O dom de ciência é um dom através do qual o Senhor faz com que o homem entenda as coisas da maneira como Ele as entende. Faz que o homem penetre na raiz de cada acontecimento, fato, sentimento ou situação, ou melhor, através do dom de ciência, Deus dá o diagnóstico, a causa de um problema, doença, fato, situação, etc.Quando estamos com febre, nos dirigimos a um médico para descobrir a causa da febre. Porque a febre não é a doença, mas um sintoma da doença.Quando alguém está deprimido, queremos resolver o problema da depressão, aliviando os seus sintomas, porém não conseguimos detectar a causa da depressão. Através do dom de ciência, o Senhor nos revela a causa da depressão, sua raiz, com o objetivo de curar. O Espírito Santo, através deste dom, presta um serviço ao povo de Deus através de nós.Pelo dom de ciência, Deus ensina ao homem sobre as suas verdades, permite que a sua luz penetre no entendimento do homem.Através do dom de Ciência Deus comunica ao homem informações que são impossíveis de se adquirir humanamente ou por conhecimento natural, pela razão.É um dom de revelação. Revela uma ação que Deus já está fazendo (a cura), ou uma situação ou mentalidade que precisa ser transformada por Deus, sempre com a finalidade de transformação e conversão através do poder e da misericórdia de Deus que cura o corpo e o coração.
Alguns exemplos de “palavra de
ciência” nas escrituras:
1)- Lc
1,43 - Isabel recebe o conhecimento de um mistério que, humanamente, ela jamais
seria capaz de compreender, a encarnação de Jesus.Aqui podemis perceber que a
palavra de ciência veio acompanhada de um sinal físico: o menino... (Lc 1,44).
2)- Mt
1,18-25 – O dom de Ciência pode vir também através de um sonho, como no caso de
José. O Espírito Santo revela a José, em sonho, o mistério da encarnação. José
recebe o dom de ciência (a revelação) e através dele vê acontecer, em si
próprio, mudança radical de mentalidade e do conhecimento da vontade e do agir
de Deus e rende-se a Ele.
3)- Jo
4,16-19 - Jesus fala à samaritana sobre os 5 maridos que tivera. Esta palavra
de ciência fez a mulher perceber que Jesus era um profeta, abrindo a porta do
seu coração para a revelação de que ele era o Messias prometido e esperado. A
samaritana experimentou a misericórdia de Deus aplicada ao pecado de adultério,
pois Jesus não a acusou, mas revelou o que sabia. A palavra de ciência teve o
poder de levá-la ao entendimento de sua condição, arrepender-se, ser perdoada e
reconhecer por revelação divina a certeza de que Jesus é o Messias, tendo
acesso à “água viva” por ele prometida.
4)- Lc 5, 17-26 - A cura do paralítico.
Quando Jesus diz: “os teus pecados estão perdoados”, Cristo sabe por revelação que a necessidade maior do
paralítico é ser perdoado de seus pecados que, são a causa de muitos males
físicos e espirituais. Para o paralítico eram empecilhos para a ação de Deus em
sua vida.
A pessoa que recebe o dom de ciência
pode perceber que o Senhor a está tocando através de um sentimento, ou uma
certeza interior que nos chega à mente, por iluminação divina que pode ser: uma
palavra, uma cena da vida da pessoa, uma visualização comparativa. O Senhor nos
mostra em que e como está agindo: Pode ser uma parte do corpo, um problema
emocional, uma cura espiritual ou aumentando a fé, chamando à conversão. Isso por mais simples e banal que possa parecer aos
olhos da razão humana, que iluminada por Deus toma novo rumo e sentido, se dá e
acontece pela oração, quando nossa mente está aberta e livre para receber a
revelação do Senhor.
O DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS:
Efésios 4,11-21: "A
uns ele constituiu apóstolos, a outros, profetas, a outros, evangelistas,
pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para
o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, até
que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus,
até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo. Para
que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de
doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios
enganadores. Mas, pela prática sincera da caridade,
cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo. É
por ele que todo o corpo - coordenado e unido por conexões que estão ao seu
dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria - efetua
esse crescimento, visando a sua plena edificação na caridade. Portanto,
eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que
andam à mercê de suas idéias frívolas. Têm o entendimento obscurecido. Sua
ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da vida de
Deus. Indolentes, entregaram-se à dissolução,
à prática apaixonada de toda espécie de impureza. Vós,
porém, não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo,
se é que o ouvistes e dele aprendestes, como convém à
verdade em Jesus."
O dom de discernimento não se limita,
apenas a discernir espíritos demoníacos no momento de uma possessão
Discernimento
é a faculdade de perceber diferenças, distinguir entre a verdade e o erro, e de
julgar as coisas claramente conforme a iluminação do Espírito Santo, o Espírito
da verdade.O discernimento será útil na seleção do
que ouvimos, falamos, lemos, vemos e nos envolvemos.É uma questão de disciplina a cerca da
vontade de Deus.
É ter percepção para reconhecer falsos profetas, espíritos
enganadores e distinguir e separar entre o que é da parte de Deus e o que não
é:
“Vede pois como ouvis”. Lucas 8,18a.
“Se algum de vós tem falta de sabedoria,
peça-a a Deus”. Tiago 1,5.
“... todo homem seja pronto para ouvir,
e lento para falar...”. Tiago 1,19b.
Na vida cristã prática, o discernimento, impedirá o desenvolvimento da raiz do mal, já cortada
pela obra realizada na Cruz, mas arraigada
na natureza humana.O discernimento favorecerá o
crescimento espiritual, com a libertação dos desejos impuros da mente, da rebeldia
e oposição à Palavra e à Sã doutrina da Salvação:
2 Tim 4,1-9:
1
|
Eu
te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e
os mortos, por sua aparição e por seu Reino:
|
2
|
prega
a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com
toda paciência e empenho de instruir.
|
3
|
Porque
virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação.
Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão
mestres para si.
|
4
|
Apartarão
os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas.
|
5
|
Tu,
porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de
pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério.
|
6
|
Quanto
a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se
aproxima.
|
7
|
Combati
o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé.
|
8
|
Resta-me
agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele
dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua
aparição. |
E
pergunto ainda : “ Será que ESTE TEMPO já chegou ?”
"Pois haverá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo
seus próprios DESEJOS, como que sentindo
coceira nos ouvidos de escutar NOVIDADES, adaptarão mestres para si mesmos..."(2Tm
4,3).
1)- Não será que a diabólica teologia da prosperidade, da impostura do dízimo
como moeda de troca, já não seria o
cumprimento desta profecia Paulina?
2)- Os mercenários descobriram na
psicologia e no materialismo desenfreado um modo de atrair pessoas para as
denominações evangélicas?
3)- Teria o LOGOS o Verbo de Deus
ENCARNADO e eterno morrido na cruz para
nos dar apenas carro novo, casa, emprego, meras libertações sociais e outras coisas meramente materiais ?
4)- Será que Cristo não morreu por
uma libertação maior e anterior a todas
estas mazelas que é o próprio pecado ?
Hebreus 5,14. “... tendo os sentidos
exercitados para discernir tanto o bem
como o mal...”
Existe uma relação entre o ouvir e o
falar. Se alguém aceita tudo o que ouve, sem fazer uma seleção e sem distinguir
a verdade da mentira, por mais sincero que seja, cairá na mentira e induzirá
outros a crerem na mentira. Pois a sinceridade não é o critério da
verdade, em virtude de que uma pessoa pode está SINCERAMENTE ENGANADA.
