AMORIS LETICIA – CAP IV : O AMOR NO
MATRIMÔNIO!
89. “Tudo o que foi
dito não é suficiente para exprimir o Evangelho do matrimónio e da família, se
não nos detivermos particularmente a falar do amor. Com efeito, não poderemos
encorajar um caminho de fidelidade e doação recíproca, se não estimularmos o
crescimento, a consolidação e o aprofundamento do amor conjugal e familiar. De fato,
a graça do sacramento do matrimónio destina-se, antes de mais nada, «a
aperfeiçoar o amor dos cônjuges». Também aqui é verdade que, «ainda que
eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou.
Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser
queimado, se não tiver amor de nada me vale» (1Cor 13, 2-3). Mas a palavra
«amor», uma das mais usadas, muitas vezes aparece desfigurada.”
ABRO AQUI UM PARÊNTESIS: Meus irmãos, hoje
em dia não há palavra mais desgastada que a palavra amor. Hoje, o
amor significa "tô afim de..." significa apenas desejo momentâneo:Os membros do Estado
Islâmico dizem que "amam" matar os infiéis, os drogados "amam"
as drogas, os defensores do casamento gay dizem que os gays podem se casar
porque "se amam". Os defensores da poligamia também querem se
casar porque se amam. Daqui a pouco os defensores do incesto,da pedofilia
e Zoofilia dirão o mesmo. A palavra "amor"
deveria sofrer uma moratória, fosse apenas usada com o respeito que os judeus
usam a palavra Deus (no
tetragrammaton YWHW). Eles têm medo de falar a
palavra Deus, por receio de usar a palavra em vão. Deveríamos hoje também reverenciar a palavra
AMOR, pois o mundo hoje, infelizmente,"ama" os pecados e odeia as virtudes. Cardeal
Sarah: “Não iludamos as pessoas com a palavra amor e misericórdia – Deus nos
ama incondicionalmente, mas quer nos libertar do pecado. Só existe perdão onde
há arrependimento”.
Mateus 7,21-23: ”Pois é
de dentro do coração dos homens que procedem aos maus pensamentos: as
imoralidades sexuais, os furtos, os homicídios, os adultérios, as ambições
desmedidas, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a difamação, a
arrogância e a insensatez. Ora, todos esses males procedem do interior,
contaminam a pessoa humana e a tornam impura.
1)-DA INVEJA:
A inveja é uma atitude
errada, que leva a comportamentos pecaminosos. Inveja é querer ter o que outra
pessoa tem, ficando ressentido com seu bem. Quem tem inveja não consegue se
alegrar quando outra pessoa é abençoada e chega mesmo a odiar seu irmão porque
tem aquilo que cobiça!Em vez de ter inveja, devemos amar as pessoas. Quem ama
outra pessoa quer seu bem e não fica com inveja se não recebe as mesmas
bênçãos. Muitas vezes quer o bônus sem ônus.Caim matou seu irmão Abel por
inveja.
Tiago
3,16: “Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de
males”.
Gálatas
5,19-21:
Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e
libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo,
dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os
advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não
herdarão o Reino de Deus.
1
Coríntios 13,4:
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se
orgulha.
2)-DO ORGULHO:
Precisamos ter cuidado
com o orgulho. O orgulho nos faz pensar que somos melhores que outras pessoas. O
orgulhoso não se submete a Deus porque acha que seu próprio caminho é melhor.
Mas no fim descobrirá que o caminho de Deus é perfeito e será humilhado. Quando
entendemos que tudo vem de Deus, teremos uma visão equilibrada de nossos
sucessos, sem orgulho excessivo.O pecado da desobediência teve como fonte o
orgulho de querer ser igual a Deus.
1
Coríntios 4,7:
“Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o
recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?...”
Tiago
4,6:
“Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: Deus se opõe aos
orgulhosos, mas concede graça aos
humildes" (NÃO AOS POBRES MATERIAIS).
3)-DA ARROGANCIA:
Em praticamente todas
as ocorrências que a Bíblia menciona a arrogância, orgulho ou altivez, é como
um comportamento ou atitude detestada por Deus. A Bíblia nos diz que aqueles
que são arrogantes e têm um coração altivo são uma abominação para Ele:
“Abominável é ao SENHOR todo arrogante de coração; é evidente que não ficará
impune” (Provérbios 16,5). Das sete coisas que a Bíblia nos diz que Deus odeia,
“olhos altivos” é a primeira listada (Provérbios 6,16-19).Existem duas formas
gregas da palavra arrogância usadas no Novo Testamento, essencialmente
significando o mesmo:
a)-Huperogkos significa “inchaço” ou
“extravagante” como
usado em “palavras de vaidosa arrogância” (2 Pedro 2,18; Judas 1,16).
b)-O outro é phusiosis, que significa “inchaço da alma” ou
“orgulho e tumulto” (2 Coríntios 12,20). Cabe aos Cristãos reconhecer que ser arrogante
ou ter uma atitude pomposa é contrário à piedade (2 Pedro 1, 5-7). A arrogância
nada mais é do que uma demonstração aberta do senso da AUTOREFERENCIALIDADE
auto-importância (2 Timóteo 3, 2). É semelhante a essa mentalidade egoísta que
diz: “O mundo gira em torno de mim” dos meus caprichos e frescuras (Provérbios
21,24). Em vez de arrogância, a Bíblia nos ensina o oposto:
Romanos 12:3 diz:
"Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não
pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a
medida da fé que Deus repartiu a cada um." Não podemos ser arrogantes e ao
mesmo tempo demonstrar humildade piedosa.
