Neste
sábado (30/09/2023) forma criados 21 novos cardeais conservadores, moderados e progressistas, quem são eles?
O Papa cria 21 novos cardeais: 18 eleitores e três com mais de 80 anos (não eleitores), criados no Consistório deste 30 de setembro. Entre eles, dois arcebispos e um religioso que se destacaram, disse Francisco, no serviço à Igreja. Um detalhe CURIOSO e interessante, é que não foi escolhido nenhum da ALEMANHA! Mas, quem são os novos cardeais?
1)-Dom Robert Francis Prevost (norte americano)
Agostiniano, o prefeito do Dicastério para
os Bispos, Dom Robert Francis Prevost, nasceu em 14 de setembro de 1955 em
Chicago (Illinois, Estados Unidos). Entrou no noviciado da Ordem de Santo
Agostinho e emitiu os votos solenes em 29 de agosto de 1981. Seis anos depois
obteve o título de Doutor em Teologia. Foi em 1988 que foi enviado à missão de
Trujillo, para ser o diretor do projeto de formação comum dos aspirantes
agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Uma missão que
durou 11 anos e foi seguida pela sua nomeação, depois de algum tempo, como
Prior Provincial da sua Província “Mãe do Bom Conselho” (Chicago), e
posteriormente como Prior Geral. Assim, foi responsável pelos processos de
planejamento e gestão da Ordem Agostiniana ao redor do mundo. Em 3 de novembro
de 2014, o Papa Francisco o nomeou administrador apostólico da Diocese de
Chiclayo (Peru), elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar.
Foi ordenado bispo de Chiclayo em 12 de dezembro de 2014. Em 15 de abril de
2020, o Pontífice o nomeou administrador apostólico da Diocese de Callao.
Seguiu-se a nomeação como prefeito.
2)-Dom Claudio Gugerotti (italiano)
Prefeito do Dicastério para as Igrejas
Orientais desde janeiro de 2023, Dom Claudio Gugerotti nasceu em Verona,
Itália, em 1955, ingressou na Pia
Sociedade de Pe. Nicola Mazza e foi ordenado sacerdote em 1982. Seus estudos
estão ligados às línguas e literaturas orientais. Como docente, leciona nas
Universidades de Veneza, Pádua e Roma, bem como na Gregoriana e no Pontifício
Instituto Oriental. Está na Congregação para as Igrejas Orientais desde 1985 e
foi seu subsecretário em 1997. Em 2022 foi nomeado arcebispo e depois serviu em
várias nunciaturas de países de tradição cristã oriental: a partir de 2002 na
Geórgia, Armênia e Azerbaijão; em 2011, Bento XVI o enviou à Belarus. O Papa
Francisco o nomeou núncio na Ucrânia de 2015 a 2020 (o país com mais católicos
de rito oriental) e depois na Grã-Bretanha.
3)-Víctor Manuel Fernández (argentino)
Desde 1º de julho de 2023, Dom Víctor
Manuel Fernández é prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé. Nasceu em 18
de julho de 1962 no município de Alcira Gigena, Província de Córdoba,
Argentina. Obteve a Licenciatura em Teologia com especialização Bíblica na
Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e em 1990 o Doutorado em Teologia na
Faculdade de Teologia da Universidade Católica Argentina, tornando-se
posteriormente seu reitor. O Papa Francisco o nomeou arcebispo titular de
Tiburnia em 13 de maio de 2013. Em 2017 foi eleito presidente da Comissão de Fé
e Cultura da Conferência Episcopal Argentina. Em 2 de junho de 2018 foi nomeado
arcebispo titular da arquidiocese de La Plata.
4)- Dom Emil Paul Tscherrig (suiço)
Núncio na Itália e San Marino desde 2017,
Dom Emil Paul Tscherrig é o primeiro não italiano a ocupar este cargo. Nascido
em Unterems, Suíça, em 3 de fevereiro de 1947, recebeu a ordenação sacerdotal
em 11 de abril de 1974 e obteve o Doutorado em Direito Canônico na Pontifícia
Universidade Gregoriana. O Papa João Paulo II o nomeou membro do serviço
diplomático da Santa Sé em 1978, como secretário da nunciatura apostólica,
servindo em Uganda, Coreia do Sul, Mongólia e Bangladesh. Em 4 de maio de 1996
tornou-se arcebispo titular de Voli e núncio apostólico em Burundi. Em 2000 foi
núncio em Trinidad e Tobago, República Dominicana, Jamaica, Granada, Guiana,
Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Bahamas; desde 2001 em Barbados,
Antígua e Barbuda, Suriname e Saint Kitts e Nevis. Em 2004 assumiu a nunciatura
na Coreia do Sul e na Mongólia. Em 2008, o Papa Bento XVI o nomeou núncio nos
países nórdicos (Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia e Noruega) e, a partir
de 2012, foi núncio apostólico na Argentina.
