“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros,
para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. (Tiago 5,16)
*Por Padre Walter
Collini
Desde o começo da pandemia, e sobretudo a partir do distanciamento e isolamento social, do confinamento compulsório em casa, me senti interpelado sobre o que eu podia e devia fazer, ou seja, qual seria minha atitude como sacerdote, missionário...Algumas das minhas atividades sacerdotais tiveram que ser suspensas, em obediência à igreja e às normas das entidades sanitárias, para o bem de todos, apesar de provocar desconforto e sofrimento em muitas pessoas. Tive de suspender o atendimento presencial das pessoas em busca do Sacramento da Confissão ou do acompanhamento espiritual, na Clínica do Espírito, a visita aos hospitais para o conforto dos enfermos, através do Sacramento da visita, da oração e da Unção dos Enfermos... Questionei-me a respeito do que eu podia fazer, então, nestas circunstâncias? Se foi fácil resolver, em parte, o atendimento espiritual, que continua, mesmo que reduzido, através do telefone e do WhatsApp, (atendimento à distância), não tinha como estar próximo fisicamente dos enfermos, das suas famílias, dos moribundos e dos defuntos. O jeito que encontrei, como padre, de me aproximar da humanidade sofredora, foi, espiritualmente, através da oração... Todo dia, de madrugada, na minha subida cotidiana ao monte Tabor, me apresento diante de DEUS levando todos os filhos e filhas dEle no meu coração e no meu pensamento. Nunca perguntei a DEUS: “Onde é que o Senhor está nessa pandemia!?” Porque eu sei que quando nós oramos, estamos perto de DEUS, e quando nós sofremos, DEUS está perto de nós! Eu sei que DEUS, no seu amor infinito e eterno, não precisa nem de mim, nem de ninguém para estar presente com seus filhos e filhas, para lhe dar Sua graça, para salvá-los, mesmo longe dos sacramentos e da assistência física da Igreja...Mas todo dia o Pai me concede, pelo Espírito Santo, a graça de estar misticamente unido ao Corpo Místico de Jesus, e, portanto, pela Comunhão dos Santos, que proclamamos na Profissão de Fé, mesmo que apenas de maneira espiritual, posso visitar e estar perto de cada enfermo, de cada enferma para confortá-los, pedir sobre cada um deles a bênção de saúde de DEUS, celebrar de maneira invisível o Sacramento da Reconciliação, conferindo-lhes o perdão divino, conceder até a indulgência plenária, ministrar a Unção dos Enfermos, levar o Santo Viático, segurar a mão de cada moribundo ao se despedir desta vida... e acompanhar invisivelmente cada irmão e irmã que vai repousar no Cemitério...
Alguém, com o Direito Canônico na mão, vai me objetar que
estes Sacramentos e Sacramentais não são válidos!
Certo! Concordo! Mas, fazendo uma analogia com o “BATISMO DE DESEJO” que VALE, como Sacramento de Salvação! mesmo que as pessoas anônimas alcançadas não saibam, não desejem, não entendam, eu é que tenho o DESEJO de alcança-las em espírito e oração para levar-lhes A GRAÇA DE DEUS! Aí eu visto a túnica e a estola, até a máscara, e faço meu cerimonial. Para mim isso tudo é tão real como a Comunhão Espiritual que substitui, nesta época, a Comunhão física! A realização do desejo do meu coração seria de poder me fazer presente FISICAMENTE na missão do meu ministério sacerdotal, mas consola-me o fato de que muitos irmãos e irmãs, que estão no Céu, hoje sabem que eu os acompanhei, de forma invisível, na solidão, na enfermidade, na morte, e até à Porta do Paraíso, com pena de não poder, ainda, entrar também...Pois, é! Minha MISSÃO continua, ainda por aqui! Nesta terra! Do jeito que DEUS quiser que seja! E até quando DEUS permitir...
*Padre Walter Collini, exerce
seu ministério sacerdotal na Diocese de Mossoró-RN
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