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AS 10 PRINCIPAIS VIRTUDES DE MARIA SANTÍSSIMA REVELADAS DURANTE SUA VIDA TERRENA

Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017 | 15:24








Por virtudes se entendem aqueles hábitos bons que tornam as "potências da alma"(*Sindérese) capazes de executar com prontidão, facilidade e deleite tudo que, na ordem natural, é postulado pela reta razão e tudo a que, na ordem sobrenatural, somos convidados por Deus. Apesar de ser o princípio e fundamento da vida interior, a graça santificante é estática, ou seja, não é imediatamente operativa. Em teologia a virtude é denominada hábito entitativo, não operativo. Pelo fato de haver no homem uma perfeita analogia entre a estrutura natural e a sobrenatural, tornar-se-á mais acessível à nossa compreensão esta última, se considerarmos a primeira, que está mais a nosso alcance. A alma humana não é, por sua própria essência, imediatamente operativa.A graça santificante não é dada ao homem com vistas à ação, mas ao ser. Considerada acidente, ela faz entretanto o papel substancial na ordem sobrenatural, e para agir, necessita como todas as substâncias, de potências sobrenaturais que são infundidas por Deus na alma de um cristão, no momento do Batismo. Na de Nossa Senhora, porém, o foram desde o primeiro instante de sua conceição em estado de graça original, em virtude de sua missão: Conceber Aquele que não tinha e não conheceu pecado: Jesus, o Cristo(messias) esperado.



*Sindérese: No Aristotelismo e especialmente na escolástica, é a capacidade espiritual inata (lei natural), espontânea e imediata, para a apreensão dos primeiros princípios da ética, capaz de oferecer intuitivamente uma orientação adequada para o comportamento moral.





Deus é a fonte de tudo! “A primeira filosofia é a ciência da verdade; mas não de qualquer verdade, mas da que é origem de toda a verdade, ou seja, a que pertence ao primeiro princípio pelo qual tudo o demais existe; e por isso sua verdade é o princípio de toda a verdade; porque em todas as coisas sua verdade corresponde a seu ser” (Metafísica, II,1). Deus como Fonte de toda ordem Civil e Comunitária foi tratado pela Escolástica, sobretudo Santo Tomás de Aquino e a Escola Espanhola.Deus é a Causa Final – A causa final é a primeira das causas. Assim, pois, o ser divino é a causa agente e causa final. Mas quando dizemos que Deus é o Fim Último de todas as cosias é no sentido de que Deus é o Fim ao qual todos devem alcançar. Portanto Deus é o Fim das coisas não como algo feito ou realizado em nós, mas somente enquanto os seres possam alcançá-lo.(Cfme. Suma Teológica, I, q.45, 1, ad. 3. 8 Cfme. Suma Teológica, I , q. 45, e c. 9 Cfme. Suma Teológica, I, q. 44, art. 1, sol. 10 Cfme. Suma Teológica, I, q. 44, art. 1).Deus é a primeira causa exemplar de todas as coisas. Antes da criação nada havia que pudesse servir de exemplo. Então, o mesmo Deus foi modelo para a sua obra. A mesma essência Divina, participável analogicamente por ação de seu entendimento e vontade. Deus cria por vontade e não por necessidade natural. Deus é o Ato Puro, portanto, consiste na Perfeição. Ora, seria contraditório que um ser infinitamente perfeito necessitasse algo por natureza. Tal asserção vai de encontro a tudo o que se entende por Deus. No entanto, nada impede que nele se estudem coisas baixo diversos aspectos, segundo a ordem que se dá em nosso entender.Todas as coisas criadas tem em Deus sua causa eficiente, exemplar e final. As criaturas também são causas, mas com a característica de causa segunda, atuando sempre baixo a moção divina. Considerando-se a identificação que se dá entre essência e o entendimento divino, esse exemplo único, quando se reproduz em imitações parciais, resplandece a belíssima variedade dos seres criados. De onde se conclui que as criaturas refletem analogicamente em suas limitadas perfeições a imagem perfeita do Criador. A criação como toda a operação com a que Deus, causa eficiente, produz alguma coisa fora de si , é comum as três pessoas da SS. Trindade, das que como um só princípio procede todo o universo criado. O mistério de Cristo se inscreve no mistério de Deus Trino. Cristo é a Palavra na que tudo foi criado e na que expressa juntamente o Pai e o Espírito Santo. O Prólogo do Evangelho de São João, nos fala: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, ele estava com Deus Tudo foi feito por meio dele (grifo nosso) e sem ele nada foi feito” (Cfme. Suma Teológica, q. 44, art. 3, sol. 12 Cfme. Suma Teológica, I, q. 44.art. 4, sol. E resposta a 4ª objeção. Evangelho de São João, cap. 1, 1-3).O texto reproduz o relato da criação, escondido pelos verbos: Deus disse... e assim se fez: Deus criou mundo por seu Verbo, isto é, por sua Palavra. A Palavra de Deus é substância, é realidade subsistente. O evangelista constrói de maneira muito adequada a expressão “tudo foi feito por meio dela”. Pois qualquer que faz algo, convém que o preconceba em sua Sabedoria, que é forma e razão da coisa feita, assim como a forma foi preconcebida na mente do artífice como razão da fabricação da arca. Assim, então Deus nada faz senão por meio do conceito de seu intelecto, que é a sabedoria concebida desde o eterno, é dizer, Palavra de Deus e Filho de Deus; e por isso é impossível que haja algo senão por meio do Filho, e somos imagem e semelhança de Deus, no Filho. Por conseguinte todas as criaturas não são senão uma expressão e representação real de todas as coisas compreendidas no conceito de verbo Divino; por isso se afirma na Escritura que tudo foi feito pelo Verbo. Dessa forma concluímos que a criação, seja de coisas corpóreas ou incorpóreas, é obra exclusiva de Deus Uno e Trino, não competindo a qualquer criatura o poder de criar (verdades, ou virtudes) mas só e exclusivamente ao Esse Subsistens. Esse entendimento incidindo sobre a moral traz como consequência o reconhecimento de seu caráter metafísico e criacional, pois não compete ao homem “criar” uma verdade ou virtude mas reconhece-la enquanto comunicado revelada por Deus através da natureza e economia da Salvação.