50-Dom Christophe Louis Yves Georges Pierre (francês)
Núncio Apostólico nos Estados Unidos da
América desde abril de 2016, Dom Christophe Louis Yves Georges Pierre nasceu em
Rennes, Ille et Vilaine, França, em 30 de janeiro de 1946. Em 1970 tornou-se
sacerdote, após ter interrompido por dois anos seus estudos no seminário de
Saint-Yves de Rennes em 1963 para cumprir o serviço militar. Em seguida,
ingressa na Pontifícia Academia Eclesiástica de Roma. Sua primeira missão foi
em Wellington, Nova Zelândia, em 1977. Posteriormente, foi enviado a
Moçambique, Zimbábue, Cuba, Brasil e à Missão Permanente da Santa Sé junto ao
Escritório das Nações Unidas e a instituições internacionais em Genebra. Em 12
de julho de 1995, João Paulo II o nomeou núncio apostólico no Haiti,
conferindo-lhe o título de arcebispo titular de Gunela. Em 1999 foi transferido
para Kampala em Uganda. Em 2007 foi nomeado núncio apostólico no México.
6)-Dom Pierbattista Pizzaballa (italiano)
Desde 2020 Patriarca latino de Jerusalém, Sua Beatitude Pierbattista Pizzaballa nasceu em Cologno al Serio, província de Bérgamo, Itália, em 21 de abril de 1965. Vestiu o hábito religioso em 5 de setembro de 1984 em Ferrara e passou o ano de noviciado em o Santuário Franciscano de La Verna. Em Bolonha emitiu a profissão solene em 10 de outubro de 1989 e em 15 de setembro de 1990, novamente em Bolonha, foi ordenado sacerdote. Em 1990 transferiu-se para a Terra Santa, para Jerusalém, onde obteve a Licenciatura em Teologia Bíblica no Studium Biblicum Franciscanum de Jerusalém. Responsável pela publicação do Missal Romano em hebraico e de vários outros textos litúrgicos, a partir de 2 de julho de 1999 entra formalmente ao serviço da Custódia da Terra Santa. Ocupa o cargo de vigário geral do Patriarca Latino de Jerusalém para o cuidado pastoral dos católicos de língua hebraica em Israel. Desde 2008 é consultor na Comissão para as relações com o Judaísmo do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Foi nomeado Custódio da Terra Santa pela primeira vez em maio de 2004, por um período de seis anos. Em maio de 2010 foi reconfirmado para mais um mandato de três anos e, em junho de 2013, para os três anos seguintes. Em 24 de junho de 2016, o Papa Francisco o escolheu como Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, sede vacante, até a nomeação de um novo Patriarca. Em 15 de julho de 2016, por ocasião da reunião do Colégio de Consultores do Patriarcado Latino, Sua Beatitude o Patriarca Emérito Fouad Twal procedeu à transferência de seus poderes ao arcebispo Pizzaballa, designado administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém por decreto do Papa. A ordenação episcopal teve lugar em setembro de 2016 em Bérgamo. Ele fala italiano, hebraico moderno e inglês.
7)-Dom Stephen Brislin (África do sul)
O arcebispo da Cidade do Cabo (África do
Sul) Dom Stephen Brislin, nasceu em Welkom em 24 de setembro de 1956. Entrou no
Seminário para estudar Filosofia em St John Vianney, Pretória e Teologia no
Missionary Institute de Londres. Foi ordenado sacerdote em 19 de novembro de
1983. Em 17 de outubro de 2006, Bento XVI o nomeou bispo de Kroonstad, na
África do Sul, em 2007 bispo de Kroonstad, dois anos depois é arcebispo da
Cidade do Cabo. De 2013 a 2019 foi presidente da Conferência Episcopal
Sul-Africana.
8)-Dom Ángel Sixto Rossi (ARGENTINO)
Arcebispo de Córdoba, Argentina, Dom Ángel
Sixto Rossi, jesuíta, nasceu em 11 de agosto de 1958. Em 1976 ingressou no
noviciado da então Província argentina da Companhia de Jesus. Após os estudos
de Filosofia e Teologia, realizados em parte no Equador, em 12 de dezembro de
1986 recebeu a ordenação sacerdotal, depois o diploma em Teologia Espiritual na
Pontifícia Universidade Gregoriana com uma tese sobre o discernimento
espiritual em Santo Inácio. De 1990 a 1992 foi reitor da Igreja de El Salvador,
em Buenos Aires, e nesse período abriu o Lar San José, para moradores de rua.
