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Resenha: O TRATADO SOBRE O ESPÍRITO SANTO de Basílio de Cesaréia

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 26 de maio de 2013 | 10:42






Basílio de Cesaréia é certamente o mais importante dos famosos ¨Padres capadócios¨. Personalidade fértil, atuante na reflexão filosófica, teológica e mística, na produção literária, no expor suas idéias através de cartas, sermões, tratados, na organização e na administração das comunidades de sua diocese, ganhou o título de ¨Magno¨. Nascido e criado na alta aristocracia latifundiária do século IV, não julgou conveniente reter para si e se enriquecer ainda mais, como faziam os ricos de sua época, mas, tocado profundamente pelo Evangelho, desprezou as glórias, pompas e riquezas do mundo, dedicando-se à meditação, ao recolhimento, às obras de caridade, vendendo seus bens e repartindo com os mais necessitados suas riquezas. 















Teve infância e juventude dedicadas aos estudos em sua terra natal, sob orientação de seu pai, e depois em Constantinopla, Antenas e Egito. Sacerdote, depois bispo de Cesaréia, enfrentou os piores períodos de seca, miséria e exploração do povo e a política hostil do imperador arianista. Com saúde muito frágil e com atividade incessante, aos 40 anos parecia um velho. Não se poupou. Despendeu suas energias e toda a sua vida para unir as Igrejas, instruir o clero, os religiosos, os fiéis e socorrer os pobres. 



De natureza tímida, experimentou muitas incompreensões e insucessos, mas nunca fugiu às responsabilidades de líder nem se fechou ao diálogo para a consolidação da paz e da ortodoxia.

As principais obras teológicas de Basílio são:




As suas "Sobre o Espírito Santo", um lúcido e edificando apelo às Escrituras e às tradições cristãs primitivas (para provar a divindade do Espírito Santo), e a sua "Refutação da Apologia do Ímpio Eunômio", escrita em 363 ou 364, em três volumes contra Eunômio de Cízico, o principal defensor da forma mais extremada do arianismo conhecida como anomoeanismo.










Gregório de Nazianzo descreve como São Basílio, ao pregar no ano 372, absteve-se propositalmente de falar de modo aberto sobre a divindade do Espírito Santo, contentando-se com o critério negativo de aceitar que o Espírito Santo não é criatura. Segundo Gregório, Basílio tinha razão em agir com prudência, para não exaltar os arianos, então muito poderosos. Do contrário, Basílio teria sido expulso e sua sede metropolitana, importante para a Igreja, ficaria comprometida sem  a verdadeira ortodoxia.





Posteriormente, porém, os fatos o obrigaram a ser mais claro:



Numa profissão de fé que no ano seguinte submeteu ao bispo Eustatius, onde afirmava Basílio que “o Espírito Santo deve ser reconhecido como intrinsecamente sagrado, uno com a "natureza divina e bendita" e inseparável, como a fórmula batismal implica, do Pai e do Filho.”





Dois anos depois, no tratado `De Spiritu Sancto', deu um passo a mais, afirmando que:




“Ao Espírito Santo deve ser concedida a mesma glória, honra e culto que ao Pai e ao Filho, e que Ele deve ser "estimado com" e não"estimado abaixo" dEles”.



Basílio não foi mais longe do que isso. Em nenhum lugar chama de Deus ao Espírito Santo, embora coloque claro que:




"Nós glorificamos o Espírito com o Pai e o Filho porque nós acreditamos que Ele não é alheio à natureza divina".



São Basílio apenas afirma que o Espírito Santo procede de Deus, não por modo de geração, mas "como respiro de sua boca".Assim, sua "maneira de vir a ser" permanece"inefável".



Além disso ele afirma que um único Espírito está "ligado a um único Pai através de um único Filho", e é "através do Unigênito" que as qualidades divinas chegam ao Espírito provenientes do Pai.São Basílio insiste que se nós numeramos a Divindade, devemos fazê-lo "reverentemente", afirmando que, se bem que cada uma das Pessoas é designada como uma pessoa, Elas não podem ser adicionadas entre si. A razão para isto é que a natureza divina que Elas compartilham é simples e indivisível, pois em certas passagens os Padres Capadócios parecem relutantes em aplicar a categoria do número à Divindade, considerando a doutrina de Aristóteles que somente o que é material é quantitativamente divisível.



