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A liberdade Cristã, os fracos e fortes na fé e a Ignorância Invencível

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 11 de setembro de 2015 | 16:22









Texto básico: Rm 14,1-23: 1 Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. 2 Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes. 3 O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu. 4 Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio SENHOR ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. 5 Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. 6 Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o SENHOR não come, e dá graças a Deus. 7 Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. 8 Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. 9 Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos. 10 Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. 11 Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. 12 De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. 13 Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão. 14 Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda. 15 Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.16 Não seja, pois, blasfemado o vosso bem; 17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. 18 Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. 19 Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. 20 Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. 21 Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. 22 Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. 23 Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado. 

 







Texto de Suporte: 1 Cor 10,1-33: 1  ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar.2  E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,3  E todos comeram de uma mesma comida espiritual,4  E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.5  Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto.6  E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.7  Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar.8  E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil.9  E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes.10  E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor.11  Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.12  Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.13  Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.14  Portanto, meus amados, fugi da idolatria.15  Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo.16  Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?17  Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.18  Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são porventura participantes do altar?19  Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?20  Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.21  Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.22  Ou irritaremos o Senhor? Somos nós mais fortes do que ele?23  Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.24  Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem.25  Comei de tudo quanto se vende no açougue, sem perguntar nada, por causa da consciência.26  Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude.27  E, se algum dos infiéis vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós, sem nada perguntar, por causa da consciência.28  Mas, se alguém vos disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; porque a terra é do Senhor, e toda a sua plenitude.29  Digo, porém, a consciência, não a tua, mas a do outro. Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem?30  E, se eu com graça participo, por que sou blasfemado naquilo por que dou graças?31  Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.32  Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.33  Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar.






Objetivo desta explanação:





Se conscientizar da existência dos fortes e dos fracos na fé, bem como aqueles que possuem uma ignorância ou objeção invencível, e o desafio de viver em harmonia com todos os irmãos em uma sociedade pluralista.O apóstolo Paulo desfrutou com autoridade a liberdade cristã. Sua maturidade espiritual forjada e fortificada na sua vivência cotidiana, revela completa emancipação de inibições e tabus religiosos sem ferir nenhum princípio bíblico. Não sendo conivente com qualquer padrão antibíblico, Paulo se adaptava aos mais diversos ambientes com a finalidade de apresentar Cristo (1Co 9,22), porém, sabia que muitos cristãos e até mesmo não Cristãos, não eram completamente emancipados e livres em Cristo como ele. Por isso, na carta aos Romanos, exigiu que os “fracos” fossem tratados com cuidado, paciência e sabedoria pelos mais “fortes”.Romanos 14  tem seu foco voltado para dois grupos da comunidade cristã em Roma, identificados por Paulo como “os fracos” e “os fortes”.





Os fracos na FÉ





A palavra grega para “fraco” é astheneo que indica “fraqueza, indigência, impotência, falta de força por variados motivos”. No NT, a palavra foi usada cerca de quarenta vezes para designar doentes físicos. Dessa forma, não é exagero dizer que Paulo apontava para um tipo de “fé enferma”.





Quem eram ESTES fracos?





a. Ex pagãos idólatras. Eram recém-convertidos do paganismo; grupo semelhante ao mencionado por Paulo em 1Coríntios 8; indivíduos que mesmo resgatados da idolatria, por escrúpulo (hesitação da consciência), sentiam-se impedidos de comer carnes que, antes de ser vendida em açougue local, era dedicada a ídolos.





b. Ascetas (disciplinados): Pessoas que exercitavam a disciplina do autocontrole do corpo considerando que isso era algo imprescindível para chegar a Deus. Havia ascetas presentes na igreja em Roma, o que explica por que se abstinham do vinho e da carne (Rm 14,21).





c. Legalistas: Consideravam as abstenções e as boas obras como unicamente necessárias para a salvação. Não conseguiam conciliar a fé acompanhada das boas obras para a salvação.( Somente a fé justifica, mas não é suficiente para obra de salvação que tem que ser demonstrada pelas boas obras conforme sentenciou Tiago: “Mostra-me tua fé sem as obras e eu com minhas obras demonstro a minha fé...”). Efésios 2,8-10:“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.Não vem das obras, para que ninguém se glorie;Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”






d. Cristãos Judaisantes: Eram os que permaneciam com a consciência voltada para as regras do judaísmo, especialmente referente a dietas (comer apenas alimentos considerados limpos – Rm 14.14,20) e dias religiosos (guarda dos sábados e festivais judaicos) e a necessidade de ainda sircuncizar-se.