Em 1992 criou a Fundação Manos Abiertas, que atualmente presta ajuda às pessoas
mais pobres e vulneráveis em vários
centros de assistência
social localizados em dez cidades da Argentina. De 1992 a 1995 foi mestre de
noviços da Companhia de Jesus e de 2013 a 2019 foi Superior da comunidade da
Residência de Córdoba. Ofereceu numerosos Exercícios Espirituais inacianos a
grupos de sacerdotes, religiosos e leigos.
9)-Dom Luis José Rueda Aparicio (COLOMBIANO)
Arcebispo de Bogotá, Dom Luis José Rueda
Aparicio, nasceu em San Gil (Santander, Colômbia) em 3 de março de 1962. Antes
de entrar no Seminário, trabalhou com seu pai na construção, vendas do jornal e
numa fábrica de cimento. Recebeu o diaconato em 23 de novembro de 1988 e o
presbitério em 23 de novembro de 1989, completou seus estudos de especialização
(setembro de 1992-julho de 1994) na Academia Alfonsiana de Roma, onde obteve a
Licenciatura em Teologia Moral. Em 2 de fevereiro de 2012, o Papa Bento XVI o
nomeou bispo de Montelíbano (Córdoba). Em 2018 o Papa Francisco o nomeou
arcebispo de Popayán (Cauca), três anos depois foi nomeado arcebispo
metropolitano de Bogotá. Em 6 de julho de 2021 foi eleito presidente da
Conferência Episcopal Colombiana para o triênio 2021-2024.
10)-Dom Grzegorz Ryś (POLONÊS)
Arcebispo de Łódź, Dom Grzegorz Ryś nasceu
em 9 de fevereiro de 1964 em Cracóvia, Polônia. Ordenado sacerdote em 22 de
maio de 1988 na Catedral de Wawel, em 1994 Ryś obteve o Doutorado em Ciências
Teológicas com base na tese "Piedade popular medieval na Polônia". De
2007 a 2011 Ryś foi reitor do Seminário Maior da Arquidiocese de Cracóvia; em
16 de julho de 2011 foi nomeado bispo titular de Arcavica e bispo auxiliar da
Arquidiocese de Cracóvia pelo Papa Bento XVI. Em 14 de setembro de 2017, o Papa
Francisco o nomeou arcebispo de Łódź. Em 2018, Ryś convoca o quarto sínodo da
história da Arquidiocese de Łódź sobre o tema da introdução do diaconato
permanente para combater a escassez de sacerdotes. Em 2019 introduziu o
diaconato permanente na arquidiocese e criou também o Seminário Missionário
Diocesano Redemptoris Mater Internacional do Caminho Neocatecumenal. Em 21 de
novembro de 2020, o Papa Francisco o nomeou membro do Dicastério para os Bispos.
11)-Dom
Stephen Ameyu Martin (AFRICANO)
Arcebispo de Juba desde 2019, Dom Stephen
Ameyu Martin Mulla nasceu em 10 de janeiro de 1964 em Ido, na região oriental
de Equatoria, no Sudão do Sul. Recebeu o Sacramento da Ordem pela Diocese de
Torit em 21 de abril de 1991. Depois de seu trabalho pastoral na capital
sudanesa Cartum, obteve seu Doutorado na Pontifícia Universidade Urbaniana de
Roma de 1993 a 1997. Sua tese é intitulada "Rumo ao diálogo religioso e a
reconciliação no Sudão”. Ameyu então lecionou no Seminário de Juba, capital do
Sudão do Sul, do qual também foi reitor. Em 3 de janeiro de 2019, o Papa
Francisco o nomeou Bispo de Torit, após a diocese ter ficado vacante por mais
de cinco anos.
12)-Dom
José Cobo Cano (ESPANHOL)
Arcebispo de Madri desde 2017, Dom José
Cobo Cano, nasceu em 20 de setembro de 1965 em Jaén (Andaluzia, Espanha), mas
se mudou para Madri quando jovem. Apresenta sólida formação acadêmica:
Licenciatura em Direito Civil; Bacharelado em Teologia e Mestrado em Teologia
Moral Social. Destaca-se o seu conhecimento da Doutrina Social da Igreja. Em 23
de abril de 1994 foi ordenado sacerdote, permanecendo incardinado na
Arquidiocese de Madrid onde desempenhou cargos de acentuada ênfase social, como
o de vice-conselheiro das Confrarias do Trabalho (1994-1996). Na Conferência
Episcopal foi responsável pelo Secretariado para Migrações, e desde março de
2020 é membro da Comissão Episcopal de Pastoral Social e Promoção Humana.
