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Íntegra do documento da XVI assembleia geral ordinária do sínodo dos bispos - Primeira sessão (4-29 de outubro de 2023)

Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 30 de novembro de 2023 | 21:33

 








Dom Luis Marín disse que o Sínodo se trata de “uma dinâmica de inclusão”, de “caminhar juntos, todo o povo de Deus. Não existem grupos de poder. É uma assembleia para discernir a vontade de Deus”, disse. O subsecretário da Secretaria Geral do Sínodo recordou que: 





“O Sínodo dos Bispos é sempre consultivo, não tem caráter deliberativo, nunca decide, faz propostas ao papa”. 




Na abertura do processo sinodal em outubro de 2021, o papa Francisco reiterou que: 





"O Sínodo não é um parlamento, o Sínodo não é uma investigação sobre as opiniões; o Sínodo é um momento eclesial, e o protagonista do Sínodo é o Espírito Santo”. 




Para dom Marín, "o Sínodo reflete a unidade da fé! É o que são João Paulo II chamava ‘unidade multiforme’ na Igreja, ou seja, que há um só Senhor, um só batismo, há um depósito da fé que não pode ser mudado, que nos identifica como cristãos. Mas, ao mesmo tempo, caminhamos todos juntos com aquela pluralidade de formas, de sensibilidades, de maneiras".




O Relatório de Síntese: uma Igreja que envolve todos e está próxima das feridas do mundo



Foi publicado o Relatório de Síntese na conclusão da XVI Assembleia Geral do Sínodo sobre a Sinodalidade. Em vista da segunda sessão em 2024, são oferecidas reflexões e propostas sobre temáticas como: o papel das mulheres e dos leigos, o ministério dos bispos, o sacerdócio e o diaconato, a importância dos pobres e migrantes, a missão digital, o ecumenismo e os abusos.






Por Salvatore Cernuzio - Vatican News





Mulheres e leigos, diaconato, ministério e magistério, paz e meio ambiente, pobres e migrantes, ecumenismo e identidade, novas linguagens e estruturas renovadas, antigas e novas missões (também digitais), ouvir todos e aprofundar - não superficialmente - sobre tudo, mesmo as questões mais "polêmicas". Há um olhar renovado sobre o mundo e a Igreja  e às suas instâncias, no Relatório de Síntese aprovado e publicado neste sábado (28) pela XVI Assembleia Geral do Sínodo sobre a Sinodalidade. Após quatro semanas de trabalho, que começaram em 4 de outubro na Sala Paulo VI, o evento eclesial conclui neste sábado (28), no Vaticano, a sua primeira sessão. Cerca de 40 as páginas do documento, fruto do trabalho da assembleia que "se realizou enquanto velhas e novas guerras assolam o mundo, com o drama absurdo de inúmeras vítimas". "O grito dos pobres, dos que são obrigados a migrar, dos que sofrem violência ou sofrem as consequências devastadoras das mudanças climáticas ressoou entre nós, não só através da mídia, mas também das vozes de muitos, pessoalmente envolvidos com suas famílias e povos nesses trágicos acontecimentos", diz o documento (Premissa).A esse desafio e a muitos outros, a Igreja universal tentou oferecer uma resposta nos Círculos Menores e nas intervenções. Tudo foi reunido no Relatório de Síntese, dividido em três partes, que traça o caminho para o trabalho a ser realizado na segunda sessão em 2024.





Ouvir todos, começando pelas vítimas de abusos





Como na Carta ao Povo de Deus, a assembleia sinodal reafirmou "a abertura para ouvir e acompanhar todos, inclusive aqueles que sofreram abusos e ferimentos na Igreja" (1 e). Ao longo do caminho a ser percorrido "rumo à reconciliação e à justiça", "é preciso abordar as condições estruturais que permitiram tais abusos e fazer gestos concretos de penitência".




O rosto de uma Igreja sinodal




Acolhemos o convite a reconhecer com renovada consciência a dimensão sinodal da Igreja. Há testemunhos de práticas sinodais no Novo Testamento e na Igreja das origens. Sucessivamente foram assumindo formas históricas particulares nas várias Igrejas e tradições cristãs. O Concílio Vaticano II “atualizou-as” e o Papa Francisco encoraja a Igreja a renová-las ainda mais. Neste processo, insere-se também o Sínodo 2021-2024. Através dele, o Santo Povo de Deus descobriu que um modo sinodal de rezar, escutar e falar, enraizado na Palavra de Deus e tecido de momentos de encontro na alegria, e por vezes também no cansaço, conduz a uma consciência mais profunda de sermos todos irmãos e irmãs em Cristo. Um fruto inestimável é a acrescida consciência da nossa identidade de Povo fiel de Deus, dentro do qual cada um é portador de uma dignidade que deriva do Batismo e é chamado à corresponsabilidade pela missão comum de evangelização. b) Este processo renovou a nossa experiência e o nosso desejo de uma Igreja que seja casa e família de Deus. Os termos “sinodalidade” e “sinodal” estão associados precisamente a esta experiência e a este desejo de uma Igreja mais próxima das pessoas, menos burocrática e mais relacional, oferecendo, assim, uma primeira compreensão que precisa de encontrar um melhor esclarecimento. É a Igreja pela qual os jovens já tinham dito que ansiavam em 2018, por ocasião do Sínodo a eles dedicado. O próprio modo como se desenrolou a Assembleia, desde logo com a disposição das pessoas sentadas em pequenos grupos à volta de mesas redondas na Aula Paulo VI, comprável à imagem bíblica do banquete nupcial (Ap 19,9), é representação de uma Igreja sinodal e imagem da Eucaristia, fonte e cume da sinodalidade, com a Palavra de Deus no centro. Dentro dela, culturas, línguas, ritos, modos de pensar e realidades diferentes podem comprometer-se em conjunto e frutuosamente numa sincera procura, conduzidos pelo Espírito. Entre nós, estavam presentes irmãs e irmãos de povos vítimas da guerra, do martírio, da perseguição e da fome. A situação destes povos, aos quais muitas vezes é impossível participar no processo sinodal, entrou nos nossos intercâmbios e na nossa oração, nutrindo o nosso sentido de comunhão com eles e a nossa determinação de sermos construtores de paz. A Assembleia falou frequentemente de esperança, cura, reconciliação e recuperação da confiança entre os múltiplos dons que o Espírito derramou sobre a Igreja neste processo sinodal. A abertura à escuta e ao acompanhamento de todos, também daqueles que sofreram abusos e feridas na Igreja, tornou visíveis muitos que, por muito tempo, se sentiram invisíveis. Há ainda um longo caminho a percorrer até à reconciliação e à justiça, que exige que resolvamos as condições estruturais que permitiram esses abusos e que façamos gestos concretos de penitência. Sabemos que “sinodalidade” é um termo desconhecido para muitos membros do Povo de Deus, que em alguns suscita confusão e preocupações. Entre os medos, conta-se o receio de que o ensinamento da Igreja seja alterado, afastando-nos da fé apostólica dos nossos pais e traindo as 7 expectativas daqueles que também hoje têm fome e sede de Deus. Todavia, estamos convencidos de que a sinodalidade é uma expressão do dinamismo da Tradição viva. Sem subestimar o valor da democracia representativa, o Papa Francisco responde à preocupação de alguns, de que o Sínodo se possa tornar um órgão de deliberação por maiorias, sem o seu caráter eclesial e espiritual, colocando em risco a natureza hierárquica da Igreja. Alguns receiam ver-se obrigados a mudar; outros receiam que não mude nada e que haja pouca coragem para mover-se ao ritmo da Tradição viva. Algumas perplexidades e oposições escondem também o medo de perder o poder e os privilégios que dele derivam. Em todo o caso, em todos os contextos culturais, os termos “sinodal” e sinodalidade” indicam um modo de ser Igreja que articula comunhão, missão e participação. Exemplo disso é a Conferência eclesial da Amazónia (CEAMA), fruto do processo sinodal missionário daquela região. A sinodalidade pode ser entendida como os cristãos a caminhar com Cristo, em direção ao Reino, juntamente com toda a humanidade; orientada para a missão, ela engloba os momentos de reunir-se em assembleia aos diferentes níveis da vida eclesial, a escuta recíproca, o diálogo, o discernimento comunitário, a criação de consensos como expressão de tornar presente Cristo vivo no Espírito e a assunção de uma decisão numa corresponsabilidade diferenciada. Através da experiência e do encontro, crescemos juntos nesta consciência. Em síntese, desde os primeiros dias, a Assembleia esteve plasmada por duas convicções: a primeira é que a experiência que partilhámos nestes anos é autenticamente cristã e deve ser acolhida com toda a sua riqueza e profundidade; a segunda é que é necessário esclarecer de forma mais cuidada os níveis de significado dos termos “sinodal” e “sinodalidade” nas várias culturas. Estamos substancialmente de acordo sobre o facto de que, com os necessários esclarecimentos, a perspectiva sinodal representa o futuro da Igreja. ( 1 a - i).