Os fortes NA FÉ





A palavra grega para “forte” é dynatos, e significa “alma forte, capaz de suportar calamidades com coragem e paciência, firmes nas virtudes cristãs”. Indica um cristão maduro na fé e no trato com o próximo. Qualifica a pessoa de natureza contrária à dos fracos.O cenário da igreja de nossos dias revela certa similaridade com a igreja em Roma. Existem fracos e fortes na fé. Precisamos rezar constantemente pedindo que Deus dê sabedoria as lideranças Cristãs a fim de que saibam lidar com essas pessoas.





Sete princípios PRÁTICOS dA liberdade cristã:





1. Nem todos possuem a mesma fé (Rm 14,1-2). A Bíblia registra pelo menos quatro graus de fé:



a)- Os que não possuem nenhuma fé (Mc 4,35-41),

b)- Os que possuem uma pequena fé e imatura (Mt 14,22-33; Hebreus 5,12-14;6,1-3).

c)- Os agraciados com uma grande fé (Mt 15,21-28)

d)- Os possuidores de inigualável fé (Mt 8,5-15).




Há pessoas que se encaixam nesses grupos, portanto, nem todas possuem a mesma fé. A unidade da igreja em Roma estava ameaçada porque os cristãos maduros conflitavam com os cristãos imaturos. Enquanto um grupo entendia bem a amplitude da liberdade cristã pela fé em Jesus, o outro estava com a consciência perturbada e não sabia exatamente o que fazer e o que não fazer. Sabendo que os cristãos maduros entenderiam melhor esse conflito, Paulo direciona a eles dois conselhos práticos em relação aos mais imaturos:


a. “Acolhei ao que é débil [fraco] na fé”. Aceitem genuinamente e de boa vontade os imaturos na fé. Recebam-nos amorosamente em seu círculo de amigos íntimos.



b. “… não, porém, para discutir opiniões”. Não discutam assuntos controvertidos. Não entrem em conflitos de consciência pessoal.





2. O cristão não deve ser juiz de seu irmão (Rm 14,3-4.7-12)




Não foi a única vez que Paulo escreveu condenando formas de julgamento humano. Em 1Coríntios, ele diz: “A mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por tribunal humano; nem eu tampouco julgo a mim mesmo… quem me julga é o Senhor. Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor” (1Co 4.3-5). O texto parece ecoar as palavras de Jesus: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7,1).O apelo fundamental do apóstolo é que não devemos julgar irmãos que discordam de nós. O fraco deve ser aceito entre os cristãos como parte da igreja. Ao explicar esse apelo, Paulo mostra que a razão da aceitação mútua é que Deus aceitou os dois grupos (Rm 14,2-3). A questão não está entre crer ou não crer, mas entre ter ou não maturidade na fé. Portanto, o cristão forte come o que lhe agrada e agradece ao Senhor. O irmão fraco come de acordo com a sua dieta cerimonial e agradece ao Senhor por ele ter feito um sacrifício em seu favor. Em ambos os casos, o cristão agradece ao Senhor, assim a motivação é a mesma para o Senhor. Seja fraco ou forte, a motivação por trás das decisões de um cristão sobre os assuntos referentes à consciência deve ser agradar ao Senhor” .





3.Cada pessoa tem as próprias convicções (Rm 14,5-6):






Se antes o apóstolo usou o alimento para exemplificar a liberdade cristã, agora ele reforça o ensino usando o exemplo da diferença entre dias: “um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias” (Rm 14,5). O cristão judeu fraco na fé ainda se preocupava em guardar o sábado, e dias especiais associados à lei e aos costumes judaicos (Gl 4,8-10). O cristão gentio fraco na fé buscava completo distanciamento de qualquer dia ou festividade associada ao paganismo. Já o cristão maduro não era afetado por nenhuma dessas preocupações.Na sequência, Paulo argumenta: “cada um tenha opinião bem definida para si mesmo” (Rm 14,5).Paulo não está incentivando um comportamento irresponsável. Tampouco está se mostrando favorável a tradições irrefletidas. Mas, partindo do pressuposto de que cada um deles (o fraco e o forte) tenha refletido na questão e chegado a uma firme conclusão, ele os faz ver que a sua prática deve ser parte integrante do discipulado cristão.Aquele que considera um dia como especial, assim o faz para o Senhor’ (Rm 14,6). Ou seja, para honrar o Senhor, com a intenção de agradar a Ele e honrá-lo.






