esse movimento ganhou rosto, fases e conteúdos,
definindo-se assim o Caminho da Paz.
O Caminho da Paz abrange cinco dimensões
formativas:
1)-Dimensão Espiritual: representa a totalidade da experiência no grupo de oração,
tendo em vista que a contemplação no Carisma Shalom não se restringe a momentos
pontuais de oração. Diz respeito ao relacionamento com Deus através de recursos
oferecidos pela Igreja e pelo Carisma: oração pessoal e comunitária, estudo
bíblico, zelo pelos sacramentos, amor à Eucaristia e à Virgem Maria, louvor,
penitência, vivência dos tempos litúrgicos, fraternidade e exercício do
apostolado.
2)-Dimensão Bíblica: fundamenta e norteia a caminhada segundo a Palavra de Deus.
3)-Dimensão Humana: intensifica as experiências de fraternidade, o sentimento de
pertencimento à Obra Shalom e a vivência do Evangelho por meio do grupo de
partilha e do acompanhamento feito pelo coordenador do grupo de oração.
4)-Dimensão Doutrinária: privilegia o conhecimento da Doutrina da Igreja e seu
aprofundamento na vida cotidiana e na oração.
5)- Dimensão Missionária: destaca os elementos que despertam e incentivam o
compromisso com o engajamento na Obra e o envio missionário.
FASES DO ITINERÁRIO FORMATIVO DO CAMINHO
DA PAZ:
1ª FASE: Kerigma - Para complementar o conteúdo
das formações, é utilizado o livro de estudo bíblico “Enchei-vos”, que segue o
método da lectio divina. Complementando
o “Enchei-vos”, é orientada a leitura de “E vós, quem dizeis que eu sou?”, que
narra a experiência pessoal do fundador da Comunidade, Moysés Azevedo, com o
amor de Deus.
2ª FASE: Filoteia - A oração pessoal nessa fase
será fomentada pelo conteúdo do caderno “Amizade com Deus” e do livro “Louvor
Brasa-Vida”. O estudo bíblico “Felizes
os que ouvem a palavra de Deus” é meio eficaz de crescimento na intimidade com
Deus através da descoberta de sua Palavra.
3ª FASE: Metanoia - O processo da segunda
conversão é aprofundado através da leitura oracional dos Evangelhos sinóticos
com o estudo bíblico “Luz para os meus passos I e II”. A oração pessoal é orientada pelo caderno “Caminho de
conversão”. Recomenda-se a leitura dos Escritos da Comunidade, textos
inspiradores da espiritualidade Shalom.
4ª FASE: Koinonia - Seguindo o método da lectio
divina, é orientada a leitura do último volume do estudo bíblico Luz para os
meus Passos, que aborda o Evangelho de São João e o livro do Apocalipse. Tecendo o Fio de Ouro fomenta a oração pessoal e o estudo
bíblico durante dois meses. É recomendado também o livro “Mestre, o que devo
fazer?”, sobre o Decálogo.
5ª FASE: Martiria - Essa fase orienta a leitura das cartas de São
Paulo através do estudo bíblico “Espada de dois gumes” I e II, no método da
lectio divina. “Obra Nova – Caminho de e para
a felicidade” também, é indicado para aprofundar o conhecimento sobre a Vocação
Shalom.
Fonte: http://www.comshalom.org/o-que-e-2/
DOC 107 da CNBB: “Iniciação à Vida Cristã:
Itinerário para formar discípulos missionários”
Síntese do Documento 107 da CNBB:
“Anunciar Cristo
significa mostrar que crer nele e segui-lo não é algo apenas verdadeiro e
justo, mas também belo, capaz de cumular a vida de um novo esplendor e de uma
alegria profunda, mesmo no meio das provações.” (Papa Francisco)
OBJETIVO GERAL DO DOC.
107 Evangelizar, a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, como
Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela
Palavra de Deus e pela Eucaristia, á luz da evangélica opção preferencial pelos
pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo.
