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Três grandes santos afirmam: "quem reza se salva, quem não reza se condena!"

Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025 | 10:14



 

 

 

Padre Pio dizia que "quem reza pouco corre o risco de se perder"



Se o Padre Pio via em seus filhos espirituais pouco empenho na oração, ficava sério e repetia a sua máxima: "Lembre-se que quem não reza é condenado, quem reza pouco corre o risco de se perder; já aquele que reza muito é salvo". Padre Pio de Pietrelcina insistiu junto aos seus filhos espirituais sobre a necessidade da oração, dizendo-lhes isto: "Vai para o inferno quem reza pouco". A partir dos atos do seu processo canónico, numerosos testemunhos sobre isso foram recolhidos.Cleonice Morcaldi disse-lhe um dia: 



"Padre, Santo Afonso disse que aquele que não reza está condenado". E o Padre Pio respondeu-lhe: "Aqueles que rezam pouco podem ser comparados com aqueles que não rezam".





A confissão a uma freira



A uma freira que um dia lhe indicou que as novas constituições sugeriam um Pai Nosso bem rezado ao invés de muitos Aves-Marias, o Padre Pio respondeu:



"Aquele que reza muito é salvo, aquele que reza pouco é condenado ou corre o risco de ser condenado. Aquele que não reza não precisa do diabo para carregá-lo, vai para o inferno por conta própria".




Pina Patti confirma: Se o Padre Pio visse pouco empenho na oração, tornava-se sério e repetia a sua máxima: "Lembre-se que quem não reza é condenado, quem reza pouco corre o risco de se perder; já aquele que reza muito é salvo". A um penitente que foi acusado de rezar um tanto distraído, o Pai Pio disse: "Faz mal aquele que não reza, e muito mal aquele que reza mal". O Padre Pio recomendava que, quando se reza, deve-se criar um ambiente de recolhimento, a fim de favorecer a conversa com Deus. Em particular, o Padre Pio avisou os seus filhos espirituais dos muitos inimigos do recolhimento, o primeiro dos quais ele identificou ao interessar-se pelos assuntos do povo. Um dia, Enedina Mori disse ao Padre Pio: 



"Eu não sou fervorosa..." E ele respondeu: "Olha para as coisas pelas quais se interessa. Onde queres encontrar fervor, entre este monte de miséria?..."




Outro elemento que é muito prejudicial ao espírito de oração é muita conversa!



Uma filha espiritual, que viveu mal, relata esta conversa com o santo sacerdote: 



-Padre, se eu for convidada para almoçar ou jantar, devo aceitar? 


-Padre Pio: Aceite sempre quando for convidada!


-Ela acrescenta: Mas perde-se tempo a falar.


-Padre Pio diz: Você come e vem embora!


-Ela continua: Em casa, sinto-me mais recolhida.


-Padre Pio: Então minha filha, fica em casa e o teu recolhimento tem mais valor.



O Padre Pio ficava muito comovido quando alguém dizia que rezava pelas suas necessidades ou intenções espirituais. Se dissessem: Padre, eu recitei o Terço por ti, o Padre agarraria a sua mão e se não fosses rápido, ele as beijá-la-ia!

 

 

Padre Pio: "Quero ser apenas um pobre frade que reza"







Tal como o apóstolo Paulo, o Padre Pio de Pietrelcina colocou, no vértice da sua vida e do seu apostolado, a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo como sua força, sabedoria e glória. Abrasado de amor por Jesus Cristo, com Ele se configurou imolando-se pela salvação do mundo e de seus filhos(as) espirituais.








Foi tão generoso e perfeito no seguimento e imitação de Cristo Crucificado, que ele poderia ter dito: 



«Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gál 2, 19). 



E os tesouros de graça que Deus lhe concedera com singular abundância, dispensou-os ele incessantemente com o seu ministério, servindo os homens e mulheres que a ele acorriam em número sempre maior e gerando uma multidão de filhos e filhas espirituais. Santo pe Pio pertencia ao carisma de S. Francisco de Assis, e nasceu no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi batizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos. Aos 16 anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se Frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, no dia 27 de Janeiro de 1907, a dos votos solenes.Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de Agosto de 1910 em Benevento, precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em Setembro desse ano de 1916, foi mandado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte.