4. O cristão não deve ser tropeço para ninguém (Rm 14,13-15;16,21)






Nesses versos, o apóstolo exorta o fraco a não criticar o forte, e chama a atenção do forte para deixar de apontar defeitos no fraco. Os dois grupos não deveriam colocar qualquer tipo de obstáculo para causar tropeço no caminho de seus irmãos. Paulo ensina que a liberdade cristã não pode ser usada para prejudicar o irmão.É necessário aplicar o amor no exercício da liberdade. Por exemplo:O esposo tem direito e liberdade de dormir com a janela do quarto aberta, para passar a noite sentindo a brisa da madrugada. Mas se isso importuna a esposa ou lhe faz mal, ele deve abrir mão do privilégio em benefício do conforto e da segurança dela. Nem uma de nossas ações pessoais vale mais do que o bem-estar do povo de Deus. Dessa forma, devemos procurar o que realmente contribui para a edificação dos irmãos em vez de permanecer obstinados em nossos direitos e razões pessoais.






5. Que é o reino de Deus? (Rm 14,17-20):






Se a primeira verdade teológica que suporta o apelo de Paulo para que os fortes se controlem é a cruz de Cristo, a segunda é o reino de Deus, isto é, o domínio gracioso de Deus através de Cristo e pelo Espírito na vida do seu povo, proporcionando-lhes uma livre salvação. Assim, vamos contribuir para a paz e a edificação mútua. A igreja não deve ser edificada isoladamente, mas sua construção precisa acontecer em conjunto. Igreja é um edifício espiritual que necessita ser bem planejado, em que cada um tenha seu lugar e desenvolva seu dom (Ef 4; 1Cor, 12). Não podemos permitir que questões pessoais afetem a obra de Deus. Algo que é bom e cômodo para nós pode ser um obstáculo aos outros. O reino de Deus exige unidade.






6. A pureza ou a impureza estão na consciência (Rm 14,14-22)






Paulo não está levando em consideração o padrão absoluto de Deus em relação à postura do Cristão. Nesse caso, a consciência não seria levada em conta, e sim a própria conduta. No texto, o apóstolo deixa claro que o fazer, por si só, e o não fazer é a mesma coisa perante Deus. O apóstolo tinha convicção de que todas as coisas foram criadas por Deus, e tudo que foi criado é bom. Assim, os alimentos e as bebidas que estão sendo discutidos na igreja de Roma são bons porque foi Deus quem os fez. No entanto, nem todos interpretavam a questão, ou ainda o fazem, sob essa perspectiva. Para a pessoa que considera algum alimento ou bebida algo impuro, sua consciência aponta um pecado do qual não quer participar, por isso Paulo diz que ela não deve comer ou beber tal coisa. Devemos ter certeza de que nossa consciência está limpa diante de Deus. Também precisamos lembrar que não podemos fazer nada que cause a queda de um irmão. Nesse caso, o que é bom para nós pode levar outros ao pecado. Então, o nosso bem se torna mal para ele (1Cor 8,10-11). Tal alternativa motivou Paulo a concluir que não devemos fazer nada que sirva de tropeço ao nosso irmão (Rm 14,21; 1Cor 8,13).






7. A fé é uma graça pessoal, dada por Deus conforme o beneplácito de sua soberana vontade (Rm 14,23)






O apóstolo conclui o capítulo 14 fazendo distinção entre crer e agir, entre falar uma coisa e fazer outra.Nenhum cristão pode ‘tomar emprestadas’ as convicções de outro para ter uma vida cristã honesta. O Cristão  que não tem certeza de que está fazendo a coisa certa, mas o faz, se condena em seu ato. Isso porque sua ação não está em harmonia com sua convicção interior, ou seja, com sua fé. Tudo o que não é feito em harmonia com a convicção de que está de acordo com a vontade de Deus é pecado.Ao mesmo tempo em que a igreja é uma unidade, ela também se reveste da diversidade. Isso implica necessidade de relacionamento maduro entre pessoas com ideias e convicções distintas. Como você tem tratado o irmão fraco na sua comunidade ? Como tem se relacionado com o irmão mais forte de sua igreja?





