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Os riscos da Auto Ajuda para os Católicos e Cristãos em Geral

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 29 de dezembro de 2019 | 10:59

(Imagem meramente ilustrativa para o texto)





Conforme as palavras de Emmir Nogueira, formadora e Co fundadora da Comunidade Católica Shalom,parece que vemos um retorno da ultrapassada TEOLOGIA DA RETRIBUIÇÃO, que foi superada no judaísmo a partir do livro de Jó!





“A teologia retributiva diz que todo sofrimento é resultado de algum pecado. Elifaz, Bildade e Zofar, os amigos de Jó, enquanto se assentaram calados estavam corretos. Mas, quando começaram a falar afirmaram erroneamente: Se Jó sofre, é porque cometeu algum pecado grave! Alguém disse que os amigos de Jó estavam “mais preocupados em salvar a doutrina da retribuição do que em sofrer junto com Jó”. Entretanto, quando Deus responde, ele não o faz para explicar a razão do sofrimento, mas onde nossa esperança deve descansar em meio ao sofrimento.No texto base da meditação, Jó amadurecido diante das respostas de Deus, faz afirmações que podem abrilhantar a nossa fé e nos aproximar daquele em quem podemos descansar nossos anseios e sofrimentos. Ultimamente, tenho ficado impressionada com uma certa atitude conhecida por alguns como “teoria” ou mesmo “teologia retributiva” no relacionamento com Deus, também entre os católicos. A cada pregação, nos mais diversos locais do Brasil – nos outros países não sinto tão forte este fenômeno – alguém apresenta, de uma forma ou de outra, a seguinte pergunta: “Mas porque aconteceu isso comigo se eu procuro fazer tudo o que Deus quer?” e, a seguir, descreve como vai à missa e reza o terço diariamente, como socorre os pobres, como vai regularmente às reuniões da paróquia, como se confessa uma vez por mês, etc. Outros, que enfrentam, como a quase totalidade dos brasileiros, desafios financeiros, colocam as coisas mais claramente: “Mas, porque é que eu estou com dificuldades se eu sou fiel ao dízimo todos os meses? A Bíblia não promete que se eu for fiel ao tributo do templo Deus vai ser fiel a mim?” Há ainda aqueles que, servindo a Deus com alegria e fidelidade na paróquia, grupos, encontros, comunidades, espantam-se e sentem-se inseguros quando morre um parente, a filha solteira engravida, o filho entra na droga, o cônjuge adultera, os familiares abandonam a Igreja: “Mas eu cuidei das coisas de Deus confiando que ele cuidaria das minhas! Como é que isso pode ter acontecido?” Ao grupo de decepcionados com as “atitudes” de Deus, somam-se os que exclamam, ressentidos: “Mas eu entreguei toda a minha vida a Deus! Consagrei-me a Ele! Por que Ele não me liberta deste pecado? Por que ainda tenho este vício? Por que ainda convivo com esta fobia? Por que continuo deprimido? O que me falta ainda dar a Deus? Você acha que é minha pouca fé?” Cada vez que ouço algo parecido me vem uma lembrança e uma perplexidade. A lembrança é a de Maria, aos pés da cruz de Jesus, sustentada pela caridade que a une ao Filho, pela fé de que Deus é sempre amor e pela esperança da ressurreição que Ele prometera.A perplexidade refere-se ao tipo de formação que talvez alguns tenham recebido. Terá ela sido verdadeiramente católica, ou traz resquícios da tal teologia retributiva que reduz nosso relacionamento com Deus ao “dai-e-dar-se-vos-á”, típico de algumas visões não católicas? Será que estamos ensinando que tudo o que damos a Deus e o que “fazemos por Ele” tem como base essencial a gratuidade do amor? Será que estamos ensinando que o amor é, por essência, gratuito e que, ao nos entregarmos a Deus, ao servi-Lo, ao devolver o tributo, ao nos consagrarmos não temos nenhuma garantia de que as coisas vão ser como queremos ou pensamos que seriam? Será que deixamos claro que Deus, longe de ser um investimento de renda fixa, com retorno garantido, é Amor que corre todos os riscos por nós? Será que ensinamos que Deus não dá nenhuma garantia de retorno como nós pensamos que Ele deveria dar?Ou, talvez, estejamos ensinando – e crendo! – que, se eu der dinheiro à paróquia Deus me dará o dobro; se eu servir à Igreja, Deus me servirá; se eu fizer tudo “certinho” Deus vai fazer com que tudo dê “certo” comigo e com os meus; se eu consagrar minha vida a Deus, tenho garantia de libertação e santidade, em uma negociação infindável de fazer inveja ao título mais promissor do mercado? Ao olhar a vida dos santos, de Maria e do próprio Jesus, qualquer um ficaria facilmente desencantado com as ideias retributivas que empeçonham a mente de um católico, impedindo-o de ter a mente de Cristo. Tome-se, por exemplo, São Paulo: perseguições, apedrejamentos, naufrágios, falatórios, julgamentos, calúnias, prisões e morte. São Pedro não será muito diferente! Nem Jesus. Nem Maria. Nem Madre Teresa de Calcutá. Nem João Paulo II.Alguém tem que voltar a ensinar que o amor a Deus, para ser amor, precisa ser absolutamente gratuito, sem nenhuma garantia de retorno. Pelo menos, não na nossa moeda, não na nossa medida.  O “dai e dar-se-vos-á”, a “medida boa, cheia, recalcada, transbordante” são um outro câmbio, uma outra moeda, a moeda do céu, que é sempre amor.”