Abrasado pelo amor de Deus e do próximo, o Padre Pio viveu em plenitude a vocação de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão especial que caracterizou toda a sua vida e que ele cumpriu através da direção espiritual dos fiéis, da reconciliação sacramental dos penitentes e da celebração da Eucaristia. O momento mais alto da sua atividade apostólica era aquele em que celebrava a Santa Missa. Os fiéis que nela participavam, pressentiam o ponto mais alto e a plenitude da sua espiritualidade.




No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar os sofrimentos e misérias de tantas famílias, principalmente com a fundação da «Casa Sollievo della Sofferenza» (Casa Alívio do Sofrimento), que foi inaugurada no dia 5 de Maio de 1956.



Para o Servo de Deus, a fé era a vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se assiduamente na oração. Passava o dia e grande parte da noite em colóquio com Deus. Dizia: «Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-Lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus». A fé levou-o a aceitar sempre a vontade misteriosa de Deus.




Viveu imerso nas realidades sobrenaturais. Não só era o homem da esperança e da confiança total em Deus, mas, com as palavras e o exemplo, infundia estas virtudes em todos aqueles que se aproximavam dele.O amor de Deus inundava-o, saciando todos os seus anseios; a caridade era o princípio inspirador do seu dia: amar a Deus e fazê-Lo ser conhecido e amado. A sua particular preocupação: crescer e fazer crescer na caridade!



A máxima expressão da sua caridade para com o próximo ve-mo-la no acolhimento prestado por ele, durante mais de 50 anos, às inúmeras pessoas que acorriam ao seu ministério e ao seu confessionário, ao seu conselho e ao seu conforto. Parecia um assédio: procuravam-no na igreja, na sacristia, no convento. E ele prestava-se a todos, fazendo renascer a fé, espalhando a graça, iluminando. 



Mas, sobretudo nos pobres, atribulados e doentes, ele via a imagem de Cristo e a eles se entregava de modo especial. Exerceu de modo exemplar a virtude da prudência; agia e aconselhava à luz de Deus. O seu interesse era a glória de Deus e o bem das almas. A todos tratou com justiça, com lealdade e grande respeito. Nele refulgiu a virtude da fortaleza. Bem cedo compreendeu que o seu caminho haveria de ser o da Cruz, e logo o aceitou com coragem e por amor. Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma. Ao longo de vários anos, suportou, com serenidade admirável, as dores das suas chagas. Aceitou em silêncio as numerosas tomadas de posição das Autoridade e, frente às calúnias, sempre ficou calado.Recorreu habitualmente à mortificação para conseguir a virtude da temperança, conforme o estilo franciscano. Era temperante na mentalidade e no modo de viver. Consciente dos compromissos assumidos com a vida consagrada, observou com generosidade os votos professados. Foi obediente em tudo às ordens dos seus Superiores, mesmo quando eram gravosas. A sua obediência era sobrenatural na intenção, universal na extensão e integral no cumprimento. Exercitou o espírito de pobreza, com total desapego de si próprio, dos bens terrenos, das comodidades e das honrarias. Sempre teve uma grande predileção pela virtude da castidade. O seu comportamento era, em todo o lado e para com todos, modesto.Considerava-se, sinceramente, inútil, indigno dos dons de Deus, cheio de misérias e ao mesmo tempo de favores divinos. No meio de tanta admiração do mundo, ele repetia: «Quero ser apenas um pobre frade que reza». Desde a juventude, a sua saúde não foi muito brilhante e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. 



A irmã morte levou-o, preparado e sereno, no dia 23 de Setembro de 1968; tinha ele 81 anos de idade. O seu funeral caracterizou-se por uma afluência absolutamente extraordinária de gente.



