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Mitos de batina? Culto a própria personalidade dentro da Igreja?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 27 de janeiro de 2019 | 13:23







“Porque não é aprovado quem a si mesmo se recomenda, mas, sim, aquele a quem o Senhor aprova...” (2 Coríntios 10,18)



“A igreja não precisa de uma estrela, mas de constelação” (Bento XVI)



O desenvolvimento tecnológico das últimas décadas abriu largas avenidas para a pregação do Evangelho por meio da mídia, principalmente pelo rádio e pela televisão, dando assim acentuada visibilidade a um fenômeno muito antigo e nada recomendável: o culto à personalidade. Isso acontece porque o ser humano é um adorador por natureza e cultuar é uma de suas atividades essenciais. Entretanto, no seu afã de adorar ele tomou, ao longo da história, caminhos espiritual e socialmente tortuosos. Desde jângais da África, desertos da Arábia, até ao frenesi das grandes metrópoles, adoradores podem ser encontrados aos zilhões, ora prostrando-se diante de uma vaca sagrada, ou diante de algum líder religioso ou guru. O interessante é que, quando o ser humano não adora verdadeiramente em espírito e em verdade (conf.Jo 4,23-24), ele corre o risco de procurar ser adorado.




O fator carisma



Certamente que essa atração, domínio e, muitas vezes, manipulação do ídolo exercidos sobre o fã, têm muito a ver com um fator denominado carisma. O dicionário Aurélio define carisma da seguinte maneira:

“Uma força divina conferida a uma pessoa ou a atribuição a outrem de qualidades especiais de liderança, derivadas de sanção divina, mágica, diabólica, ou apenas de individualidade excepcional” (p. 354).


Geralmente, a pessoa dotada de um forte carisma é conhecida por seu magnetismo irresistível, sua aparência de vencedor e pelo entusiasmo com que defende uma causa, ou apresenta um produto. Tal entusiasmo pode ser visto frequentemente nos executivos ou no pessoal de liderança da Amway, uma rede internacional de distribuição de produtos, que já atraiu a muitos Cristãos para sua rêde, bem como os cursos de Lair Ribeiro. Max Weber, sociólogo alemão, fez uma excelente análise, no livro Ensaios de Sociologia, sobre o papel do carisma no relacionamento do ídolo com seu fã:


“A expressão “carisma” deve ser compreendida como referindo-se a uma qualidade extraordinária de uma pessoa, quer seja tal qualidade real, pretensa ou presumida. “Autoridade carismática”, portanto, refere-se a um domínio sobre os homens, seja predominantemente externo ou interno, a que os governados se submetem devido à sua crença na qualidade extraordinária da pessoa específica. O feiticeiro mágico, o profeta, o chefe guerreiro, o chefe pessoal de um partido são desses tipos de governantes para os seus discípulos, seguidores, soldados, partidários, etc. A legitimidade de seu domínio se baseia na crença e na devoção ao extraordinário desejado, porque ultrapassa as qualidades humanas normais e originalmente considerado como sobrenatural. A legitimidade do domínio carismático baseia-se, assim, na crença, revelações e culto do herói...” (Max Weber, Ensaios de Sociologia, Rio de Janeiro, Editora  Guanabara, 1982, 5. ed., p. 340.)


“Os fiéis, na verdade, endeusam o líder: ele é supremo e a sua vontade e doutrina pessoal tem que ser obedecida. De fato, sua posição corresponde quase que exatamente àquela do imperador romano que exercia completo poder político sobre o mundo conhecido e era adorado por seus subjugados. Da mesma forma Hitler declarou ser o emissário do Todo-Poderoso e o fundador do reino de mil anos. Os nazistas morriam invocando o seu nome, e sua personalidade era considerada transcendente. O mesmo aconteceu com Mao. Ele não era apenas um líder; ele era divindade. Ele foi adorado. As pessoas se ajoelhavam diante dele. Elas recitavam seus pensamentos. Elas acreditavam que ele as curava através das mãos de um cirurgião. Ele tomou o lugar de Deus.”(Michael Green, I Believe in Satan’s Down fall – Creio na queda de Satanás, Grand Rapids, Michigan, E.U.A., William B. Eerdmans Publishing Company, 1981, p. 158.)


