Bem, qual é a base
para dizer que o certo e o errado existem, e que há realmente uma diferença
entre esses dois? Tradicionalmente, a resposta tem sido que a base dos valores
morais está em Deus. Deus é, por natureza, perfeitamente santo e bom. Ele é
justo, amoroso, paciente, misericordioso, generoso .Tudo que é bom vem dele e
reflete seu caráter. Ora, a natureza perfeitamente boa de Deus chega até nós em
seus mandamentos que se tornam nosso dever moral: por exemplo, “Amarás ao
Senhor teu Deus de todo o teu coração, alma e força”, “Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo”, “Não matarás, não furtarás, não cometerás adultério”. Essas
coisas são certas ou erradas com base nos mandamentos de Deus, e os mandamentos
de Deus não são arbitrários, mas fluem necessariamente de sua perfeita natureza
para o ordenamento da vida social, pois do contrário seria o caos. Há realmente
um criador, Deus, que fez o mundo e nos permitiu conhecê-lo. Ele realmente tem
ordenado certas coisas. E, de fato, estamos moralmente obrigados a fazer certas
coisas e a não fazer outras.
A moralidade não é apenas um produto de sua mente. Ela é real. Quando
falhamos em guardar os mandamentos de Deus, realmente nos tornamos, do ponto de
vista moral, culpados perante Ele e carentes de seu perdão. A questão não está
apenas no fato de nos sentirmos culpados; nós realmente somos culpados, a
despeito de como nos sentimos. Se tenho uma consciência insensível, uma
consciência entorpecida pelo pecado, posso não me sentir culpado; mas, se
transgredi a lei de Deus, sou culpado, a despeito de como me sinto.
A partir dos
pressupostos acima, vamos tratar de uma das questões mais difíceis e
importantes que a igreja enfrenta hoje é a questão da homossexualidade como um
estilo de vida alternativo. A igreja não pode se esquivar dessa questão.
Eventos como o assassinato brutal de Matthew Shepherd, o estudante homossexual,
no Wyoming, e outros mundo afora, são suficientes para trazer essa questão para
o centro dos debates atuais.
Lamentavelmente, os cristãos que rejeitam a legitimidade do estilo de
vida homossexual são geralmente taxados de homofóbicos, intolerantes, e até
mesmo de odiosos. Por causa disso, a questão do homossexualismo tem provocado
uma grande intimidação, ao ponto de algumas igrejas terem aprovado o estilo de
vida homossexual e até mesmo aceitado aqueles que o praticam para serem seus
ministros.
Eles alegam que a
Bíblia não proíbe a prática homossexual ou que seus mandamentos não são válidos
para hoje, uma vez que são apenas reflexo da cultura dita “ultrapassada,”em que
foram escritos. Essas pessoas, apesar de serem ortodoxas com relação a Jesus e
a qualquer outra área de ensino, acreditam que é correto ser um homossexual
praticante. Assim, quem somos nós para dizer que esses cristãos aparentemente
sinceros estão completamente errados?
Ora, tal questionamento suscita uma pergunta ainda mais profunda, que
precisa ser respondida antes de tudo: o certo e o errado realmente existem?
Antes que você possa determinar o que está certo e o que está errado, você tem
de saber se o certo e o errado realmente existem.
Agora se Deus não existir,
então creio que essas pessoas estão absolutamente corretas em seu RELATIVISMO
MORAL, pois na ausência de Deus, tudo se torna relativo. Assim, o certo e o
errado se tornam valores relativos para diferentes culturas e sociedades, e os
mais diversos pontos de vista. Sem Deus, quem pode dizer que os valores de uma
cultura são melhores do que os da outra? Quem é que pode dizer quem está certo e quem
está errado? De onde vem o certo e o errado? Neste caso teríamos que concordar
com Dostoyewisk: “SE DEUS NÃO EXISTE TUDO É PERMITIDO...” Se Deus não
existe e a alma é mortal, tudo é permitido, é um enunciado profundamente
racional. Não se trata do lamento de
uma mente frágil. Os Karamazov são especialistas na pureza da razão teórica e
prática. O "tudo é permitido" emerge dos estilhaços do mundo. A
razão de Ivan Karamazov percebe a vacuidade de qualquer imperativo ético
universal: o mundo é estilhaçado pela liberdade que a morte nos garante. Sem Deus,
perde-se a forma absoluta do juízo moral: estamos sós no universo como animais
ferozes que babam enquanto vagam pelo deserto e contemplam a solidão dos
elementos. A morte, que devolverá a humanidade ao pó, é o fundamento último do
nosso direito cósmico ao gozo do mal.
Valeria então o que Paulo disse em I Cor 15,32: “Portanto, se foi
simplesmente por razões humanas que lutei com feras em Éfeso, que lucro obtive
nisso? Ora, se os mortos não ressuscitam: “comamos e bebamos, pois amanhã
morreremos...”
A moral seria mera
convenção.O filósofo Karamazov descreve este impasse ético por excelência:
Por trás do bla-bla-blá
socioconstrutivista do respeito ao "outro".Na crítica à teoria
utilitarista do meio (social) em "Crime e Castigo", Dostoiévski já apontara o caráter
"científico" da revolução niilista fundamentada nas ciências sociais:
se tudo é construído, toda desconstrução é racionalmente permitida. Além de
desconstruir, sabemos construir? O homem pode ser a forma do homem? A
modernidade achou que sim. Kant pensou que, com seu risível imperativo
categórico, nos salvaria, fundando a racionalidade pura da moral. Conseguiu
apenas a exclusão cotidiana de toda forma de homem possível. A miserável ética
utilitarista (a ética do mundo possível), síntese da alma prática que só
calcula, busca na universal obsessão humana pelo prazer a fundamentação de uma
ética para homens, cuja forma universal são os merceeiros ingleses.
CONCLUINDO:
O humanismo
rousseauniano apostou na educação para a felicidade e virou mera e alienante
auto-ajuda.
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Se "tudo é relativo", então essa frase também é relativa.
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