APRESENTAÇÃO - INTRODUÇÃO
O Doc. 107 – Iniciação à
vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários - foi aprovado na
55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Por
ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida;
Expressa o caminho que a Igreja no Brasil percorre,
iluminada pela Palavra de Deus e pelo Documento de Aparecida. Uma
reflexão para estimular a Missionariedade na Igreja no Brasil;
INICIAÇÃO A VIDA CRISTÃ
A IVC é um itinerário.
Um caminho de pertencimento.A pessoa é iniciada na vida de Cristo: no seu modo
de viver, de pensar, de agir...Um caminho para conhecer e seguir os passos de
Jesus; Um caminho de Maturidade na fé; Uma proposta para ser discípula,
aprendiz, seguidora; O mestre é Jesus. Um processo de
Cristificação, como diz Paulo “Já não sou eu que vivo é Cristo que vive em
mim”; Uma vida toda para ser revestido de Cristo, até Ele se tornar tudo
em todos; Ser iniciado na vida de Cristo, desperta para a missão; Iniciação à
Vida Cristã: Itinerário para formar discípulos missionários. Toda pessoa que
segue Jesus anuncia a beleza e a alegria profunda de viver como Cristo viveu; O discípulo, atraído pela beleza do seguimento, torna-se um
iniciador de outros na vida de Cristo; É um novo viver que requer um
processo de passos de aproximação, mediante os quais a pessoa aprende e se
deixa envolver pelo mistério amoroso do Pai, pelo Filho, no Santo Espírito.A
vida cristã desperta para novas relações e ações, transformando a vida na
dimensão pessoal, comunitário e social. A vida Cristã é um projeto de vida.
A URGÊNCIA DE UM NOVO PROCESSO DE
INICIAÇÃO A VIDA CRISTÃ
A IVC renova a vida
comunitária e desperta seu caráter missionário. Isso
requer novas atitudes evangelizadoras e pastorais. É a Igreja sempre em
movimento, em construção e em renovação. É necessário pensar e construir
um novo paradigma pastoral. É exigência do nosso tempo. Não podemos dar respostas antes de ter escutado as perguntas. Neste
processo, a Palavra de Deus é essencial. Recuperação do RICA (Ritual de
Iniciação a Vida Cristã dos Adultos) - A importância de uma catequese com
inspiração catecumenal. Buscar novos caminhos pastorais; Formar discípulos conscientes, atuantes e missionários. A
opção religiosa é uma escolha pessoal. Hoje, se evangeliza “por atração”.Novas
disposições pastorais: perseverança, docilidade à voz do espírito,
sensibilidade aos sinais dos tempos, escolhas corajosas e paciência. Iniciação
à Vida Cristã: Itinerário para formar discípulos missionários
CAPITULO I Um Ícone Bíblico: "Jesus e
a Samaritana" (Jo 4, 5-42)
O texto da samaritana
nos mostra como um encontro com Jesus muda a própria vida e atinge outras
vidas, porque quem descobre essa presença salvadora não
a guarda para si, vai levá-la a outros.
PRIMEIRO PASSO: O
ENCONTRO (Jo 4, 7): “era preciso” 4,4 – a expressão aponta para um desígnio de
Deus. Deus quer que seu filho passe pela Samaria, justamente pela região em que
viviam os considerados distantes do verdadeiro culto ; “poço” – desde o antigo
testamento, é um lugar de encontros que suscitam belas experiências de comunhão
amorosa; “dar-me de beber” - Jesus se
apresentou com sede, dar de beber era símbolo de acolhimento. A sede de Jesus é
o seu desejo de nos ver seguindo seu caminho.