ESTRUTURA DO ORGANISMO SOBRENATURAL





O homem é um composto de corpo e alma. A pessoa humana resulta da composição substancial desses dois elementos. Embora a alma seja a forma do corpo e lhe transmita toda a sua perfeição, não é por si mesma imediatamente operativa, necessitando das potências da inteligência e da vontade para que possa obrar. Elas, apesar de terem na alma sua raiz, se distinguem dela, assim como se distinguem mutuamente entre si. Assim, a alma depende de todo um princípio formal, a graça santificante (elemento estável) e das potências, virtudes infusas e dons , que residem nas faculdades com o fim de elevar-las a ordem sobrenatural, proporcionando ao homem o aproveitamento máximo de sua antropologia. Através da graça santificante, se dá uma participação estável de Deus no homem, produzindo neste uma orientação para seu fim último, que é o mesmo Deus. O principal efeito da graça santificante consiste em fazer-nos partícipes da natureza divina. Lembramos aqui o exposto sobre participação. A graça santificante se constitui no único elemento de ordem estável e de caráter estático do organismo sobrenatural. Como elemento de ordem estável e de caráter dinâmico deve-se assinalar as virtudes infusas e os dons do Espírito Santo. Estes fluem da essência da graça santificante, a fim de dar-lhes operação, uma vez que a mesma carece de princípios imediatamente operativos (Conforme Marin A. R.: “las virtudes infusas son hábitos operativos infundidos por Dios en las potencias del alma para disponerlas a obrar según el dictámen de la razón iluminada por la Fe”).A divisão das virtudes infusas é análoga a dos hábitos naturais. Umas ordenam as potencias a seu fim , outras as dispõem com relação aos meios. O primeiro especifica as virtudes teologais, o segundo as morais. As primeiras respondem, na ordem da graça ao que são no da natureza os princípios morais, que ordenam o homem a seu fim sobrenatural; as segundas respondem as virtudes adquiridas, que lhe aperfeiçoam com relação aos meios. Os dons do Espírito Santo se constituem em perfeições infundidas por Deus na alma humana, e que são transcendentes a simples razão natural. 






São muitas as diferenças que se dão entre os dons e as virtudes infusas!





A primeira distinção se dá em relação a causa motora. Primeiramente lembramos que não se deve confundir causa motora com causa eficiente. A causa eficiente é a mesma, tanto para os dons como para as virtudes, ou seja, o mesmo Deus, enquanto Autor de toda a obra sobrenatural. Já a causa motora das virtudes infusas é a razão humana. No caso dos dons, a causa motora, é o próprio Deus, na Pessoa do Espírito Santo, atuando diretamente sobre o agente.A imagem natural de Deus existe em todo o homem, bom ou mau, justo ou injusto. Mas, nos justos mediante a graça se dá uma imagem muito mais perfeita, que alcança o Sumo grau de perfeição para os que alcançam a visão beatífica. 






Tomás de Aquino explica que a imagem de Deus no homem pode ser considerada de três modos:





1) Primeiro, enquanto que o homem possui uma atitude natural para conhecer e amar a Deus, atitude que consiste na natureza da mente;




2) Segundo, enquanto que o homem conhece e ama atual ou habitualmente a Deus, mas de um modo imperfeito; esta é a imagem procedente da conformidade pela graça.




3) Terceiro, enquanto que o homem conhece atualmente a Deus de um modo perfeito; esta é a imagem que resulta da semelhança da glória.





Este homem criado para a glória divina vive em uma ordem moral na qual está contido o Direito, ou seja, o justo natural, aquilo que é seu, propriamente seu, pelo fato de que existe uma lei anterior que o determina, ou seja , a lei natural.






A lei de Deus conforme o Aquinate, de duas formas conduz o homem para a santidade:





1)-Internamente, através da graça santificante.




2)-E externamente, através dos preceitos divinos.