É impressionante como o homo sapiens do final do século vinte, que vive rodeado de uma tecnologia avançada, de um saber multiplicado, ainda se comporta de forma tão ingênua, permitindo que outros o explorem espiritualmente, com suas doutrinas pessoais, retiradas de parte do magistério da Igreja, conforme claro, a preferência da liderança, que quer os holofotes para si. A moda não é de hoje. No Sermão da Montanha, Jesus alertou várias vezes sobre aqueles que davam esmolas, oravam e jejuavam tocando trombeta a fim de serem vistos pelos homens. Ele chamou tais pessoas de hipócritas (Mt 6,1-18). Assim eram os escribas e fariseus, que buscavam sempre o louvor do próximo. Eram eles que praticavam todas as suas boas obras e se vestiam alargando seus filactérios e alongando a franja de suas roupas com o fim de serem vistos pelos homens. Amavam também o primeiro lugar nos banquetes, as primeiras cadeiras nas sinagogas, gostavam de ser saudados e chamados de mestres pelos seus semelhantes (admiradores) (Mt 23,5-7).Jesus não poupou adjetivos ao repreendê-los por tal atitude, chamando-os de hipócritas, guias cegos, insensatos, serpentes, raça de víboras e sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia (Mt 23,13-33). O Senhor alertou ainda que, ao fazer o bem, a mão esquerda não venha a saber o que fez a direita (Mt 6,3), bastando apenas ao Pai ficar sabendo, pois é Ele quem vai dar a recompensa (Mt 6,4).


É preciso esclarecer que sem dúvida, todo cristão deve se envolver em obras sociais a fim de promover o bem-estar do seu próximo. Por outro lado, foge completamente aos ensinos da Bíblia quando um grupo desenvolve uma obra social, como distribuição de cestas básicas ou qualquer outro tipo de socorro humanitário, e fica o tempo todo mostrando isso no seu próprio canal de televisão. É o comportamento dos escribas e fariseus, condenado por Jesus, repetindo-se atualmente. Por isso, admiro a Cruz Vermelha, que tem, já por décadas, desenvolvido o seu ministério de socorrer os necessitados sem chamar a mídia para alardear o que faz.Um outro exemplo de culto à personalidade pode ser observado nos eventos que precederam a morte de Herodes. A Bíblia diz que ele foi aclamado pelo povo e comido de vermes (At 12,21-24). O historiador Flávio Josefo relata que Herodes programou um festival na cidade de Cesaréia em homenagem a César:


No segundo dia do festival, Herodes apareceu de manhã no teatro vestido de prata, refletindo um brilho intenso devido aos raios do Sol. O povo começou então a clamar-lhe:“Seja misericordioso para conosco; pois embora até hoje tenhamos te reverenciado apenas como homem, te consideraremos de agora em diante como superior à natureza mortal...”Diante disso, o rei não os repreendeu nem rejeitou tal ímpia adulação. No mesmo instante, ele sentiu uma dor muito forte no abdome e foi levado para o palácio, onde morreu cinco dias depois. (Flávio Josefo, Josephus, Antiguidade dos Judeus, Grand Rapids, Michigan, E.U.A., Kregel Publications, 1960, Livro 19, capítulo 8.2, p. 412).


Outro exemplo claro é o de Paulo e Barnabé em Listra. Ali, um homem aleijado, paralítico desde o seu nascimento, foi curado depois de ouvir a pregação de Paulo. Quando a multidão viu o que aconteceu, começou a gritar:

“Os deuses, em forma de homens, baixaram até nós. A Barnabé chamaram Júpiter, e a Paulo, Mercúrio, deuses mitológicos. O sacerdote de Júpiter, que tinha um templo em frente da cidade, trouxe para junto das portas da cidade touros e grinaldas para, junto com a multidão, fazer um sacrifício em homenagem aos dois apóstolos” (At 14,6-13).


