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O mito grego de Sísifo e o segredo do recomeçar, dando sentido ao ordinário da vida

Written By Beraká - o blog da família on terça-feira, 21 de agosto de 2018 | 00:13





Na mitologia grega, Sísifo (em grego: Σίσυφος, transl.: Sísyphos), filho do rei Éolo, da Tessália, e Enarete, era considerado o mais astuto de todos os mortais. Foi o fundador e primeiro rei de Éfira, depois chamada Corinto, onde governou por diversos anos. Casou-se com Mérope, filha de Atlas, sendo pai de Glauco e avô de Belerofonte.Éolo foi um dos filhos de Heleno, filho de Deucalião, e reinou sobre a Tessália. Enarate era filha de Deimachus. Éolo e Enarete tiveram vários filhos: Creteu, Sísifo, Deioneu, Salmoneu, Atamante, Perieres, Cercafas e Magnes, e filhas, Calice, Peisidice, Perimele, Alcione e Cânace.







A história de Sísifo





Mestre da malícia e da felicidade, ele entrou para a tradição como um dos maiores ofensores dos deuses. Segundo Higino, ele odiava seu irmão Salmoneu; perguntando a Apolo como ele poderia matar seu inimigo, o deus respondeu que ele deveria ter filhos com Tiro, filha de Salmoneu, que o vingariam. Dois filhos nasceram, mas Tiro, descobrindo a profecia, os matou. Sísifo se vingou e, por causa disso, ele recebeu como castigo na terra dos mortos empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela rola de volta.Segundo Pausânias, ele tornou-se rei de Corinto após a partida de Jasão e Medeia; nesta versão, Medeia não matou os próprios filhos por vingança, mas escondeu-os no templo de Hera esperando que, com isso, eles se tornassem imortais.Sísifo casou-se com Mérope, uma das sete Plêiades, tendo com ela um filho, Glauco.Ele também teve outros filhos, Ornitião, Tersandro e Almus.Certa vez, uma grande águia sobrevoou sua cidade, levando nas garras uma bela jovem. Sísifo reconheceu a jovem Égina, filha de Asopo, um deus-rio. Mais tarde, o velho Asopo veio perguntar-lhe se sabia do rapto de sua filha e qual seria seu destino. Sísifo logo fez um acordo: em troca de uma fonte de água para sua cidade, ele contaria o paradeiro da filha. O acordo foi feito e a fonte presenteada recebeu o nome de Pirene.Assim, ele despertou a raiva do grande Zeus, que enviou o deus da Morte, Tânato, para levá-lo ao mundo subterrâneo. Porém o esperto Sísifo conseguiu enganar o enviado de Zeus. Elogiou sua beleza e pediu-lhe para deixá-lo enfeitar seu pescoço com um colar. O colar, na verdade, não passava de uma coleira, com a qual Sísifo manteve a Morte aprisionada e conseguiu driblar seu destino. Durante um tempo não morreu mais ninguém. Sísifo soube enganar a Morte, mas arrumou novas encrencas. Desta vez com Hades, o deus dos mortos, e com Ares, o deus da guerra, que precisava dos préstimos da Morte para consumar as batalhas. Tão logo teve conhecimento, Hades libertou Tânato e ordenou-lhe que trouxesse Sísifo imediatamente para as mansões da morte. Quando Sísifo se despediu de sua mulher, teve o cuidado de pedir secretamente que ela não enterrasse seu corpo. Já no inferno, Sísifo reclamou com Hades da falta de respeito de sua esposa em não o enterrar. Então suplicou por mais um dia de prazo, para se vingar da mulher ingrata e cumprir os rituais fúnebres. Hades lhe concedeu o pedido. Sísifo então retomou seu corpo e fugiu com a esposa. Havia enganado a Morte pela segunda vez. Outra história a respeito de Sísifo trata do ocorrido quando Autólico, o mais esperto e bem-sucedido ladrão da Grécia (que era filho de Hermes e vizinho de Sísifo), tentou roubar-lhe o gado. Autólico mudava a cor dos animais. As reses desapareciam sistematicamente sem que se encontrasse o menor sinal do ladrão, porém Sísifo começou a desconfiar de algo, pois o rebanho de Autólico aumentava à medida que o seu diminuía. Sísifo, um homem letrado (teria sido um dos primeiros gregos a dominar a escrita), teve a ideia de marcar os cascos de seus animais com sinais de modo que, à medida que a rês se afastava do curral, aparecia no chão a frase "Autólico me roubou". Posteriormente, Sísifo e Autólico fizeram as pazes e se tornaram amigos. Sísifo também seduziu Anticleia, filha de Autólico, que mais tarde se casou com o rei de Ítaca, Laerte; por este motivo, Odisseu é considerado, por alguns autores, como filho de Sísifo - Sísifo morreu de velhice e Zeus enviou Hermes para conduzir sua alma a Hades. No tártaro, Sísifo foi considerado um grande rebelde e teve um castigo, juntamente com Prometeu, Tício, Tântalo e Íxion. Sísifo recebeu esta punição: foi condenado a, por toda a eternidade, rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que toda vez que ele estava quase alcançando o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o duro esforço despendido. Por esse motivo, a expressão "trabalho de Sísifo", em contextos modernos, é empregada para denotar qualquer tarefa que envolva esforços longos, repetitivos, algo como um infinito ciclo de esforços, que são totalmente desprovidos de quaisquer opções de desistência ou recusa em fazê-lo, restando como consolação dar sentido (logos) a este trabalho.