No dia 20 de Fevereiro de 1971, apenas três anos depois da morte do Servo de Deus, Paulo VI, dirigindo-se aos Superiores da Ordem dos Capuchinhos, disse dele: 




«Olhai a fama que alcançou, quantos devotos do mundo inteiro se reúnem ao seu redor! Mas porquê? Por ser talvez um filósofo? Por ser um sábio? Por ter muitos meios à sua disposição? Não! Porque celebrava a Missa humildemente, confessava de manhã até à noite e era – como dizê-lo?! – a imagem impressa dos estigmas de nosso Senhor. Era um homem de oração e de sofrimento».

 

 

 

“Quem reza se salva, quem não reza se condena”


 

 




Esta famosa frase de Santo Afonso de Ligório, quando é lida pela primeira vez, pode soar um tanto exagerada. Entretanto, ela traz em si uma certeza de fé. Somente aqueles que se dedicam à oração serão salvos.



Logo, Santo Afonso cunhou esta frase, para que cada um de nós, ao ouvi-la, possa buscar sempre a oração. De tal forma que nenhum coração corresse o risco de perder-se dela.



A única ponte de encontro e retorno para Deus é a oração. Uma vez que tenha o pecado entrado no mundo, afastado o homem de sua salvação e criado um abismo entre ele e a realidade divina.Desta maneira, afirma o Santo Bispo e doutor da igreja, Santo Afonso Maria de Ligório: 




“Todos os que se salvam, falando dos adultos, ordinariamente só por meio da oração é que conseguem salvar-se!”




Quem reza se salva! A importância da oração








Seria impossível falarmos de forma completa sobre a importância da oração. Contudo, esta prática carrega em si todos os mistérios que atestam a nossa filiação divina, como o meio mais valioso de relacionamento com Deus.Deus se apresenta para nós não somente como um deus, mas como um Pai que nos garante Seus cuidados e Suas bênçãos.Mesmo sendo Deus e perfeito homem, o próprio Senhor Jesus rezou e nos ensinou com sua vida o recolhimento e a prática da oração. Tamanha a importância que tem a oração na vida do homem.Foi assim, por várias vezes e em todos os momentos, principalmente aqueles de maiores tentações, como no Deserto.








Ao observarmos as Sagradas Escrituras, do velho ao novo testamento, facilmente percebemos que a oração é o único meio perfeito do homem relacionar-se com Deus. E enfim, de alcançar a salvação, por isso, quem reza se salva!



Através das Sagradas Escrituras o Senhor nos diz:



“Invoca-Me e Eu te livrarei” (Sl 49, 5);


“Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á” (Mt 7, 7);


“Todo aquele que pede, recebe; todo o que busca, acha!” (Lc 11,10);


“Vosso Pai que está nos Céus dará melhores bens aos que lhe pedirem” (Mt 7,11) e etc.




Oração e salvação



Dentre tantas graças, percebemos que é somente assim que nos tornamos livres de todo e qualquer mal, é assim que vencemos as ocasiões de tentação. Ora, como é que a porta do céu se abre e nos concede o que pedimos? Caro irmão, é pela oração e somente através dela! São infinitas as graças que o Senhor concede apenas aos que rezam, sendo uma delas a mais importante: a salvação.Desta maneira conseguimos perceber que não há outra forma para obtermos de Deus os bens necessários para esta vida e para a nossa salvação. 




Quem reza se salva de muitos males nesta vida e garante a vida eterna.Por isso, já nos afirmou o Papa Francisco que “a oração é a salvação do ser humano” (Cf. Vaticano News, 21 de Outubro de 2020).




Frutos da oração na vida do cristão



“Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos.Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo. Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7, 17-20).




É fácil de perceber quando uma pessoa tem vida de oração, bem como quando falta-lhe essa prática. São os frutos que dão testemunho se realmente o cristão está rezando e se sua oração tem eficácia.



A pessoa que reza se salva e se assemelha cada vez mais a pessoa de Jesus Cristo. Ou seja, suas fraquezas e suas paixões são mais facilmente dominadas e, se hoje tens faltado com isso, ainda é tempo de retornar.



A oração tem por meta a santidade e a perfeição cristã. Embora, muitas vezes seja vista como inalcançável, na verdade, é uma consequência clara na vida de quem reza. Veja a vida dos santos, que nos mostram através dos frutos gerados. Sem dúvida, quem reza se salva e se santifica, mantendo o contínuo diálogo com Deus.