SEGUNDO PASSO: O DIÁLOGO
(Jo 4, 10): São muitos as Barreiras: sociais,
culturais, religiosas e políticas presentes no encontro de Jesus e a mulher
samaritana. Disposição de Jesus em dialogar com a Samaritana, superar as
distâncias; Jesus apresenta três grandes possibilidades à Samaritana: o Dom de
Deus; a água viva; e quem naquele momento oferece a graça Iniciação à Vida
Cristã: Itinerário para formar discípulos missionários - “conhecer” – muito
mais do que saber, é experienciar, é viver o encontro pessoal, é deixar-se
marcar pela presença da pessoa encontrada. “dom de Deus” – associado a água viva. A
“água” – na tradição bíblica tem um simbolismo muito rico: além de restaurar,
purifica, produz frutos, faz lembrar o espírito de Deus, simboliza também a
salvação. O próprio Deus é apresentado como fonte de água viva (Jr 2,13)
TERCEIRO PASSO: CONHECER
JESUS (Jo 4, 14): “Quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede” - “água viva” – que atenda nossa verdadeira sede de estar com
Deus. Isso só acontece em um encontro pessoal com Jesus; a água que
Jesus oferece é dada gratuitamente; água do poço – estagnada, sem vida, sem
dinamismo; água da fonte – abundante,
transbordante, em movimento; quem aceita a “água viva”
também se torna fonte; a samaritana
descobre que para receber da “água viva”, é preciso tomar consciência dos
próprios descaminhos, das infidelidades e dos pecados; o encontro com
Jesus promove mudança de vida, conversão; Jesus apareceu na história daquela
mulher como a nova fonte, fonte de uma nova água.
QUARTO PASSO: A
REVELAÇÃO (Jo 4, 26): “sou eu que estou falando contigo” - na fala de Jesus, a samaritana interpreta sua
história na perspectiva da misericórdia de Deus. Não havia condenação, não
havia juízos ante seus erros. Para
Jesus, é fundamental dar novo passo. Nas palavras de Jesus, Deus recebe um novo
nome: Pai (Jo 4, 21). Jesus prepara o ambiente, o clima, as condições para que
se identificasse e se revelasse: “sou eu que estou falando contigo” (Jo 4, 26).
O que antes era para a samaritana esperança messiânica,
agora é presença, é pessoa encontrada. O cântaro perde a importância, apontava
para um cotidiano escravizador; Iniciação à Vida Cristã: Itinerário para
formar discípulos missionários.A samaritana descobrira que sua fonte de vida
não vem do poço, mas de Jesus, que se aproximara e se deixara encontrar - “sou
Eu” – Deus libertador (Ex 3, 14) – uma nova história de liberdade.
QUINTO PASSO: O ANÚNCIO
(Jo 4,29): “Vinde ver (...) não será ele o Cristo?” - o que a mulher
samaritana comunica aos seus é resultado de uma experiência viva e pessoal;
• “vir” e “ver” – apresentam uma verdade de fé, possível de ser conhecida somente
através da experiência. O conhecimento dela sobre Jesus estava apenas no
início, mas ela já sentia o desejo de propor a outros a mesma experiência.
SEXTO PASSO: O
TESTEMUNHO (Jo 4,42): “Nós mesmo ouvimos e sabemos (...) é verdadeiramente o salvador
do mundo” - A fé em Jesus nasce de um encontro com Ele,
mas tudo começou com um testemunho. Jesus permaneceu com eles dois dias.
“permanecer” – indica continuidade, indispensável na alimentação da fé. O
encontro pessoal é a base da fé que gera um processo de contínuo crescimento.
Experiência de fé partilhada: a samaritana apresenta Jesus aos seus, a
comunidade a ajuda no processo de reconhecê-lo como o Salvador do mundo. Lentamente a samaritana vai descobrindo quem é Jesus. no
início ele era simplesmente “um judeu” (Jo 4, 9), depois ela descobre que é “um
profeta” (Jo 4, 19), depois o próprio Jesus revela que é o “Messias” (Jo 4,
26), no final os samaritanos o reconhecem como “Salvador” (Jo 4, 42).
CAPITULO II - APRENDER DA HISTÓRIA E
DA REALIDADE (VER )
A Igreja é chamada hoje
a promover um novo encontro luminoso, um novo diálogo,
com novos interlocutores. Não estamos partindo do zero. Há um passado
que pode impulsionar-se a buscar constantemente novos caminhos. A “mudança de
época” conforme caracteriza o Documento de Aparecida afeta os critérios de
compreensão, os valores mais profundos. A salvação
cristã é vida concreta, existência cotidiana, relação pessoal com Deus e com os
irmãos e irmãs. A salvação é também libertação do pecado, das injustiças
e das limitações humanas.