8.Cristo não agradou a Si mesmo (Rm 15,3-4)






Cristo não Se entregou para ser crucificado com a finalidade de agradar a Si mesmo, mas de agradar ao Pai. Submeteu-Se à vontade de Deus suportando toda humilhação e dor na cruz em favor dos homens (Sl 69.9). “É como dizer que, para simbolizar sua recusa de agradar a si mesmo, Cristo identificou-se tão completamente com o nome, a vontade, a causa e a glória do Pai que os insultos que seriam dirigidos a Deus caíram sobre ele”.Se Cristo é o exemplo, a Bíblia é o manual. Precisamos viver segundo o exemplo de Jesus, buscando conhecimento nas Escrituras.





9.Cristo acolheu também os gentios (Rm 15,7-12):






As diferenças entre irmãos são resolvidas quando agimos como Cristo, ou seja, não agradando a nós mesmos, mas acolhendo o próximo. “Paulo dá uma ordem, apresenta um modelo e estabelece uma motivação: devemos acolher uns aos outros, da mesma forma que Cristo nos acolheu, fazendo isso para glória de Deus. Se o exemplo de Cristo é nosso modelo, a glória de Deus é a nossa motivação”.










10. Suportem os fracos e vivam em paz ( Rm 15,1-2.5- 6.13):





Paulo impõe mais uma obrigação sobre os fortes em relação aos fracos, incluindo ele, Paulo, como um forte. O apóstolo exorta os fortes a participarem das lutas dos fracos; viver a experiência de identificação com o sofrimento do irmão (Gl 6,2; 1Ts 5.14). Suportar e carregar os fardos de nossos irmãos é produto de uma profunda intimidade com Cristo, que fez o mesmo em nosso favor (Mt 11,28-30).“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2,5).

 





Por que a Ignorância Invencível é considerada analogamente como o 8º Sacramento que irá salvar a muitos ?





Existem na Igreja dois princípios fundamentais a cerca deste assunto:






1)-O primeiro é que Deus quer que todos os homens se salvem e que cheguem ao conhecimento da verdade, como diz Paulo na segunda carta a Timóteo. Conhecer, neste sentido, equivale a aderir, acolher na própria vida o Senhor.





2)- O segundo: historicamente, o anúncio do Evangelho não chegou ainda a conquistar todos os corações, seja porque não chegou materialmente a todos os lugares da Terra, seja porque, ainda que chegue, nem todos o acolhem.





Sobre  isso, nos diz  a teóloga Ilaria Morali, professora de teologia na Faculdade de Teologia da Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma, especializada no tema da Graça: “A doutrina cristã da salvação é muito clara”. Para explicá-la, recorreria a dois textos do Magistério:





1)-O primeiro é um discurso de Pio IX com ocasião do consistório que aconteceu em 8 de dezembro de 1854, por ocasião da solene proclamação do dogma da Imaculada Conceição. O Papa disse que:“Os que ignoram a verdadeira religião, quando sua ignorância é invencível, não são culpados deste fato ante os olhos de Deus.”





2)- Anos depois quis retomar este ensinamento declarando o sentido da ignorância invencível na carta encíclica «Quanto conficiamur moerore», de 1863.É sabido que escreveu:“Os que observam com zelo a lei natural e seus preceitos esculpidos por Deus no coração de todo homem podem alcançar a vida eterna se estão dispostos a obedecer a Deus e se conduzem numa vida reta...”






Pio IX voltou a propor uma convicção consolidada já há séculos na teologia cristã:“há homens e mulheres que, por várias razões, seja por condicionamentos culturais, seja por uma experiência ou um contato negativo com a fé cristã, não chegam ao consentimento da fé.” Ainda que pareça que estas pessoas rejeitem conscientemente a Cristo, não se pode emitir um juízo inquestionável sobre esta rejeição. Ignorância invencível indica precisamente uma condição de falta de conhecimento com respeito a Cristo, à Igreja, à fé, falta de conhecimento que, pelo momento, não pode ser superado com um ato de vontade.A pessoa está bloqueada, como impossibilitada para chegar ao «sim» da fé.Como experimentamos todos os dias entre nossos conhecidos, as razões pelas quais muitas pessoas dizem não a Cristo são múltiplas:Uma desilusão, uma traição, uma má catequese, um condicionamento cultural e social,etc.Pio IX mesmo admitiu a dificuldade de delimitar os casos de ignorância invencível, perguntando-se :«quem terá o poder de determinar os limites dessa ignorância segundo a índole e a variedade dos povos, das regiões, dos espíritos e de tantos outros elementos? ».Pio IX ensina-nos, pois, uma grande prudência e um grande respeito por quem não tem o dom da fé em Cristo:




1)- Não somos capazes de compreender até o final as razões de uma rejeição da fé, nem podemos saber com certeza que quem aparentemente parece que não tem fé, na realidade tem uma forma muito imperfeita de fé.