A graça se constitui em um elemento de caráter sobrenatural destinada a santificar internamente o homem. As leis direcionam o comportamento humano externo por meio de regras que lhe determinam o que pode ser feito e o que deve ser evitado. O Doutor Angélico ensina que a lei consiste em uma prescrição da razão em ordem ao bem comum, promulgada por aquele que tem o cuidado da comunidade (“ Lex ninhil aliud est quam quaedam rationis ordinatio ad bonum commun, ab eo quí cuam communitatis habet, promulgata”. 18 Cfme. Suma Teológica, I q. 93, art.4).Aqui, retomamos a teoria da causalidade aristotélica já referida anteriormente no tema da criação. Ainda que a existência da lei eterna encontre oposição no mundo moderno por aqueles sistemas que prescindem da existência de Deus, o pensamento antigo sempre admitiu a existência de uma lei eterna imutável responsável por toda a admirável ordem do mundo. O pensamento cristão concebe e lei eterna, como consequência da divina providência. É a razão mesma de Deus. É o próprio Deus.Sem a providência divina não seria inteligível a ordem universal. Deus, autor do universo, o governa por sua providência divina, que é sua prudência governativa. Por meio de sua providência, segundo sua inteligência e vontade, Deus conduz a ordem das coisas para seus fins próprios e fim último de todo o universo. Tomás de Aquino define a lei eterna como “a razão da divina sabedoria divina enquanto princípio diretivo de todo o ato e todo o movimento”.A lei eterna é concebida como verdadeira lei. Se chama lei porque é um ditame da razão divina e eterna, porque em Deus nada tem fim. Ao admitirmos que a lei eterna é o mesmo Deus reconhecemos sua sobreposição sobre as demais. Esta ideia é comum entre os Santos Padres:“Assim, pois, sendo a lei eterna a razão ou o plano de governo existente no supremo governo, todos os planos do governo existentes nos governos inferiores necessariamente hão de derivar da lei eterna E estas razões ou planos dos governantes inferiores são todas as demais leis menos a lei eterna. Por conseguinte, toda lei, na medida em que participa da razão , se deriva da lei eterna. Por isso disse Santo Agostinho em I De lib. Arb. Que nada há justo e legítimo na lei temporal que não tenham tomado os homens da lei eterna” . Cabe acrescentar que as leis criadas funcionam como causas segundas em dependência de Deus, sua primeira causa motiva que dá moção as demais leis, e que na verdade não são outra coisas que a mesma lei eterna. A lei eterna tem em si algo de absolutamente íntimo e imediato a cada lei inferior, que encontra sua razão de ser. Dessa afirmação chegamos a seguinte conclusão: a lei humana, em verdade, está muito mais intimamente ligada a lei eterna que a lei natural, ainda que aparentemente nos pareça o contrário.O exercício das virtudes nos impulsionam a viver conforme a vontade e o plano perfeito de Deus para a humanidade, embora Deus respeite a nossa liberdade em aderir ou não. O desacordo com a lei eterna produz a desordem e o desequilíbrio porque em todas as causas ordenadas, o efeito depende mais da primeira que da causa segunda, porque a causa segunda só atua em virtude da causa primeira.Retornando a teoria da causalidade aristotélica (causa não causada de todas as causas), podemos observar que a lei eterna é causa eficiente, exemplar e final de todas as demais leis. Se diz que é causa eficiente, uma vez que todas as leis são movidas pela lei eterna, e só assim podem regular matéria própria e também porque depende dela a autoridade que vem de Deus. Se diz que é causa exemplar uma vez que toda lei deve imitar em sua regulação sua verdade e justiça. Também dizemos afirmamos a causalidade final porque todos os fins especificados pelas leis estão ordenados ao bem comum que por essência é objeto próprio da lei eterna. A participação da lei eterna na criatura racional chamamos lei natural, a qual caracteriza-se por ser única, universal, imutável e indelével Da sequência lei eterna, lei natural deve surgir a lei humana. Partindo do suposto que a existência da lei humana não deixa dúvidas, nos aprece conveniente uma justificação racional das mesmas.O homem chega a necessidade da lei humana devido a necessidade de determinar normas particulares, a partir dos primeiros princípios ditados pela lei natural. Estas leis, bem como o exercício das virtudes no entanto, devem sempre constituir-se em conclusões racionais dos princípios morais. Enquanto prolongamento da lei natural deverá obviamente ser justa, uma vez que a virtude da justiça é produto da razão, elemento essencial a caracterização da lei.Assim se conclui que o Direito Natural e o Direito Positivo, a lei natural e a lei positiva não deveriam se contrapor, mas se complementarem. O reconhecimento de Deus como fonte da Justiça nos leva a concluir que o primeiro princípio que sustenta e da qual depende todo o Direito consiste em “Amar a Deus sobre todas as coisas”.  A sentença se justifica porque:



1 – Deus é o Criador de tudo quanto é e existe;

2 – Deus é o Governador Universal;

3 – Existe uma dependência absoluta e ontológica de todo o ser criado ao Ser Divino;

4 – Deus está no mais íntimo de toda a criatura;

5 – Deus se constitui no Bem por excelência, para o qual o homem tende e deseja ainda que inconscientemente.