Paulo e Barnabé recusaram de imediato e com veemência a oferta ou qualquer reconhecimento quanto ao milagre que acabara de acontecer, pois eram verdadeiros homens de Deus, desprovidos de qualquer ambição. Mas fico pensando em muitos hoje que não hesitariam em receber as homenagens, e certamente iriam até mais longe. Aproveitam-se da mídia e da ignorância de muitos de seus seguidores para se promoverem, querendo seus 5 minutos de glória.O culto à personalidade pode ser amplamente observado no relacionamento entre líderes de seitas e seus adeptos. A igreja mórmon, por exemplo, rende louvores ao seu fundador, Joseph Smith, com o hino 108 do seu hinário oficial, intitulado: Hoje, ao profeta louvemos.Os adeptos da seita Moon carregam consigo uma foto do líder, reverendo Moon, para garantir a proteção dos anjos e do bom mundo espiritual (revista Mundo Unificado, maio/ junho de 1984, p. 8). As orações no grupo são feitas em nome dos verdadeiros pais, isto é, reverendo Moon e sua esposa. Moon é considerado dentro da seita como o Senhor do Segundo Advento, o Messias vivo na Terra. Quanta heresia ! Os adeptos do Tabernáculo da Fé seguem os ensinos de William Marrion Branham, um controvertido pregador de cura divina nos Estados Unidos, já falecido. Branham declarou ser o anjo de Apocalipse 3,14 e 10,7 e que o arrebatamento da Igreja e a destruição do mundo aconteceriam em 1977. Seus seguidores gostam de exibir uma foto de Branham tirada em Houston, Texas, em 1950, em que aparece uma auréola (que mais parece uma mancha) de luz sobre a sua cabeça, enquanto falava do púlpito. Depois de falecer, em 1965, seus seguidores acreditavam que ele ressuscitaria. Alguns de seus discípulos criam ser ele o próprio Deus, enquanto outros afirmavam que ele havia nascido através de uma virgem (nascimento virginal). Alguns oravam a ele e outros batizavam em seu nome.Branham recebeu muito apoio da Full Gospel Business Men’s Fellowship International (Associação Internacional dos Homens de Negócios do Evangelho Pleno-Adhonep norte-americana), mas tal apoio foi se reduzindo à medida que Branham se tornava cada vez mais controvertido, nos anos 60. Uma das controvérsias foi o seu ensino conhecido como “a semente da serpente”, onde afirmou que Eva se envolveu sexualmente com a serpente no Jardim do Éden. (Patrick H.Alexander, Editor, Dictionary of Pentecostal And Charismatic Movement – Dicionário dos Movimentos Pentecostal e Carismático, Grand Rapids, Michigan, E.U.A., Zondervan Publishing House, 1988, p. 95-6.) (Tal ensino antibíblico é defendido também pela seita do reverendo Moon).O culto à personalidade pode ser notado também na igreja Adventista do Sétimo Dia, onde os ensinos giram em torno das interpretações bíblicas de sua profetisa, Ellen Gould White. Uma das provas disso é que todo o candidato ao batismo deve preencher e assinar um formulário em que declara crer no espírito de profecia e já ter lido alguns livros da senhora White. Para os adventistas, ela possui o espírito de profecia, sendo assim a única capaz de interpretar as Escrituras de forma correta e confiável (na Igreja católica são os tradicionalistas, que se consideram os únicos e verdadeiros católicos). Se alguém recusar a autoridade de Ellen White não poderá ser um adventista do Sétimo Dia. Tanto na igreja do Tabernáculo da Fé quanto na igreja Adventista do Sétimo Dia, os livros de William Branham e de Ellen White são colocados numa posição de igualdade com a Bíblia Sagrada.


