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As redes sociais e os novos #Areópagos

Written By Beraká - o blog da família on sábado, 26 de janeiro de 2019 | 00:50







COMENTÁRIOS DO BLOG BERAKÁ: Como sou refratário ao pensamento único, próprio das ditaduras comunistas, respeito quem pensa diferente, pois ninguém é obrigado a pensar igual a mim (e vice versa). Mas para mim, as redes sociais é o novo AREÓPAGO dos tempos modernos. Areópago (em grego antigo: areios pagos, "Colina de Ares") era a parte nordeste da Acrópole em Atenas e também o nome do próprio conselho que ali se reunia. Além de supremo tribunal, o conselho também cuidou de assuntos como educação e ciência por algum tempo. Por volta de 50 da era cristã, filósofos epicureus e estoicos que discutiam com o apóstolo Paulo o levaram ao Areópago para que lhes contassem a respeito de sua nova doutrina. Ali ele proferiu seu famoso Discurso no Areópago (Atos 17,15-34).












A expressão “modernos areópagos” foi utilizada oficialmente pela Igreja, por São João Paulo II na Encíclica Redemptoris Missio (RM) 





O papa a usou ao se referir aos novos desafios da missão evangelizadora, ele recordou que a Igreja primitiva já havia se deparado com o desafio de anunciar o Evangelho em ambientes aparentemente incomuns à religião. Paulo sentiu-se desafiado a pregar a mensagem do reino no areópago, um espaço fundamental da cultura ateniense onde se reuniam filósofos e conselheiros (At 17,22-31). Com isso o Papa desejou destacar que, da mesma forma que no passado, hoje os cristãos têm a missão de sair do conforto da comunidade e lançar-se em várias frentes para anunciar a proposta do Reino, os novos areópagos (RM, 12).A fé e tudo o que dela decorre, apesar de ser uma resposta pessoal, possui uma dimensão social. A espiritualidade cristã deve conduzir o cristão a desenvolver a consciência crítica e evangelizadora, desejando que os outros também conheçam a fé, a graça redentora e a empenhar sua vida na defesa da dignidade humana. (Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis,89). Os cristãos devem ter e ser a consciência do mundo moderno, que apesar de inúmeras facilidades e benefícios, traz consigo uma crise de sentidos e faz aumentar as neuroses sociais e morais que muitas pessoas são submetidas, especialmente, nas grandes cidades. A Doutrina Social da Igreja oferece critérios ético-sociais para uma efetiva participação nessas realidades em vista da construção de uma sociedade permeada dos valores Cristãos.







Estes novos areópagos exigem o uso de uma linguagem própria e adaptada, o que demonstra o desejo de dialogo com as várias experiências culturais, expressando a  missionariedade ao sair em busca de quem dela precisa. Entre tais realidades, o Documento 105 enumera sete e, ao final, indica outros:







1)- A família, por ser a Igreja doméstica, é considerada o areópago primordial para os cristãos, pois nela ocorre a primeira evangelização. Como comunhão de amor, ela é sinal do que se deseja ao mundo, que ele se converta numa imensa família, onde todos se sintam em casa e entre irmãos. Cabe aos cristãos defender a dignidade humana desde o ventre materno se posicionando contra o aborto. Também a Igreja deve ter um olhar especial para as novas realidades familiares, onde todos devem ser primeiramente acolhidos e misericordiados pela Igreja, especialmente as crianças, frutos destas novas relações, para somente depois serem catequizados. Pois dar a riqueza da catequese e doutrina da Igreja antes do querígma, e da experiência com a misericórdia de Deus, é analogamente dar caviar para defunto, ou o mesmo que atirar pérolas a porcos.