13)-Dom Protase Rugambwa (AFRICANO)
Arcebispo coadjutor de Tabora desde abril
de 2023, Dom Protase Rugambwa nasceu em 31 de maio de 1960 em Bunena
(Tanzânia). No final da sua formação, a 2 de setembro de 1990, foi ordenado
sacerdote para a Diocese de Rulenge-Ngara, na cidade de Dar es-Salaam, pelo
Papa João Paulo II durante a sua visita pastoral à Tanzânia. Em 1994 decidiu
mudar-se para a Itália, onde obteve o Doutorado em Teologia Pastoral na
Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Após o Doutorado em 1998, voltou à
Tanzânia e em 2002 voltou a Roma para se tornar um dos Oficiais da Congregação
para a Evangelização dos Povos. Posteriormente, em 18 de janeiro de 2008, o
Papa Bento XVI o nomeou bispo titular da Diocese de Kigoma. Em 2012 tornou-se
secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e presidente
das Pontifícias Obras Missionárias, com o título pessoal de arcebispo. Em 9 de
novembro de 2017 foi nomeado secretário da mesma Congregação.
14)-Dom Sebastian Francis (MALÁSIA)
Bispo de Penang e desde 2017 presidente da
Conferência dos Bispos Católicos da Malásia, Cingapura e Brunei, Dom Sebastian
Francis, nasceu em 11 de novembro de 1951 em Johor Bahru. Foi ordenado
sacerdote em Melaka-Johor em 28 de julho de 1977. Em 1983 obteve a Licenciatura
em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade "San Tommaso
d'Aquino". Em seu país é professor de Teologia Dogmática, diretor
espiritual do Seminário Maior de Penang, capelão dos universitários de Penang.
Em 1991 formou-se em Direito. Em 7 de julho de 2012, Bento XVI o nomeou Bispo
de Penang. A ordenação episcopal foi conferida em 20 de agosto na Igreja
paroquial de Sant'Anna em Bukit Mertajam, com a participação de 10.000
católicos.
15)- Dom Stephen Chow Sau-Yan (CHINÊS)
O bispo de Hong Kong, Dom Stephen Chow
Sau-Yan, é jesuíta e nasceu em 7 de agosto de 1959 em Hong Kong. Após seus
estudos pré-universitários, obteve um Bacharelado e Mestrado em Psicologia pela
Universidade de Minnesota (EUA). Entrou na Companhia de Jesus em 27 de setembro
de 1984, foi ordenado sacerdote em Hong Kong em 16 de julho de 1994. Ocupou
vários cargos: desde 2007, supervisor de dois colégios jesuítas em Hong Kong e
Wah Yan, Kowloon; professor assistente honorário da Universidade de Hong Kong
(2008-2015) e formador jesuíta (2009-2017). Desde 2009 é presidente da Comissão
para a Educação da Província Jesuíta na China. De 1º de janeiro de 2018 até sua
nomeação como bispo, foi provincial da Província chinesa da Companhia de Jesus
e, a partir de 2020, vice-secretário da Associação dos Superiores Religiosos
dos Institutos Masculinos de Hong Kong. Em maio de 2021 foi nomeado bispo da
Diocese de Hong Kong (China). O cargo estava vago desde 3 de janeiro de 2019.
Chow Layer revelou ter inicialmente recusado o título de bispo. Acabou aceitando,
após ter recebido uma carta escrita pelo Papa Francisco. Ele foi consagrado em
4 de dezembro de 2021. Em abril de 2023, Chow visitou a Arquidiocese de Pequim.
Ele encontrou o bispo Joseph Li Shan, visitou várias igrejas e o cemitério de
Zhalan, onde está a lápide de Matteo Ricci. Esta foi a primeira visita de um
bispo de Hong Kong a Pequim desde 1985.
16)-Dom François-Xavier Bustillo (ESPANHOL)
Bispo de Ajaccio desde 2021, Dom
François-Xavier Bustillo, franciscano conventual, nasceu em 23 de novembro de
1968 em Pamplona, Espanha. Ingressando no Seminário Menor de Baztán, iniciou o postulantado na Ordem dos
Franciscanos Conventuais de Pádua (Itália), onde completou os estudos filosóficos e teológicos.
Emitiu a profissão
solene em 20 de setembro de 1992. Dois anos mais tarde foi ordenado sacerdote.