Missão INTEGRAL E UNIVERSAL que parte da eucaristia




A iniciação cristã é o itinerário através do qual o Senhor, mediante o ministério da Igreja, nos introduz na fé pascal e nos insere na comunhão trinitária e eclesial. Este itinerário conhece uma significativa variedade de formas, tendo em conta a idade em que é feito e as diferentes acentuações próprias das tradições orientais e da tradição ocidental. No entanto, nele se cruzam sempre a escuta da Palavra e a conversão da vida, a celebração litúrgica e a inserção na comunidade e na sua missão. É precisamente por esta razão que o percurso catecumenal, com a gradualidade das suas etapas e das suas passagens, é o paradigma de todo o caminhar juntos eclesial. A iniciação coloca em contacto com uma grande variedade de vocações e de ministérios eclesiais. Neles se exprime o rosto materno de uma Igreja que ensina os seus filhos a caminhar, caminhando com eles. Escuta-os e, enquanto responde às suas dúvidas e às suas perguntas, enriquece-se com a novidade que cada pessoa traz em si mesma, com a sua história, a sua língua e a sua cultura. Na prática desta ação pastoral, a comunidade cristã experimenta a primeira forma de sinodalidade, muitas vezes sem estar totalmente consciente disso.  Antes de qualquer distinção de carismas e de ministérios, «todos nós fomos batizados num só Espírito, para sermos um só corpo» (1Cor 12,13). Por esta mesma razão, entre todos os batizados há uma igualdade autêntica de dignidade e uma responsabilidade comum pela missão, de acordo com a vocação de cada um. Pela unção do Espírito, que «ensina todas as coisas» (1Jo 2,27), todos os crentes possuem um instinto para a verdade do Evangelho, chamado sensus fidei. Este consiste numa certa conaturalidade com as realidades divinas e na aptidão para perceber intuitivamente aquilo que é conforme à verdade da fé. Os processos sinodais valorizam este dom e permitem verificar a existência daquele consenso dos fiéis (consensus fidelium) que constitui um critério seguro para determinar se uma doutrina ou uma prática particulares pertencem à fé apostólica. A Confirmação, de certa forma, faz da graça do Pentecostes um dom perene na Igreja. Ela enriquece os fiéis com a abundância dos dons do Espírito e chama-os a desenvolver a sua vocação específica, radicada na dignidade batismal comum, ao serviço da missão. A sua importância deve ser mais evidenciada e colocada em relação com a variedade de carismas e ministérios que desenham o rosto sinodal da Igreja. A celebração da Eucaristia, sobretudo ao domingo, é a forma primeira e fundamental com a qual o Santo Povo de Deus se reúne e se encontra. Onde não for possível celebrá-la, a comunidade, mesmo desejando-a, recolhe-se à volta da celebração da Palavra. Na Eucaristia celebramos um mistério de graça do qual não somos nós mesmos os artífices. Chamando-nos a participar do seu Corpo e do seu Sangue, o Senhor torna-nos um só corpo entre e nós e com Ele. Partindo do uso que Paulo faz do termo koinonia (cf. 1Cor 10,16-17), a tradição cristã guardou a palavra “comunhão” para indicar ao mesmo tempo a plena participação na Eucaristia e na natureza das relações entre os fiéis e entre as Igrejas. Este termo, por um lado, abre-nos à contemplação da vida divina, até às profundidades insondáveis do mistério trinitário; por outro lado, remete-nos para a quotidianidade das nossas relações: nos gestos mais simples com os quais nos abrimos uns aos outros circula realmente o sopro do Espírito. Por isto mesmo, a comunhão celebrada na Eucaristia e que dela brota configura e orienta os percursos da sinodalidade. A partir da Eucaristia aprendemos a articular unidade e diversidade: unidade da Igreja e multiplicidade das comunidades cristãs; unidade do mistério sacramental e variedade das tradições litúrgicas; unidade da celebração e diversidade das vocações, dos carismas e dos ministérios. Nada mais do que a Eucaristia mostra que a harmonia criada pelo Espírito não é uniformidade e que cada dom eclesial se destina à edificação comum.(3 a - f). Nesse novo "estilo pastoral", parece importante para muitos tornar "a linguagem litúrgica mais acessível aos fiéis e mais incorporada à diversidade de culturas" (3 l).