2)- Para nós, cristãos batizados é bom recordar que nosso batismo não é uma garantia automática de salvação. Se assim fosse, o esforço por conduzir uma vida cristã seria inútil.





Cada cristão deve esforçar-se por merecer esta salvação com uma vida de fidelidade a Deus, de caridade para com os irmãos, de boas obras. Contudo, ninguém pode estar seguro da própria salvação, porque só Deus tem o poder de concedê-la.” - "Fora da Igreja não há salvação" é uma afirmação ministerial da Igreja, porém não se deve entende-la de forma absoluta, mas relativa! Entretanto, significaria isso que uma pessoa que não tivesse tido a possibilidade material de conhecer a existência da Igreja,por exemplo, um índio da América, antes da chegada dos europeus,não tinha possibilidade alguma de salvar-se?É claro que afirmar a impossibilidade de salvação desse índio seria atribuir a Deus uma injustiça.Esse índio, como todos os que não tivessem nenhuma possibilidade material de conhecer a Igreja, poderiam, sim, salvar-se, pois estavam em situação de ignorância invencível.Por ignorância invencível entende-se, como se depreende desses mesmos termos:“Uma condição em que a pessoa não tenha absolutamente nenhuma possibilidade de fazer qualquer coisa para conhecer e aderir a algo, no caso, a Cristo e a  Igreja Católica.”Uma pessoa em situação de ignorância invencível com respeito à Igreja Católica pode salvar-se se respeitar a lei natural, que Deus inscreveu no coração de todo homem.Essa obediência à lei de Deus colocada na natureza possibilita a salvação dessa pessoa.“Se ela não pertence ao corpo visível da Igreja, ela pertence, porém, à alma da Igreja, por um desejo, pelo menos implícito, de receber o batismo. Ela tem o chamado "Batismo de desejo". Foi o que ensinou o Concílio de Trento:"Depois da promulgação do Evangelho, não pode dar-se [a justificação do ímpio] sem o lavatório da regeneração [Cânon 5, sobre o Batismo] ou por seu desejo, conforme está escrito: "Se alguém não tiver renascido pela água e pelo Espírito Santo, não pode entrar no reino de Deus"( Jo. VIII, 5) ( Denzinger, 796).Portanto, o Concílio de Trento ensinou infalivelmente que existe o batismo de desejo.Esse batismo de desejo, que, como dissemos, é o de uma pessoa que pratica a lei de Deus como está inscrita na natureza, não tem necessidade de ser explícito. Aliás, não poderia ser de outro modo, naturalmente, pois a pessoa em estado de ignorância invencível não pode conhecer que existe o sacramento do Batismo.Conclui-se, pois, que uma pessoa em estado de ignorância invencível pode possuir o batismo de desejo, ainda que simplesmente implícito, e, por esse batismo de desejo, ela pertence à alma da Igreja, embora não a seu corpo visível, e pode se salvar.“Deste modo, o dogma que ensina que "fora da Igreja não há salvação" continua firme e válido, pois a pessoa em ignorância invencível, e que obedece à lei natural, pertence, de fato, à alma da Igreja.”Por isso, o Papa Pio IX, depois de reafirmar o dogma de que:"Fora da Igreja não há salvação, ressalvou na Alocução Singulari Quadam, de 1854, que deve ser entendido que não têm salvação os que estão fora da Igreja por alguma culpa própria.”Ensinou Pio IX:"Com efeito, pela fé há de sustentar-se que fora da Igreja Apostólica Romana ninguém pode salvar-se; que esta é a única arca da salvação, que quem nela não tiver entrado, perecerá como no dilúvio. Entretanto, também é preciso ter por certo que aqueles que sofrem de ignorância da verdadeira religião, se aquela [ignorância] é invencível, não são eles ante os olhos do Senhor réus por isso de culpa alguma. Ora pois, quem será tão arrogante que seja capaz de assinalar os limites desta ignorância, conforme a razão e a variedade de povos, regiões, caracteres e de tantas outras e tão numerosas circunstâncias?" (Pio IX, Alocução Singulari Quadam, 1854, Denzinger, 1647).Pio IX confirmou a mesma doutrina na Encíclica Quanto Confficiamur Moerore de 10-VIII-1863 - Condenado que o liberalismo, defensor da tese de que há salvação fora da Igreja, quanto o rigorismo jansenista, que não admitia que Deus concedesse qualquer graça capaz de salvar fora da Igreja, ou que recusava o batismo de desejo.Ensinou Pio IX de novo:"E aqui, queridos Filhos e Veneráveis Irmãos, é preciso recordar e repreender novamente o gravíssimo erro em que se acham miseravelmente alguns católicos, ao opinar que homens que vivem no erro e alheios à verdadeira fé e à unidade da católica possam chegar à eterna salvação. O que certamente se opõe em sumo grau à doutrina católica. Coisa notória é para Nós e para Vós que aqueles que sofrem de ignorância invencível acerca de nossa santíssima religião, que cuidadosamente guardam a lei natural e seus preceitos, esculpidos por Deus nos corações de todos e que estão dispostos a obedecer a Deus e levam vida honesta e reta, podem conseguir a vida eterna, pela operação da virtude da luz divina e da graça; pois Deus, que manifestamente vê, esquadrinha e sabe a mente, ânimo, pensamentos e costumes de todos, não consente, de modo algum, conforme sua suma bondade e clemência, que ninguém seja castigado com eternos suplícios, se não é réu de culpa voluntária. Porém, bem conhecido é também o dogma católico, a saber, que ninguém pode salvar-se fora da Igreja Católica, e que os contumazes contra a autoridade e definições da mesma Igreja, e os pertinazmente divididos da unidade da mesma Igreja e do Romano Pontífice, sucessor de Pedro, 'a quem foi encomendada pelo Salvador a guarda da vinha', não podem alcançar a eterna salvação" (Pio IX,Quanto Confficiamur Moerore, Denzinger, 1677).Ainda no século XX, durante o pontificado de Pio XII, o Santo Ofício, ao ter que condenar os erros do Padre Leonard Feeney,negador da existência do batismo de desejo , reafirmou em carta ao Arcebispo de Boston, tanto o dogma de que "fora da Igreja não há salvação", como a legitimidade do chamado "batismo de desejo".





