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Por que a filósofa do PT Marilena Chaui odeia tanto a Classe Média? Vou explicar

Written By Beraká - o blog da família on sábado, 8 de setembro de 2018 | 12:06


(foto reprodução)





É duro, para uma pessoa de classe média, que trabalha duramente, de forma honesta, e que não vive atrás de benefícios governamentais, e nem somente a cata e cobrança de direitos, ouvir uma intelectual de esquerda dizer que a odeia, que a acha “uma abominação política porque é fascista, uma abominação ética porque é violenta, e uma abominação cognitiva porque é ignorante”, sobretudo quando você não é nada disso que ela quer lhe rotular. Soa pior ainda quando vemos que tem a seu lado, no palco da palestra em questão, um ex-presidente que se gaba de ter possibilitado a suposta e exclusiva ascensão dos pobres à esta mesma classe média, que agora se torna objeto deste ódio. Essa crítica tão feroz à classe média, que me perdoe a Marilena Chaui, me parece elitista, apesar de ser a velha e tradicional visão de sempre da esquerda intelectual no Brasil. Um certo esnobismo, aliado a um complexo de superioridade. Me lembra aquele personagem de Terra em Transe, de Glauber Rocha, gritando a todos pulmões que o povo é débil mental. Não acredito que faça bem nenhum à imagem da esquerda, este tipo de postura, pelo contrário. O vídeo de Marilena Chaui virou um clássico da esquerda contra a direita no Brasil, favorecendo o velho discurso esquerdista do nós contra eles, e que na internet tem-se multiplicado  em memes e edições hilárias, ruim à própria causa esquerdista. Continua a filósofa em seu ódio visceral, transbordando sua verborragia aos berros guturais:





"A Classe média é o atraso de vida! A classe média é a estupidez! É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista!" - grita Marilena Chauí. A audiência a aplaude. Discursando no Centro Cultural São Paulo no dia 13 de maio para o lançamento do livro Lula e Dilma, Marilena Chauí admite que "sua oposição à classe média é motivada menos por massa cinzenta e mais pelas glândulas salivares: Por que eu defendo esse ponto de vista? Não é só por razões teóricas e políticas. É porque eu odeio a classe média!"













Do ponto de vista estratégico, o ataque da filósofa petista foi um verdadeiro desastre a causa esquerdista no Brasil. Atiçou esta parte da população brasileira, honesta, trabalhadora, que paga seus impostos e faz seu dever de casa, a filósofa da caserna ptista, sem necessidade, ajudou a desatar a ira da classe média sobre a esquerda (como se já não bastasse a da mídia). Principalmente porque sabemos que na hora “H”, ou seja do pega pra capar, e em ano eleitoral, o PT gasta milhões com marqueteiros para atrair justamente a classe média e rica, com doações dos banqueiros que, aliás, ela estrategicamente NÃO critica. Taí, eu simplesmente não consigo entender uma esquerda que poupa os banqueiros e milionários, optando por detonar a sofrida classe média que carrega nas costas o ônus de impostos para sustentar pobres e ricos. E sejamos francos, a própria  esquerda, em sua grande maioria, composta de funcionários públicos, professores e funcionários de estatais são da classe média!












Para uma marxista como Marilena Chauí, a sociedade é dividida em classes (burgueses e proletariado), com interesses, meios e fins  irreconciliáveis. Chauí não está defendendo a estagnação econômica do trabalhador brasileiro. O que ela critica em coerência com o marxismo clássico, é considerar qualquer melhoria no padrão de vida da classe trabalhadora como a transição para uma nova classe social. Para um marxista, tratar o aumento quantitativo da renda como se fosse um salto qualitativo de classe seria como se, para um racista, um negro se tornasse branco apenas porque se mudou para o Leblon.