CAMINHO HISTÓRICO: Jesus formou discípulos e discípulas,
instruindo-os com sua original atitude de acolhida, compreensão, valorização
das pessoas, principalmente dos marginalizados. Formação progressiva dos
primeiros discípulos –
-Primeiro
anúncio (querigma) – a vida de Jesus, sua pessoa, sua mensagem, sua missão e
seu momento culminante de morte e ressurreição; Igreja Antiga – estruturou um processo de
iniciação a novos membros, inserindo-os na comunidade eclesial, para celebrar a
fé e assumir a missão. Este processo é o catecumenato: um itinerário específico
de iniciação, a preparação, prioritariamente de pessoas adultas que tinham
manifestado o desejo de assumir a “fé da Igreja”.
-Igreja
Medieval – “cristandade” – um cristianismo herdado, transmitido como tradição
familiar e social. Uma catequese da piedade popular; A cristandade influenciou
a formação de muitas pessoas. Respondeu aos desafios de seu tempo, dedicando-se
à dimensão doutrinal da catequese. Mas, hoje, o mundo tornou-se diferente,
exigindo novos processos para a transmissão da fé e para o discipulado
missionário. (n. 46)
-Igreja na
Idade Moderna – Concílio de Trento (1544-1563) – catecismo – centrado no
conhecimento da doutrina da fé, na instrução moral e na celebração dos sacramentos. Não estamos começando
do zero. Caminho já percorrido.
CONCÍLIO VATICANO II
(1962-1965) - Procurar novos caminhos para a transmissão da fé, em nosso tempo.
Ler os sinais dos tempos e escutar o Espírito que está em ação no mundo. Restauração
adaptada do catecumenato (RICA).
Documentos importantes para refletir a ação
catequética pós-concilio - Acervo documental universal:
-Diretório catequético
geral (1971);
-Ritual da iniciação
cristã de adultos (1973);
-Catechesi tradendae (1979);
-Catecismo da igreja
católica (1992);
-Diretório geral para a
catequese (1997);
-Compêndio do catecismo
da igreja católica (2005).
Acervo documental na Igreja no Brasil
-Catequese renovada
(1983);
-Diretório Nacional de
catequese (2006);
-Iniciação a Vida Cristã
(Estudo CNBB 97, 2009);
-Comunidade de
comunidades, uma nova paróquia (Doc. 100, 2014);
-Itinerário Catequético
(2014);
-Dois
documentos de 1974: Pastoral da Eucaristia e Pastoral dos Sacramentos da
Iniciação a Vida Cristã. Assumir a urgência da iniciação à vida cristã é tarefa de
toda a comunidade eclesial e não desta ou daquela pastoral. Para que o anúncio
do Evangelho aconteça, é necessária a devida atenção aos desafios da realidade.
Economia de exclusão; Idolatria do
dinheiro; Cultura do provisório; Proliferação de novos movimentos religiosos
fundamentalistas; Perda do compromisso comunitário; Espiritualidade sem Deus; Perda
de sentido - Relativismo moral; Fragilidade dos
vínculos familiares; Pastoral de manutenção – catequese sacramentalista;
Desconhecimento do RICA.
Estar em
constante movimento de saída. Não nos apegarmos em modelo único e uniforme. Cultivar a mística do
encontro, fazendo que os interlocutores sejam auxiliados não tanto a ouvirem e
falarem sobre Deus, mas sim, a ouvirem e falarem com Deus.
CAPITULO III DISCERNIR COMO IGREJA
(ILUMINAR)
-A Iniciação a Vida
Cristã é uma urgência na ação evangelizadora; A IVC se
fundamenta na Palavra de Deus e na Liturgia. A comunidade eclesial é o
lugar da IVC e da educação da fé dos adultos, jovens, adolescentes e crianças. A
IVC precisa ser assumida com CORAGEM, DECISÃO e CRIATIVIDADE.