Ser ARROGANTE e ter
essa atitude de "Eu sou melhor que você" tem o cheiro de intimidação
(SABE QUEM EU SOU? COM QUEM ESTÁ FALANDO?) e destrói nossos relacionamentos com
os outros. No entanto, Jesus nos ensinou a pensar nos outros antes de nós
mesmos: “Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se
grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre
vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10,43-45).
Se nossas atitudes são arrogantes, não serviremos bem aos outros.
ORIENTAÇÕES DA AMORIS LETICIA:
Curando a inveja
95. Em seguida
rejeita-se, como contrária ao amor, uma atitude expressa como zeloi (ciúme ou
inveja). Significa que, no amor, não há lugar para sentir desgosto pelo bem do
outro (cf. Act 7, 9;17, 5). A inveja é uma tristeza pelo bem alheio,
demonstrando que não nos interessa a felicidade dos outros, porque estamos
concentrados exclusivamente no nosso bem-estar. Enquanto o amor nos faz sair de
nós mesmos, a inveja leva a centrar-nos em nós próprios. O verdadeiro amor aprecia os
sucessos alheios, não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo
da inveja. Aceita que cada um tenha dons distintos e caminhos diferentes na
vida; e, consequentemente, procura descobrir o seu próprio caminho para
ser feliz, deixando que os outros encontrem o deles.
96....O amor leva-nos a
uma apreciação sincera de cada ser humano, reconhecendo o seu direito à
felicidade. Amo aquela pessoa, vejo-a com o olhar de Deus Pai, que nos dá tudo
«para nosso usufruto» (1Tim 6, 17), e consequentemente aceito, no meu íntimo,
que ela possa usufruir dum momento bom.
Sem ser arrogante nem se orgulhar
97. Segue-se o termo
perpereuetai, que indica vanglória, desejo de se mostrar superior para
impressionar os outros com atitude pedante e um pouco agressiva. Quem ama não
só evita falar muito de si mesmo, mas, porque está centrado nos outros, sabe
manter-se no seu lugar sem pretender estar no centro. A palavra seguinte –
physioutai – é muito semelhante, indicando que o amor não é arrogante.
Literalmente afirma que não se «engrandece» diante dos outros; mas indica algo
de mais subtil. Não se trata apenas duma obsessão por mostrar as próprias
qualidades; é pior: perde-se o sentido da realidade, a pessoa considera-se
maior do que é, porque se crê mais «espiritual» ou «sábia». Paulo usa este verbo
noutras ocasiões, para dizer, por exemplo, que «a ciência incha», ao passo que
«a caridade edifica» (1Cor 8, 1). Por outras palavras, alguns julgam-se
grandes, porque sabem mais do que os outros, dedicando-se a impor-lhes
exigências e a controlá-los; quando, na realidade, o que nos faz grandes é o
amor que compreende, cuida, integra, está atento aos fracos...
98. É importante que os
cristãos vivam isto no seu modo de tratar os familiares pouco formados na fé,
frágeis ou menos firmes nas suas convicções. Às vezes, dá-se o contrário: as
pessoas que, no seio da família, se consideram mais desenvolvidas, tornam-se
arrogantes insuportáveis. A atitude de humildade aparece aqui como algo que faz
parte do amor, porque, para poder compreender, desculpar ou servir os outros de
coração, é indispensável curar o orgulho e cultivar a humildade. Jesus lembrava
aos seus discípulos que, no mundo do poder, cada um procura dominar o outro, e
acrescentava: «não seja assim entre vós» (Mt 20, 26). A lógica do amor cristão
não é a de quem se considera superior aos outros e precisa de fazer-lhes sentir
o seu poder, mas a de «quem no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso
servo» (Mt 20, 27). Na vida familiar, não pode reinar a lógica do domínio de uns sobre os
outros, nem a competição para ver quem é mais inteligente ou poderoso, porque
esta lógica acaba com o amor. Vale também para a família o seguinte conselho:
«Revesti-vos todos de humildade no trato uns com os outros, porque Deus opõe-se
aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes» (1Ped 5, 5).
LOUVADO SEJA NOSSO
SENHOR JESUS CRISTO!
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