(Por: Robson
Landim, jornalista)
Gálatas 1, 10: “É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o
de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos
homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de
Cristo.”
O último dos
profetas, o maior homem nascido de mulher, a voz que clama no deserto. Quantos
adjetivos? São João Batista, precursor do Messias ficou conhecido por suas
poucas, mas grandiosas aparições nos Evangelhos.
João pregava um batismo de conversão, o que fazia com que muitas vezes a
verdade fosse escancarada. Até porque não existe conversão na mentira, não é
mesmo? A verdade liberta e abre caminho para uma sincera conversão, uma
verdadeira metanóia que transforma o pensamento e as atitudes.
Sendo assim, João
caía matando nas hipocrisias de seu tempo para que a verdade prevalecesse
sempre, pois, o “faça o que eu digo e não faça o que eu faço” já era “pregado”
pelos fariseus daquele tempo que tinham uma vida religiosa linda, mas uma vida
pessoal deplorável.
Ser profeta não é ficar descobrindo o que vai acontecer no futuro, mas
antes, ANUNCIAR a verdade (que é Jesus) e DENUNCIAR toda e qualquer mentira ou
atitude contrária ao Reino de Deus. Assim o fez João.
Sem medo do
politicamente correto ou da consequência de sua atitude, o profeta denunciou Herodes:
“Não te é lícito ter a mulher de teu irmão!” (cf. Mc 6, 18).
Todos sabiam desse
casamento ERRADO, mas mesmo assim, apoiavam Herodes apenas porque ele era Rei e tinha um
poder temporal (quantas situações semelhantes vemos hoje assim?).Por
conta disso, João recebeu como pena, a pedido da “esposa” de Herodes,
Herodíades, a decapitação. João perdeu a cabeça, mas não se arrependeu da
denúncia, pois, a verdade que ele proclamava podia salvar a vida do Rei, de
Herodíades e de tantos outros.
“Vê, pois, quanto faz a fúria da concupiscência: pois Herodes, mesmo
tendo tão grande reverência e temor por João, delas se esqueceu para se
entregar à fornicação” (Teofilacto de
Ócrida, Catena Aurea – p. 118).
João Batista não se
deixava levar pela inclinação ao pecado, pelo contrário. Combatia à concupiscência com a
verdade pregada e vivida. A entrega à inclinação ao mal fazia com que
Herodes, mesmo admirando João e escutando suas pregações, escolhesse o errado,
o pecado, a conveniência, o prazer pelo prazer.
CONCLUSÃO:
“Quem fala a verdade perde amizades“, dizia São Tomás de Aquino. São
João Batista, mártir do novo testamento, experimentou dessa realidade.
Mais do que perder
amizades, perdeu a própria vida, mas testemunhou a graça de pertencer a um
Reino que não é deste mundo, o qual demanda dele, não amor próprio e respeito
humano mas, configuração ao Coração e à Vontade de Deus, aquele que tem o poder
de erguer os caídos e exaltar os humilhados.
O que vale mais: ter o reconhecimento e a amizade dos homens poderosos
deste mundo ou receber de Deus, o selo dos santos e o prêmio dos
bem-aventurados?
Essa terra e seus
prazeres são passageiros. A mentira também acaba sendo desmascarada hora ou
outra.É preferível viver aqui e agora um prelúdio do que será o Céu, o Eterno.
A verdade nos aproxima de Deus e nos assemelha a Ele. Que São João Batista nos
ajude a perseverarmos na verdade, na justiça e no amor a Deus e às coisas de
Seu Reino.
São João Batista, rogai
por nós!
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