Um espaço para Os pobres 









Um amplo espaço no Relatório é dedicado aos pobres, que pedem à Igreja "amor" entendido como "respeito, acolhimento e reconhecimento" (4 a). "Para a Igreja, a opção pelos pobres (não exclusiva e nem excludente) e descartados, é uma categoria teológica antes de ser cultural, sociológica, política ou filosófica" (4 b).










Não há apenas um tipo de pobreza. Entre os múltiplos rostos dos pobres há os de todos aqueles que não têm o necessário para levar uma vida com dignidade. Depois, há os dos migrantes e refugiados; povos indígenas, originários e afrodescendentes; os que sofrem violência e abuso, de modo particular as mulheres; pessoas com dependências; minorias às quais é sistematicamente negado o direito a ter voz; idosos abandonados; vítimas do racismo, da exploração e do tráfico, de modo particular menores de idade; trabalhadores explorados; pessoas economicamente excluídas e outras que vivem nas periferias. Os mais vulneráveis entre os vulneráveis, a favor dos quais é necessária uma constante ação de defesa, são as crianças no ventre materno e as suas mães. A Assembleia está consciente do clamor dos “novos pobres”, produto das guerras e do terrorismo que martirizam muitos países em diferentes continentes (4 c).











Compromisso dos crentes com a política e o bem comum





Nesse sentido, exorta-se um comprometimento da Igreja tanto com a "denúncia pública das injustiças" perpetradas por indivíduos, governos e empresas quanto com o engajamento ativo na política, nas associações, nos sindicatos e nos movimentos populares (4g).Sem descuidar da ação consolidada da Igreja nos campos da educação, da saúde e da assistência social, "sem qualquer discriminação ou exclusão de quem quer que seja" (4 k).Numa Igreja sinodal, o sentido de solidariedade joga-se também ao nível da permuta de dons e da partilha de recursos entre Igrejas locais de diferentes regiões. Trata-se de relações que favorecem a unidade da Igreja, criando laços entre as comunidades cristãs envolvidas. É preciso 14 evidenciar bem quais as condições a garantir, para que os presbíteros que vêm ajudar as Igrejas pobres de clero não sejam apenas um remédio funcional, mas um recurso para o crescimento da Igreja que os envia e da que os recebe. Da mesma forma, é necessário trabalhar para que as ajudas económicas não degenerem em assistencialismo, mas promovam uma autêntica solidariedade evangélica e sejam geridas de modo transparente e confiável (4 m). 





Migrantes




O foco se concentra nos migrantes e refugiados, "muitos dos quais carregam as feridas do desenraizamento, da guerra e da violência". Eles "se tornam uma fonte de renovação e enriquecimento para as comunidades que os acolhem e uma oportunidade de estabelecer um vínculo direto com Igrejas geograficamente distantes" (5d). Diante de atitudes cada vez mais hostis em relação a eles, o Sínodo convida "a praticar uma acolhida aberta, a acompanhá-los na construção de um novo projeto de vida e a construir uma verdadeira comunhão intercultural entre os povos". Fundamental nesse sentido é o "respeito às tradições litúrgicas e às práticas religiosas", bem como à linguagem. Por exemplo, uma palavra como "missão", nos contextos em que "a proclamação do Evangelho tem sido associada à colonização e até mesmo ao genocídio", está carregada de "um doloroso legado histórico" e dificulta a comunhão (5 e). "Evangelizar nesses contextos requer o reconhecimento dos erros cometidos, aprendendo uma nova sensibilidade para essas questões", afirma o documento.




Combater o racismo e a "xenofobia"









As Igrejas vivem em contextos cada vez mais multiculturais e multirreligiosos, em que é essencial o compromisso de viver no diálogo entre religião e cultura juntamente com os outros grupos que constituem a sociedade. Viver a missão da Igreja nestes contextos requer um estilo de presença, serviço e anúncio que procure construir pontes, cultivar a compreensão recíproca e comprometer-se numa evangelização que acompanha, escuta e aprende. Várias vezes na Assembleia ressoou a imagem de “descalçar as sandálias” para ir ao encontro do outro de igual para igual, em sinal de humildade e respeito por um espaço sagrado.(5 c).É necessário cultivar a sensibilidade para a riqueza da variedade das expressões do ser Igreja. Isto requer que se procure um equilíbrio dinâmico entre a dimensão da Igreja no seu conjunto e o seu enraizamento local, entre o respeito pelo vínculo da unidade da Igreja e o risco da homogeneização que sufoca a variedade. Os significados e as prioridades variam entre diferentes contextos e isto requer que se identifique e se promova formas de descentramento e instâncias intermédias. h) Também a Igreja é atingida pela polarização e pela desconfiança em âmbitos cruciais, como a vida litúrgica e a reflexão moral, social e teológica. Devemos reconhecer as causas através do diálogo e levar a cabo processos corajosos de revitalização da comunhão e de reconciliação para as superar (5 g/h).Pede-se igual empenho e cuidado da Igreja "em educar para uma cultura do diálogo e do encontro, combatendo o racismo e a xenofobia, especialmente nos programas de formação pastoral" (5 p). Também é urgente "identificar os sistemas que criam ou mantêm a injustiça racial dentro da Igreja e combatê-los" (5 q).





Igrejas Orientais




Ainda sobre o tema da migração, o olhar vai para a Europa Oriental e os recentes conflitos que causaram o fluxo de numerosos fiéis do Oriente católico para territórios de maioria latina. "É necessário", diz o pedido dos padres, "que as Igrejas locais de rito latino, em nome da sinodalidade, ajudem os fiéis orientais que emigraram a preservar a sua identidade", sem passar por "processos de assimilação" (6c).