A MORAL DO MITO














Sísifo tornou-se conhecido por executar um trabalho rotineiro e cansativo. Tratava-se de um castigo para mostrar-lhe que os mortais não têm a liberdade dos deuses. Os mortais têm a liberdade de escolha, devendo, pois, concentrar-se nos afazeres da vida cotidiana, vivendo-a em sua plenitude, tornando-se criativos na repetição e na monotonia.





Uma moral Cristã no Mito de Sísifo:





“Irmãos, comecemos, hoje, tudo de novo, porque até agora pouco ou nada fizemos” (São Francisco em 1 Cel 103,6).







Poder "começar de novo" é uma graça concedida apenas aos humanos! 














Os demais seres da natureza seguem as leis determinadas sem poder reagir por si. Não há pedra que por si mesma possa se transformar em preciosa, a não ser pelas habilidades humanas. Nenhum animal, por si só consegue se adestrar, senão pela intervenção dos humanos. Não existem espécies vegetais que decidam mudar por seu capricho. Somente o ser humano tem poder de decidir sua mudança através de um novo recomeço. Começar tudo de novo implica em saudar cada manhã, como se fosse o  primeiro dia da vida ou até mesmo o último. O que nos leva a começar de novo não é a mudança do programa que venho repetindo; nem são tanto outras ações que eu decida realizar como novas. 














O primeiro campo onde podemos começar tudo de novo está em nossa intencionalidade. Cultivar novas intenções para um mesmo programa do dia pode mudar o meu dia. O pior da vida é deixar-se levar pela rotina e o pior da rotina está em não ter nenhuma motivação nova para começar de novo. A própria palavra “motiva-ação” por si só já nos fala. Precisamos viver e agir motivados e a qualidade da motivação é que vai dar o sentido de um novo recomeço.Começar de novo, porque até agora pouco ou nada fizemos, parece uma afirmação pessimista e negativa. Porém se a pensarmos com a luz da fé, vamos nos dar conta que o verdadeiro viver não se contenta com pouco. A vida tem um potencial de surpresa que nem nós imaginamos. Podemos ser mais e melhores do que somos. Podemos fazer mais e melhor do que fazemos, porque Deus nos capacita sempre a recomeçar.Começar de novo não significa anular o passado, mas dar-se conta de que não podemos viver presos a ele. Nosso passado não nos define, porque somos um constante vir a ser,portanto o nosso passado é apenas parte daquilo que viremos a ser, e Deus sempre serve o melhor vinho ao final. Cada dia exige de nós um recomeço. O trecho do caminho que fizemos pertence ao passado. Temos pela frente outro trecho  que exige de nós passos novos e uma nova energia, ousadia, firmeza e a determinada determinação.