Ensinou o Santo Ofício, em 1949, nessa carta contra o Padre Feeney:





"Entre as coisas que a Igreja sempre pregou e nunca deixa de pregar, está contida aquela sentença infalível que nos ensina que "fora da Igreja não há salvação". Este dogma, entretanto, deve ser entendido no sentido em que a própria Igreja o entende. Nosso Senhor, de fato, não confiou a explicação das coisas contidas no depósito da fé aos julgamentos privados, mas sim ao magistério eclesiástico."




"E em primeiro lugar, a Igreja ensina que neste caso se trata de um rigorosíssimo preceito de Jesus Cristo. De fato, Ele mesmo disse explicitamente aos seus discípulos que ensinassem todos os povos a observar o que Ele havia ordenado. (cfr. Mt XXVIII, 19-20). Entre os mandamentos de Cristo, não tem menos valor aquele que nos ordena que os incorporemos, com o batismo, ao Corpo místico de Cristo, que é a Igreja, e a aderirmos a Cristo e ao seu Vigário, por meio de quem Ele mesmo governa na terra de modo visível a Igreja. Por isso, não se salvará aquele que, sabendo que a Igreja foi divinamente instituída por Cristo, não aceitar, mesmo assim, submeter-se à Igreja, ou recusar a obediência ao Pontífice Romano, Vigário de Cristo na terra.O Salvador, então, não só predispôs em um preceito que todos os povos deveriam aderir à Igreja, como chegou a estabelecer que a Igreja era o meio de salvação sem o qual ninguém poderia entrar no Reino da glória celeste."




"Daqueles meios para a salvação que só por instituição divina, e não por necessidade intrínseca, estão dirigidos para o fim último, Deus, na sua infinita misericórdia, quis que, em certas circunstâncias, seus efeitos, necessários para a salvação, pudessem ser obtidos também quando estes meios sejam ativados apenas pelo anseio ou pelo desejo. Isso vemos claramente enunciado no sagrado Concílio de Trento, quer em relação ao sacramento da regeneração, quer a respeito do sacramento da penitência."