No caminho da unidade dos cristãos




Esta sessão da Assembleia sinodal foi aberta sob o sinal do ecumenismo. A vigília de oração “Together” contou com a presença, ao lado do Papa Francisco, de numerosos outros chefes e representantes de diferentes Comunhões cristãs: sinal claro e credível da vontade de caminhar juntos no espírito da unidade da fé e da permuta de dons. Também este acontecimento, altamente significativo, permitiu que reconhecêssemos que nos encontramos num kairos ecuménico e que reafirmássemos que o que nos une é maior do que nos divide. Em comum temos, efetivamente, «um só Senhor, uma só fé, um só batismo; há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, que atua por meio de todos, e que em todos está presente» (Ef 4,5-6). Justamente o Batismo, que está no princípio da sinodalidade, constitui também o fundamento do ecumenismo. Através dele, todos os cristãos participam no sensus fidei e, por essa mesma razão, devem ser escutados com atenção, independentemente da sua tradição, como a Assembleia sinodal fez no seu processo de discernimento. Não pode haver sinodalidade sem a dimensione ecuménica. O ecumenismo é, antes de mais, uma questão de renovação espiritual e exige também processos de arrependimento e de cura da memória. Na Assembleia ecoaram testemunhos iluminantes de cristãos de diferentes tradições eclesiais que partilham a amizade. A dedicação aos últimos cimenta os laços e ajuda a concentrar-se naquilo que já une todos os crentes em Cristo. Por isso, é importante que o ecumenismo se desenvolva, antes de mais, na vida quotidiana. No diálogo teológico e institucional, prossegue a paciente tecedura da compreensão recíproca num clima de crescente confiança e abertura. d) Em não poucas regiões do mundo, existe, sobretudo, o ecumenismo de sangue: cristãos de pertença diversa que, juntos, dão a vida pela fé em Jesus Cristo. O testemunho do seu martírio é mais eloquente que qualquer palavra: a unidade vem da Cruz do Senhor (7 a-d).O Relatório também reitera que a "colaboração entre todos os cristãos" é um recurso "para curar a cultura do ódio, da divisão e da guerra que coloca grupos, povos e nações uns contra os outros". Ele não esquece a questão dos chamados casamentos mistos, que são realidades nas quais "podemos evangelizar uns aos outros" (7 f).

 



Leigos e famílias - (PARTE II)




"Os leigos e as leigas, os consagrados e as consagradas, e os ministros ordenados têm igual dignidade" (8 b): esse pressuposto é reiterado com força no Relatório de Síntese, que lembra como os fiéis leigos "estão cada vez mais presentes e ativos também no serviço dentro das comunidades cristãs" (8 e). Educadores na fé, teólogos, formadores, animadores espirituais e catequistas, ativos na salvaguarda e na administração: sua contribuição é "indispensável para a missão da Igreja" (8 e). Os diferentes carismas devem, portanto, ser "evidenciados, reconhecidos e plenamente valorizados" (8 f), e não menosprezados, apenas suprindo a falta de sacerdotes, ou pior, ignorados, subutilizados e "clericalizados" (8 f).




Mulheres E SUA DIGNIDADE





Fomos criados homem e mulher, à imagem e semelhança de Deus. Desde o princípio, a criação articula unidade e diferença, conferindo a mulheres e homens uma natureza, uma vocação e um destino partilhados e duas experiências distintas do humano. A Sagrada Escritura testemunha a complementaridade e a reciprocidade de mulheres e homens. Nas múltiplas formas em que se realiza, a aliança entre o homem e a mulher está no centro do projeto de Deus para a criação. Jesus considerava as mulheres suas interlocutoras: falava com elas sobre o Reino de Deus e acolhia-as entre os discípulos, como por exemplo Maria de Betânia. Estas mulheres fizeram experiência do seu poder de cura, de libertação e de reconhecimento e caminharam com Ele na estrada da Galileia até Jerusalém (cf. Lc 8,1-3). Confiou a uma mulher, Maria Madalena, a missão de anunciar a ressurreição na manhã de Páscoa. Em Cristo mulheres e homens são revestidos da mesma dignidade batismal e recebem em igual medida a variedade dos dons do Espírito (cf. Gl 3,28). Homens e mulheres são chamados a uma comunhão caraterizada por uma corresponsabilidade não competitiva, que deve ser encarnada em todos os níveis da vida da Igreja. Como nos disse o Papa Francisco, somos, pelo contrário, «povo convocado e chamado com a força das bem-aventuranças» (9 a/b). Forte é o compromisso pedido à Igreja, então, para o acompanhamento e a compreensão das mulheres em todos os aspectos de suas vidas, incluindo os pastorais e sacramentais. As mulheres, diz o documento, "exigem justiça em uma sociedade marcada pela violência sexual e desigualdades econômicas, e pela tendência de tratá-las como objetos" (9 c). "O acompanhamento e a forte promoção das mulheres andam de mãos dadas".





Clericalismo e machismo




As mulheres constituem a maioria das pessoas que frequentam as igrejas e são, muitas vezes, as primeiras missionárias da fé na família. As consagradas, na vida contemplativa e na apostólica, constituem um dom, um sinal e um testemunho de importância fundamental no meio de nós. A longa história de mulheres missionárias, santas, teólogas e místicas é uma poderosa fonte de inspiração e alimento para as mulheres e para os homens do nosso tempo.  Maria de Nazaré, mulher de fé e mãe de Deus, continua a ser para todos uma extraordinária fonte de significado do ponto de vista teológico, eclesial e espiritual. Maria recorda-nos o chamamento universal a escutar Deus com atenção e a permanecer abertos ao Espírito Santo. Conheceu a alegria de dar à luz e fazer crescer, e suportou a dor e o sofrimento. Deus à luz em condições de precariedade, fez a experiência de ser refugiada e viu o vexame do assassínio brutal do seu Filho. Mas também conheceu o esplendor da ressurreição e a glória do Pentecostes. Muitas mulheres exprimiram a sua profunda gratidão pelo trabalho de sacerdotes e bispos, mas também falaram de uma Igreja que fere. Clericalismo, machismo e um uso inapropriado da autoridade continuam a deturpar o rosto da Igreja e causam dano à comunhão. É necessária uma profunda conversão espiritual como base para qualquer mudança estrutural. Abusos sexuais, de poder e económicos continuam a clamar por justiça, cura e reconciliação. Perguntamo-nos de que forma poderá a Igreja tornar-se um espaço capaz de proteger a todos. Quando na Igreja a dignidade e a justiça nas relações entre homens e mulheres saem lesadas, fica enfraquecida a credibilidade do anúncio que damos ao mundo. O processo sinodal mostra que há necessidade de uma renovação das relações e de mudanças estruturais. Deste modo, seremos capazes de acolher melhor a participação e o contributo de todos – leigos e leigas, consagradas e consagrados, diáconos, padres e bispos – enquanto discípulos corresponsáveis pela missão. A Assembleia pede que se evite o erro de falar das mulheres como uma questão ou um problema. Desejamos, antes, promover uma Igreja em que os homens e as mulheres dialogam com o objetivo de compreender melhor a profundidade dos desígnios de Deus, em que aparecem juntos como protagonistas, sem subordinação, exclusão ou competição (9 d-h).