Maria Emmir Oquendo Nogueira




“Pense positivo, visualize e vai acontecer, porque tudo depende da sua atitude, deixe de ser infantil e vitimista, faça assim, faça assado...”





Não! a coisa não é tão simples assim, pois nem sempre existe solução fácil e instantânea para problemas difíceis. Cada criatura é única diante de Deus, portanto, receitas genéricas carregadas do atual “pelagianismo psicológico e mercadológico”, pode até a princípio funcionar com alguns, mas não com todos(as), o problema é que os fracassos destas “terapias de choque” não são divulgados, e muitos são arrastados a este mundo de ilusões.Embora haja amplas evidências de que nossas atitudes, pensamentos e emoções afetam nossa saúde e relacionamentos, a extrapolação pseudocientífica, mágica e mercadológica das conclusões da psicologia positiva séria, tornou-se um risco tão grave quanto a auto medicação para aqueles que a adotam. Isso se tornou a base de um negócio que vende ilusões e mentiras para milhões de pessoas que buscam uma vida melhor ou que simplesmente querem encontrar respostas para suas angústias e seus problemas diários. O termo autoajuda é popular porque embasa-se na ideia de que temos o controle. Conforme as palavras do poema Invictus: “Sou o mestre do meu destino; sou o capitão de minha alma.” Mas não o somos! Ocasionalmente, algo nos acontece, seja uma doença, acidente ou uma catástrofe natual, e nos lembra como a vida está fora do nosso controle, e nenhum livro de autoajuda vai poder nos auxiliar! Felizmente, muitos cristãos já perceberam este apelo meramente mercadológico e midiático e não querem envolvimento com este “negócio” de autoajuda. Para ser um autêntico cristão é necessário admitir que somos indefesos e reconhecer nossa total dependência de Deus. Jesus disse:“Porque sem mim nada podeis fazer...” (João 15,5). Os israelitas sempre arrumavam problemas para si mesmos porque confiavam na força humana em vez de confiar na força de Deus :“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, e não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto. Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?...” (Jeremias 17,5-9)






O mundo de fantasias da Auto Ajuda







No meio da crise cultural em que estamos e a atração de um mundo libertino e tecnocrático, onde todo problema poderia ser resolvido por uma técnica ou por um especialista que nos daria uma solução imediata, não é estranho ver a propagação do pensamento mágico em diferentes setores da sociedade, mesmo entre profissionais instruídos que, apesar de sua formação científica e técnica, buscam respostas para o seu drama existencial em histórias mágicas com uma fachada pseudocientífica. Publicações em redes sociais, com imagens que retratam rostos sorridentes e belas paisagens com frases positivas, inundam-nos diariamente, como se a vida que sonhamos só dependesse de nossos pensamentos, e principalmente de sermos otimistas e sempre pensarmos positivamente. Eles costumam repetir frases como “Não se esqueça de ser feliz” ou “Tudo depende da sua atitude” ou “Sempre temos que pensar positivo” ou “Visualize e isso acontecerá” etc. A ideia básica é que, se a sua vida não está dando certo, é porque você realmente não quer que ela vá bem, ou porque você não está pensando do jeito certo ou colocando a intenção correta lá fora. Qual é o resultado disso? Bem, se você está tendo problemas ou dificuldades, é tudo culpa de seu “vitimismo”, como se fosse possível evitar os imprevistos da vida, que estão fora de nosso controle. Apesar do absurdo desse raciocínio, tornou-se praticamente um dogma de fé nos ambientes de negócios, nas Igrejas por estes consumidores ávidos de livros e terapias de autoajuda.