A importância da oração para Santo Afonso



De todas as obras que este grande Santo e doutor da Igreja produziu, ele mesmo afirma que a mais útil de todas foi a que se tratava da oração.A concepção de Santo Afonso sobre a oração é que, quando não praticada, é de inteira culpa nossa se não chegarmos à vida eterna. Já que nos foi dado da parte de Deus o meio e a condição, basta agirmos, não precisamos reinventar a roda. Santo Afonso ainda descreve que:



"A oração é o meio necessário e seguro para alcançar a salvação e todas as graças das quais precisamos” (Introdução da Obra A oração).




Portanto, a espiritualidade de Santo Afonso de Ligório e seus ensinamentos sobre a oração são indispensáveis. Com efeito, para todos que desejam crescer em seu relacionamento com Deus e dar passos em direção a sua salvação.O livro Quem reza se salva traz para nós a relação direta que a oração tem com a nossa salvação. Este grande Santo, doutor da oração, nos deixou uma obra magnífica para que pudéssemos desfrutar das graças que somente a vida de oração traz. 




O santo, que tanto insistia na obrigação de os pregadores falarem frequentemente sobre a necessidade da oração, não podia deixar de dar o exemplo! 




De todos os modos insistia com seus missionários redentoristas para que fossem homens de oração e pregadores da oração. Julgava que os frutos das Missões estavam garantidos onde ficava implantado o hábito da oração mental. 



Quando em 1771  Santo Afonso de Ligório publicou os “Sermões Breves para todos os domingos do ano” resumiu em três pregações toda a sua doutrina sobre a oração. Aliás, um resumo adaptado desses textos já foi publicado pela Editora Santuário no livreto “Conversando sobre a Oração”. Não poderia deixar de lembrar ainda outro livreto seu: “Maneira de conversar continuamente e familiarmente com Deus” também publicado por essa mesma editora (Conversando sobre como conversar com Deus). Nessa pequena obra está todo o esforço do Santo Doutor da Oração para nos ajudar a fazer da oração uma realidade sempre presente a todos os instantes da vida.  



ORAÇÃO DE SÚPLICA A JESUS E A MARIA SANTÍSSIMA! (DE  Santo Afonso de Ligório):




"Vós, Verbo encarnado, destes o sangue e a vida a fim de obter para as nossas orações, como prometestes, um valor tão grande que elas nos alcançam tudo que pedimos. E nós, ó Deus, somos tão descuidados da nossa salvação, que nem pedir queremos as graças necessárias para nos salvar! Por este meio, pela oração, nos destes a chave de todos os vossos divinos tesouros. E nós, porque não pedimos, queremos permanecer em nossas misérias. Ah, Senhor! Iluminai-nos e fazei-nos conhecer quanto valem, perante o Pai eterno, as orações feitas em vosso nome e por vossos merecimentos.  Consagro-Vos este meu livrinho. Abençoai-o e fazei com que todos quantos o tiverem em suas mãos, resolvam a orar sempre e se esforcem por despertar também o fervor nos outros, a fim de que empreguem este grande meio de salvação.  Também a Vós, Maria, grande Mãe de Deus, consagro esta obra. Protegei-a e abençoai a todos que a lerem com espírito de oração, para recorrerem em todas as necessidades ao vosso Filho e a Vós, Despenseira das graças e Mãe de misericórdia, Vós que não sabeis deixar partir desalentados os que se encomendam a Vós. Sois a Virgem poderosa, alcançais de Deus para os vossos servos tudo o que pedis para eles, Amém!"



Se você também, deseja viver a oração como meio de salvação, adquira o livro de Santo Afonso de Ligório: “Quem reza se salva!”

