QUAL O CORRETO PROCEDIMENTO CRISTÃO DADO AOS HOMOSEXUAIS ?
Estamos diante de um cenário de contradições que desafiam não apenas a lógica, mas os fundamentos da moral e da ordem natural ensinados pela Igreja. Por um lado, há quem defenda que padres abandonem o celibato, rompendo um voto sagrado que sustenta séculos de tradição; por outro, exige-se que casados possam se divorciar sem qualquer restrição, relativizando a indissolubilidade do matrimônio, princípio essencial à família e à estabilidade social. Enquanto isso, questiona-se a necessidade do casamento religioso para os noivos, ao mesmo tempo em que se reivindica, de maneira paradoxal, que uniões homossexuais sejam reconhecidas e celebradas na Igreja, contrariando explicitamente a doutrina cristã sobre a natureza do matrimônio. Essa incoerência não é mera curiosidade intelectual: ela reflete uma profunda crise de valores, em que a sociedade perde a referência moral e tenta redefinir padrões que sempre foram considerados sagrados. A defesa de direitos subjetivos e de “liberdades individuais” não pode se sobrepor à verdade objetiva da criação, à lei natural e aos ensinamentos transmitidos de geração em geração. O paradoxo exposto evidencia a urgência de reafirmar a autoridade moral da Igreja, a santidade do matrimônio e a centralidade da família tradicional como pilares indispensáveis para a coesão social, a educação das crianças e a preservação da civilização.
Em tempos de relativismo, ter opinião formada como a Igreja tem, é ser tratada de retrógrada e atrasada. A Igreja não está no mundo para fazer a vontade dos homens mas a vontade de Deus, e não está preocupada com opiniões e maiorias democráticas, não são estes os critérios da Práxis Cristã que Cristo nos deixou.Nem sempre fazer a vontade é Deus é fácil, é preciso o auxílio da Graça e a iluminação da reta razão.Deus odeia apenas o pecado, mas ama o pecador.Amar o pecador não significa aprovar o pecado, mas aplicar o remédio da misericórdia e da verdade na caridade.Não precisamos re-inventar a roda achando que Igreja não tem uma reta orientação para a questão da homossexualidade.
Vejamos a seguir duas orientação da Igreja sobre o tema em questão: A primeira é MAGISTERIAL, e a segunda é PASTORAL:
1)- ORIENTAÇÃO MAGISTERIAL (DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA - ED. VATICANA):
2357 CASTIDADE E HOMOSSEXUALIDADE:A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.
§2358 Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.
§2359 As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.
2)- ORIENTAÇÃO PASTORAL
Por Dom Henrique
A revista Veja trouxe como reportagem de capa a nova mentalidade que vai se impondo no que diz respeito à homossexualidade.Entre os jovens ela é vista como algo normal.Agora já não há mais problema algum em “assumir” tranqüila e publicamente sua homossexualidade e vivê-la sem conflitos.E aí a matéria da Revista, a mesma que trouxe um artigo do ateu André Petry criticando a religião e endeusando a ciência como esperança para a humanidade,se esbalda em exemplos de jovens tão bem entrosados com sua vida homossexual.
Gostaria de propor algumas reflexões. E peço que você, meu caro Leitor, procure ponderar bem o que estou dizendo...
1. É bom mesmo que as pessoas homossexuais sejam respeitadas e não sejam estigmatizadas por suas tendências sexuais.A violência contra homossexuais sejam elas físicas ou morais é um crime e, diante de Deus, um pecado.
2. Também é correto desejar que cada pessoa tenha o direito de viver sua vida de acordo com seus valores e sua consciência, desde que respeitando o bem comum e as normas da boa convivência social.No entanto, não é aceitável que minorias homossexuais organizadas queiram impor a toda a sociedade seus valores e seu modo de pensar, destruindo o sentido genuíno do que seja família e do que seja casamento.