 
(O Paradoxo da Auto Ajuda)








Além disso, há a ideologia promovida por livros como O Segredo, de Rhonda Byrne, e a vasta quantidade de literatura da “nova era” que prega a Lei da Atração como uma lei científica comprovada, que ensina que nossos pensamentos têm uma influência física na realidade. Tudo que você precisa fazer é saber como “CANALISAR” e o que pedir ao “universo”. Deus agora se torna uma força cósmica manipulável,como se o universo fosse alguém, uma espécie de divindade impessoal, um gênio da lâmpada esperando passivamente atender a seus pedidos, que automaticamente retorna a você através de coisas boas ou ruins que você pensa ou faz.Para dar um tom mais científico às suas ideias, eles usam termos como “energia” ou “vibrações”, mas, na realidade, estão falando de realidades impossíveis de se verificar empiricamente. Como a crença antiga em um mundo totalmente controlado por espíritos bons e maus, hoje eles falam sobre energia positiva ou negativa, ou vibrações boas ou ruins.A tendência do “pensamento positivo” tem sua origem nos Estados Unidos no século XIX, e se espalhou pela literatura sobre negócios, vendas e, nas últimas décadas, a indústria da autoajuda.






Tudo na vida depende apenas de mudar nossos pensamentos? Deus fica de fora?






Não é preciso ser um gênio para explicar que muitos dramas humanos, injustiças e problemas de saúde não dependem dos pensamentos daqueles que os sofrem. Será que as pessoas que morrem de fome é porque não estão pensando positivamente o suficiente sobre comida, e então o universo não envia isso para elas? Devemos acreditar que as vítimas de abuso ou exploração atraem o sofrimento unicamente por causa de suas mentes? Quando alguém te rouba ou te fere, é porque você não está pensando do jeito certo? É injusto e desonesto encorajar pessoas que sofrem e padecem privações a pensar que são culpadas por tudo o que acontece com elas, porém, isto é bastante óbvio e uma resposta fácil  para os promotores desta nefasta corrente de pensamento moderno. Isso é atraente para aqueles que não querem pensar sobre a complexidade da nossa humanidade e moralidade decaida, fruto das consequências do pecado original e a consequente realidade das estruturas de pecado que resultam em milhões de seres humanos que sofrem injustiças e privações de todo tipo diariamente.Há ambientes em que não é mais aceitável que as pessoas digam que não se sentem bem, ou que nem tudo está bem etc. Tais afirmações são consideradas negativas, pessimistas ou intolerantes. Quando slogans motivacionais ou livros nos forçam a viver sob a obrigação de permanecermos positivos a todo custo, mesmo que as coisas estejam indo mal para nós, as pessoas se sentem obrigadas a esconder seus sofrimentos e a viver em um mundo artificial. Quando alguém recebe más notícias, ou é diagnosticado com uma doença terminal, as pessoas ao seu redor, em vez de abraçar seu sofrimento e ajudá-las a prosseguir sem negar a realidade que estão enfrentando, e a finitude da vida, temendo expor seus próprios medos e complexos, impõem uma realidade brutal a estas pessoas que só faz aumentar ainda mais o seu sofrimento como meras frases vazias de um positivismo alienante. Essas atitudes, que pareciam tão positivas e cheias de amor, muitas vezes são realmente atos ocultos de egoísmo, que são implacáveis e indiferentes ao sofrimento real de outras pessoas. Elas são uma fuga rápida e simples do medo do sofrimento e de não saber como aceitar e viver com o sofrimento. Esperamos que um sorriso feliz nos tire magicamente do abismo. Na verdade, é uma maneira superficial e individualista de fugir da realidade.Hoje podemos ver como, nas redes sociais, as pessoas se sentem obrigadas a publicar imagens felizes e irreais. Muitos adolescentes e jovens realmente acreditam que as fotos que veem no Instagram de seus amigos são uma representação fiel da realidade. O exibicionismo da felicidade tornou-se uma regra social que afoga aqueles que não sabem enfrentar suas dificuldades cotidianas. Não é natural pressionar as pessoas para que sejam sempre felizes e pensem positivamente 24 horas por dia.




Um mundo faminto por “NOVIDADES” que nos afastam da Verdade!












