“Bateram em Nosso Senhor com os
punhos e com cordas, apesar de não lhes opor resistência alguma, arrastaram-no com
brutalidade furiosa, até à coluna da flagelação. É impossível descrever a
brutalidade bárbara com que maltrataram a Jesus, nesse curto caminho;
tiraram-Lhe o manto de Herodes e quase jogaram nosso Salvador por terra. Jesus tremia
diante da coluna. Ele mesmo se apressou a despir a roupa, com as mãos inchadas
e ensanguentadas pelas cordas, enquanto os carrascos O empurravam e puxavam. Orava
de um modo comovente e volveu a cabeça por um momento para a Mãe que,
dilacerada de dor, estava com as mulheres piedosas num canto das arcadas do
mercado, não longe do lugar da flagelação e Ele disse, voltando-se para a
coluna, porque o obrigaram a despir-se também do pano que lhe cingia os rins:
“Desvia os teus olhos de mim”. Então Jesus abraçou a coluna e os algozes
ataram-Lhe as mãos levantadas à argola de cima, dando-lhe arrancos brutais e
praguejando-o horrivelmente todo o tempo; puxaram-Lhe assim todo o corpo para
cima, de modo que os pés, amarrados em baixo à coluna, quase não tocavam no
chão.
O Santo dos Santos estava cruelmente
estendido sobre a coluna dos malfeitores, em humilhante nudez e indizível
angústia, e dois dos homens furiosos começaram, com crueldade sanguinária, a
flagelar-lhe todo o santo corpo, da cabeça aos pés.
Os primeiros açoites ou varas que
usaram, pareciam ser de maneira branca e dura; talvez fossem também feixes de
tendões secos de boi ou tiras duras de couro branco. Nosso Senhor contraia-se e
torcia-se, como um verme, sob os açoites dos criminosos; ouviam-se-lhe os
gemidos e lamentos, doces e claros, como uma prece afetuosa no meio de dores
dilacerantes, entre os sibilar e estalar dos açoites dos carrascos.
Um segundo par de carrascos caiu
então com novo furor sobre Jesus; tinham outra espécie de açoites; eram como
varas de espinheiro, com nós e esporões. Os violentos golpes rasgaram todas as
pisaduras do corpo de Jesus; o sangue regou o chão, em redor da coluna e
salpicou os braços dos carrascos. Jesus gemia, rezava, e torcia-se de dor.”
(Visão da beata Ana Catarina
Emmerich)
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