Um dos exemplos mais chocantes dos perigos que cercam o culto à personalidade pôde ser verificado no grupo chamado Ramo Davidiano, de David Koresh, em Waco, Texas, Estados Unidos. Em abril de 1993, o FBI cercou por vários dias o rancho onde Koresh e seu grupo estavam reunidos, enquanto a sociedade acompanhava apreensiva os fatos pela mídia e aguardava com ansiedade um final feliz. Infelizmente, tal não aconteceu. Depois de perceberem que a polícia estava prestes a fazer uma invasão, Koresh e seu grupo preferiram transformar em chamas o rancho da seita e morrer do que entregar-se ao FBI. No dia 19 de abril de 1993, entre 75 e 85 pessoas morreram, incluindo aproximadamente 25 crianças. Nove pessoas sobreviveram. Por que isso aconteceu? O que ou quais circunstâncias levaram um grupo de homens e mulheres a obedecer cegamente um líder, mesmo até a morte? Naturalmente são muitos fatores, que, por falta de espaço, não serão tratados aqui. Entretanto, seria interessante conferir o relato de dois autores sobre o caráter megalomaníaco de Koresh:


No seu cartão pessoal estava impresso “Messias” e ele é citado como tendo declarado em inúmeras ocasiões: “Se a Bíblia é verdade, então eu sou o Cristo” (o mesmo disse Lutero de si mesmo).Alguns acreditaram nele. Ele foi capaz de convencer os maridos a entregar-lhe suas esposas, famílias a entregar-lhe dinheiro e filhos. Seu estilo de vida paradisíaco permitiu-lhe viver da renda dos outros. Em 19 de abril de 1993, havia quase cem pessoas dispostas a morrer com ele pela promessa de uma vida no céu após a morte. (Tobias, L. Madeleine & Lalich, Janja, Captive Hearts, Captive Minds – Corações Cativos, mentes Cativas, Alameda, CA, E.U.A., Hunter House, 1994, p. 81.)


O culto à personalidade pode ser encontrado também onde menos se deveria: na Igreja cristã!


É óbvio que não estou insinuando que tal fenômeno acontece na Igreja com a mesma intensidade e impiedade que nas seitas, como nos exemplos citados acima. Por outro lado, mesmo com uma intensidade menor, e provavelmente sem o perigo de levar ao extermínio de pessoas, ele não deveria ocorrer de modo algum. Estou ciente também de que todos os citados aqui negarão veementemente tal procedimento e afirmarão que não existe em seu grupo, ou líder, qualquer exaltação do ser humano, que seu alvo é glorificar apenas a Deus. Lamentavelmente, as práticas de muitos grupos começam assim, mas depois demonstram o contrário. (Sou sincero em dizer-lhes: Nem nós do apostolado Beraká, estamos imunes a esta tentação, por isto fizemos a opção da “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA” para evitarmos cair na tentação do estrelato). Muitos estão pegando carona no louvor e adoração a Deus.O culto à personalidade aparece também na igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo. Tenho verificado pessoalmente que quase todos os pastores da Universal, tanto os que pregam nas igrejas quanto os que aparecem na televisão, são fiéis imitadores de Macedo. Os mesmos gestos, as mesmas entonações de voz, e muitas vezes, as mesmas expressões, tais como: “Sim ou não, pessoal?”, “É ou não é, pessoal?” e “Amém, pessoal?” Muitas vezes, o fato de ser imitado não é culpa do líder. Muitos de nós gostamos de ter os nossos heróis, de ter um modelo a seguir, e até um certo ponto isso é bom. O apóstolo Paulo até aconselhou: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Co 11,1). O escritor aos Hebreus também admoestou: “Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram” (Hb 13,7). Assim, somos encorajados a imitar, principalmente, a fé desses irmãos, e não sua entonação de voz ou gestos no falar e expressar-se.