-A INICIAÇÃO A VIDA CRISTÃ
COM INSPIRAÇÃO CATECUMENAL: A missão de iniciar na fé coube, na Igreja antiga,
à liturgia e à catequese. Tudo acontecia em um clima de espiritualidade,
oração, celebrações e ritos, em um clima mistagógico. Resgate adaptado do
catecumenato. A ênfase deve ser colocada mais no
“espírito catecumental” do que em um esquema formal. Reatar a união entre liturgia e catequese. É preciso redescobrir a liturgia como lugar privilegiado de
encontro com Jesus Cristo. O Vaticano II propõe a experiência
catecumenal, a ser adaptada com características adequadas ao nosso tempo.
CAPITULO IV PROPONDO CAMINHOS (AGIR)
Projeto Diocesano de
Iniciação à Vida Cristã. Um projeto que busque promover a renovação das
comunidades paroquiais; Não se trata de fazer apenas
“reformas” na catequese, mas de rever toda a ação pastoral, a partir da
Iniciação à Vida Cristã. Iniciar é um processo muito mais profundo do
que ensinar. Não visar somente à preparação aos
sacramentos. Evitar que a recepção dos sacramentos seja o ponto final da
catequese. Sob inspiração do RICA, propor itinerário que avance por etapas e
tempos sucessivos. Organizar um novo tipo de preparação dos pais e
padrinhos do batismo e de crisma que contemple o processo catecumenal.
Priorizar a IVC com adultos. Integração com a liturgia.
Preparação dos Ritos e celebrações. Os
candidatos adultos que vão receber os três sacramentos de iniciação cristã
devem fazê-lo preferencialmente na Vigília Pascal. Criação de uma
Coordenação Paroquial de Iniciação a Vida Cristã. O ponto de partida desta
conversão missionária é o Sair.
-Propor o
QUERIGMA. Iniciação à Vida Cristã: Itinerário para formar discípulos
missionários O objetivo principal do projeto será desenvolver um processo que
leve a uma maior conversão a Jesus Cristo, forme discípulos, renove a
comunidade eclesial e suscite missionários que testemunhem a fé na sociedade. O projeto contemplará:
-Centralidade da Palavra
de Deus
-Inspiração catecumenal
Uma Igreja em saída Na elaboração do
projeto de Iniciação a Vida Cristã, é importante:
1. O fundamento da
Palavra de Deus;
2. A unidade entre os
sacramentos do batismo, da crisma e da eucaristia;
3. Seja promovido a
integração entre liturgia e catequese;
4. A catequese
catecumenal contemple todas as dimensões de uma pastoral de conjunto;
5. O conselho
presbiteral e o conselho diocesano de pastoral sejam ouvidos;
6. Formação das pessoas
e a aquisição de materiais didáticos, bem como a organização de espaços
adequados para os encontros.
7. A iniciação a fé
cristã vai além da mera instrução na fé;
8. A colaboração entre
as comunidades da mesma paróquia e entre paróquias;
9. Desescolarizar a
catequese. Espaço adequado para realização do encontro de catequese 10.
Pedagogia catecumenal requer conhecer a realidade do catequizando trazida por
ele mesmo, dar voz às suas experiências, ouvi-lo atentamente.
Metas do processo de Iniciação a Vida
Cristã:
-Aprofundar a temática
da iniciação à vida cristã com os presbíteros, diáconos, consagrados e
seminaristas;
-Oferecer formação
bíblico-teológica e metodologia de inspiração catecumenal para o laicato;
-Refletir o tema com os
coordenadores;
-Promover a unidade dos
três sacramentos da iniciação cristã;
-Realizar a revisão do
processo formativo, para evitar que a recepção dos sacramentos seja o ponto
final da catequese.
-Priorizar a iniciação à
vida cristã com adultos; Apresentar uma proposta comum sobre a idade mais
propícia para iniciar o itinerário catequético;
-Organizar um novo tipo
de preparação dos pais e padrinhos de batismo e crisma;
-Mostrar os compromissos
que se assumem em cada sacramento, na dimensão pessoal, social e comunitária;
-Organizar o
planejamento da iniciação à vida cristã;
-Garantir recursos dos
fundos diocesano e paroquial destinados ao desenvolvimento da iniciação à vida
cristã.
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