SOBRE TEMAS "EM ABERTO" NA IGREJA (SEM DEFINIÇÃO DOGMÁTICA)





1)- retorno do Diaconato feminino na igreja




As Igrejas locais são encorajadas, de modo particular, a alargar o seu serviço de escuta, acompanhamento e cuidado às mulheres que, nos diferentes contextos sociais, estão mais marginalizadas. É urgente garantir que as mulheres possam participar nos processos de decisão e assumir papeis de responsabilidade na pastoral e no ministério. O Santo Padre aumentou de modo significativo o número de mulheres em posições de responsabilidade na Cúria Romana. O mesmo deveria acontecer nos outros níveis da vida da Igreja. Consequentemente, é necessário adaptar o direito canónico. Que se dê seguimento à pesquisa teológica e pastoral sobre o acesso das mulheres ao diaconado, beneficiando dos resultados das comissões propositadamente instituídas pelo Santo Padre e dos estudos teológicos, históricos e exegéticos já realizados. Se possível, os resultados deveriam ser apresentados à próxima sessão da Assembleia. Os casos de discriminação laboral e de remuneração desigual dentro da Igreja devem ser debatidos e resolvidos, particularmente no que concerne às consagradas que, muitíssimas vezes, são consideradas mão de obra barata. É preciso ampliar o acesso das mulheres aos programas de formação e aos estudos teológicos. Insiram-se as mulheres nos programas de ensino e formação dos seminários para favorecer uma melhor formação para o ministério ordenado (diaconal).





2)- Discriminação e abusos





Enquanto isso, a urgência de "garantir que as mulheres participem dos processos de tomada de decisão e assumam papéis de responsabilidade no cuidado pastoral e no ministério" é reiterada, e o Direito Canônico deve ser adaptado de acordo (9m). Os casos de discriminação no emprego e remuneração injusta também devem ser abordados, inclusive na Igreja, onde "as mulheres consagradas são frequentemente consideradas mão de obra barata" (9 o). Em vez disso, o acesso das mulheres à educação teológica e aos programas de formação deve ser ampliado (9 p), incluindo a promoção do uso de linguagem inclusiva em textos litúrgicos e documentos da Igreja (9 q).






3)-Vida Consagrada





Observando a riqueza e a variedade das diferentes formas de Vida Consagrada, se adverte contra a "persistência de um estilo autoritário, que não abre espaço para o diálogo fraterno". É aqui que se geram casos de abusos de vários tipos contra pessoas consagradas e membros de agregações leigas, especialmente mulheres. O problema "requer intervenções decisivas e apropriadas" (10 d).





4)-Diáconos e formação




Os presbíteros são os principais cooperadores dos bispos e formam com eles um único presbitério (cf. LG 28); os diáconos, ordenados para o ministério, servem o Povo de Deus na diaconia da Palavra, da liturgia, mas sobretudo da caridade (cf. LG 29). Em relação a eles, a Assembleia exprime, antes de mais, uma profunda gratidão. Consciente de que podem experimentar solidão e isolamento, recomenda às comunidades cristãs que os apoiem com a oração, a amizade, a colaboração. Diáconos e presbíteros estão comprometidos nas mais diferentes formas do ministério pastoral: o serviço nas paróquias, a evangelização, a proximidade aos pobres e marginalizados, o compromisso no mundo da cultura e da educação, a missão ad gentes, o estudo teológico, a animação de centros de espiritualidade e muitos outros. Numa Igreja sinodal, os ministros ordenados são chamados a viver o seu serviço ao Povo de Deus numa atitude de proximidade às pessoas, de acolhimento e de escuta de todos e a cultivar uma profunda espiritualidade pessoal e uma vida de oração. São chamados, sobretudo, a repensar o exercício da autoridade seguindo o modelo de Jesus que, «sendo de condição divina, esvaziou-se a Si mesmo, assumindo a condição de servo» (Flp 2,6-7). A Assembleia reconhece que muitos presbíteros e diáconos, com a sua dedicação, tornam visível o rosto de Cristo Bom Pastor e Servo. Um obstáculo ao ministério e à missão é constituído pelo clericalismo. Este nasce da má compreensão do chamamento divino, que leva a concebê-la mais como um privilégio que como um serviço, e manifesta-se num estilo de poder mundano que se recusa a prestar contas. Esta deformação do sacerdócio deve ser contrastada, desde as primeiras fases da formação, através de um contacto vivo com a quotidianidade do Povo de Deus e de uma experiência concreta de serviço às pessoas mais necessitadas. Hoje, não se pode imaginar o ministério do presbítero, a não ser em relação com o Bispo, no presbitério, em profunda comunhão com os outros ministérios e carismas. Infelizmente, o clericalismo é uma atitude que pode manifestar-se não apenas nos ministros, mas também nos leigos. (11 a-c). Nessa linha, pede-se também que os seminários ou outros cursos de formação dos candidatos ao ministério estejam ligados à vida cotidiana das comunidades (11 e), a fim de evitar "os riscos do formalismo e da ideologia que levam a atitudes autoritárias e impedem o verdadeiro crescimento vocacional".





5)-Celibato




Foram expressas diferentes avaliações sobre o celibato dos presbíteros. Todos apreciam o seu valor, carregado de profecia, e o testemunho de conformação a Cristo; alguns perguntam se, na Igreja latina, a sua conveniência teológica com o ministério presbiteral deve traduzir-se necessariamente numa obrigação disciplinar, sobretudo nos lugares em que os contextos eclesiais e culturais o tornam mais difícil. Trata-se de um tema que não é novo, que precisa de ser retomado ulteriormente (11 f).





6)-MISSÃO E PASTOREIO DOS Bispos








Na perspectiva do Concílio Vaticano II, os bispos, enquanto sucessores dos Apóstolos, são postos ao serviço da comunhão que se realiza na Igreja local, entre as Igrejas e com a Igreja universal. A figura do bispo pode, portanto, ser compreendida de forma adequada na teia das relações com a porção do Povo de Deus a ele confiado, com o presbitério e com os diáconos, com as pessoas consagradas, com os outros bispos e com o bispo de Roma, numa perspectiva sempre orientada para a missão. O bispo é, na sua Igreja, o primeiro responsável pelo anúncio do Evangelho e pela liturgia. 









Guia a comunidade cristã e promove o cuidado dos pobres e a defesa dos últimos. Enquanto princípio visível de unidade, tem de modo particular a tarefa de discernir e coordenar os diferentes carismas e ministérios suscitados pelo Espírito para o anúncio do Evangelho e o bem comum da comunidade. Este ministério é realizado de modo sinodal, quando o governo é exercido na corresponsabilidade, quando a pregação se alimenta da escuta do Povo fiel de Deus, quando a santificação e a celebração litúrgica têm origem na humildade e da conversão. O bispo tem um papel insubstituível, dando início ao processo sinodal na Igreja local e animando, promovendo a circularidade entre “todos, alguns e um”. O ministério episcopal (esse “um”) valoriza a participação de “todos” os fiéis, graças ao contributo de “alguns” mais diretamente envolvidos em processos de discernimento e de decisão (organismos de participação e de governo). 