Em vez de se olhar para a renda, as classes deveriam ser categorizadas por outros critérios, como sua posição em relação aos meios sociais de produção. Para realmente subir de classe, um trabalhador precisaria se apropriar dos meios de produção que exploram sua mão de obra e passar a extrair mais valia de outros trabalhadores. Mas se essa mobilidade vertical for generalizada, se todos os dias um grande número de trabalhadores virarem empresários, a teoria de luta de classes socialista perde seu sentido. É difícil para um marxista aceitar que, em vez de ler Das Kapital e assistir às palestras da Marilena Chauí, os pobres brasileiros estão abrindo seus próprios negócios. E essa insubordinação ao status proletário está acontecendo nas regiões mais pobres das cidades brasileiras. Apenas nas favelas consideradas pacificadas, o Sebrae-RJ formalizou cerca de 1.700 empresas só em 2011. Não é pouca coisa em termos absolutos, mas trata-se de uma pequena fatia do capitalismo que está subindo os morros. O Sebrae-RJ estimava em 2012 que 92% dos negócios nas favelas continuavam atuando na informalidade. Ao se tornarem seus próprios patrões em busca do lucro, esses moradores estão formando uma nova classe média. O problema é que Chaui como intelectual, desenvolve seu pensamento, em escritórios confortáveis e com ar condicionado, típico do padrão classe média, que ela tanto odeia, e não sobe aos morros, é aquela a filosofia de escritório. Talvez vendo de perto, ela deixe pra lá essa mania de chamar o sujeito que cria empregos e aumenta o poder aquisitivo dos pobres de "reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista."










Será que o ódio de Marilena Chauí pela classe média é maior que seu amor pelos pobres? Se sim, as notícias de empreendedorismo nas favelas (comunidades),  devem soar como um arrastão de mais valia. Quando uma pessoa deixa de ser uma empregada vivendo de salário e passa a ser uma empregadora vivendo de lucro, ela está traindo o processo do historicismo materialista. Quando uma moradora destas comunidades monta uma venda de souvenires no Morro Dona Marta, ou quando outra abre um albergue no Morro Chapéu-Mangueira, e já outro inaugura um café, ou salão de beleza no Morro da Providência, cada uma delas está se distanciando do proletariado e se aproximando da burguesia. Essas mulheres estão se tornando potenciais inimigas da humanidade. A popularização das ideias marxistas prega a condenação dos pobres ao trabalhismo. Dentro do materialismo histórico de Karl Marx e Friedrich Engels, o trabalho humano se estabelecia como o patamar supremo alcançado pela evolução natural darwinista. Enquanto os demais animais já nascem com os instrumentos de sobrevivência em sua constituição física, a espécie humana precisa trabalhar para fabricar seus próprios instrumentos.















O marxismo em sua versão popular, substitui o homo economicus  fechado na maximização de seu próprio bem-estar pelo homo proletarius fechado na sua condição de trabalhador. A ideia de homo proletarius pode amarrar os pobres à imobilidade social do trabalhismo. Ela atribui a riqueza dos ricos à exploração, selando com vácuo ideológico o ar de empreendedorismo que os pobres precisam para deixar de ser pobres. Apenas rico pode empreender. Os pobres podem apenas trabalhar.












É preciso entender que o trabalho por si só não gera riqueza. Apenas o trabalho produtivo gera riqueza! O esforço de se levar um sorvete até a boca pode ser o mesmo de se levar um sorvete até a testa. É a razão humana que empregará nosso trabalho em direção à satisfação humana. O socialista que não entende essa distinção corre o risco de empobrecer seus ouvintes e ainda desperdiçar um sorvete. A teoria econômica moderna ensina que o capital é mais que um substituto ao trabalho. Apenas o capital enriquece o trabalho humano. Não há outra maneira de fazer os salários subirem que não seja por meio do investimento em mais capital por trabalhador.  Mais investimento em capital significa dar ao trabalhador ferramentas mais eficientes." O trabalhador brasileiro ganha pouco porque falta capital para deixar seu trabalho mais produtivo. Ou o morro se move até o capital, ou o capital se move até o morro. Uma forma de resolver o problema é aumentar o número de capitalistas, principalmente permitindo que mais pobres se tornem capitalistas. Se ao desejar que o capitalismo coma na mão dela, a dona de um albergue no Cantagalo aumenta o estoque de capital no morro, e ela está de fato aumentando a comida na mão de seus vizinhos.O trabalhismo do homo proletarius trata o trabalho mais como um fim em si mesmo e menos como um meio para o consumo. Preocupados em dividir a sociedade em classes antagônicas, seus defensores acreditam em tirar dos que têm capacidade para dar para os que têm necessidade. Por isso, a capacitação dos necessitados deve ser a prioridade, mesmo que esse progresso cause a ascensão de uma nova burguesia de ex-pobres. 










