“Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há
de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino: prega a
palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda
paciência e empenho de instruir. Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades,
ajustarão mestres para si.” (2 Tm 4,1-3)
São
Tomás de Aquino escreveu:
“Foi muitíssimo conveniente
ter Cristo sofrido a morte numa cruz, e justifica isto em sete sentenças
teológicas”:
1)- Primeiro, como um
exemplo de virtude. É o que diz Agostinho: “A sabedoria de Deus tornou-se homem
para nos dar exemplo de honestidade de vida. É próprio, porém, da vida honesta
não temer o que não deve ser temido. Há, contudo, homens que, embora não tenham
medo da morte em si, tem horror a um determinado tipo de morte. Assim, para que
o homem de vida honesta não temesse nenhum tipo de morte, teve de lhe ser
mostrado na cruz qual a morte daquele homem, pois entre todos os gêneros de
morte nenhum foi mais execrável e temível que esse”.
2)- Segundo, porque esse
tipo de morte era de máxima conveniência para satisfazer o pecado de nosso
primeiro pai, pecado que consistiu em ter ele comido o fruto da árvore
proibida, contrariando a ordem de Deus. Assim, foi conveniente que Cristo, a
fim de dar satisfação por esse pecado, suportasse ser ele próprio afligido no
madeiro, como quem restitui o que Adão roubara, segundo o que diz o Salmo 68:
“Então pagarei o que não roubei” (v. 5). Por isso, diz Agostinho: “Adão desprezou
uma ordem ao colher o fruto da árvore, mas o que Adão perdeu, Cristo o adquiriu
na cruz”.
3)- Terceiro, porque, como
diz São João Crisóstomo: “Sofreu no alto do madeiro e não dentro de casa, mas
fora (Universalidade da Salvação em Cristo), a fim de purificar até mesmo a
natureza do ar. Mas também a terra (inteira)sentia os efeitos desse benefício,
limpa que era pelo gotejar do sangue a escorrer de seu lado”. E a respeito do
que diz o Evangelho de João: “É preciso que o Filho do Homem seja levantado”
(3, 14) observa Teofilato: “ao ouvires ‘que seja levantado’, deves entender que
foi elevado para o alto, a fim de que santificasse o ar aquele que santificara
a terra, ao caminhar sobre ela”.
4)- Quarto, porque, por ter
morrido no alto da cruz, prepara-nos a subida ao céu, como diz Crisóstomo. Daí
ter dito o próprio Cristo conforme o Evangelho de João: “Se for elevado da
terra, atrairei a mim todos os homens” (12, 32-33).
5)- Quinto, porque essa
morte é adequada à completa salvação do mundo inteiro. Por isso, diz Gregório
de Nissa: “A representação da cruz, que se estende por quatro extremidades a
partir de um ponto de união central, significa o universal poder e providência
daquele que nela está pendente”. E também Crisóstomo afirma de Cristo na cruz:
“Morre de braços abertos, a fim de atrair com uma das mãos o povo antigo e com
a outra os que ainda são pagãos”.
6)- Sexto motivo: porque,
por esse tipo de morte, designam-se várias virtudes. Assim, afirma Agostinho:
“Não foi em vão que escolheu esse tipo de morte a fim de se mostrar mestre da
largura e da altura, do comprimento e da profundidade”, das quais fala o
Apóstolo ( Ef 3,16-19). “A largura está representada no madeiro que se apóia
transversalmente na parte de cima; refere-se às boas obras porque nele é que se
estendem os braços. O comprimento, no tronco que desce da travessa até o chão;
nele de certo modo está apoiado, ou seja, mantém-se estável e firme, o que é
próprio da longanimidade. A altura está naquela parte do madeiro que se eleva
acima da parte transversal, ou seja, onde está a cabeça do crucificado; é a
suprema expectativa dos que têm justa esperança. Já a parte do madeiro oculta e
fincada na terra e de onde se levanta toda a estrutura significa a profundidade
da graça gratuita”. E como diz Agostinho no comentário ao Evangelho de João, “o
madeiro no qual estavam pregados os membros do padecente foi igualmente a
cátedra do mestre a ensinar”.
7)- Sétimo, porque esse
gênero de morte corresponde a muitas figuras. Como diz Agostinho: “Uma arca de
madeira salvou o gênero humano do dilúvio das águas; ao se afastar o povo de
Deus do Egito, Moisés dividiu o mar com o bastão, vencendo o Faraó e redimindo
o povo de Deus; o mesmo bastão Moisés lançou às águas, e de salgadas as tornou
doces; com esse bastão faz jorrar da rocha espiritual uma água salutar; e, para
vencer Amalec, Moisés mantém os braços abertos ao longo do bastão; e a lei de
Deus é posta na arca de madeira do Testamento; de modo que, por tudo isso, como
que por degraus, se chegasse ao madeiro da cruz”.
“LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR
JESUS CRISTO”
....................................................................
GOSTOU Do APOSTOLADO berakash? QUER SER UM (A) SEGUIDOR (a) E RECEBER AS ATUALIZÇÕES EM SEU CELULAR, OU, E-MAIL?
Segue no link abaixo o “PASSO-A-PASSO” para se tornar um(a) seguidor(a) - (basta clicar):
https://berakash.blogspot.com/2023/10/como-ser-um-ser-um-seguidor-e-ou.html
Shalom!
.............................................
APOSTOLADO BERAKASH - A serviço da Verdade: Este blog não segue o padrão comum, tem opinião própria, não querendo ser o dono da verdade, mas, mostrando outras perspectivas racionais para ver assuntos que interessam a todos. Trata basicamente de pessoas com opiniões e ideias inteligentes, para pessoas inteligentes. Ocupa-se de ideias aplicadas à política, a religião, economia, a filosofia, educação, e a ética. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre literatura, questões culturais, e em geral, focando numa discussão bem fundamentada sobre temas os mais relevantes em destaques no Brasil e no mundo. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog, não sendo a simples indicação, ou reprodução a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. As notícias publicadas nesta página são repostadas a partir de fontes diferentes, e transcritas tal qual apresentadas em sua origem. Este blog não se responsabiliza e nem compactua com opiniões ou erros publicados nos textos originais. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com as fontes originais para as devidas correções, ou faça suas observações (com fontes) nos comentários abaixo para o devido esclarecimento aos internautas. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam, de maneira alguma, a posição do blog. Não serão aprovados os comentários escritos integralmente em letras maiúsculas, ou CAIXA ALTA. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte.Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar de alguma forma:
filhodedeusshalom@gmail.com
+ Comentário. Deixe o seu! + 1 Comentário. Deixe o seu!
Não foi a carne mas o Espírito que revelou isto!
Sétimo, porque esse gênero de morte corresponde a muitas figuras. Como diz Agostinho: “Uma arca de madeira salvou o gênero humano do dilúvio das águas; ao se afastar o povo de Deus do Egito, Moisés dividiu o mar com o bastão, vencendo o Faraó e redimindo o povo de Deus; o mesmo bastão Moisés lançou às águas, e de salgadas as tornou doces; com esse bastão faz jorrar da rocha espiritual uma água salutar; e, para vencer Amalec, Moisés mantém os braços abertos ao longo do bastão; e a lei de Deus é posta na arca de madeira do Testamento; de modo que, por tudo isso, como que por degraus, se chegasse ao madeiro da cruz”.
Lucineide - MG
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.