(foto reprodução)
É
duro, para uma pessoa de classe média, que trabalha duramente, de forma honesta,
e que não vive atrás de benefícios governamentais, e nem somente a cata e
cobrança de direitos, ouvir uma intelectual de esquerda dizer que a odeia, que
a acha “uma abominação política porque é fascista, uma abominação ética porque
é violenta, e uma abominação cognitiva porque é ignorante”, sobretudo quando você
não é nada disso que ela quer lhe rotular. Soa pior ainda quando vemos
que tem a seu lado, no palco da palestra em questão, um ex-presidente que se
gaba de
ter possibilitado a suposta e exclusiva ascensão dos pobres à esta mesma classe
média, que agora se torna objeto deste ódio. Essa crítica tão feroz à
classe média, que me perdoe a Marilena Chaui, me parece elitista, apesar de ser
a velha e tradicional visão de sempre da esquerda intelectual no Brasil. Um
certo esnobismo, aliado a um complexo de superioridade. Me lembra aquele
personagem de Terra em Transe, de Glauber Rocha, gritando a todos pulmões
que o povo é débil mental. Não acredito que faça bem nenhum à imagem da
esquerda, este tipo de postura, pelo contrário. O vídeo de Marilena Chaui virou
um clássico da esquerda contra a direita no Brasil, favorecendo o velho
discurso esquerdista do nós contra eles, e que na internet tem-se multiplicado em memes e edições hilárias, ruim à própria causa
esquerdista. Continua a filósofa em seu ódio visceral, transbordando sua verborragia
aos berros guturais:
"A Classe média é o atraso de vida! A classe média é a estupidez! É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista!" - grita Marilena Chauí. A audiência a aplaude. Discursando no Centro Cultural São Paulo no dia 13 de maio para o lançamento do livro Lula e Dilma, Marilena Chauí admite que "sua oposição à classe média é motivada menos por massa cinzenta e mais pelas glândulas salivares: Por que eu defendo esse ponto de vista? Não é só por razões teóricas e políticas. É porque eu odeio a classe média!"
Do ponto de vista estratégico, o ataque da filósofa petista foi um verdadeiro desastre a causa esquerdista no Brasil. Atiçou esta parte da população brasileira, honesta, trabalhadora, que paga seus impostos e faz seu dever de casa, a filósofa da caserna ptista, sem necessidade, ajudou a desatar a ira da classe média sobre a esquerda (como se já não bastasse a da mídia). Principalmente porque sabemos que na hora “H”, ou seja do pega pra capar, e em ano eleitoral, o PT gasta milhões com marqueteiros para atrair justamente a classe média e rica, com doações dos banqueiros que, aliás, ela estrategicamente NÃO critica. Taí, eu simplesmente não consigo entender uma esquerda que poupa os banqueiros e milionários, optando por detonar a sofrida classe média que carrega nas costas o ônus de impostos para sustentar pobres e ricos. E sejamos francos, a própria esquerda, em sua grande maioria, composta de funcionários públicos, professores e funcionários de estatais são da classe média!
Para uma marxista como Marilena Chauí, a sociedade é dividida em classes (burgueses e proletariado), com interesses, meios e fins irreconciliáveis. Chauí não está defendendo a estagnação econômica do trabalhador brasileiro. O que ela critica em coerência com o marxismo clássico, é considerar qualquer melhoria no padrão de vida da classe trabalhadora como a transição para uma nova classe social. Para um marxista, tratar o aumento quantitativo da renda como se fosse um salto qualitativo de classe seria como se, para um racista, um negro se tornasse branco apenas porque se mudou para o Leblon.
Em
vez de se olhar para a renda, as classes deveriam ser categorizadas por outros
critérios, como sua posição em relação aos meios sociais de produção. Para
realmente subir de classe, um trabalhador precisaria se apropriar dos meios de
produção que exploram sua mão de obra e passar a extrair mais valia de outros
trabalhadores. Mas se essa mobilidade vertical for generalizada, se todos os
dias um grande número de trabalhadores virarem empresários, a teoria de luta de
classes socialista perde seu sentido. É difícil para um marxista
aceitar que, em vez de ler Das Kapital e assistir às palestras
da Marilena Chauí, os pobres brasileiros estão abrindo seus próprios negócios. E
essa insubordinação ao status proletário está acontecendo nas regiões mais
pobres das cidades brasileiras. Apenas nas favelas consideradas pacificadas, o
Sebrae-RJ formalizou cerca de 1.700 empresas só em 2011. Não é
pouca coisa em termos absolutos, mas trata-se de uma pequena fatia do
capitalismo que está subindo os morros. O Sebrae-RJ estimava em 2012 que 92%
dos negócios nas favelas continuavam atuando na informalidade. Ao se tornarem
seus próprios patrões em busca do lucro, esses moradores estão formando uma
nova classe média. O problema é que Chaui como intelectual, desenvolve seu
pensamento, em escritórios confortáveis e com ar condicionado, típico do padrão
classe média, que ela tanto odeia, e não sobe aos morros, é aquela a filosofia
de escritório. Talvez vendo de perto, ela deixe pra lá essa mania de chamar o
sujeito que cria empregos e aumenta o poder aquisitivo dos pobres de
"reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante,
terrorista."