A sociedade de hoje, que busca soluções rápidas e superficiais para todo tipo de problema, é o ambiente ideal para o surgimento de gurus que encantam seus ouvintes com ideias bonitas, mas superficiais, que simplificam demais a realidade. Mas tudo aponta para o fato de que as pessoas estão com fome do que é muito mais profundo do que simples trivialidades e pensamentos mágicos, pois se fomos criados para o infinito que é Deus, temos sim sede do infinito e da sua verdade infinita.Cultivar amizades verdadeiras e profundas, reservar tempo para o silêncio e a reflexão, e ler livros que nos proporcionem uma perspectiva mais ampla da vida, podem nos ajudar a compreender melhor a nós mesmos e aos outros e nos ajudar a aprofundar o que é real e duradouro. Esse é um caminho mais seguro para organizar nossos pensamentos e sentimentos, e muito melhor do que clicar em frases motivacionais ou correr atrás do guru mais moderno da atualidade.





Teologia do Coaching: modismo para desvirtuar e corromper a igreja - O risco de permitir ensinamentos que substituem a pregação do Evangelho:






*O Coaching é a mais moderna metodologia de desenvolvimento para a vida pessoal e profissional, que utiliza técnicas, ferramentas e conhecimentos diversos. É a metodologia de desenvolver nas pessoas desempenho, liderança, aprendizado, habilidades sociais e eficiência no trabalho. É um processo de orientação de pessoas e de equipes em busca de resultados excepcionais.A Igreja tem um papel insubstituível neste mundo, que é o de anunciar o Evangelho e edificar os santos (conf. Efes 4,2). Mas constantemente modismos e ondas adentram as portas de nossos templos, paróquias, Comunidades e Movimentos da Igreja, corroborando para a desvirtuação dos ensinamentos eclesiásticos e desviando os cristãos do cristianismo bíblico, daquilo que a Escritura, Sagrada Tradição e Magistério nos  apresenta como a verdade que nos salva e nos liberta.





“Christo Nihil Praeponere” (do latim: “Nada antepor a Cristo”) 





Nada contra o “coaching” ou contra qualquer tipo de orientação, profissional ou motivacional, ainda que tenha sérios e justos receio com a doutrina da autoajuda como alertado anteriormente acima. Minha real preocupação é com o uso dos púlpitos e ferramentas da evangelização, que deveriam servir unicamente para a pregação da Palavra, sendo tomados pela valorização deste tipo de palestra que enaltece apenas as competências e habilidades humanas. Faz-se aqui necessário uma crítica sincera a este modismo. A Igreja jamais deve aceitar a substituição do ensino sagrado da Bíblia por qualquer outra coisa: ideologias, ou técnicas humanas de sucesso e bem estar. Sei que para muitos cristãos progressistas isso pode parecer saudosista e tradicionalista, mas trata-se apenas do zelo em valorizar a Palavra de Deus no seu Santo Evangelho. É evidente que, como já disse, a Igreja tem o papel de edificação, e isso pode incluir o desenvolvimento pessoal, profissional e social. No entanto, existe lugar e espaço para uso de ferramentas de coaching. Porém, utilizá-las na pregação e evangelização, abandonando e querendo antepor e sobrepor isto ao evangelho de Cristo, é o mesmo que querer substituir a Palavra de Deus.Lideranças eclesiásticas, pastores, leigos e evangelizadores Cristãos em geral, que abandonaram o evangelho da salvação e libertação, adotando agora o “coach” e “master coach” como forma de competência para utilizar os púlpitos, com o objetivo de falar de temáticas que nada tem com o cristianismo, isso representa o abandono da fé. A Igreja não deve se reunir em seus templos para ouvir pregações e homilias de fundo ideológicos, ou de orientação profissional, autoajuda ou motivação, mas sim o EVAGELHO PURO E SIMPLES de Nosso Senhor Jesus Cristo. Muitas vezes pessoas repetindo textos de livros de autoajuda e recitando frases sem citar o autor, como se fossem suas, tomam os púlpitos com o objetivo de vender a imagem de vencedor para promover o comércio de seus livros, produtos e suas terapias próprias criadas em escritório. A Palavra de Deus quanto a isto é muito clara e nos adverte:“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho (BOA NOVA) além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1,8).O que Paulo está afirmando, é que nada pode substituir os ensinamentos da Palavra de Deus. Se já não bastasse a série de heresias tradicionais dentro e fora da Igreja, que temos de enfrentar, ainda precisamos explicar sobre a importância de manter o povo de Deus focados na sua Palavra. Todo o nosso esforço pastoral em conduzir aqueles sob nossa responsabilidade através de uma pregação genuína, hoje vem sendo confrontado com técnicas mirabolantes e milagrosas de autoafirmação.Tratando das questões espirituais, nenhum conhecimento acadêmico pode preparar alguém para a excelência daquilo que é santo.Tão pouco quando esse conhecimento tem a pretensão de substituir a Palavra de Deus.