A hierarquia natural da caridade por justiça, põe em primeiro lugar o Amor a Deus, do qual depende a manutenção da vida em todos os seus aspectos. O amor ao próximo está condicionado e subordinado ao amor a Deus, e não o contrário, que se constitui em uma inversão da ordem. E isto porque, se por um lado Deus é infinitamente mais perfeito; por outro, a relação entre a criatura e o Criador é infinitamente mais íntima e necessária que qualquer relação entre criaturas. O homem desperto pelo amor divino procura exercitar todas as virtudes a fim de colocar-se ao serviço de Deus por amor a Ele e para o bem comum dos outros. O amor divino estimula a prática de toda s as demais virtudes. Pelo amor divino o homem pode compreender e empreender coisas grandes. E por compreender o sentido o sentido das coisas, o homem pode praticar a justiça e com isso, obter a paz e o gozo espiritual. ATENÇÃO! O homem que põe em primeiro plano o amor ao próximo comete a primeira grande injustiça, que abre espaço para todas as demais. Se a consideração a Deus não for absoluta, toda a lei divino-positiva passaria a ser relativa. Daí surgem os adultérios, as calúnias, os abortos, libertinagem, homicídios, etc. O melhor exemplo se encontra no divórcio. Se o homem não vê no matrimônio uma consideração sobrenatural, muito facilmente passa a defender o divórcio. Portanto, o entendimento e devido cumprimento da lei de Deus é imprescindível para o bom ordenamento de tudo. No entanto, isso não significa que Deus seja implacável. O paradoxo está em que Deus perdoa os erros e os homens que não o temem. Porém, é muito profunda a diferença entre perdão e aprovação. Vejamos agora, sucintamente, como agiram na belíssima alma de Maria, esses hábitos operantes sobrenaturais infusos: virtudes e dons, com seus perfeitos atos correspondentes, os frutos e as bem-aventuranças. Maria Santíssima praticou de maneira admirável todas as virtudes convenientes à sua condição humana. Convenientes, disse, porque é claro que nem todas as virtudes são praticáveis por todos. Com efeito, a virtude, que em si mesma significa perfeição, porque é o hábito de operar o bem, nem sempre supõe perfeita a pessoa que a possui. Assim, há virtudes que tendem a liberar o homem do pecado ou das conseqüências deste, virtudes que somente podem aflorar numa consciência antes maculada pela iniqüidade. Claro está que tais virtudes não se poderiam encontrar nem em Jesus nem em Maria. Por exemplo, não diremos que Ela tenha praticado a penitência, pois sempre foi inocente, nem as outras virtudes pelas quais o homem domina suas paixões, porque essas lutas interiores nunca perturbaram a serena e tranqüila liberdade de espírito da Mãe de Deus. Exceção feita dessas virtudes, a Virgem Santíssima praticou todas as demais, de maneira extraordinária. Infelizmente, pouco conhecemos da vida de Maria para podermos nos deliciar na contemplação detalhada de todos os atos virtuosos por Ela praticados.











Todavia, as breves notícias que temos a respeito nos Evangelhos, podem nos dar pelo menos uma idéia de suas exímias virtudes.     (*Atenção! Virtude é diferente de graça: A Graça é dada, porém a virtude é exercitada!)





1)- Profunda humildade: Maria sabia reconhecer-se como humilde serva, sentia-se nada diante do Senhor, sem vaidade nenhuma oferecia ao Senhor os louvores que recebia e não havia nada em seu coração que centrasse nela própria. Ela era simples, todos seus atos eram feitos no silêncio e no escondimento. A humildade de Maria é a principal virtude que esmaga a cabeça do demônio. Nossa Senhora nunca se esqueceu que tudo nela era dom de Deus (Tiago 4,6;João 3,27; I Cor 4,7).Ela se alegrava em servir ao próximo e se colocava sempre em último lugar.Imitando essa virtude: Devemos buscar a humildade, pensando sempre que se temos qualidades e potenciais tudo devemos a Deus, tudo isso é dom de Deus. Compreendamos que o homem sem Deus não é nada e nada possui. Nunca se deixar levar pelo orgulho, pela vaidade e soberba. Ser modestos, comedidos, sem vaidade, sempre dispostos a servir aos outros, ter simplicidade na maneira de se apresentar e quando receber um elogio dar os créditos a Deus. A humildade se opõe a soberba. “Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva.” (Lc. 1,48) “Derrubou os poderosos de seus tronos E exaltou os humildes.” (Lc. 1,52).