"Nas devidas proporções, o mesmo deve ser dito com relação à Igreja, já que esta é um meio geral de salvação. Pois, para se obter a salvação, não se exige a incorporação real (reapse), como membro, à Igreja, mas é exigido, pelo menos, a adesão a esta pelo voto e o desejo (voto et desiderio). Não é necessário que este voto seja sempre explícito, como se exige dos catecúmenos. Se o homem sofre de ignorância invencível, Deus aceita um voto implícito, assim chamado porque contido naquela boa disposição da alma com a qual o homem quer a sua vontade conforme à vontade de Deus."





"Estas coisas são claramente ensinadas na [encíclica de Pio XII Mystici Corporis Christi] em relação ao Corpo Místico de Jesus Cristo [...] Quase no final desta encíclica [...] convidando à unidade, com o espírito cheio de amor, aqueles que não pertencem à estrutura da Igreja Católica [o Sumo Pontífice] recorda aqueles que, "por anseio ou desejo inconsciente, estão ordenados para o Corpo Místico do Redentor"; não os exclui absolutamente da salvação eterna, mas, por outro lado, afirma que eles se encontram em um estado no qual "nada pode assegurar-lhes a salvação [...] pois que são privados de muitos e grandes socorros e favores celestes que só podem ser desfrutados na Igreja católica."




"Com estas prudentes palavras, desaprova tanto aqueles que excluem da salvação eterna todos os que aderem à Igreja apenas com um voto implícito, como aqueles que defendem falsamente que os homens podem ser igualmente salvos em qualquer religião."




"E não se deve nem mesmo pensar que seja suficiente um desejo qualquer de aderir à Igreja para que o homem seja salvo. Exige-se, realmente, que o desejo mediante o qual alguém é ordenado à Igreja seja moldado pela perfeita caridade; e o voto implícito não poderá ter efeito se o homem não tiver a fé sobrenatural" (Carta do Santo Ofício ao Arcebispo de Boston, 1949. Denzinger, 3866 -3872).






Nesses vários documentos do Magistério Extraordinário e Ordinário da Igreja, fica patente a extrema Sabedoria infalivelmente divina com que os Papas ensinam os fiéis da Santa Igreja, evitando todos os excessos e erros, quer por laxismo liberal, quer por um rigorismo sem misericórdia, típico do jansenismo.




A IGNORÂNCIA INVENCIVEL E MGISTÉRIO DA IGRREJA pós vaticano ii

 

 






Ignorância afetada

 

 

 

1793. Se, pelo contrário, a ignorância é invencível, ou o juízo erróneo sem responsabilidade do sujeito moral, o mal cometido pela pessoa não pode ser-lhe imputado. Mas nem por isso deixa de ser um mal, uma privação, uma desordem. É preciso trabalhar, portanto, para corrigir dos seus erros a consciência moral.

 

 

 

1794. A consciência boa e pura é iluminada pela fé verdadeira. Porque a caridade procede, ao mesmo tempo, «dum coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera» (1 Tim 1, 5) (58).Quanto mais prevalecer a reta consciência, tanto mais as pessoas e os grupos estarão longe da arbitrariedade cega e procurarão conformar-se com as normas objetivas da moralidade”.

 

 

1733. Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça. A opção pela desobediência e pelo mal é um abuso da liberdade e conduz à escravidão do pecado.

 

 

 

1734. A liberdade torna o homem responsável pelos seus atos, na medida em que são voluntários. O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese aumentam o domínio da vontade sobre os próprios atos.

 

 

1735. A imputabilidade e responsabilidade dum ato podem ser diminuídas, e até anuladas, pela ignorância, a inadvertência, a violência, o medo, os hábitos, as afeições desordenadas e outros fatores psíquicos ou sociais.

 

 

 

1736. Todo o ato diretamente querido é imputável ao seu autor. Assim, depois do pecado no paraíso, o Senhor pergunta a Adão: «Que fizeste'?» (Gn 3, 13). O mesmo faz a Caim. Assim também o profeta Natan ao rei David, após o adultério com a mulher de Urias e o assassinato deste. Uma ação pode ser indiretamente voluntária, quando resulta duma negligência relativa ao que se deveria ter conhecido ou feito, por exemplo, um acidente de trânsito, provocado por ignorância ao código rodoviário.