A convicção com a qual o bispo assume a perspetiva sinodal e o estilo com o qual exerce a autoridade influenciam de modo determinante a participação de padres e diáconos, leigos e leigas, consagradas e consagrados. Para todos, o bispo é chamado a ser exemplo de sinodalidade. Nos contextos em que a Igreja é percebida como família de Deus, o bispo é considerado como o pai de todos; já nas sociedades secularizadas, ele experimenta uma "crise da sua autoridade". É importante não perder a referência à natureza sacramental do episcopado, para que a figura do bispo não se pareça a uma autoridade civil. Muitas vezes, as expectativas em relação ao bispo são muito altas, e muitos bispos lamentam-se de uma sobrecarga de compromissos administrativos e jurídicos, que torna difícil a plena realização da sua missão. 









Também o bispo deve ter em conta a sua própria fragilidade e os seus próprios limites e nem sempre encontra apoio humano e espiritual. Não é rara a experiência sofrida de certa solidão. Por isso mesmo, é importante, por um lado, voltar a trazer para o centro das atenções os aspetos essenciais da missão do bispo e, por outro lado, cultivar uma autêntica fraternidade entre os bispos e com o presbitério (12 a-e).






Casos de abusos




Sobre a questão dos abusos, que "coloca muitos bispos na dificuldade de conciliar o papel de pai e o de juiz" (12 i), sugere-se "considerar a possibilidade de confiar a tarefa judicial a outro órgão, a ser especificado canonicamente" (12 i).





Formação específica e permanente do batizado (a) -  (PARTE III)




Cuidar da sua própria formação é a resposta que cada batizado é chamado a dar aos dons do Senhor, para fazer frutificar os talentos recebidos e colocá-los ao serviço de todos. O tempo que o Senhor dedicou à formação dos discípulos revela a importância desta ação eclesial, muitas vezes pouco vistosa, mas decisiva para a missão. Sentimos que devemos exprimir uma palavra de agradecimento e encorajamento a todos os que estão comprometidos neste âmbito e convidamo-los a recolher os elementos de novidade que emergem do caminho sinodal da Igreja. O modo como Jesus formou os discípulos constitui o modelo de referência. Ele não se limitou a dar uns ensinamentos, mas partilhou com eles a vida. Com a sua oração suscitou o pedido: “Ensina-nos a rezar”; matando a fome às multidões, ensinou que não se pode mandar embora os necessitados; caminhando para Jerusalém, apontou o caminho da Cruz. Com o Evangelho aprendemos que a formação não é apenas nem em primeiro lugar um potenciamento das capacidades pessoais de cada um: ela é conversão à lógica do Reino que pode tornar fecundas também as derrotas e os insucessos. O Santo Povo de Deus não é apenas objeto, mas é, antes de mais, sujeito corresponsável da formação. A primeira formação, de facto, tem lugar na família. É aí que, não raramente, recebemos o primeiro anúncio da fé, na língua – melhor, no dialeto – dos nossos pais e dos nossos avós. O contributo daqueles que desempenham um ministério na Igreja deve, portanto, cruzar-se com a sabedoria dos simples numa aliança educativa que é indispensável à comunidade. Este é o primeiro sinal de uma formação entendida em sentido sinodal. Na iniciação cristã encontramos as grandes linhas orientadoras para os percursos formativos. No centro da formação está o aprofundamento do querigma, ou seja, do encontro com Jesus Cristo que nos oferece o dom de uma vida nova. A lógica catecumenal recorda-nos que todos somos pecadores chamados à santidade. É por isso que nos comprometemos em caminhos de conversão que o sacramento da Reconciliação leva a cabo e alimentamos o desejo da santidade, sustentados por um grande número de testemunhas. São muitos os âmbitos em que se declina a formação do Povo de Deus. Além da formação teológica, foi mencionada a formação relativa a uma série de competências específicas: exercício da corresponsabilidade, escuta, discernimento, diálogo ecuménico e inter-religioso, serviço aos pobres e cuidado da casa comum, compromisso como “missionários digitais”, facilitação dos processos de discernimento e conversação no Espírito, construção do consenso e resolução dos conflitos. Há que prestar particular atenção à formação catequética das crianças e jovens, que deveria englobar a participação ativa da comunidade. A formação para uma Igreja sinodal deve necessariamente ser feita em modo sinodal: todo o Povo de Deus forma-se em conjunto enquanto caminha em conjunto. É necessário superar a mentalidade de delegação que se encontra em muitos âmbitos da pastoral. Uma formação em chave sinodal tem por finalidade permitir que o Povo de Deus viva plenamente a sua vocação batismal, em família, nos lugares de trabalho, no âmbito eclesial, social e intelectual; permite ainda tornar cada pessoa capaz de participar ativamente na missão da Igreja de acordo com os carismas e com a vocação próprios de cada um. Recomendamos que se aprofunde o tema da educação afetiva e sexual, para acompanhar os jovens no seu caminho de crescimento e para apoiar o amadurecimento afetivo daqueles que são chamados ao celibato e à castidade consagrada. A formação nestes âmbitos é uma ajuda necessária em todas as fases da vida (14 a-g).





serviço de escuta










Escuta é o termo que melhor exprime a experiência mais intensa que caraterizou os primeiros dois anos do percurso sinodal e também os trabalhos da Assembleia. Fá-lo no duplo significado de escuta dada e recebida, de pôr em atitude de escuta e de ser escutados. A escuta é um valor profundamente humano, um dinamismo de reciprocidade, em que alguém dá um contributo ao caminho do outro e recebe outra para si mesmo.  Ser convidados a tomar a palavra e ser escutados na Igreja e pela Igreja foi uma experiência intensa e inesperada para muitas das pessoas que participaram no processo sinodal a nível local, especialmente aqueles que sofrem alguma forma de marginalização na sociedade e também na comunidade cristã. 









Ser escutado é uma experiência de afirmação e reconhecimento da nossa própria dignidade: é um poderoso instrumento de ativação dos recursos da pessoa e da comunidade. Colocar Jesus no centro da nossa vida requer alguma abnegação. Nesta perspetiva, escutar requer a disponibilidade para nos descentrarmos para dar espaço ao outro. Foi isto que experimentámos na dinâmica da conversação no Espírito. Trata-se de um exercício ascético exigente, que obriga cada um a reconhecer os seus próprios limites e a parcialidade do seu próprio ponto de vista. 