2)- Paciência: Nossa Senhora passou por muitos momentos estressantes de provação, de incômodo e de dor, durante toda sua vida, mas suportou tudo com paciência. Sua tolerância era admirável! Nunca se revoltou contra os acontecimentos, nem mesmo quando viu o próprio filho na Cruz! Sabia que tudo era vontade de Deus e meditava tudo isso em seu coração. Maria, nossa mãe, teve sempre paciência, sabendo aguardar em paz aquilo, que ainda não se tenha obtido, acreditando que iria conseguir, pela espera em Deus. Imitando essa virtude: Ter paciência é não perder a calma, manter a serenidade e o controlo emocional. Além disso é saber suportar, como Maria, os desabores e contrariedades do dia a dia, saber suportar com paciências nossas próprias cruzes. Devemos saber ouvir as pessoas com calma e atenção, sem pressa, exercitando assim a virtude da caridade. Fazer um esforço para nos calarmos frente aquelas situações mais irritantes e estressantes. Quando houver um momento de impaciência pode-se rezar uma oração, como por exemplo, um Pai-nosso, buscando se acalmar para depois tentar resolver o conflito. Devemos nos propor, firmemente não nos queixarmos da saúde, do calor ou do frio, do abafamento no autocarro lotado, do tempo que levamos sem comer nada… Temos que renunciar, frases típicas, que são ditas pelos impacientes: “Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você…!”, “Outra vez!”, “Já estou cansado”, “Estou farto disso!”. Fugir da ira, se calando ou rezando nesses momentos. A paciência se opõe à ira! “Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança.”(Rom. 5,3-4) “Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, esta­rá sujeito ao inferno de fogo.”(Mat 5,22).






3)- Oração contínua: Nossa Senhora era silenciosa, estava sempre num espírito perfeito de oração. Tinha a vida mergulhada em Deus, tudo fazia em Sua presença. Mulher de oração e contemplação, sempre centrada em Deus. Buscava a solidão e o retiro pois é na solidão que Deus fala aos corações. “Eu a levarei à solidão e falarei a seu coração (Os 2, 14)” Em sua vida a oração era contínua e perseverante, meditando a Palavra de Deus em seu coração, louvando a Deus no Magnificat, pedindo em Caná, oferecendo as dores tremendas que sentiu na crucificação de Jesus, etc. Imitando essa virtude: Buscar uma vida interior na presença de Deus, um “espírito” contínuo de oração. Não se limitar somente as orações ao levar, ao se deitar e nas refeições, estender a oração para a vida, no trabalho, nos caminhos, em fim, em todas as situações, buscando a vontade de Deus em sua vidas. “Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3,17). e “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a acção de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.”(Fil 6,6-7).





4)- Obediência: Maria disse seu “sim” a Deus e ao projeto da salvação, livremente, por obediência a vontade suprema de Deus. Um “sim” amoroso, numa obediência perfeita, sem negar nada, sem reservas, sem impor condições. Durante toda a vida Nossa Mãezinha foi sempre fiel ao amor de Deus e em tudo o obedeceu. Ela também respeitava e obedecia as autoridades, pois sabia que toda a autoridade vem de Deus. Imitando essa virtude: O Catecismo da Igreja Católica indica que a obediência é a livre submissão à palavra escutada, cuja verdade está garantida por Deus, que é a Verdade em si mesma. Esforcemo-nos para obedecer a requisitos ou a proibições. A subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a abstenção de algo que é proibido, nos faz crescer. Rezar pelos superiores. Obedecer sempre a Deus em primeiro lugar e depois aos superiores. Obedecer a Deus é obedecer seus Mandamentos, ser dócil a Sua vontade. Também é ouvir a palavra e a colocar em prática. “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Luc 1, 38).






5)- Suprema Caridade Maternal: Nossa Mãe cheia de graça ama toda a humanidade com a totalidade do seu coração. Cheia de amor, puro e incondicional de mãe, nos ama com todo o seu coração imaculado, com toda energia de sua alma. Nada recusa, nada reclama, em tudo é a humilde serva do Pai. Viveu o amor a Deus, cumprindo perfeitamente o primeiro mandamento. Fez sempre a Vontade Divina e por amor a Deus aceitou também amar incondicionalmente os filhos que recebeu na cruz. Era cheia da virtude da caridade, amou sempre seu próximo, como quando visitou Isabel, sua prima, para a ajudar, ou nas bodas de Caná, preocupada porque não tinham mais vinho.Imitando essa virtude: Todos os homens são chamados a crescer no amor até à perfeição e inteira doação de si mesmo, conforme o plano de Deus para sua vida. Devemos buscar o verdadeiro amor em Deus, o amor ágape, que nos une a todos como irmãos. Praticar o amor ao próximo, a bondade, benevolência e compaixão. O amor é doação, assim como Maria doou sua vida e como Jesus se doou no cruz para nos salvar, também devemos nos doar ao próximo, por essa razão o amor é a essência do cristianismo e a marca de todo católico. “Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor – estes três. Porém, o maior deles é o amor.” (I Cor. 13,13).