Quando Naamã, comandante do exército do rei da Síria, foi a Israel em busca de Eliseu para ser curado de sua lepra, esperava ser bajulado pelo profeta de Deus. Para garantir uma recepção honrosa pelo homem de Deus, Naamã levou consigo dinheiro e presentes. O plano falhou. Eliseu nem saiu de casa para cumprimentá-lo. Enviou-lhe um mensageiro dizendo: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo” (2 Rs 5,10). Contrariado, Naamã foi, lavou-se no Jordão e foi curado de sua lepra. Em gratidão, voltou à casa do profeta e, com insistência, ofereceu-lhe presentes. Eliseu recusou, mostrando assim que um verdadeiro homem de Deus não busca a glória humana e não faz comércio com o poder e a Palavra do Senhor (2 Rs 5). Ao contrário de Eliseu, lamentavelmente, muitos líderes evangélicos hoje não hesitam em bajular políticos na busca de favores e de explorar, para benefício próprio, qualquer oportunidade que se lhes apresenta.


João Batista é um outro exemplo a ser seguido. Ele poderia ter bajulado a realeza, mas não o fez. Depois de anunciar a vinda do Messias, denunciou o pecado de Herodes e Herodias, e foi por isso preso e decapitado (Mc 6,17-29). Em lugar de buscar seu bem-estar e autopromoção, ele declarou a respeito de Jesus: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30). Que Deus nos dê a mesma atitude de coração de João Batista e o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus (Fp 2,5).


Quando Pedro dirigiu-se à casa de Cornélio para anunciar-lhe a Palavra de Deus, foi recebido com muita pompa. A Bíblia diz que Cornélio recebeu o apóstolo e, prostrando-se aos seus pés, o adorou. Mas Pedro recusou a adoração e, levantando Cornélio, disse-lhe: “Ergue-te, que eu também sou homem” (At 10,26). Até mesmo um anjo recusou ser adorado por João na sua visão de Patmos (Ap 19,10 e 22,8). Na segunda vez, o anjo disse-lhe: “Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Ap 22,9).


NA OBRA DE ANUNCIAR A CRISTO (E NÃO A NÓS MESMOS),SOMOS APENAS O JUMENTINHO



Seria ridículo o jumento que carregou Jesus na sua entrada triunfal em Jerusalém pensar (isto é, se ele pudesse pensar) que as pessoas que estendiam suas vestes e ramos no caminho, por onde ele passava, o faziam por causa dele, e não por causa de Jesus. Seria ridículo ele pensar que toda aquela aclamação fosse por causa dele, e não por causa do Senhor. Da mesma forma, seria totalmente impróprio achar que, por causa do nosso carisma e habilidade, as coisas acontecem no Reino de Deus. Por esta razão, a Palavra de Deus nos exorta: “…porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1 Pe 5,5-6). O profeta Miquéias acrescenta ainda: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6,8).


Moysés, o fundador da Comunidade Católica Shalom, que sempre exorta a evitar o culto à personalidade própria e dos membros da Comunidade, diz que:

“Somos tão orgulhosos, que sentimos orgulho até em dizer que somos orgulhosos”.


Confesso que não escrevi tudo isto como alguém isento de tais problemas ou livre de todas as tentações nessa área, ou seja, do querer reconhecimento e aplausos (quem não gosta, que me atire a primeira pedra). Por esta razão, preciso ser continuamente lembrado pelo Espírito Santo que, por mais que o vaso seja usado, ele continua sendo de barro. Bem escreveu o apóstolo Paulo ao comentar sobre o ministério cristão:


“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Co 4,7).

A Deus toda a glória!


Apostolado Berakash

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8 de fevereiro de 2020 às 08:38

Culto a personalidade, não. mas é inegável que uma constelação se faz com estrelas. No entanto, algumas dessas estrelas nos aponta o Caminho a seguir. assim como foi a vida dos santos, temos aqueles que caminham conosco e nos ajudar a caminhar. É simples assim: Uns refletem mais a Luz de Cristo que outros.

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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