Por isso mesmo, abre uma possibilidade à escuta da voz do Espírito de Deus que fala também para lá dos confins da pertença eclesial e pode pôr em movimento um caminho de mudança e de conversão. Colocar-se à escuta tem um valor cristológico: significa assumir a atitude de Jesus em relação às pessoas com quem se encontrava (cf. Flp 2,6-11); tem também um valor eclesial, uma vez que quem se coloca à escuta é a Igreja, através da ação de alguns batizados que não agem em seu próprio nome, mas em nome da comunidade. Ao longo do processo sinodal, a Igreja encontrou-se com muitas pessoas e muitos grupos que pedem para ser escutados e acompanhados. Em primeiro lugar, mencionamos os jovens, cujo pedido de escuta e acompanhamento ecoou com força no Sínodo que lhes foi dedicado (2018) e nesta Assembleia, que confirma a necessidade de uma opção preferencial pelos jovens. A Igreja deve escutar com particular atenção e sensibilidade a voz das vítimas e dos sobreviventes aos abusos sexuais, espirituais, económicos, institucionais, de poder e de consciência por parte de membros do clero ou de pessoas com cargos eclesiais. A escuta autêntica é um elemento fundamental do caminho para a cura, o arrependimento, a justiça e a reconciliação. A Assembleia exprime a sua proximidade e o seu apoio a todos os que vivem uma condição de solidão como escolha de fidelidade à tradição e ao magistério da Igreja em matéria matrimonial e de ética sexual, na qual reconhecem uma fonte de vida. As comunidades cristãs são convidadas a estar particularmente próximas destas pessoas, escutando-as e acompanhando-as no seu compromisso. De diferentes modos, também as pessoas que se sentem marginalizadas ou excluídas pela Igreja, devido à sua situação matrimonial, identidade e sexualidade, pedem para ser escutadas e acompanhadas e que seja defendida a sua dignidade. 









Na Assembleia, pôde perceber-se um profundo sentido de amor, misericórdia e compaixão pelas pessoas que estão ou se sentem feridas ou negligenciadas pela Igreja, que desejam um lugar onde regressar “a casa” e onde se sintam seguras, escutadas e respeitadas, sem receio de se sentirem julgadas. A escuta é um pré requisito para caminhar juntos à procura da vontade de Deus. A Assembleia reafirma que os cristãos não podem faltar ao respeito pela dignidade de pessoa alguma.(16 a - h).










SOBRE OS casais PolÍgaMOS QUE ADEREM A FÉ CATÓLICA NA AFRICA:





A Igreja não parte do zero, mas dispõe já de numerosas instituições e estruturas que prestam este precioso serviço. Pensemos, por exemplo, no trabalho capilar de escuta e acompanhamento dos pobres, marginalizados, migrantes e refugiados, realizado pelas Cáritas e por muitas outras realidades ligadas à vida consagrada ou ao associativismo laical. É preciso agir para potenciar a sua relação com a vida da comunidade, evitando que sejam percebidas como atividades delegadas a algumas pessoas. As pessoas que prestam o serviço da escuta e do acompanhamento, nas suas diferentes formas, precisam de uma formação adequada, também tendo em conta o tipo de pessoas com quem contactam, e de se sentirem apoiadas pela comunidade. Por sua vez, as comunidades precisam de tomar plena consciência do valor de um serviço exercido em seu nome e de poder receber o fruto desta escuta. De modo a dar maior evidência a este serviço, propõe-se a instituição de um ministério da escuta e do acompanhamento, fundamentado no Batismo, adaptado aos diferentes contextos. As modalidades como será conferido deverão promover um maior envolvimento da comunidade. Encoraja-se o SECAM (Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar) a promover um discernimento teológico e pastoral sobre o tema da poligamia e sobre o "acompanhamento" das pessoas que vivem em uniões poligâmicas, que se aproximam da fé (16 o - q).






Cultura digital (RISCOS E OPORTUNIDADES):





Por fim, o Relatório de Síntese fala sobre o ambiente digital. O incentivo é para "alcançar a cultura atual em todos os espaços onde as pessoas buscam significado e amor, incluindo seus celulares e tablets" (17 c), tendo em mente que a Internet "também pode causar danos e lesões, por exemplo, por meio de bullying, desinformação, exploração sexual e dependência". É urgente, portanto, "refletir sobre como a comunidade cristã pode apoiar as famílias para garantir que o espaço on-line não seja apenas seguro, mas também espiritualmente vivificante" (17 f).

 





Fonte: Vatican News

 



 

CONCLUSÃO DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DOS SÍNODO DOS BISPOS - HOMILIA DO PAPA FRANCISCO




Basílica de São Pedro - XXX Domingo do Tempo Comum  - Domingo, 29 de outubro de 2023









É precisamente um pretexto que leva o doutor da Lei a apresentar-se a Jesus; pretende unicamente pô-Lo à prova. Todavia a dele é uma pergunta importante, uma pergunta sempre atual, surgindo de vez em quando no nosso coração e na vida da Igreja: «Qual é o maior mandamento?» (Mt 22, 36). Mergulhados no rio vivo da Tradição, também nós nos interrogamos: Qual é a coisa mais importante? Qual é o centro propulsor? Qual é a coisa que conta tanto a ponto de ser o princípio inspirador de tudo? E a resposta de Jesus é clara: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo» (Mt 22, 37-39).




Prezados Cardeais, Bispos e sacerdotes, religiosas e religiosos, irmãs e irmãos, ao concluirmos este pedaço de caminho que percorremos, é importante fixar o «princípio e fundamento», do qual uma vez e outra tudo começa: amar. Amar a Deus com toda a vida e amar o próximo como a si mesmo. Não está nas nossas estratégias, nos cálculos humanos, nem nas modas do mundo, mas no amor a Deus e ao próximo: é aqui que está o coração de tudo. Mas como traduzir tal impulso de amor? Proponho-vos dois verbos, dois movimentos do coração, sobre os quais quero refletir convosco: adorar e servir. Ama-se a Deus com a adoração e o serviço.




O primeiro verbo: adorar. Amar é adorar. A adoração é a primeira resposta que podemos oferecer ao amor gratuito, ao amor surpreendente de Deus. A maravilha própria da adoração é essencial na Igreja, sobretudo neste tempo em que perdemos o hábito da adoração. De facto, adorar significa reconhecer na fé que só Deus é Senhor e que, da ternura do seu amor, dependem as nossas vidas, o caminho da Igreja, as sortes da história. Ele é o sentido do nosso viver.




