Ninguem pode viver "processos pessoais" em seu lugar! Aprenda a viver bem os seus processos!

 

Esse tema me remete a uma grande irmã de caminhada Cristã, Leila, ela sempre falava com grande sabedoria e maturidade sobre isso!Não podemos terceirizar nossos processos, porque eles são nossos, ninguem pode vivê-los por nós, ainda que estejamos rodeados de pessoas, os processos tem sempre o caráter indivudual. Os outros podem até nos ajudar, mas jamais podem vivê-los em nosso lugar.  A vida é um processo, muitas vezes contraditório sob nosso ponto de vista, mas ao avaliar o "TODO", nos insere em condições que provocam ensinamentos únicos em nossas vidas.

 

Situações não bem vividas (processadas), não bem acolhidas,negadas, e adiadas, nos levam a viver mal os nossos processos. A pergunta correta não é porque, mas, que devo aprender com isso? Como, apesar de todas as adversidades, posso viver de forma sadia esse processo? Que mudanças vão ser necessárias?

 

Negar e fugir de situações difíceis, a principio pode ser cômodo, mas não lhe proporcionará o crescimento pessoal e a maturidade que precisamos alcançar. Comodidade é estagnação. Frequentemente reclamamos por estar sob constante pressão e cobranças, mas é justamente nestes casos que despertamos para novos horizontes e soluções. O sentimento de tristeza ou de euforia imediatista decorrente desses fatos precisa ser repensada, não é que você não pode se alegrar com um fato ou uma conquista importante em sua vida, mas isso não pode ser um motivo para você "baixar a guarda", se acomodar e achar que tudo está certo e que sua vida mudou completamente.

"Só vive o propósito quem suporta o processo" 

É uma frase que expressa a importância de manter a perseverança e a determinação na jornada rumo aos nossos objetivos. O processo é tão importante quanto o objetivo final, pois é através dele que adquirimos as habilidades, conhecimentos e experiências necessárias para alcançar o sucesso. Eu tinha um colega de trabalho muito inteligente, e que trabalhava na parte de informática como terceirizado, estava sempre reclamando que não ganhava a altura de seu trabalho e esforço, mas, não fazia nada para mudar isso! Como a empresa era terceirizada,com contratos de prestação de serviços de no máximo 2 anos, não tinha como fazer um plano de carreira, entrava empresa, saia empresa, contratos começavam, terminavam, e ele sempre na mesma, sempre reclamando. Um dia cheguei pra ele e tive uma conversa amigável, porém, bem séria:

-"Cara você está sempre reclamando,do salário e das empresas contratadas, mas não faz nada para mudar isso! E isso não é bom nem pra você e nem para nós seus colegas! Não estuda para um concurso, faculdade, ou até mesmo fazer uma especialização técnica. Se você faz sempre as mesmas coisas, não pode esperar resultados diferentes! Diante disso você tem duas alternativas: sair de sua zona de conforto, ou permacer onde está, fazendo de seu trabalho algo prazeroso, que lhe dê sentido, ter um outro olhar sobre o que você faz, e fazer de seu trabalho uma missão, uma vocação, e viver isso de forma grata e alegre!" 

Ele fez a opção pela segunda, e todos vimos a mudança para a melhor na vida dele em todos os sentidos! É fácil ficar desanimado quando enfrentamos desafios e obstáculos no caminho, mas é importante lembrar que esses desafios fazem parte do processo e são necessários para o nosso crescimento e evolução. É através desses desafios que adquirimos a força de caráter e a resiliência necessárias para superar os obstáculos futuros. É também importante lembrar que o processo é contínuo e nunca realmente acaba. Mesmo depois de alcançarmos um objetivo, sempre haverá novos desafios e novos objetivos a serem alcançados. É por isso que é importante apreciar e valorizar o processo, e não apenas o objetivo final. É importante ter em mente que o sucesso não é alcançado da noite para o dia, é construído ao longo do tempo. É importante ser paciente e suportar o processo, pois é através dele que alcançamos o nosso propósito. Lembre-se, só vive o propósito quem suporta o processo. Então, aproveite o caminho, aprenda com os erros e desfrute do sucesso quando ele finalmente chegar.

Uma parábola sobre a "amoralidade" dos processos, que precisam apenas serem bem vividos!

 

 

*Amoral é um adjetivo de dois gêneros que classifica algo com a impossibilidade de, a priori, julgar se bom ou ruim, pois depende de vários fatores.

Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam, pois ele tinha um lindo cavalo branco. Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia: "Este cavalo não é um cavalo para mim, é como se fosse uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo?" O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo. Numa manhã descobriu que o cavalo não estava na cocheira. A aldeia inteira se reuniu e disseram: "Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria roubado! Teria sido melhor vendê-lo, que fatalidade!" O velho disse: "Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir?" - As pessoas riram do velho, sempre souberam que ele era um pouco louco. Mas quinze dias se passaram e, de repente, numa noite, o cavalo voltou. Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta e não apenas isso, ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente, as pessoas se reuniram e disseram: "Velho, você estava certo, não se trata de uma desgraça, na verdade provou ser uma benção." O velho disse: "Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de volta. Quem sabe se é uma benção ou não? Este é apenas um fragmento. Se você lê uma única palavra de uma sentença, como pode julgar todo o livro?" - Desta vez as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que ele estava errado, afinal, agora eram doze lindos cavalos. O único filho do velho começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde ele caiu de um cavalo e fraturou as pernas. As pessoas mais uma vez julgaram e disseram: "Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas e na velhice ele era seu único amparo. Agora você está mais pobre do que nunca." O velho disse: "Vocês estão obcecados por julgamento. Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma benção. A vida vem em fragmentos, mais que isso nunca é dado." Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram forçados a se alistarem. Somente o filho do velho foi deixado pra trás, pois se recuperava das fraturas. A cidade inteira estava chorando, lamentando-se porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte dos jovens jamais voltaria. Elas vieram até o velho e disseram: "Você tinha razão velho, o que aconteceu com seu filho foi uma benção. Seu filho pode estar aleijado, mas ainda está com você. Nossos filhos foram-se para sempre." O velho respondeu: "Vocês continuam julgando. Ninguém sabe! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe se isso é uma benção ou uma desgraça. Não devemos julgar, pois o julgamento nos deixa obcecados com fragmentos e deixamos de crescer porque o nosso mental fica estagnado. Julgar é um processo sempre arriscado e desconfortável." Portanto, em vez de por fim a tudo em função de apenas um fato que ocorreu, levante a cabeça e entenda que aquilo apenas é parte do processo. A jornada não chegou ao fim. Um processo termina e outro começa. Uma porta se fecha e outra se abre. Atingimos um pico e sempre existirá um pico mais alto. Precisamos aprender a não julgar, pois quando não sentimos esta necessidade, então estaremos satisfeitos simplesmente em viver os processos e com eles amadurecer...

Carpe diem, pois a cada dia basta o seu cuidado! 

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