2)- A segunda realidade é o Mundo da política. Como cidadãos, todos os homens e mulheres são políticos, mesmo quando dizem que não o são. Os leigos e leigas devem se sentir interpelados pela fé para defenderem os projetos de vida (Exortação Apostólica Evangelli Gaudium (EG), 205). São João Paulo II lembrou que “os fiéis leigos não podem abdicar da participação na política destinada a promover o bem comum” e cabe à Igreja ajudá-los a exercer militância política (Exortação Apostólica Christifideles Laici,2, CNBB, 82). Três elementos são fundamentais: formação, espiritualidade e acompanhamento, os quais devem ser oferecidos pelas dioceses, paróquias, através das pastorais, movimentos e Novas Comunidades. Cabe aos organismos eclesiais promover cursos de fé e política, incentivar os cristãos a se candidatarem e acompanhar os que exercem mandatos políticos; e estimular a construírem mecanismos de participação que contribuam com a democratização do Estado, tais como: nos Conselhos paritários de Políticas Públicas, nos movimentos sociais, associações, nos conselhos de escola, na coleta de assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular a favor da vida, da família e da justiça, nos comitês de combate à corrupção eleitoral e da Lei da Ficha Limpa, dentre outras formas de manifestações voltadas ao bem comum.





3)- Ainda na mesma linha da política, o terceiro areópago são as políticas públicas. Há inúmeros “Conselhos de Direitos” empenhados em favor da saúde, da educação, do emprego, da segurança, da mobilidade urbana, do lazer sadio, entre outras urgências, nos quais os leigos cristãos, em nome da fé, podem e devem atuar.





4)- O quarto areópago moderno é o mundo do trabalho, que segundo a DSI é um direito fundamental da pessoa humana. Diante dessa realidade, as Igrejas Particulares se esforcem para apoiar os cristãos trabalhadores através das Pastorais do Mundo do Trabalho urbano e rural, não na promoção de lutas de classes e ideologias, mas oferecer-lhes formação e espiritualidade adequadas para permanecerem firmes na fé e na defesa dos direitos, bem como no cumprimento de seus deveres, promovendo a meritocracia.





5)- O quinto areópago é o mundo da cultura e da educação. Neste ambiente ainda há forte resistência que associa a fé à ignorância, como se a fé se opusesse à cultura e à ciência. São João Paulo II na encíclica Fides e Ratio recordou que a fé e a ciência não se opõem, antes se complementam, porque ajudam a compreender a humanidade. Mais recentemente, o Papa Francisco destacou que “crentes e não crentes podem dialogar sobre os temas fundamentais da ética, da arte e da ciência, e sobre a busca da transcendência” (EG, 257). Evitando o saber ideologizado e polarizado, mas integral. Tomando de empréstimo as palavras de Dom Mariano, bispo de Mossoró-RN: “A Universidade deve ser a transmissora da ética e da liberdade. Liberdade para pensar, criar, ensinar, criticar e construir. Não se pode esquecer que ela lida com o saber. E este é livre. No entanto, procura-se, não raro, encarcerar a Academia nos grilhões das ideologias e de outros interesses alheios à missão acadêmica.Já no Estado Novo, ao ser promulgado o estatuto do magistério superior, afirmava-se a imprescindível autonomia universitária, como expressão da liberdade. Ela é inarredável para que possa exercer plenamente suas funções e cumprir sua autêntica vocação. Autonomia entendida não como privilégio ou soberania, e sim como prerrogativa de responsabilidade e criatividade, independência e distância de tudo aquilo que busca manipular o pensar e o saber.” (Discurso de agradecimento de Dom Mariano durante as comemorações dos 50 anos da UERN na Assembleia Universitária realizada em 28 de setembro de 2018 na cidade de Mossoró-RN, por ocasião da entrega do título de Professor Honoris Causa).






6)- O sexto areópago é o vasto e complexo mundo das comunicações (MCS).  A grande maioria das pessoas, em algum momento do seu dia a dia, se conecta a um meio de comunicação social: radio, TV, internet, especialmente as redes sociais. Os cristãos não podem se isentar de formar uma consciência crítica sobre tais meios e colaborar para que outras pessoas também a desenvolvam. O Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil (CNBB, Doc. 99) é uma fonte inspiradora e orientadora para a ação dos cristãos que querem, e podem agir, no mundo das comunicações.