Ao adorá-Lo, redescobrimo-nos livres. Por isso, na Sagrada Escritura, o amor ao Senhor aparece frequentemente associado à luta contra toda a idolatria. Quem adora a Deus rejeita os ídolos, pois, enquanto Deus liberta, os ídolos tornam-nos escravos. Enganam-nos e nunca realizam o que prometem, porque são «obra das mãos dos homens» (Sal 115, 4). A Escritura é severa contra a idolatria, porque os ídolos são obra do homem e, por este, manipulados, ao passo que Deus é sempre o Vivente, que está aqui e no além, «que não é feito como eu O penso, que não depende de quanto eu espero d’Ele e pode, por conseguinte, transtornar as minhas expetativas, precisamente porque está vivo. E a prova de que nem sempre temos a ideia certa de Deus é o facto de às vezes ficarmos dececionados: eu esperava isto, imaginava que Deus Se comportasse assim, mas enganei-me. Deste modo trilhamos de novo o caminho da idolatria, querendo que o Senhor atue segundo a imagem que nos fizemos d’Ele» (C. M. Martini, Os grandes da Bíblia. Exercícios Espirituais com o Antigo Testamento, Florença 2022, 826-827). Isto é um risco que sempre podemos correr: pensar em «controlar Deus», encerrar o seu amor nos nossos esquemas, quando, pelo contrário, o seu agir é sempre imprevisível, ultrapassa-nos e por isso este agir de Deus suscita maravilha e exige adoração. Como é importante este maravilhar-se!




Sempre devemos lutar contra as idolatrias: sejam as mundanas, que muitas vezes derivam da vanglória pessoal, como a ânsia do sucesso, a autoafirmação a todo custo, a ganância do dinheiro (o diabo entra pelos bolsos, não o esqueçamos!), o encanto do carreirismo; sejam as disfarçadas de espiritualidade, como a minha espiritualidade, as minhas ideias religiosas, a minha habilidade pastoral... Vigiemos para não acontecer colocarmo-nos no centro a nós em vez d’Ele. Mas voltamos à adoração... Que esta seja uma atividade central para nós, pastores: dediquemos diariamente um tempo à intimidade com Jesus, Bom Pastor, diante do sacrário. Adorar. Que a Igreja seja adoradora! Adore-se o Senhor em cada diocese, em cada paróquia, em cada comunidade! Porque só assim nos voltaremos para Jesus, e não para nós mesmos; porque só através do silêncio adorador é que a Palavra de Deus habitará as nossas palavras; porque só diante d’Ele seremos purificados, transformados e renovados pelo fogo do seu Espírito. Irmãos e irmãs, adoremos ao Senhor Jesus!




O segundo verbo: servir. Amar é servir. No mandamento maior, Cristo liga Deus e o próximo, para que não apareçam jamais separados. Não existe experiência religiosa que seja surda ao grito do mundo; falo duma verdadeira experiência religiosa. Não há amor a Deus sem envolvimento no cuidado do próximo, caso contrário corre-se o risco do farisaísmo. Talvez tenhamos de verdade muitas e belas ideias para reformar a Igreja, mas lembremo-nos: adorar a Deus e amar os irmãos com o seu amor, esta é a grande e perene reforma. Ser Igreja adoradora e Igreja do serviço, que lava os pés à humanidade ferida, acompanha o caminho dos mais frágeis, dos débeis e dos descartados, sai com ternura ao encontro dos mais pobres. Assim no-lo ordena Deus, como ouvimos na primeira Leitura.




Irmãos e irmãs, penso naqueles que são vítimas das atrocidades da guerra; nas tribulações dos migrantes, no sofrimento escondido de quem se encontra sozinho e em condições de pobreza; em quem é esmagado pelos fardos da vida; em quem já não tem mais lágrimas, em quem não tem voz. E penso nas vezes sem conta em que, por trás de lindas palavras e eloquentes promessas, se favorecem formas de exploração, ou então nada se faz para as evitar. É um pecado grave explorar os mais frágeis, pecado grave que corrói a fraternidade e destrói a sociedade. Nós, discípulos de Jesus, queremos levar ao mundo outro fermento, o do Evangelho: Deus no primeiro lugar e, juntamente com Ele, aqueles para quem vão as suas predileções, ou seja, os pobres e os mais frágeis.










É esta, irmãos e irmãs, a Igreja que somos chamados a sonhar: uma Igreja serva de todos, serva dos últimos. Uma Igreja que acolhe, serve, ama, perdoa, sem nunca exigir antes um atestado de «boa conduta». Uma Igreja com as portas abertas, que seja porto de misericórdia. «O homem misericordioso – disse Crisóstomo – é um porto para os necessitados: o porto acolhe e liberta do perigo todos os náufragos; sejam eles malfeitores, bons ou o que quer que sejam (...), o porto abriga-os dentro da sua enseada. Assim também tu, quando vires por terra um homem que sofreu o naufrágio da pobreza, não julgues, não peças contas da sua conduta, mas livra-o da desgraça» (Discursos sobre o pobre Lázaro, II, 5).










Irmãos e irmãs, assim se conclui a Assembleia Sinodal. Nesta «conversação do Espírito», pudemos experimentar a terna presença do Senhor e descobrir a beleza da fraternidade. Ouvimo-nos reciprocamente e sobretudo, na rica variedade das nossas histórias e sensibilidades, pusemo-nos à escuta do Espírito Santo. Hoje não vemos o fruto completo deste processo, mas podemos com clarividência olhar o horizonte que se abre diante de nós: o Senhor guiar-nos-á e ajudar-nos-á a ser Igreja mais sinodal e mais missionária, que adora a Deus e serve as mulheres e os homens do nosso tempo, saindo para levar a todos a alegria consoladora do Evangelho.




Irmãos e irmãs, por tudo o que fizestes no Sínodo e continuais a fazer, digo-vos obrigado! Obrigado pelo caminho que fizemos juntos, pela escuta e pelo diálogo. E, a par do agradecimento, quero formular um voto para todos nós: o voto de que possamos crescer na adoração a Deus e no serviço ao próximo. Adorar e servir. Que o Senhor nos acompanhe. Avante, com alegria!



Fonte: Vatican.va





NO LINK ABAIXO A ÍNTEGRA DO DOCUMENTO DA XVI ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DO SÍNODO DOS BISPOS - PRIMEIRA SESSÃO (4-29 DE OUTUBRO DE 2023)


 

 

https://www.uisg.org/files/allegatodocumento/2023/2023_10_28_POR_Synthesis_Report.pdf








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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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