Às
vezes alguém me pergunta "porque não sou de esquerda", como se não sê-lo fosse
algum tipo de aberração, ou pecado mortal, do mesmo modo "como no passado, não se entendiam e não
se admitia porque alguém não era Cristão, ou como atualmente nos países Islâmicos,
não se entende porque você não é muçulmano". Mas afinal, por que não sou mais de
esquerda? (detalhe: militei por mais de 10 anos no PCdoB).
1.Não sou de esquerda porque não acredito no socialismo! É um
sistema criado em escritório e que nunca funcionou em lugar algum, e onde se
instalou foi a custa de ditaduras sanguinárias e cerceadoras das liberdades
individuais.
Certo é que nem todos os esquerdistas são ou se consideram socialistas, mas o
socialismo é o “non plus ultra” da esquerda, sempre buscam políticas sociais
que tendem ao controle estatal sobre o indivíduo. Preferem o igualitarismo à
liberdade. Eu prefiro o contrário, pois o segundo tem sido provado pela
história, que é mais eficaz para se chegar ao primeiro, basta ver o nível
social dos países capitalistas mais desenvolvidos.
2. Não sou de esquerda porque não defendo e não compactuo com criminosos, ditadores, guerrilheiros ou utopias irresponsáveis de malucos. A
esquerda sempre parece apoiar, ou ao menos justificar esses tipos. Quando o exército
colombiano resgatou a Ingrid das FARC, logo apareceram os
esquerdistas para criticar ou diminuir o Uribe. Quando houve o atentado em
Jerusalém com o bulldozer, logo pensei: Vai já aparecer algum esquerdista
justificando. Dito e feito! lá estava um esquerdista dizendo que “embora não concorde, posso entender suas ações”. Quando no Brasil aquele menino ficou
preso pelo cinto após o roubo de um carro e foi arrastado por quilômetros, ou
quando o Luciano Huck foi assaltado, também logo apareceram esquerdista que entendia a fundo o direito dos criminosos, menos
os do cidadaõ. Curioso que esse entendimento seja unidirecional. O esquerdista pode entender o comportamento patológico de ladrões,
terroristas, criminosos, ditadores e celerados em geral. Por que então não entende o policial sob pressão que tortura
bandidos? Por que não entende o soldado americano que, na dúvida,
atira? Por que não entende a vítima de um ataque terrorista que,
segundos antes de ser esmagada por um veículo de construção, atira o próprio
bebê pela janela do carro, salvando a sua vida?
3. Não sou de esquerda porque a esquerda nunca assume seus erros
e sempre procura uma saída pela tangente. Quando as políticas
da esquerda começam a dar errado, já aparece alguém para dizer que tal
político esquerdista “virou de direita”. Claro, pois a esquerda não erra
jamais, e se errar, vira de direita, ou alguma outra coisa. No site dos
“marxistas e comunistas por Obama” (é, existe isso!), seus autores colocam um disclaimer
dizendo que “as políticas seguidas por Stalin, Mao, Cuba e Coréia do Norte nada
tem a ver com o marxismo ou o comunismo.” Ah não?...sei...Mas é assim: uma vez
que o método desemboca em genocídio, ditadura, fome e desgraça, aparece alguém
para dizer, “não era socialismo de verdade, era estalinismo”. Mas não se
preocupem, o próximo Socialismo sim, esse vai ser o de verdade!!!!
Zzzzzz....Estamos esperando isto a anos! Essa desculpa esfarrapada para mim, é
o mesmo que dizer:
“Olha, o Nazismo que matou milhões de pessoas não era o Nazismo de verdade,
vamos tentar de novo da forma correta...”
4. Não sou de esquerda porque não pretendo
ser popular, mas ser sempre verdadeiro! 90% dos esquerdistas, não são o que dizem realmente ser, são na realidade, uns hipócritas, dizem uma coisa e praticam outra, muitos meros PAPAGAIOS DE PIRATA, ou Maria-vai-com-as-outras. A maioria faz parte da "ESQUERDA CAVIAR", e consideram-se de esquerda porque seus
amigos e quase todo mundo que conhecem são de esquerda, porque a mídia é de
esquerda, seus familiares, professores, colegas de escola, de trabalho, os CUMPANHÊRO de sindicato também, o são. Na teoria
as ideias de esquerda parecem coisas bacanas, afinal quem não deseja o fim da pobreza, educação, saúde para
todos, um mundo de paz e fraternidade? O problema não é fim, mas os meios para
se chegar a este paraíso aqui na terra. Quem poderia ser contrário a essas coisas?