3. O sincero respeito que se deve ter pelos homossexuais não deve e não pode significar que todos tenham a obrigação de fazer uma avaliação positiva da homossexualidade e, mais ainda, da prática homossexual.Respeitar a pessoa, suas tendências, suas opções, sim. A avaliação de suas ações e modo de viver, depende dos critérios que alguém tome como norte e sentido da existência humana.Para um ateu, o critério é ele próprio; para um crente, o critério do certo e do errado é o próprio Deus, portanto, ao que Deus chama errado, o crente somente poderá chamar de errado também.
4. Pensemos num Cristão homossexual:Para um mundo pagão como o nosso,para pessoas que não têm como critério o Evangelho,ser homossexual e viver a homossexualidade não são problema algum;como não o é a infidelidade conjugal,como não o são as relações pré-matrimoniais, sexo com menores,sadismo,etc.
5.Mas, para alguém que creia em Cristo e deseje viver segundo a fé cristã,o ser homossexual traz sim dificuldades, conflitos e dores.E isto porque o critério da vida de um cristão não é a moda,não é a mentalidade dominante, não é a própria pessoa,mas a norma do Evangelho,expressa na fé da Igreja.Ora, deixar-se a si mesmo para abraçar na própria vida e com a própria vida a norma de vida de um Outro,dAquele que disse:“Quem quiser ser meu discípulo, renuncie-se a si mesmo e siga-me!” – não é e não será nunca uma tarefa fácil.
6. Um homossexual cristão deve sim procurar corajosamente aceitar sua realidade homossexual,mas não para viver do seu jeito e sim do jeito de Cristo!E qual é o jeito de Cristo?Qual a sua norma para a sexualidade humana?Certamente que tal norma é aquela da vida sexual como expressão do amor e da entrega a outra pessoa,numa tal comunhão que, selada pelo sacramento do matrimônio,seja até à morte e aberta de modo fecundo aos filhos que Deus der naturalmente.
7.Para Deus,sejamos claros:" A norma é a heterossexualidade e não a homossexualidade." Para um cristão homossexual certamente isto provoca uma séria crise.E é preciso que se diga para um cristão com tendência homoafetiva:" A homossexualidade tem a marca da cruz ", é sim uma cruz! Mas, o nosso Salvador Jesus disse: “Toma a tua cruz e segue-me!”
Em outras palavras: “Segue-me com tua homossexualidade! Segue-me com as crises e dificuldades nas quais ela te coloca!”Um homossexual que deseje viver seriamente sua fé cristã deve saber que é amado pelo Senhor,que não é rejeitado pela Igreja,mas que deve como também os heterossexuais ,colocar sua sexualidade debaixo do senhorio de Cristo, para tanto, deve lutar para ser casto,para ser reto, para fugir de toda leviandade e imoralidade, como um heterosexual normal faz.Deve claramente reconhecer que os atos homossexuais,não são moralmente corretos como a relação heterossexual no casamento, pois não tem nenhuma finalidade em si, não gera a vida, é um ato em si egoista e fechado em si mesmo, que promovre a promiscuidade e depravação.Por isso é muito importante que um homossexual cristão procure ajuda de um sacerdote ou de um cristão maduro,ponderado,fiel a Cristo e à Igreja que possa ajudá-lo no seu caminho de busca da correta vivência de sua condição e busca de viver a santidade a qual todos somos chamados.
8.E se houver quedas no caminho desse irmão homossexual? E se as amizades descambarem para atos homossexuais?É não desanimar,como qualquer cristão, trata-se de olhar para o Cristo,pedir perdão no sacramento da Penitência e recomeçar o caminho, procurando vencer o pecado. Deve viver uma vida o quanto possível digna diante do Senhor e dos homens.Não deve deixar a oração nem a freqüência da Santa Missa e deve dizer sempre todos nós devemos dizer sempre com o coração, o afeto, a alma e também com as lágrimas:“Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, pecador!”