6)- Mortificação: Maria, mulher forte que assume a dor e o sofrimento unida a Jesus e ao seu plano de salvação. Sabe sofrer por amor, sabe amar sofrendo e oferecendo dores e sacrifícios. Sabe unir-se ao plano redentor, oferecendo a Vítima e oferecendo-se com Ela. Maria empreendeu, e abraçou uma vida cheia de enormes sofrimentos, e os suportou, não só com paciência, mas com alegria sobrenatural. Nada de revolta, nada de queixas, nada de repreensões ou mau humor. Pelo contrário, dedicou-se à meditação para buscar entender o motivo que leva um Deus perfeito a permitir aqueles acontecimentos. Pela meditação, pela submissão, pela humildade, Ela encontrou a verdade. Imitando essa virtude: Muitas vezes Deus nos envia provações que não compreendemos, portanto devemos seguir o exemplo de Nossa Senhora e meditar os motivos que levam um Deus perfeito a permitir essas provações, aceitá-las e saber oferecer todas as nossas dores a Jesus em expiação dos nossos pecados, pelos pecados de todos e pelas almas, unindo nossos sofrimentos aos sofrimentos de Jesus na Cruz. Não devemos oferecer somente os grandes sofrimentos, devemos oferecer também o jejum, fugir do excesso de conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecer alguns sacrifícios a Deus, seja no comer (renunciar de algum alimento que se tenha preferência ou simplesmente esperar alguns instantes para beber água quando se tem sede), nas diversões (televisão principalmente), nos desconfortos que a vida oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo paciência em tudo. É indispensável sorrir quando se está cansado, terminar uma tarefa no horário previsto, ter presente na cabeça problemas ou necessidades daquelas pessoas que nos são caras e não só os próprios. Oferecer os sofrimentos, desconfortos da vida, jejuns e sacrifícios a Deus pela salvação das almas. “Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta.” (Lamentações 1,12).






7)- Doçura: Nossa Senhora, é a Augusta Rainha dos Anjos, portanto senhora de uma doçura angelical inigualável. Ela é a cheia de graça, pura e imaculada. Ela pode clamar as Legiões Celestes, que estão às ordens, para perseguirem e combaterem os demônios por toda a parte, precipitando-os no abismo. A Mãe de Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela, não temos temor.Imitando essa virtude: A doçura é uma coragem sem violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera. A doçura é antes de tudo uma paz, a manifestação da paz que vem do Senhor. É o contrário da guerra, da crueldade, da brutalidade, da agressividade, da violência… Mesmo havendo angústia e sofrimento, pode haver doçura. “Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência.” (Col. 3,12).






8)- Fé viva: Feliz porque acreditou, aderiu com seu “sim” incondicional aos planos de Deus, sem ver, sem entender, sem perceber. Nossa Senhora gerou para o mundo a salvação porque acreditou nas palavras do anjo, sua fé salvou Adão e toda a sua descendéncia. Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: “E bem-aventurada tu, que creste, porque se cumprirão as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1,45). A inabalável fé de Nossa Senhora sofreu imensas provas: – A prova do invisível: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus; – A prova do incompreensível: Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno; – A prova das aparências contrárias: Viu-O finalmente maltratado e crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder. Senhora da fé, viveu intensamente sua adesão aos planos de Deus com humildade e obediência. Imitando essa virtude: A fé é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma virtude, devemos pedir a Jesus como fizeram os apóstolos para aumentar a nossa fé. Porém ter fé não é o bastante, é preciso ser coerente e viver de acordo com o que se crê. “Porque assim como sem o espírito o corpo está morto, morta é a fé, sem as obras” Tg (2,26). Ter fé é acreditar que se recebe uma graça muito antes de a possuir e é, acima de tudo, ter uma confiança inabalável em Deus! “Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá.” (Luc 17,6).





9)- Pureza Divina: Senhora da castidade, sempre virgem, mãe puríssima, sem apego algum as coisas do mundo, Deus era o primeiro em seu coração, sempre teve o corpo, a alma, os sentidos, o coração, centrados no Senhor. O esplendor da Virgindade da Mãe de Deus, fez dela a criatura mais radiosa que se possa imaginar. O dogma de fé na Virgindade Perpétua na alma e no corpo de Maria Santíssima, envolve a concepção Virginal de Jesus por obra do Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal. Para resgatar o mundo, Cristo tomou o corpo isento do pecado original, portanto imaculado, de Maria de Nazaré. Imitando essa virtude: Esta preciosa virtude leva o homem até o céu, pela semelhança que ela dá com os anjos, e com o próprio Jesus Cristo. Nossa Senhora disse, na aparição de Fátima, que os pecados que mais mandam almas para o inferno, são os pecados contra a pureza. Não que estes sejam os mais graves, e sim os mais frequentes. Praticar a virtude da castidade, buscando a pureza nos pensamentos, palavras e ações! Os olhos são os espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro com malícia perde a pureza. Portanto, coloque seus olhos em contemplação, por exemplo na Adoração, e receba a luz que santifica. Quem luta pela castidade deve buscá-la por três meios: o jejum, a fugida das ocasiões de pecado(Como dizia Pe Pio: Só os covardes vencem os pecados e as tentações), e a oração. “Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e de verdade” (I Cor.5,8).