 

 

 

Cinco Conselhos de Santa Teresa para a Vida de Oração

 






A vida de oração é um caminho de crescimento contínuo, onde cada passo, cada dificuldade e cada alegria contribuem para o nosso desenvolvimento espiritual. Santa Teresa D’Ávila, uma das mais proeminentes mestras da oração na tradição da Igreja, deixou um legado de sabedoria espiritual que continua a inspirar e orientar muitas pessoas na jornada de fé. Conhecida por sua profunda experiência mística e por ser uma reformadora incansável da Ordem Carmelita, Santa Teresa também é doutora da Igreja, e em suas obras explorou as complexidades e os desafios da vida de oração, dando respostas a muitas inquietações humanas, inclusive das próprias religiosas de sua ordem. Selecionamos cinco ensinamentos de Santa Teresa que oferecem orientação valiosa para aqueles que buscam aprofundar sua prática de oração e crescer em sua relação com Deus. Estas lições, extraídas de duas de suas principais obras, "Caminho de Perfeição" e "Livro da Vida", abordam conselhos que emanam da própria experiência da santa, assim como indicações que ela escreveu para ajudar as próprias carmelitas a viverem melhor a vida de oração.



1. A perseverança na vida de oração



"Voltando agora aos que desejam seguir por ele e não parar até o fim, que é chegar a beber dessa água da vida, como devem começar? Digo que muito importa, sobretudo, ter uma grande e muito decidida determinação de não parar enquanto não alcançar a meta, surja o que surgir, aconteça o que acontecer, sofra-se o que se sofrer, murmure quem murmurar, mesmo que não se tenham forças para prosseguir, mesmo que se morra no caminho ou não se suportem os padecimentos que nele há, ainda que o mundo venha abaixo." [1]




O primeiro ensinamento de Santa Teresa que apresentamos destaca que para alcançar a “água da vida”, ou seja, a graça de Deus obtida através da oração, é necessário possuir uma “grande e muito determinada determinação”. Isso significa uma vontade forte e persistente de buscar Deus com todo o coração, uma disposição de continuar orando e buscando a Deus, mesmo quando a jornada se torna árdua ou quando os resultados não são imediatamente visíveis.Ela não romantiza a jornada espiritual; pelo contrário, ela a apresenta como uma travessia que exige coragem e resistência. Essa honestidade nos ajuda a nos preparar melhor para as realidades da vida de oração, ensinando-nos a não esperar um caminho livre de dificuldades. Santa Teresa nos lembra que a oração é um compromisso de longo prazo que requer dedicação constante. A verdadeira profundidade na vida de oração é alcançada não através de esforços esporádicos, mas através de uma determinação firme e contínua de buscar Deus com autenticidade e humildade todos os dias. Ela nos chama a adotar uma postura de resiliência espiritual, encorajando-nos a ver cada desafio com determinada determinação. Quando não estamos com vontade, ainda assim devemos rezar. Quando somos abatidos por alguma doença devemos rezar. Se os problemas familiares ou no trabalho tem nos desanimado, reze. Se há angústias e sofrimentos busque alívio na oração. Nos momentos de alegria, reze e reze muito. Em cada instante, independente da circunstância, é sempre tempo de rezar.




2. O silêncio e recolhimento




"Pode-se dizer dos que começam a ter oração que apanham a água do poço, o que é muito trabalhoso, como eu disse, porque eles têm de cansar-se para recolher os sentidos, algo que, como não estão acostumados a concentrar-se, requer muito esforço. É preciso que eles vão se habituando a não se incomodar com o que vêem ou ouvem, fazendo-o efetivamente nas horas de oração, ficando em solidão e afastados." [2]




Ao descrever a oração como o ato de retirar água de um poço, Santa Teresa destaca que a oração eficaz requer esforço persistente e atenção focada. Assim como retirar água de um poço é uma tarefa que exige força física e paciência, a oração exige uma força espiritual que muitas vezes pode ser desafiadora para os iniciantes. Este processo de "apanhar a água" simboliza o esforço necessário para alcançar as profundezas da comunicação com Deus, onde as verdadeiras consolações espirituais são encontradas.Ela nos mostra a necessidade de recolher os sentidos, uma prática que envolve afastar-se das distrações externas para concentrar-se inteiramente em Deus. Este recolhimento não é uma tarefa simples, especialmente em um mundo cheio de estímulos constantes. Para os iniciantes na oração, habituar-se a ignorar o que veem e ouvem pode ser particularmente difícil, mas é essencial para alcançar um estado de oração mais profundo e contemplativo.O silêncio e a solidão são fundamentais para esse processo de recolhimento. Santa Teresa aconselha que, durante as horas de oração, deve-se buscar um ambiente de quietude, onde as distrações sejam minimizadas. Esse ensinamento já está no Santo Evangelho: “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, te recompensará” (Mt 6,6), e devemos buscar praticá-lo mesmo em nossas vidas agitadas, deixando de lado o celular, acordando antes de todos, ou de outras formas providenciando esse pequeno retiro para retirar a água viva.