Mas afinal, o que realmente uma pessoa busca ao ler um livro de autoajuda? É possível encontrar, efetivamente, alguma ajuda nesse tipo de literatura e terapia mercadológica?






A psicóloga e doutora em Ciências da Religião Daniela Borja Bessa, autora do livro “Literatura de autoajuda cristã: em busca da felicidade ainda na Terra e não só para o céu”, explica que a autoajuda diz respeito a “textos que visam desenvolver capacidades objetivas e subjetivas”. Ela cita o autor Steve Salerno, o qual afirma que:“A autoajuda não está relacionada apenas ao “bem viver” individual, mas, também, ao aprimoramento de habilidades em benefício do outro, ao desenvolvimento do autoconhecimento e à busca, com o apoio de outras pessoas, por soluções para problemas em comum dentro de um determinado grupo (como Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos dentre outros)”Porém, a especialista Dra. Daniela Bessa chama a atenção para a vasta literatura e terapias de autoajuda, e cita o autor Pedro Demo, que diz:“Se tratar de uma leitura marcada pela ingenuidade, porque quem lê um livro dessa categoria “acredita que vai resolver o problema quase que instantaneamente”.A psicóloga acredita que as críticas justificáveis contra a autoajuda baseiam-se no discurso ilusório que alguns títulos podem trazer, principalmente aqueles que sustentam a impressão de que existe um alguém, no caso, o autor do livro, que é capaz de dar receitas sobre como vencer determinados problemas. Esse tipo de livro sustenta o que Daniela chama de:“Discurso da certeza”, em que sentenças imperativas parecem apontar soluções Cartesianas, tipo: “faça”, “seja”, “sorria”, “dê”. Uma das críticas grandes que se faz é uma universalização genérica da vida. É como se dissessem (os autores): ‘o que serviu pra mim, serve pra todo mundo’. Isso é um elemento perigosamente frustrante e negativo”, explica a psicóloga.Daniela também alerta para o risco de tratamentos terapêuticos  exageradamente simples dado a determinadas patologias em alguns livros de autoajuda:“Você tem um texto falando assim: “Deixe de ser vitimista e vença a depressão em dois dias”, exemplifica a psicóloga. Esse tipo de abordagem irresponsável, abre espaço para críticas justificáveis à autoajuda como gênero literário e terapêutico.”A Dra. Daniela em sua tese de doutorado,realizou uma pesquisa com 768 Cristãos e descobriu-se que muitos leem livros de auto ajuda na busca de solução para problemas pessoais, e concluiu:“Esse livro (ou terapia) vai ocupar, de alguma maneira, um lugar que está vazio nas igrejas, ou vazio na vida das pessoas: de um bom amigo ou um bom conselheiro...”No meio Cristão, mais precisamente entre suas lideranças, conforme explica Dra. Daniela Bessa, a resistência em relação à autoajuda surge por conta da premissa que parece implícita nesse tipo de literatura de que as pessoas têm condições de encontrar em si mesmas o poder para mudarem as próprias vidas (o que excluiria a necessidade de Deus, e isto precisa ser corrigido). A psicóloga defende, entretanto, um certo benefício relativo neste tipo de literatura e terapia enquanto uma alternativa às lacunas, como a ausência ou dificuldade de se comunicar problemas pessoais para uma pessoa que não quer expor os próprios problemas, buscar ajuda em livros ou em terapias deste tipo, se torna uma alternativa, e para muitos, a única, portanto, é preciso mais responsabilidade com menos interesse midiático e mercadológico com esta temática.




CONCLUSÃO

















Que todos nós que formamos a Igreja Corpo de Cristo, possamos nos lembrar disso, e os líderes venham a se conscientizar de que a “Teologia do Coching” é apenas um modismo que pouca coisa acrescenta para o crescimento espiritual dos santos. E que Deus possa nos conduzir através de um caminho de santidade e referência a Sua Palavra, a Sagrada Tradição e Sagrada Tradição que forjou e forma os verdadeiros Santos do passado, do presente e do futuro.“Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino:prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si.Apartarão os ouvidos da verdade...” (2 Timóteo 4,1-4)





Será que este tempo já chegou?...















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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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