10)- Sabedoria divina: Desde a criação do mundo até a plenitude dos tempos, só a Virgem de Nazaré encontrou graça diante de Deus, para si e para todo gênero humano, a ponto de ser considerada digna de trazer ao mundo Jesus Cristo, a Sabedoria encarnada. Ainda hoje, só a Mãe de Deus tem o poder, por virtude do Espírito Santo, de “encarnar” a Sabedoria nos predestinados. Pela sublimidade de suas virtudes, [Maria] mereceu esse bem infinito, de “tornar-se Mãe, Senhora e Trono da divina Sabedoria” (SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. O Amor da Sabedoria Eterna, 203)e continua a sua missão materna até a consumação eterna de todos os eleitos (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 62). A Virgem Maria é Mãe da Sabedoria porque a encarnou e a colocou no mundo como fruto de suas entranhas. “Onde quer que esteja Jesus – no Céu ou na Terra, nos tabernáculos ou nos corações – poder-se-á sempre afirmar com verdade que Ele é fruto e obra de Maria, que só Maria é a Árvore da vida e que Jesus é o seu único Fruto". Por isso, se quisermos trazer esse Fruto maravilhoso em nosso coração, devemos trazer em nós a Árvore que O produziu; se queremos possuir Jesus, devemos possuir Maria; “se queremos […] ser cristãos, devemos também ser marianos, isto é, devemos reconhecer [a sua maternidade divina] a relação essencial, vital e providencial que une Nossa Senhora a Jesus e que nos abre o caminho que leva a Ele”A Santíssima Virgem é senhora da Sabedoria, não porque ela esteja acima da Sabedoria divina ou que Lhe seja igual – pensar ou afirmar uma ou outra como verdade de fé seria blasfêmia – “mas porque Deus Filho, a Sabedoria eterna, submeteu-se perfeitamente a Maria, como sua Mãe; deu-lhe sobre si mesmo um incompreensível poder materno e natural, não apenas durante a vida terrena, mas também no Céu, já que a glória não só não destrói a natureza, mas até a aperfeiçoa. Isso faz com que, no Céu, Jesus seja, mais do que nunca, filho de Maria, e Maria, mais do que nunca, Mãe de Jesus”.O Senhor Jesus é submisso a Nossa Senhora porque, dessa forma, lhe agrada. Por suas poderosas preces e graças ao dom da maternidade divina, a Virgem Maria “obtém de Jesus tudo o que deseja, comunica-o a quem quer e O gera, cada dia, nas almas que ela quer” (Cf. SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 27, 29, 164-165). Jesus Cristo veio ao mundo por meio de Maria e é por meio dela que podemos obter a Sabedoria divina. No entanto, para receber dom tão grandioso como a Sabedoria, quem somos nós para oferecer-Lhe uma casa, ainda que esta seja o nosso coração? Não podemos receber a Sabedoria num coração manchado, impuro, carnal, cheio de paixões e, por isso, indigno de Deus. Mas, foi o próprio Jesus quem construiu para si uma casa, conforme nos revelou o Senhor pelo profeta Natã: “É ele que me construirá uma casa e firmarei seu trono para sempre” (1 Cr 17, 12). Para tornar nosso coração digno da Majestade divina, “eis aqui o grande conselho, o segredo admirável: façamos entrar Maria em nossa casa(Cf. Jo 19, 27: “E desde aquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa”), consagrando-nos a Jesus por meio dela, sem qualquer reserva, na qualidade de seus servos e escravos!”.Devemos nos desapegar de tudo, nada reservando para nós, para que a Mãe de Jesus se entregue inteiramente a nós, de maneira incompreensível, mas autêntica. Desse modo, “a Sabedoria eterna virá morar nela como em seu trono real mais glorioso” (Cf. SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 68-77).Imitando esta virtude: Portanto, se conseguirmos acolher a Virgem Maria em nosso coração, no mais íntimo de nosso interior, facilmente e em pouco tempo, por seu intermédio, alcançaremos a divina Sabedoria. Já dizia SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT:“Dentre todos os meios para alcançar Jesus Cristo, Maria é o mais seguro, o mais fácil, o mais curto[o mais perfeito]e o mais santo”. Ainda que fizéssemos as mais duras penitências, os trabalhos mais fatigantes, ou até chegássemos a derramar nosso próprio sangue, sem a devoção e a intercessão da Mãe de Deus, estes esforços seriam inúteis e incapazes de nos obter a Sabedoria. “Porém, se Maria disser uma simples palavra em nosso favor, se em nós reinar o seu amor, se estivermos marcados com o sinal de seus fiéis servos, que andam pelos seus caminhos, alcançamos logo e sem fadiga a divina Sabedoria”. Por todas essas razões, nos consagremos inteiramente a Santíssima Virgem Maria, para alcançar Jesus Cristo, a Sabedoria eterna, e O acolher mais dignamente em nossos corações. Nossa Senhora, Mãe de Deus e Mãe da Sabedoria, rogai por nós!