O discernimento e a percepção influenciarão nossas
escolhas:
É um dom essencial para a Igreja nestes
tempos nebulosos e cheio de novidades. O conhecimento da Palavra de Deus é
condição básica para o alcance e apuração da percepção e do discernimento. Este dom não pode ser confundido com
perícia ou capacidade de analisar o caráter das pessoas, para descobrir falhas
nos outros, isso até é proibido na Bíblia.“Não julgueis, para que não sejais
julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados...” (Mateus 7,1-2a)A pessoa com discernimento está
preparada para reconhecer a fonte de certas doutrinas, aparentemente bíblicas,
mas que distorcem as Escrituras. Com isso o crente é livre do mal e pode ajudar a outros. Muitas vezes ouve-se pregações,
depoimentos, entrevistas e até milagres enganosos, com aparência de
autenticidade. A pessoa com discernimento, conhecerá a
mentira oculta e ajudará a manter a pureza e a santidade da Igreja.
“O Espírito expressamente diz que nos
últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores,
e a doutrinas de demônios”. I Timóteo 4,1.
Esses demônios se aproveitam da ausência de dons na Igreja para enganar a muitos. Uma Igreja fica vulnerável, se não houver a sabedoria e a aplicação da Palavra de Deus.
Para tudo o que é verdadeiro, há sempre uma cópia
falsificada:
Faz parte da natureza humana copiar
quando não pode criar. Isso acontece em todos os setores: na moda, na indústria,
no comércio, nas artes, na música e também nos assuntos espirituais. Os
demônios imitam os dons do Espírito. O uso correto dos dons vai depender
muito da nossa comunhão com Deus, porque o nosso espírito é dotado de
faculdades que possibilitam a intimidade com Deus.
ATENÇÃO! A interrupção de um
testemunho, ou até de um sermão contradizente com a Palavra, é zelo pela casa
de Deus! É correção e disciplinação necessárias ao amadurecimento da Igreja e o
aperfeiçoamento dos dons. A pessoa sincera não se sentirá humilhada, mas
aceitará a correção com dignidade para seu próprio crescimento espiritual
diante de Deus e da Igreja.
A utilização prática do discernimento
dará à Igreja condições de julgar e impedir o abuso e a usurpação dos dons. Uma
pessoa que diz ser usada por Deus e afirma que Deus falou quando Deus não
falou,está usando sua mente ou está influenciada por sugestões malignas. Sem
discernimento,muitos preferem acreditar na pessoa e duvidar de Deus. Isto tem induzido muitas pessoas e comunidades inteiras à
incredulidade, ao abatimento e a duvidar da própria justiça de Deus,
privilegiando, ou abençoando uns em detrimento de outros.
1)- Tem sido causa de perturbação em
muitos lugares
2)- Tem feito muitos estragos em
comunidades e dioceses Cristãs, que preferem
proibir os dons espirituais, do que discipliná-los:
I Tessalonicenses 5:19 – “Não
extingais o Espírito !!!”
Considero esta uma das principais falhas no pastoreio das
Novas Comunidades e movimentos Pentecostais (RCC), não considerar corretamente
a Pessoa do Espírito Santo. Quem Ele É? Você saberia me
explicar? Nós cremos que Deus é um Só (Dt 6.4). Entretanto, entendemos pela revelação que essa unidade em uma só
natureza divina é distinta em três
pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo, Mt
28.19), e que são coexistentes (2 Co 13.13).O Espírito Santo é Deus! E sendo Deus, possui todos seus atributos. Ele tem
vontade; tem intenções! Ele nos guia a verdade, nos conduz a Cristo, nos
convence do pecado, da justiça e do juízo. Ele nos consola em nossas aflições!
Paulo nos orienta a
não apagarmos o Espírito Santo:
Creio que usou a expressão “apagar” pensando numa lamparina. Enquanto
acesa, ela pode iluminar. Mas, se a deixarmos apagar, o resultado será
escuridão.O Cristão, ou comunidade que apaga o Espírito Santo, recusando a usar seus dons
infusos e efusos,arrísca-se a cair na práxis secularista e materialista.Quando os sussurros do pecado soam mais alto para nós que os gritos
desesperados do Espírito Santo, é sinal que já o apagamos em nossas vidas. Quando
isso ocorre, nossa vida fica triste. Nossa comunhão com Deus perde a
intensidade. Tornamo-nos apenas técnicos da religião, sem contato algum ou até
mesmo sem necessidade de Deus,pois no máximo queremos apenas que Deus assine em
baixo nossas ações as quais não as submetemos ao seu discernimento antes, mas
depois.