 

 

§1859. O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento suficientemente deliberado para ser uma escolha pessoal. A ignorância afetada e o endurecimento do coração não diminuem, antes aumentam, o caráter voluntário do pecado.

 

 

 

Ignorância da consciência acostumada ao pecado

 

 

 

§1790. O juízo errôneo O ser humano deve sempre obedecer ao juízo certo de sua consciência. Se agisse deliberadamente contra este último, estaria condenando a si mesmo. Mas pode acontecer que a consciência moral esteja na ignorância e faça juízos errôneos sobre atos a praticar ou já praticados.

 

 

 

§1791 Muitas vezes esta ignorância pode ser imputada à responsabilidade pessoal. É o que acontece "quando o homem não se preocupa suficientemente com a procura da verdade e do bem, e a consciência pouco a pouco, pelo hábito do pecado, se torna quase obcecada". Neste caso, a pessoa é culpável pelo mal que comete.

 

 

 

§1793. Se - ao contrário - a ignorância for invencível ou o julgamento errôneo não for da responsabilidade do sujeito moral, o mal cometido pela pessoa não lhe poderá ser imputado. Mas nem por isso deixa de ser um mal, uma privação, uma desordem. É preciso trabalhar, pois, para corrigir a consciência moral de seus erros.

 

 

 

Ignorância da Sagrada Escritura

 

 

 

§133 A Igreja exorta com veemência e de modo peculiar todos os fiéis cristãos a que, pela freqüente leitura das divinas Escrituras, aprendam “a eminente ciência de Jesus Cristo” (Fl 3,8). Com efeito, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo.

 

 

Ignorância de Deus

 

 

§2087. Nossa vida moral encontra sua fonte na fé em Deus, que nos revela seu amor - S. Paulo fala da "obediência da fé" como da primeira obrigação. Ele vê no "desconhecimento de Deus" o princípio e a explicação de todos os desvios morais. Nosso dever em relação a Deus consiste em crer nele e em dar testemunho dele.

 

 

 

Ignorância involuntária

 

 

 

§1860 A ignorância involuntária pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignora os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.

 

 

 

Responsabilidade e ignorância

 

 

 

§1735 A imputabilidade e a responsabilidade de uma ação podem ficar diminuídas ou suprimidas pela ignorância, inadvertência, violência, medo, hábitos, afeições imoderadas e outros fatores psíquicos ou sociais.

 

 

 

1737. Um efeito pode ser tolerado, sem ter sido querido pelo agente, por exemplo, o esgotamento duma mãe à cabeceira do seu filho doente. O efeito mau não é imputável se não tiver sido querido nem como fim nem como meio do ato, como a morte sofrida quando se levava socorro a uma pessoa em perigo. Para que o efeito mau seja imputável, é necessário que seja previsível e que aquele que age tenha a possibilidade de o evitar como, por exemplo, no caso dum homicídio cometido por um condutor em estado de embriaguez.

 

 

 

1738. A liberdade exercita-se nas relações entre seres humanos. Toda a pessoa humana, criada à imagem de Deus, tem o direito natural de ser reconhecida como ser livre e responsável. Todos devem a todos este dever do respeito. O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade da pessoa humana, nomeadamente em matéria moral e religiosa. Este direito deve ser civilmente reconhecido e protegido dentro dos limites do bem comum e da ordem pública.

 

 

 

 

Fraudes devidas à ignorância

 

 


§2409 Toda maneira de tomar e de reter injustamente o bem do outro, mesmo que não contrarie as disposições da lei civil, é contrária ao sétimo mandamento. Assim, também, reter deliberadamente os bens emprestados ou objetos perdidos, defraudar no comércio, pagar salários injustos, elevar os preços especulando sobre a ignorância ou a miséria alheia. São ainda moralmente ilícitos a especulação, pela qual se faz variar artificialmente a avaliação dos bens, visando levar vantagem em detrimento do outro; a corrupção, pela qual se "compra" o julgamento daqueles que devem tomar decisões de acordo com o direito; a apropriação e uso privados dos bens sociais de uma empresa; os trabalhos malfeitos; a fraude fiscal; a falsificação de cheques e de faturas; os gastos excessivos; o desperdício. Infligir voluntariamente um prejuízo aos proprietários privados ou públicos é contrário à lei moral e exige reparação.

 









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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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