CONCLUSÃO:













O Doutor Angélico ensina que os preceitos divinos, incluindo a vivencia e exercício das virtudes, consiste em uma prescrição da razão em ordem ao bem comum...(Lex ninhil aliud est quam quaedam rationis ordinatio ad bonum commun, ab eo quí cuam communitatis habet, promulgata”. - Cfme. Suma Teológica, I q. 93, art.4).A graça divina infundida por Deus aos homens, dá sentido a lei divina e conduz a santidade, que somente a reta razão não pode chegar por si mesma. Deus é o Fundamento Ultimo da Justiça. O homem que rende culto a Deus participa da Sabedoria Divina, aplicando-a as exigências da vida humana. “No temor de Deus se encontra o princípio da sabedoria”, diz o salmista, porque em Deus não existe possibilidade de erro. O ponto máximo do Direito está na caridade que santifica a justiça. No entanto, ao homem não se pode exigir a satisfação plena da vida jurídica, senão somente que atue virtuosamente, sem esquecer o fim mediato e imediato do Direito. A plenitude mesma da justiça não se dará senão por Deus, que sendo Autor do homem, da lei, da natureza e de tudo quanto existe, com justiça e misericórdia de uma vez, dará a cada um o que lhe é devido em sua perfeita medida.Por meio da lei natural, se dá a participação da lei eterna na criatura racional. A lei natural dita princípios universais que constituem o Direito Natural sobre o qual deve fundamentar-se o Direito Positivo. A chave do sistema tomista é o chamado direito objetivo, que é o justo, a coisa justa. Direito objetivo é a “ ipsa res iusta”. O direito normativo é a lei escrita, a norma, o costume. A concepção tomista de direito é a mais ampla possível, pois não está restrita a uma lei humana escrita, mas a lei natural que nunca se opõe ao concreto. Abrange não somente as coisas corpóreas, mas todas as coisas, faculdades e relações consequentes da lei natural. É o justo natural. A lei enquanto causa do direito, encontra em Deus, a causa primeira de nossas obrigações, impondo sua execução. Podemos definir direito natural como a subordinação da razão humana intimamente relacionada a natureza, independente do legislador ou do Estado. Seu caráter ético está na coisa mesma, válida universal e absolutamente em todos os tempos e lugares. Porém, a concepção metafísica do Direito vem sofrendo ataques, não só por parte do positivismo como também pelas mais variadas escolas de Direito Natural que surgem a partir de Hugo Grócio. O desprezo pelo Ser Divino destrói a possibilidade de uma correta compreensão do Direito Natural.A concepção de natureza independente de Deus altera o sentido de toda justiça, seu conteúdo e sua finalidade. Entendemos que não é possível chegar a uma sã compreensão do Direito Natural, senão a partir de um conhecimento fundamental de seu Autor, incluindo seus mistérios e sua mesma intimidade.Este conhecimento não deve partir do particular ao universal, mas do Contrário, para isto temos a segurança da Tradição e Magistério Universal da Igreja. Em Deus estão as verdades de todas as coisas e o homem ao participar do Ser Divino, compreendendo sua obra e seu designo.É da intimidade entre o homem e o Criador que brota a sabedoria humana. De todo o exposto não resta dúvida quanto ao fato de que o Esse Subsistens é o fundamento último da justiça. Através da teoria da participação aristotélica chegamos a conclusão de que tudo o que existe está no Ser e seguindo os ensinamentos de Tomás de Aquino, a pessoa humana a quem está destinado o direito possui um organismo com elementos de ordem natural e sobrenatural. Somente com a admissão desta realidade o homem terá conhecimento da verdade, uma vez que o alcance desta pressupõe o uso da dimensão transcendente do homem, que teve sua natureza elevada pela Encarnação do Verbo, Palavra Criadora.






Para reflexão:






1)- Como está meu relacionamento com Maria Santíssima, mãe do Deus encarnado e nossa Mãe?





2)- Tenho suplicado com ardente convicção por meus irmãos, autoridades legitimamente constituídas, e por suas necessidades junto a Maria?





3)- Tenho desejado crescer nas virtudes de Maria? (Conheço e exercito essas virtudes? Que são diferentes de graças?) 





4)-Tenho ajudado meus irmãos (ãs) a conhecer esta mãe amorosa, e a crescerem nas virtudes de Maria?















BIBLIOGRAFIA



-CLÁ DIAS, JOÃO. Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado. Artpress. São Paulo, 1997, pp. 473-476



-AQUINO, Tomás de. Suma Teológica. IIª Seção da IIª Parte, Introdução e notas das virtudes teologais por Antonin-Marcel Henri e da prudência por Albert Raulin. São Paulo: Loyola, 2004.



-AQUINO, Tomás de. Suma Teológica. Volume I, III e IV. São Paulo: Loyola, 2004



-ALBERTUNI, Carlos Alberto. Tese: O conceito de Sindérese na moral de Tomás de Aquino. Campinas: UNICAMP, 2006.



-http://www.acnsf.org.br/article/3938/I—As-virtudes-teologais-e-cardeais-de-Maria.html



-ARISTÓTELES. Ética a Nicomaque.


DERISI, O. Os fundamentos metafísicos e da orden moral - Buenos Aires: Universidad de Buenos Aires, Instituto de Filosofi, 1941.


A Doutrina sobre a Inteligência de Aristóteles a Santo Tomás. Buenos Aires: Cursos de Cultura Católica: 1945.



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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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