3. Dos humildes é o Reino dos Céus




"É fundamental fundamental que trateis de entender como praticar muito a humildade [...] a meu ver, devemos sempre colocar-nos no lugar mais baixo, pois assim nos disse o Senhor que fizéssemos, tendo-nos ensinado por obras (cf. Lucas 14,10). Disponhamo-nos a seguir esse caminho se Deus por Ele nos quiser levar [...] sempre há mais segurança na humildade, na mortificação, no desapego e em outras virtudes. Quem assim for não há de temer deixar de chegar à perfeição que muitos contemplativos alcançam. [...] Se contemplar, ter oração mental, ter oração vocal, curar enfermos, servir nas coisas da casa e trabalhar - mesmo nas tarefas mais humildes - é servir ao Hóspede que vem ter conosco [...] que nos importa servi-Lo mais de uma maneira que de outra?" [3]




Santa Teresa nos exorta a entender e praticar a humildade profundamente!




Muitos ao iniciarem na vida de oração já procuram ter grandes consolações, “sentir” muitas coisas enquanto rezam, ou ainda querem já de início realizar orações avançadas como a contemplação, já a Santa Madre alerta que o importante é servir “o Hóspede” e que devemos serví-lo de forma humilde sem desejar este ou aquele tipo de oração ou consolação, apenas crescer em amor a Ele.



Ela argumenta que a humildade oferece “mais segurança” no caminho espiritual. Esta segurança não provém de uma autoimagem diminuída, mas de uma compreensão clara de nossa posição diante de Deus: “quando fores convidado, vai tomar o último lugar”(Lc 14,10). Diante de Deus devemos reconhecer que somos pecadores e implorar a sua misericórdia. Nesse sentido, a humildade nos protege do orgulho e da auto-suficiência, que podem levar a sérios erros espirituais e morais. Ao adotarmos a humildade, nos tornamos mais abertos à graça de Deus e menos propensos a confiar excessivamente em nossas próprias capacidades.Santa Teresa atesta que a humildade, a pobreza espiritual, é o caminho para a perfeição na vida de oração, o que ressoa nas bem-aventuranças “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,3).



4. Apesar dos nossos pecados continuar a rezar!



"Do que tenho experiência posso falar: quem começou a ter oração não deve deixá-la, por mais pecados que cometa. Com ela terá como se recuperar e, sem ela, terá muito mais dificuldades. E que o demônio nunca tente ninguém como tentou a mim, levando-me a abandonar a oração  [...] peço aos que ainda não começaram que, por amor a Deus, não se privem de tanto bem. Não há o que temer, mas o que desejar. Porque, mesmo que não vá adiante [...] ao menos irá conhecendo o caminho que leva ao céu. Se perseverar, tudo espero da misericórdia de Deus, pois ninguém fez amizade com Ele sem dele obter grande recompensa." [4]