Será
que o ódio de Marilena Chauí pela classe média é maior que seu amor pelos
pobres? Se sim, as notícias de empreendedorismo nas favelas (comunidades), devem soar como um arrastão de mais valia. Quando
uma pessoa deixa de ser uma empregada vivendo de salário e passa a ser uma
empregadora vivendo de lucro, ela está traindo o processo do historicismo
materialista. Quando uma moradora destas comunidades monta uma venda de
souvenires no Morro Dona Marta, ou quando outra abre um albergue no Morro
Chapéu-Mangueira, e já outro inaugura um café, ou salão de beleza no Morro da
Providência, cada uma delas está se distanciando do proletariado e se aproximando da
burguesia. Essas mulheres estão se tornando potenciais inimigas da humanidade. A
popularização das ideias marxistas prega a condenação dos pobres ao
trabalhismo. Dentro do materialismo histórico de Karl Marx e Friedrich Engels,
o trabalho humano se estabelecia como o patamar supremo alcançado pela evolução
natural darwinista. Enquanto os demais animais já nascem com os instrumentos de
sobrevivência em sua constituição física, a espécie humana precisa trabalhar
para fabricar seus próprios instrumentos.
O
marxismo em sua versão popular, substitui o homo economicus fechado
na maximização de seu próprio bem-estar pelo homo proletarius fechado
na sua condição de trabalhador. A ideia de homo proletarius pode
amarrar os pobres à imobilidade social do trabalhismo. Ela atribui a riqueza dos ricos à
exploração, selando com vácuo ideológico o ar de empreendedorismo que os pobres
precisam para deixar de ser pobres. Apenas rico pode empreender. Os
pobres podem apenas trabalhar.
É
preciso entender que o trabalho por si só não gera riqueza. Apenas o trabalho
produtivo gera riqueza! O esforço de se levar um sorvete até a boca pode ser o
mesmo de se levar um sorvete até a testa. É a razão humana que empregará nosso
trabalho em direção à satisfação humana. O socialista que não entende essa
distinção corre o risco de empobrecer seus ouvintes e ainda desperdiçar um
sorvete. A teoria econômica moderna ensina que o capital é mais que um
substituto ao trabalho. Apenas o capital enriquece o trabalho humano. Não há
outra maneira de fazer os salários subirem que não seja por meio do investimento
em mais capital por trabalhador. Mais investimento em capital significa
dar ao trabalhador ferramentas mais eficientes." O trabalhador brasileiro
ganha pouco porque falta capital para deixar seu trabalho mais produtivo. Ou o
morro se move até o capital, ou o capital se move até o morro. Uma forma de
resolver o problema é aumentar o número de capitalistas, principalmente
permitindo que mais pobres se tornem capitalistas. Se ao desejar que o
capitalismo coma na mão dela, a dona de um albergue no Cantagalo aumenta o
estoque de capital no morro, e ela está de fato aumentando a comida na mão de
seus vizinhos.O
trabalhismo do homo proletarius trata o trabalho mais como um
fim em si mesmo e menos como um meio para o consumo. Preocupados em dividir a
sociedade em classes antagônicas, seus defensores acreditam em tirar dos que
têm capacidade para dar para os que têm necessidade. Por isso, a capacitação
dos necessitados deve ser a prioridade, mesmo que esse progresso cause a
ascensão de uma nova burguesia de ex-pobres.
Portanto,
não queremos um governo apenas para os
trabalhadores, queremos um governo para todos: seja pobres, rico, proletário,
ou burguês, não importa o tamanho de seus sonhos ou a classe de suas ambições, pois antes
de todos os rótulos, somos acima de tudo, humanos!
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Porque o odio ???
É exatamente o contrário, essa senhora que é regiamente agraciada pela lei ROUNAET com mais de r$ 20,000 mil reais/mes, só para falar merd@ e defender o pt em toda sua totalidade ( quadrilha e quadrilheiros), declara e destila todo seu ódio a tudo e todos e atira com sua metralhadora sem mira principalmente na classe média.
https://www.youtube.com/watch?v=svsMNFkQCHY
Eu que pergunto porque tanto ódio ??
Pobre sei que ela não é, então deve ser rica, mas minha pergunta é: Nos restaurantes, aeroportos, táxis, perfumarias , joalheiras, bancos e etc... quem a atende ? Quem lhe serve? Quem a transporta de um lado a outro, em resumo é servida e atendida pela classe mais produtiva e menos reconhecida que é a classe média.
Em qualquer lugar do planeta existem as camadas sociais, e são simbolicamente demonstradas em forma de pirâmide.
Na parte mais baixa da pirâmide a classe mais pobre, que praticamente não paga impostos, recebe mais assistencialismo e gera renda apenas na sua localidade ou no próprio município, não mais que isso.
No topo está a classe rica, que não paga impostos proporcionais á sua renda e não joga dinheiro para baixo, prefere gastá-lo no exterior com viagens ou investimentos em paraísos fiscais.
E no meio a classe média que sustenta, produz, investe e carrega uma das maiores cargas tributárias do mundo, e a mais vulnerável às politicas econômicas equivocadas de governos corruptos e excludentes.
Essa senhora não acrescenta nem representa nada de cultural, é simplesmente uma comunista sem causa !!
Pessoas que realmente são consideradas classe media, são cidadãos cuja sua renda mensal familiar está acima de 20 mil reais, e até uns 80 mil por mês, mais os bens e acumulo de fortuna. Há muitas pessoas pobres se achando classe média
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