7)- A Encíclica Laudato Si destacou a Casa Comum como o sétimo areópago moderno que deve ser evangelizado. Com a acelerada exploração dos recursos naturais, as pessoas tomaram consciência da urgente necessidade de defender a “casa comum”. Com animada espiritualidade, educação e consciência responsável, contribuirão para gerar uma civilização centrada na simplicidade, no cuidado da vida e na interdependência de todas as criaturas.





8)- Por fim, o documento enumera outros campos de ação ou areópagos modernos: as grandes cidades; as migrações; os refugiados políticos ou de guerra ou de catástrofes naturais; a pobreza; o empenho pela paz; o desenvolvimento e a libertação dos povos, sobretudo o das minorias; a promoção de forma Cristã da mulher e da criança; o respeito aos idosos; a força da juventude; as relações internacionais; o turismo, os militares e outros. São inúmeras realidades a serem iluminadas e transformadas pela ação evangélica dos cristãos leigos e leigas na “igreja em saída”







As redes sociais foram feitas para o encontro interpessoal















Entrevista a Vinícius Farias, seminarista da arquidiocese de Brasília e autor do livro “Conectados para o Encontro”. Um livro que surgiu a partir de uma nova compreensão do autor, diante das redes sociais, que ele passou a considerar como “novos areópagos” da evangelização. “Conectados para o Encontro”, editora Paulus, portanto, pretende ser um subsídio para quem deseja ser um evangelizador das mídias sociais. Vinícius  aponta, entre outros, que tipos de gafes podem ser evitadas e como um post no facebook deve brotar de uma espiritualidade exercitada e verdadeira. Em entrevista a ZENIT Vinícius Farias da Silva, seminarista da Arquidiocese de Brasília, fala sobre o seu livro. Veja aqui algumas respostas a esta temática areopagita:






ZENIT: Por que você gosta tanto das redes sociais?






-Vinícius Farias: De modo muito simples; gosto das redes sociais porque elas são pontes para eu sair de mim mesmo. Como diria o papa Francisco, “sair do próprio mundinho”. Sempre fui muito independente, com alguma tendência a correr atrás dos meus sonhos apesar das pessoas. Sinceramente eu não confiava que as pessoas realmente pudessem me ajudar a resolver problemas. Era eu ou nada. Há mais de dez anos atrás, posso dizer que as antigas salas de bate-papo, depois no ICQ, Orkut, Messenger, dentre outros, me ensinaram a perceber que eu não estava sozinho. O mundo aqui fora prega que você tem de ser o melhor, funciona a lei do mais forte. Já nas redes sociais você depende do outro para tudo. É fato que quando nos tornamos dependentes demais das redes, corremos o risco de esquecer os outros “de fora”. Mas a dependência é apenas um desvio de uso de algo que desde sua raiz foi feito para o encontro interpessoal.





ZENIT: Para evangelizar eu preciso estar conectado? E estando conectado tenho que evangelizar?





-Vinícius Farias: Como eu digo no livro, no que diz respeito às redes sociais, a Igreja tem sido uma exímia incentivadora. Basta ler as palavras dos últimos papas nas mensagens para o Dia Mundial da Comunicação. O papa Bento XVI chama as redes sociais de “novos espaços de evangelização” e o papa Francisco de “lugares para o encontro com Cristo”. Respondendo à pergunta, não é indispensável estar conectado para evangelizar. Por outro lado, a Igreja está sinalizando nos últimos temos que é bom que estejamos nesses “novos areópagos” a fim de estarmos onde as pessoas precisam receber a Boa Nova. Ano passado noticiou-se que 50% dos brasileiros já têm acesso à internet em suas casas. Além do mais, temos mais linhas móveis no Brasil que gente. Isso sem falar no acesso à banda larga, que cresce vertiginosamente nos últimos anos. De modo geral, podemos dizer que o uso das redes sociais é efeito inevitável da globalização. Se nós, como Igreja, ignorarmos esses dados, outros ocuparão o nosso lugar. Eu não acredito que essa seja a melhor postura para um evangelizador atento aos “sinais dos tempos”. Bom, a grande inspiração para a minha postura de evangelizador nas redes sociais é o apóstolo Paulo. Quando penso em máximas como “ai de mim se não evangelizar” (I Cor 1, 9), “Pregai oportuna e inoportunamente” (II Tim, 4, 2), só para citar alguns exemplos, sinto que não devo estar nas redes só para falar de mim mesmo ou para vender a minha própria imagem. Por outro lado, ressalto que na medida em que o Evangelho se torna vida, não preciso necessariamente estar nas redes postando frases de santos ou da bíblia. É o testemunho que vai falar por mim.





