Com os problemas que o
Brasil ainda enfrenta oriundos da crise herdada dos quase 20 anos do desgoverno Ptista, os quais afetam milhões de brasileiros, muitos
dizem que uma das soluções possíveis seria “um imposto para as grandes fortunas”,
de forma a aumentar a arrecadação e melhorar o quadro fiscal brasileiro que
hoje está deteriorado. Mas, se em economia devemos pensar como num jogo
de xadrez, será que essa jogada realmente faz sentido? Por conta desta falha de
diagnóstico, muitos acham que o problema principal do Brasil foi a queda de
arrecadação e querem, em vez de entender que o problema está do lado dos
gastos. Aumentar impostos numa economia já estrangulada só iria piorar o problema. O governo já abocanha mais de 35%
do PIB em impostos, acham que isso é pouco? Mas somos os piores em retorno
destes impostos para a sociedade. Qual a solução mágica da vez? "Aumentar
impostos sobre as grandes fortunas ou ter um imposto único sobre elas de forma
a aumentar a arrecadação". É preciso saber que não existe solução fácil para problema difícil!
Para
começar a conversa, aumentar impostos nem sempre significa aumentar a
arrecadação! sabia disto?
Este é um conceito bem conhecido em economia conhecido como "Curva
de Laffer". Se o país tira cada vez mais impostos de seus contribuintes e, pior, o
retorno é péssimo, isso estimula a sonegação e desestimula a produtividade.
Isso, como disse antes, já aconteceu no passado quando diversos tributos
foram aumentados e arrecadação continuou a cair.
Em segundo lugar, é preciso entender que ricos não são burros! Podem ser muitas coisas (BOAS E ruins), mas burros não são!
Quem, em sã consciência,
deixaria seus negócios, seus imóveis, seus recursos, num país com uma alta carga tributária e que ainda não os retorna
minimamente? Poucos, ou quase ninguém. Aqui mesmo, no Brasil, já tivemos
exemplos claros de que isso acontece, já que mais de 40 empresas saíram do
Brasil e foram para o Paraguai. Em vez de gerarem empregos por aqui, ajudarem
na atividade da economia e fazer o país crescer, estão ajudando nosso vizinho a
fazer isso. Segundo a CNI - Confederação Nacional da Indústria, quase
400 empresas foram levadas ao Paraguai nos últimos dois anos em missão
comercial, atraídos pelos menores custos de produção e baixos impostos.E estes empresários
estão errados? Não. Como já dizia Adam
Smith, cada pessoa age pensando primeiramente em si mesma e em sua família,
para depois pensar no resto. Isso é natural. Portanto, é preciso que o governo
entenda como funcionam os agentes econômicos e tentar encontrar um equilíbrio.
Um país que tem altos tributos, dificuldades enormes para empreender, burocracias
diversas e uma legislação trabalhista complicada, definitivamente não vai ser o
melhor lugar para abrir uma empresa não é mesmo? Voltando ao tema principal, pessoas que são detentoras de grandes
fortunas, definitivamente não ficarão esperando o governo taxá-las,
simplesmente mudarão a cidadania (coisa que é muito fácil quando se tem
dinheiro) para países com uma carga tributária menor, levando consigo também
suas empresas e qualquer tipo de negócio. Não é preciso ser um Einstein para
perceber que isso terá uma consequência horrível para o país e a arrecadação
poderá cair, efeito contrário ao desejado por quem propõe essa medida.Vejam, um exemplo
bastante recente disso aconteceu na França. Indo na contramão da maioria dos
países europeus que abandonou a taxação sobre os mais ricos ainda nos anos
1990, resolveu implementar uma nova tabela de impostos que chegava até 75%, em
2012. O Presidente, François Hollande, aprendeu forçadamente que aumento de
impostos sobre os ricos não redistribui a renda, mas redistribui pessoas.