Basílio de Cesaréia, nos capítulos sexto a oitavo de seu tratado Sobre o Espírito Santo (composto entre o final de 374 e o final de 375, posterior portanto ao Concílio de Nicéia I), para dizer que a natureza do Filho é a mesma do Pai, em identidade de glorificação ou de honra,e não o termo niceno (consubstancial). Fazendo esta opção e sustentando-a com testemunhos da Sagrada Escritura, Basílio prepara sua defesa contra os pneumatômacos, expressada propriamente a partir do capítulo nono do seu tratado. Ora, Basílio de Cesaréia entende que se, na ordem da economia, o Filho é digno da mesma glória que se concede ao Pai, é porque as pessoas do Pai e do Filho têm a mesma natureza. 





Basílio de Cesaréia, evidentemente, não recusa o Concílio de Nicéia I; todavia, mantendo-se nos limites da ortodoxia, vê-se livre para empregar um termo que, em última análise, diz o mesmo que a expressão adotada pelo Símbolo Niceno.




Conclusão baseada nos parágrafos de 34 a 79 do Tratado sobre o Espírito Santo de Basílio de Cesaréia:


“Ora qual é o homem que, ao ouvir os Nomes com os quais é designado o Espírito Santo, não eleva seu ânimo e o seu pensamento para a natureza divina? É chamado Espírito de Deus, Espírito da verdade que procede do Pai, Espírito de retidão, Espírito Consolador, advogado, paraclito, e com o nome próprio e peculiar de: Espírito Santo.” Volta-se para Ele o olhar de todos os que buscam a santificação; para Ele tende a aspiração de todos os que vivem segundo a virtude; é o Seu sopro que os revigora e reanima para atingirem o fim natural e próprio para que foram feitos.Ele é Fonte da santidade e Luz da inteligência; é Ele que dá, de Si mesmo, uma certa iluminação à nossa razão natural, para que encontre a verdade da criação, daquilo que somos e daquilo que a Trindade é.Inacessível por Sua natureza, torna-se acessível por Sua bondade e revelação. Enche tudo com o Seu poder, mas comunica-se apenas aos que são dignos; não a todos na mesma medida, mas distribuindo os Seus dons em proporção da fé. Um na Essência, Múltiplo nas manifestações do seu poder, está presente por Inteiro em cada um, sem deixar de estar por inteiro em todo lugar. Reparte-se e não sofre diminuição. Todos d’Ele participam e d’Ele retiram sua força e Ele permanece Íntegro, à semelhança dos raios do sol que fazem sentir a cada um a sua luz benéfica como se fosse para cada um em particular tão somente, e contudo iluminam e aquecem a terra,o mar, a tudo e todos  e se difundem pelo espaço sem alterá-lo em sua essência.



Assim É também o Espírito Santo: 





Está presente em cada um dos que são capazes de recebê-Lo, como se estivesse unicamente nele e, não obstante, dá a todos a totalidade da graça de que necessitam. Os que participam do Espírito recebem os Seus dons na medida em que o permite a disposição de cada um, não na medida do poder do mesmo Espírito.Por Ele, os corações são elevados ao alto, os fracos são conduzidos pela mão, os que progridem na virtude chegam à perfeição. Ele ilumina os que foram purificados de toda a mancha e torna-os espirituais pela comunhão Consigo.E como os corpos límpidos e transparentes, sob a ação da luz, se tornam também extraordinariamente brilhantes e irradiam um novo fulgor, da mesma forma também as almas que recebem o Espírito e são por Ele iluminadas tornam-se espirituais e irradiam sobre os outros a graça que lhes foi dada.






D’Ele procede a profecia e todos os dons:




“A  inteligência dos mistérios, a compreensão das coisas ocultas, bem como dos fatos da história universal e pessoal, a distribuição dos carismas, a participação antecipada na vida do céu, na companhia dos coros dos anjos e santos.”D’Ele nos vem a alegria sem fim, a união constante e a semelhança com Deus; d’Ele procede, enfim, o bem mais sublime que se pode desejar: 




“O homem é “divinizado", ou seja é espiritualizado pela graça e ação do mesmo Espírito santo de Deus, que no filho nos faz imagem e semelhança de Deus.”







“ São Basílio, Rogai por nós!!!”



“LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”


Extratos de Frank J. Tipler, Físico, doutorado em Relatividade Geral Global. 



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Anônimo
8 de março de 2016 às 11:30

Salve Maria!
Sabe me dizer se consigo encontrar esse tratado em pdf?
Desde já, agradeço!

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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