ZENIT: Na sua opinião, todo sacerdote deveria estar inserido neste ambiente das redes sociais virtuais?





-Vinícius Farias: Não acho que as redes sociais sirvam para todos. Há padres e padres. Mas, veja, se o padre é disciplinado, se sabe usar com discernimento e entende as redes sociais como ferramentas e não como fins em si, eu diria que elas podem servir muito para o seu ministério.  Só para citar um exemplo, grande parte do meu discernimento vocacional foi feito pelo Facebook. Assim, penso que no geral os padres estão sim convidados a usar as redes sociais. São verdadeiras oportunidades de chegar a ovelhas que nem mesmo ele sabia que tinha.






ZENIT: O que você pensa sobre esta era da hiper conectividade: bom, ruim ou os dois?





-Vinícius Farias: Digo no meu livro que a pessoa que está do seu lado, traduzo: fisicamente, tem sempre a prioridade. Não canso de repetir o exemplo de uma vez que saí com uma amiga para jantar, no meio da conversa parei para checar alguns e-mails e ouvi dela o seguinte comentário: “detesto encontros a três…”. Ora, mais do que nunca precisamos levantar a bandeira dos bons modos em relação às redes sociais. Conferir as mensagens do whatsapp, ver as notificações do facebook, postar a foto no Instagram, são coisas que fazemos em momentos de ócio, quando já não há ninguém que precise da nossa atenção e cuidado. Em se tratando da hiperconectividade, como disserto no livro, a pessoa “viciada” nas redes sociais, como comprovam estudos já realizados, apresenta sintomas parecidos com os das pessoas dependentes do álcool: ansiedade, irritação, angustia, sensação de vazio psicológico, etc. Em suma, se não ficamos atentos, corremos o risco de perder aqueles que amamos e no fim de tudo perdermos a nós mesmos.





ZENIT: Como seminarista, você é aquilo que posta? Como se portar nas redes?





Vinícius Farias: Sou muito sincero. Posto aquilo que sou. Porém, isso não quer dizer que eu devesse postar aquilo que sou. Afinal, não somos 99% anjos como diz uma conhecida música sertaneja. A figura pública, ainda mais aquela que caminha para o sacerdócio, tem o dever de levar as pessoas para o caminho do bem. Nesse sentido, dizer tudo aquilo que vem na cabeça nas redes sociais não ajuda muito. Procuro tomar cuidado para fazer o seguinte discernimento quando vou postar algo: “É Cristo ou o Vinícius que estou anunciando aqui?”. Por essa razão, há algum tempo parei de postar posicionamentos políticos, econômicos, sobre turismo ou time de futebol. Não é que isso esteja vetado. Porém, percebi que as pessoas cresciam muito mais ao ler minhas reflexões sobre o Evangelho do Dia que sobre um outro tema qualquer. No meio católico, precisamos tomar muito cuidado com a cultura do criticismo. É aquilo que o saudoso papa João XXIII chamava de “profetas da desgraça”: pessoas que ficam policiando o comportamento dos padres, do irmão de pastoral e criticando publicamente como se estivesse prestando um serviço a Deus. Como o papa Francisco tem insistido, as pessoas precisam conhecer a alegria do Evangelho. Isso se faz, acredito, usando as redes sociais da forma correta, ou seja, para dar testemunho da experiência do Encontro com Cristo que se dá em nossa própria vida.





Fonte: Agência Zenit















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