Milhares de franceses ricos saíram em busca de uma nova cidadania, incluindo o
francês mais rico de todos, Bernard Arnault, CEO do
grupo LVMH, dona das marcas Louis Vuitton, Moët Chandon, Hennessy e mais 54
marcas de luxo, que mudou sua cidadania para a Bélgica. O ator Gerard Depardieu mudou
sua cidadania para a Rússia e outros vários artistas, jogadores de futebol e
todo o tipo de milionário foram para a Bélgica, Suíça, etc. Na época, Emmanuel
Macron, antigo Investment Banker que se tornou o ministro da economia,
chamou a medida de super taxação de "Cuba sem sol". Com o desastre
propagado pela medida, Hollande baixou a alíquota para 50% e depois teve que
desistir totalmente desta ideia, não renovando-a para 2015.
E ainda tem gente usando
este exemplo como bem sucedido, sem conhecer a história inteira e, até mesmo,
sem saber que a medida foi deixada de lado completamente.É claro que temos um problema sério de sonegação fiscal, mas uma
das principais razões para isso reside no baixíssimo retorno desses impostos
mesmo com uma carga tributária alta, isso considerando os pequenos empresários
e/ou pessoas físicas autônomas. Além disso, boa parte da sonegação é
proveniente de grandes companhias que financiaram campanhas políticas legal e ilegalmente
nos últimos anos e, não por coincidência várias delas estão listadas na
operação Lava-Jato.O pior de tudo? Muita
gente que é contra a operação ou diz que ela é parcial, atribui à sonegação a
crise fiscal do Brasil. Boa parte desta sonegação também acontece por conta da
enorme quantidade de corrupção no país, com diversos políticos enviando
recursos de propinas ao exterior ou através de desvios de empresas. Esses
problemas não se resolvem do dia para noite e, portanto, tentar melhorar a
sonegação sem contrapartida na eficiência do gasto público e achar ainda que
taxar as grandes fortunas é uma solução de curto prazo, deixa a discussão muito
aquém dos problemas principais.
Qual é a solução para o Brasil, então?
1)- Ora, a primeira coisa é sabermos que nosso foco deve ser
direcionado aos gastos públicos exagerados e precisamos corrigir essa
trajetória fiscal. Sem isso, a confiança no país continuará baixa, os
investimentos produtivos não reagirão (ainda mais com uma taxa de juros tão
alta), as taxas de juros não poderão cair e a inflação, mesmo assim,
permanecerá alta.
2)- E isso é a única coisa? Claro que não! O Brasil é um dos
países que mais apresenta dificuldades para abrir e manter um negócio, portanto
precisamos de uma reforma tributária urgentemente, além de uma reforma
administrativa. Muitos falam mal do empreendedorismo como se este fosse o que
justificasse o mal do país, sendo que é o tamanho e ineficiência do Estado os
verdadeiros inimigos. O Estado não gera riqueza, pode estimulá-lo através de investimentos
públicos que terão o investimento privado o seguindo, mas isso só acontece se a
confiança no país for razoável e as condições para isso sejam boas.
3)- Não adianta continuar achando que o Estado é quem salva a tudo
e todos. Empreendedores não são somente os grandes empresários, mas aqueles que
têm um pequeno negócio na esquina de sua casa e fomentam a economia gerando
empregos. Como esperar que um país prospere sem estímulo à geração de riqueza
através de todo tipo de negócio, minúsculo, pequeno, médio, grande, enorme?
Vamos
pensar melhor agora antes de sair por aí com ímpetos de Robin Hood?
No fim das contas,
quem mais vai sofrer, é justamente o pobre que os justiceiros sociais tanto
bradam por defender! Não se esqueçam, economia não é conto de fadas, mas um
jogo de xadrez. Mover a peça em direção ao aumento de impostos, vai nos fazer perder
a partida.
*Adaptado do Mises Brasil
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O imposto sobre as grandes fortunas é a solução mais burra e idiota, e claro, só podia ser pensada por quem é burro e idiota...
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