SÃO BENTO NOS ENSINA TAMBÉM, A NÃO DESISTIR MESMO APÓS TER SIDO ENVENENADO POR SEUS IRMÃOS DE COMUNIDADE!












Com a divulgação da fama de sua exímia vida monacal, ia ficando célebre o nome de Bento. Ora, havia a não grande distância um mosteiro cujo abade falecera. Toda a comunidade foi ter então com o venerável Bento, e instantemente pediu-lhe que ficasse à sua frente. O santo recusou por muito tempo, predizendo que não poderia harmonizar os seus costumes com os daqueles irmãos. Finalmente, vencido pelos rogos, cedeu. Como, porém, fazia prevalecer naquele mosteiro a observância da vida regular e a ninguém permitia, como antes, que se desviasse do caminho monástico por ações ilícitas, os irmãos, que ele aceitara dirigir, encheram-se de fúria e puseram-se primeiro a acusar a si mesmos por terem pedido a Bento que os regesse; suas vidas tortuosas iam em oposição à reta norma do abade. Como viam que, sob tal abade, o ilícito já não lhes era permitido, e como lhes doía abandonar os antigos hábitos, achando eles dura a obrigação de meditar coisas novas na sua mente velha, alguns deles, já que aos maus é sempre pesada a vida dos bons, tramaram a morte do abade, e, depois de decisão conjunta, deitaram-lhe veneno ao vinho. Quando apresentaram ao Pai Bento, sentado à mesa, o copo da bebida envenenada para ser abençoado segundo o costume da casa, Bento estendeu a mão e fez o sinal da cruz. A este gesto, o vaso, que estava distante, estalou e fez-se em pedaços, como se naquela taça de morte tivesse dado, em vez da cruz, uma pedrada! Compreendeu logo o homem de Deus que o copo contivera uma bebida mortal, pois não pudera suportar o sinal da vida. Levantou-se no mesmo instante, e, com o rosto plácido, a mente tranqüila, convocou os irmãos, aos quais assim falou: “Deus tenha compaixão de vós, irmãos, porque de mim já a tivestes. Porque me quisestes fazer isto? Não vos disse eu previamente, que não se harmonizariam os vossos e os meus costumes? Peço-vos desculpas por tudo, ide e procurai para vós um Pai conforme à vossa vida, e recomeçai tudo, depois disto, já não me podereis reter...” Voltou, então, ao recanto da sua amada solidão em Subiaco, agora sob os olhares do seu Contemplador divino. São Bento porém, não desistiu da vontade e chamado de Deus, e fundou em poucos anos doze mosteiros. Antes de Bento, os monges viviam como eremitas, isolados, sozinhos. São Bento organizou a vida monástica comunitária e os mosteiros começaram a florescer. Todos eles seguiam a famosa Regra de São Bento.  As famílias nobres de Roma começaram a mandar seus filhos para estudarem nos mosteiros fundados por São Bento, e graças a sua ação ele cristianizou a Europa, tornando-se até hoje seu padroeiro.




(São Gregório Magno, Vida de São Bento)





Música: "Recomeçar"





(Suely Façanha - Comunidade Católica Shalom)





Quando a dor é bem mais forte 
e o riso silêncio se faz
Quando a lágrima teimosa 
já rola e não quer parar mais


Ó Senhor!
É tempo de olhar mais longe
É hora de esconder-me 
bem dentro do teu coração
E o amor que vejo em teu olhar 
me dá novo sentido pra viver
E assim recomeçar!


Recomeçar a viver, 
Recomeçar, 
Reencontrar Você
Recomeçar porque você, 
Senhor, 
é a luz que ilumina os passos meus
Eu posso confiar!


Recomeçar a viver, 
Recomeçar 
Reencontrar você
Recomeçar 
Re-aprender amar
Sem medo de perder-me em teu amor
Em Ti eu posso sim...





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