O problema é que, na prática, a esquerda jamais traz igualdade, educação e justiça, são portanto, apenas slogans vazios, que o bonde da história nos tem mostrado, que todas tentativas de implantação do comunismo descambaram para violentas ditaduras. A esquerda alienante, movida a sexo,
drogas e libertinagem, faz o esquerdista sentir-se bem consigo mesmo, e isso é
o que importa, o efeito real de suas políticas no mundo real é secundário.
5) Não sou de esquerda porque não creio e nem defendo um Estado que interfere na vida comum e privada
do cidadão. Na minha opinião o Estado deve ser mínimo evitando assim o
domínio exagerado por parte dos governantes sobre a vida e família dos
contribuintes. Ademais, acredito que o Estado jamais deva interferir na soberania
das esferas individuais e familiares.
6) Não sou de esquerda porque não defendo e nem tampouco comungo dos conceitos marxistas e comunistas que ensinam e incentivam a luta de classes, "promovendo o DISCURSO DO ÓDIO do nós contra eles". De pobre contra rico, de brancos contra negros, de bandidos contra cidadãos e policiais, da cultura do ocidente contra a do oriente, de direita contra esquerda, de homos contra heteros, homens contra mulheres, e etc, ao invés da CONCILIAÇÃO DE CLASSES e DE CULTURAS, afirmando assim que ela é indispensável àqueles que desejam uma nação justa.
7) Não sou de esquerda porque eu sou contra políticas públicas que incentivam o aborto, a ideologia de gênero, a desconstrução dos valores judaicos-cristãos relacionados a família, o feminismo, descriminalização das drogas, o incentivo a sexualidade precoce em crianças e adolescentes, bem como a intervenção estatal na educação de nossas crianças, pois esta tarefa compete aos pais, seus responsáveis diretos e imediatos.
8) Não sou de esquerda porque as politicas de esquerda nivelam o povo por baixo, emburrecendo-os, e empobrecendo-o cada vez mais, deixando-os sem voz e sem opção de progresso e crescimento.
9) Por fim, não sou de esquerda porque creio numa economia Capitalista que por si só, promove emprego, geração de renda, saída da pobreza através do trabalho, proporcionando assim dignidade ao trabalhador. O capitalismo do século XIX era realmente uma coisa abominável, com um nível de exploração inaceitável. As pessoas com espírito de solidariedade e com sentimento de justiça se revoltaram contra aquilo. O Manifesto Comunista, de Marx, em 1848, e o movimento que se seguiu tiveram um papel importante para mudar a sociedade.A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho.O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produza riqueza é o trabalhador e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas.A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista. O capitalismo individualista, segundo as teorias de Adam Smith e David Ricardo, é rejeitado pelo capitalismo humanista.Como formulação lógico-jurídica da teoria, propõe-se o deslocamento deontológico do capitalismo neoliberal do “ser” para o “dever ser”, consubstanciado nos diretos humanos.O capitalismo precisa ser salvo dos capitalistas neoliberais. Uma resposta deve ser dada a eles, e a melhor resposta é a humanização da economia de mercado, deslocando o capitalismo neoliberal: do seu ser – que corresponde ao estado da natureza, selvagem e desumano – para o seu dever-ser da concretização multidimensional dos direitos humanos mediante a universal dignificação da pessoa humana.