9.É BOM QUE SE ESCLAREÇA: Certamente que aquele que se decida por uma vida de prática de atos homossexuais NÃO DEVE se confessar sacramentalmente nem receber a comunhão eucarística:Mas pode sim procurar sempre o conselho e a ajuda de um sacerdote ou de um cristão que o auxilie no caminho de seu seguimento a Cristo.
10.É muito importante compreender que não há miséria e drama humanos que não possam ser atingidos e libertos pela cruz do Senhor:Não se trata de chamar certo ao que é errado ou de avaliar como virtude ao que é fraqueza aos olhos do Senhor; trata-se, sim, de ter misericórdia, de acolher, de ter compaixão do outro! Triste daquele que vir o irmão levando pesado fardo e ainda lhe aumentar o peso com o desprezo e a rejeição! O pecado deve ser chamado sempre pecado,mas o pecador deve ser sempre acolhido com misericórdia e respeito e tratado como um irmão, pois Deus odeia o pecado, mas ama o pecador, que muitas vezes é mais vítima que cumplice.
11. Não sabemos ainda por que algumas pessoas nascem homossexuais, ou porque Deus permite esta provação.Sabemos que elas não escolheram a tendência que possuem;sabemos também que não são moralmente doentes,há homossexuais dignos e generosos!E sabemos que elas podem seguir o Senhor e devem fazer o melhor de si para serem santos, para serem cristãos de verdade.Diante de mistérios assim, diante dos enigmas da existência, diante da dor e da cruz dos irmãos, devemos olhar para o céu e pronunciar, comovidos e humildes, aquela sábia bênção judaica, que cabe muito bem nos lábios de um cristão:“Bendito sejas tu, Senhor nosso Deus, que guardas os segredos!”
12. Esta é a diferença entre o pensar cristão e a perspectiva da revista Veja,para a reportagem, a vida é sem Deus mesmo:Cada um é a sua verdade, a sua medida e o seu próprio critério; cada um faz o que bem entende com a existência. Para o cristão a vida é dom,é mistério a ser vivido diante de um Outro que nos ama e a quem deveremos prestar contas. Num mundo sempre mais pagão e menos cristão, vai ficando difícil compreender estas coisas.
13. Quanto aos jovens “felizes e realizados” com sua “opção” sexual,tais como a Veja nos apresenta ?Paciência...É o modo de pensar e viver dos que já não conhecem a Deus e seu Cristo Jesus, o tempo e suas consequências mostrarão a verdade.Que Nosso Senhor também a eles mostre a luz bendita do seu Rosto misericordioso, para que vejam o verdadeiro sentido da vida e encontrem a verdadeira paz e realização.
Bispo: Dom Henrique
Bispo: Dom Henrique
CONCLUSÃO
Como cristãos, não somos chamados a impor a fé ou os valores do Evangelho pela força das leis humanas ou pela pressão cultural, mas a anunciá-los com alegria, firmeza e coerência de vida. Nosso testemunho deve ser a primeira forma de evangelização: viver concretamente aquilo que professamos, de modo que mesmo os não-crentes percebam, em nossas atitudes, a beleza e a verdade do seguimento de Cristo. Isso, porém, não significa omissão. Pelo contrário, implica rezar pelos que ainda não creem, amá-los verdadeiramente e apresentar-lhes a Pessoa de Jesus Cristo, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6) para cada homem e para toda a humanidade. Somente n’Ele o ser humano encontra sua identidade mais profunda, sua liberdade autêntica e sua plenitude de sentido. Assim, ao invés de ceder às pressões relativistas do mundo, somos chamados a ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14), anunciando com caridade e clareza a verdade do Evangelho. Esta é a maior contribuição que podemos oferecer à sociedade: proclamar Cristo com palavras e obras, confiando que é a graça de Deus quem transforma os corações e edifica uma civilização enraizada na verdade, na vida e no amor eterno.
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A Paz em
Cristo e o Amor de Maria, a mãe do meu Senhor (Lucas 1,43)




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