Portanto, não queremos um governo apenas para os trabalhadores, queremos um governo para todos: seja pobres, rico, proletário, ou burguês, não importa o tamanho de seus sonhos ou a classe de suas ambições, pois antes de todos os rótulos, somos acima de tudo, humanos!






CONCLUSÃO











O pobre na sua subjugada e eterna condição ideológica de pobre, só pode pensar, e buscar diariamente duas coisas: A sua sobrevivência própria e de sua prole, e o que no que vai comer ao longo do dia e no dia seguinte. É um caçador coletor primitivo urbano, vivendo da caça e coleta para sobrevier na era moderna. Não tem como parar para pensar em valores, pois a sobrevivência e estômago falam mais alto. A esquerda sabe disso, seu poderosos e espertos dirigentes também. E para se manterem no poder mantendo seus privilégios, precisam que o proletariado não pense, mas apenas trabalhe, e deixem que eles pensem por eles, e criem um mundo conforme a imagem e semelhança de seus interesses e não do proletariado, ao quais com o centralismo democrático decidido pela cúpula, é quem dita as regras de como se deve viver.










É exatamente isto que desencadeia o ódio à classe média, pois esta, saindo da sua condição de pobre, de antes, ou seja, como apenas mero caçador coletor, preocupado unicamente com sua sobrevivência e estômago, agora tem tempo para pensar também, e vai ver que os que estão agora no poder nos ditos países Comunistas, são piores e mais exploradores que a classe anterior que os dominavam, pois estes dirigentes vivem no melhor dos mundos, com privilégios que os demais idiotas úteis, não tem, e jamais terão! Por maior que seja sua fidelidade ao partido, até mesmo porque estes privilégios usufruídos por eles, não têm como serem distribuídos a todos, sem a falência do próprio sistema ao qual eles estão no topo!












O velho socialismo quer os pobres de mãos abertas, prontas para a esmola política, ou de mãos fechadas, prontas para a revolução violenta contra os que lhes ameaçam tirar seus privilégios (não do povo, mas dos poderosos dirigentes). O novo capitalismo quer os pobres de mãos cheias, para poder consumir, produzir e empreender, poder pensar e livremente fazer suas escolhas, e não depender de esmolas do estado paternalista.












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14 de outubro de 2018 às 09:18

Porque o odio ???
É exatamente o contrário, essa senhora que é regiamente agraciada pela lei ROUNAET com mais de r$ 20,000 mil reais/mes, só para falar merd@ e defender o pt em toda sua totalidade ( quadrilha e quadrilheiros), declara e destila todo seu ódio a tudo e todos e atira com sua metralhadora sem mira principalmente na classe média.
https://www.youtube.com/watch?v=svsMNFkQCHY
Eu que pergunto porque tanto ódio ??
Pobre sei que ela não é, então deve ser rica, mas minha pergunta é: Nos restaurantes, aeroportos, táxis, perfumarias , joalheiras, bancos e etc... quem a atende ? Quem lhe serve? Quem a transporta de um lado a outro, em resumo é servida e atendida pela classe mais produtiva e menos reconhecida que é a classe média.
Em qualquer lugar do planeta existem as camadas sociais, e são simbolicamente demonstradas em forma de pirâmide.
Na parte mais baixa da pirâmide a classe mais pobre, que praticamente não paga impostos, recebe mais assistencialismo e gera renda apenas na sua localidade ou no próprio município, não mais que isso.
No topo está a classe rica, que não paga impostos proporcionais á sua renda e não joga dinheiro para baixo, prefere gastá-lo no exterior com viagens ou investimentos em paraísos fiscais.
E no meio a classe média que sustenta, produz, investe e carrega uma das maiores cargas tributárias do mundo, e a mais vulnerável às politicas econômicas equivocadas de governos corruptos e excludentes.
Essa senhora não acrescenta nem representa nada de cultural, é simplesmente uma comunista sem causa !!

12 de junho de 2020 às 20:10

Pessoas que realmente são consideradas classe media, são cidadãos cuja sua renda mensal familiar está acima de 20 mil reais, e até uns 80 mil por mês, mais os bens e acumulo de fortuna. Há muitas pessoas pobres se achando classe média

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