3)- O dom de discernimento tem que
estar aliado ao temor a Deus e nunca ao temor humano. Temer a Deus é condição
fundamental da fé cristã, temor humano é doença dos tímidos e dos fracos. Jesus
não teve temor humano quando chicoteou os vendedores no Templo.Ele é o nosso
modelo:
“E, entrando Jesus no Templo, começou a
expulsar todos os que nele vendiam e compravam, dizendo-lhes:Está escrito: A minha
Casa é Casa de oração, mas vós fizestes dela
covil de salteadores”. Lucas 19,45.
A autoridade da Igreja através de seu
SAGRADO MAGISTÉRIO e a Sagrada Tradição colocam disciplina e ordem na Igreja,
evitará o uso abusivo dos dons, sem eliminá-los, mas corrigindo-os e
utilizando-os para o amadurecimento da Igreja, o bem comum e para a glória de
Deus.Por isto pesa sob o magistério da Igreja
este discernimento ao longo dos séculos, e é isto que ela tem feito:
"Observai todas
as coisas e ficai com o
que é bom" (I Tessalonicenses, 5 - 21)
Os escritores bíblicos não se cansam de
apresentar em seus escritos, tudo o que
eles observaram e assimilaram sobre a natureza, compreendendo e transmitindo os
ensinamentos para a vida prática. A expressão: “quem tem ouvidos para ouvir que ouça”,
encontrada muitas vezes na Bíblia, significa:
1)-Apure seus ouvidos para entender o
que está além do que você vê, ouve e sente.
2)- O ruído das ondas, as marés, o mar
revolto ou calmo, falam da soberania de Deus; o som do vento traz notícias
sobre o tempo, relâmpagos, trovões, tornados, terremotos, falam de sinais
iminentes da Justiça e do Juízo de Deus sobre a terra que está por vir.
3)- É preciso portanto discernir os Sinais dos
tempos:
Mt 16,4 - Hipócritas! Sabeis distinguir o
aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?
Vejamos o legado deixado por alguns dos patriarcas bíblicos
que observaram no seu tempo, a sabedoria da experiência de vida e nos
transmitiram:
a)- Jó fala da águia, da avestruz, do
corvo. Jó 38,41.Ao mesmo tempo diz que a avestruz não tem sabedoria. Jó 39,13-17.
b)- Na caminhada do povo, no deserto,
Deus providenciou uma: nuvem de dia como cobertura para o sol. Salmos 78,14.
Ler Salmos 77,14-20.E uma coluna de fogo para iluminar a noite. Salmos 105,39.
c)- Deus preparou, para o seu povo
durante sua peregrinação, um caminho no deserto, no mar e no rio, lugares onde
não havia caminho. Salmos 107,40; Salmos 106:9; Salmos 78,13; Salmos 66,6 - Ler
Salmos 114.
d)- Provérbios fala de quatro pequenos
seres cheios de sabedoria: formiga, coelho, gafanhoto e aranha. Provérbios 30,24-28.
e)- Isaías fala sobre o boi que conhece
o seu dono. Isaías 1,3.
f)- fala sobre o lavrador que lança
sementes no solo e cada uma tem o seu
modo especial de ser plantada. Isaías 28,24-29.
g)- E fala também que as “árvores batem
palmas”. Isaías 55,12.
h)- Jeremias 8,7 diz: “A cegonha conhece os seus tempos
determinados, a rola, o grou e a andorinha, observam o tempo da sua arribação...”
i)- Habacuque 2,14-16 fala sobre a rede
que prende o peixe e que é mais
valorizada do que o próprio peixe. O homem valoriza mais a obra de suas mãos do
que a criação de Deus.
“LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”
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