CONCLUSÃO
Diante
do problema do mal, experimentamos a urgência de uma solução. Para quem crê,
Jesus satisfez essa urgência: inocente, sacrificou-se por nós. Assim, o cristão
fiel ao evangelho, declara com tranquilidade que o mal está em si, e não em
terceiros, nas estruturas, ou no sistema. Este é o “mecanismo do bode
expiatório”, segundo René Girard: fazer com que alguém encarne o mal e eliminá-lo,
gerando sacrifícios sem fim, sempre buscando culpados fora, na constante busca
de bodes expiatórios, quando na realidade precisamos é de conversão, pois já
dizia Santo Ancelmo: “É possível mudar as estruturas com
santidade, jamais o contrário...”Isso se verifica facilmente entre nós, ocidentais, quando
lembramos os assassinatos em massa do século 20: Judeus, ciganos, cristãos
dissidentes e povos não-alemães foram os bodes expiatórios da Alemanha
hitlerista: quarenta milhões de mortos. Da mesma forma, nos países comunistas o
vago conceito de “classe dominante” tem justificado a condenação à morte de mais
de milhões. Trata-se um ciclo diabólico, pois não há sacrifícios que cheguem
para a sanha dos que pensam combater o mal dessa maneira. Assim, a violência
aumenta na mesma proporção do secularismo. A equiparação entre comunismo e nazismo não é novidade. No
entanto, de certo modo o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães
era melhor nisso: mentia menos. Seus membros não escondiam o desejo de
conquistar o mundo; já o socialismo oculta seu projeto de poder total sob a estratégica
pseudo compaixão pelos pobres e a promessa de um futuro glorioso, ou seja, o
paraíso aqui na terra, que geralmente se tranforma no inferno das ditaduras de
esquerda.O autointitulado “protetor dos oprimidos”, ao tornar-se chefe da
nação, passa a valer-se de sua anterior (e farsesca) posição de “oprimido” para
solapar resistências e positivar desmandos. E o povo, além de mais empobrecido,
fica definitivamente sem voz. Na Rússia, na China e no Camboja a arbitrariedade
apenas mudou de mãos, tornando-se voraz como nunca; em Cuba, uma favela carioca
pareceria condomínio de luxo na parte não-turística da ilha; na Venezuela,
Chávez diz “eu sou o povo” para justificar a progressiva supressão da
democracia. Hoje
não há cristãos nazistas (pelo ao menos assumido), mas há uma miríade de
cristãos assumidamente socialistas ou comunistas. É algo difícil de
compreender. Em primeiro lugar, por que um seguidor de Jesus aderiria a um
arremedo de plano da redenção? Para confessar esse endosso, precisaria
necessariamente subverter todo o pensamento bíblico, substituindo a criação
divina pela matéria autônoma, o pecado original pela propriedade privada, a
salvação em Cristo pela revolução socialista. Se não o fez, é porque ainda
oscila entre os dois mundos, sem perceber que são díspares: a cultura marxista ateia,
mimetizando a judaico cristã.Aqui vem a pergunta que não quer calar: Por que um cristão se
posicionaria a favor de um Estado forte que pune seus dissidentes? O processo
de centralização do poder empurra a igreja ou para o servilismo ou para a
clandestinidade onde quer que o socialismo seja implementado. De fato, Hannah
Arendt estudou o totalitarismo e concluiu que o isolamento torna o ser humano
muito mais vulnerável ao controle estatal. Por isso, esse regime ataca
prioritariamente as livres associações (a família, a igreja, a escola, o
comércio), buscando atomizar a sociedade no melhor estilo romano do “dividir
para conquistar”.Portanto, ser socialista e cristão é tomar o partido de
César, e não de Cristo. Sobretudo, ser socialista e cristão no Brasil de hoje é
assumir uma postura perigosíssima para a igreja. De várias maneiras, o projeto
de poder da esquerda atual, honrando suas influências teóricas e suas alianças
internacionais, busca cada vez mais controle sobre a sociedade. É quando
precisamos recorrer aos ensinamentos de Cristo:Que por causa do pecado, Deus
instituiu os magistrados para punir os maus e garantir a ordem; porém, o Estado
“jamais” pode ferir a soberania das esferas individuais, familiares e
corporativas, pois a autoridade de cada esfera descende igualmente de Deus.
Caso o faça, devemos ora et labora para que retorne ao ideal divino, opondo-nos
a cada atentado à liberdade e amparando os perseguidos. Mas isso só será
possível se substituirmos a cosmovisão esquerdista por uma genuína cosmovisão
cristã. Que Deus ajude a igreja brasileira nessa empreitada.
Francisco José
Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme
diploma Nº 31.636 do Processo Nº 003/17
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Verdade muito bom
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