Santa Teresa fala com autoridade da própria experiência sobre o poder redentor da oração. Ela aconselha firmemente a nunca abandonar a prática da oração, mesmo diante de pecados graves. Segundo ela, a oração é uma ferramenta indispensável que facilita a recuperação espiritual. Sem ela, a luta contra o pecado torna-se significativamente mais difícil, para não dizer, impossível. A oração oferece não apenas forças, mas também uma todas as condições para o arrependimento profundo e transformador.A santa também compartilha seu próprio confronto com as tentações que a levaram a abandonar a oração, revelando como o demônio pode usar nossas fraquezas para nos afastar de Deus. Seu testemunho destaca a batalha espiritual em que todos estão envolvidos e a necessidade de perseverança na prática da oração como uma defesa contra esses assaltos do demônio. De forma muito inspiradora, Santa Teresa encoraja aqueles que ainda não começaram a prática da oração a não se privarem desse bem. Ela diz que não há nada a temer na oração; pelo contrário, há muito a ganhar. Mesmo aqueles que se sentem estagnados em sua jornada espiritual podem pelo menos aprender e entender o caminho que leva ao céu através da oração. Portanto, que nenhum pecado seja motivo para nos desanimar na vida de oração, quer estejamos no princípio ou já tenhamos uma longa caminhada espiritual.




5. Usar a imaginação a seu favor na oração!







"Procurai logo, filhas, pois estais sós, ter companhia. E que melhor companhia que a do próprio Mestre que ensinou a oração que ides rezar? Fazei de conta que tendes o próprio Senhor junto de vós e vede com que amor e humildade Ele vos ensina; e , acreditai-me, enquanto puderdes, não fiqueis sem tão bom amigo. Se vos acostumardes a tê-Lo junto a vós e Ele vir que o fazeis com amor e procurais contentá-Lo, não podereis, como se diz, afastá-Lo de vós; Ele não vos faltará nunca, vos ajudará em todos os sofrimentos, e vós O achareis em toda parte. Pensais que é pouco ter um amigo como esse ao vosso lado?" [5]




Santa Teresa ensina que ao rezar devemos imaginar que estamos na companhia física de Jesus, tratando essa presença com a intimidade e o respeito que se daria a um amigo querido e respeitado. Esta prática não é um mero exercício de imaginação, mas um meio de cultivar uma conexão real e viva com Nosso Senhor. Ao visualizar sua presença, tornamo-nos mais conscientes de sua realidade e mais abertos a sua instrução e consolo.



Ao visualizar o Senhor ao nosso lado, podemos romper as barreiras da distância espiritual e experimentar uma intimidade mais profunda com Deus. Além disso, a imaginação nos ajuda a rezar, pois ao criar essas imagens mentais, temos mais foco e conseguimos discorrer na oração com mais facilidade, além de suscitar as nossas emoções. 



Esta abordagem não só enriquece nossa vida de oração, mas também fortalece nossa capacidade de enfrentar nossos desafios diários com fé e confiança, sabendo que nunca estamos sozinhos. O exercício constante da imaginação na oração cultiva a fé que permeia todos os aspectos de nossa vida, convidando-nos a viver cada momento na companhia de nosso maior amigo e mestre, Jesus Cristo.Neste caminho, as boas leituras espirituais podem ajudar muito a enriquecer o nosso imaginário, pois assim, conseguiremos formar imagens mais piedosas e afetivas de Nosso Senhor, da Santíssima Virgem, dos Santos, e dos mistérios da nossa fé. A imaginação bem cultivada proporciona um terreno fértil para a oração ser profunda e constante.



Crescer na Intimidade com Cristo




Os ensinamentos de Santa Teresa D’Ávila sobre a vida de oração oferecem um tesouro de sabedoria para todos aqueles que buscam profundidade e autenticidade em sua jornada espiritual. Com seus ensinamentos a respeito da determinação inabalável, o recolhimento silencioso, a humildade essencial, a persistência apesar do pecado, e o uso da imaginação para visualizar a presença de Cristo, não apenas nos guia, mas também nos inspira a cultivar uma relação mais íntima e amorosa com Deus.



Além disso, a sabedoria de Santa Teresa nos lembra que a vida de oração é um caminho de crescimento contínuo, onde cada passo, cada dificuldade e cada alegria contribuem para o nosso desenvolvimento espiritual. É um processo que exige paciência, perseverança e, acima de tudo, uma confiança profunda na misericórdia e na presença constante do Senhor.




Referências




[1] Caminho de Perfeição, XXI, 2

[2] Livro da Vida, XI, 9

[3] Caminho de Perfeição, XVII, 1.4.6

[4] Livro da Vida, VIII, 5

[5] Caminho de Perfeição, XXVI, 1









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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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