No mesmo ano fundou, com alguns irmãos, o convento de São Boaventura em
Narbonne (França). De 2018 até sua nomeação como bispo, ele foi guardião do
convento Saint-Maximilien Kolbe em Lourdes, delegado episcopal para o Santuário
de Lourdes e para a proteção de menores e desde 2020 membro do conselho
episcopal da Diocese de Tarbes et Lourdes. Bustillo é o autor do livro
“Testemunhas, não funcionários” (Livraria Editora Vaticano) que o Papa entregou
aos sacerdotes na Missa crismal de 2022 e também em outras ocasiões.
17)-Dom Américo Manuel Alves Aguiar (PORTUGUÊS)
Bispo auxiliar de Lisboa desde 2019, Dom
Américo Manuel Alves Aguiar, nasceu a 12 de Dezembro de 1973 em Leça do Balio,
Matosinhos, Portugal. Em 1995 ingressou no Seminário Maior do Porto; completou
seus estudos acadêmicos na Universidade Católica primeiro em Teologia e depois
um Mestrado em Ciências da Comunicação. Em 2001 foi ordenado sacerdote, em 2016
tornou-se diretor do Secretariado Nacional da Comunicação Social. Foi ordenado
bispo titular de Dagno em 31 de março de 2019 na Igreja da Trindade, no Porto.
É presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023. É diretor do Departamento de
Comunicação do Patriarcado de Lisboa.
18)-P. Ángel Fernández Artime (ESPANHOL)
O Reitor-Mor dos Salesianos, P. Ángel
Fernández Artime, nasceu em 21 de agosto de 1960 em Gozón-Luanco (Astúrias),
Espanha; foi ordenado sacerdote em 4 de julho de 1987, em León. Originário
precisamente desta Província, obteve a Licenciatura em Teologia Pastoral e a
Licenciatura em Filosofia e Pedagogia. Depois de fazer parte da comissão
técnica que preparou o 26º Capítulo Geral, em 2009 foi escolhido como
Provincial da Província Argentina Sul, com sede em Buenos Aires. Em 23 de
dezembro de 2013 foi nomeado Superior da nova Inspetoria da Espanha
Mediterrânea, dedicada a "Maria Auxiliadora", mas antes de poder
assumir este novo serviço, em 25 de março de 2014, foi eleito pelo 27º Capítulo
Geral como o novo Reitor-Mor da Congregação Salesiana e X Sucessor de Dom
Bosco. Em 11 de março de 2020 foi confirmado Reitor-Mor dos Salesianos, para o
segundo sexênio 2020-2026.
19)-Dom Agostino Marchetto (ITALIANO)
Para o Papa Francisco, Dom Agostino
Marchetto é a maior hermeneuta do Concílio Vaticano II. Nascido em Vicenza,
Itália, em 28 de agosto de 1940, frequentou as escolas do Patronato Leão XIII
de Vicenza. Mais tarde entra no seminário, sendo ordenado sacerdote na Catedral
de Vicenza em 28 de junho de 1964. Em 31 de agosto de 1985 foi nomeado
arcebispo titular de Astigi com o papel de núncio apostólico em Madagascar e
Maurício. Em 7 de dezembro de 1990 foi transferido como núncio apostólico para
a Tanzânia, e em 18 de maio de 1994 como núncio apostólico à Belarus. Em 6 de
novembro de 2001, João Paulo II o nomeou secretário do Pontifício Conselho para
a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes. Em 25 de agosto de 2010, quando
completou 70 anos, aposentou-se do cargo para se dedicar ao estudo, em
particular da hermenêutica do Concílio Vaticano II. Além do italiano, fala
francês, inglês e espanhol.
20)-Dom Diego Rafael Padrón Sánchez (VENEZUELANO)
Atualmente, Dom Diego Rafael Padrón Sánchez
é pároco de La Inmaculada de Camoruco, na Arquidiocese de Valência, na
Venezuela. Nascido em Montalbán em 17 de maio de 1939. É formado em Teologia
Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e Diplomado em Ciências
Bíblicas Orientais pelo Instituto “Franciscanum” de Jerusalém-Israel. É
professor de espanhol, literatura e latim, formado pelo Instituto de Ensino
Profissional do Instituto Pedagógico de Caracas. Ordenado sacerdote em 4 de agosto
de 1963, foi pároco em várias paróquias de Valência. Em 1990 o Papa João Paulo
II o nomeia bispo auxiliar da Arquidiocese de Caracas e bispo titular de
Gisipa. Em 1994 é nomeado bispo da Diocese de Maturín e em 2002 arcebispo
metropolitano da Arquidiocese de Cumaná. Foi presidente da Conferência
Episcopal Venezuelana por dois períodos consecutivos.
21)-Pe. Luis Pascual Dri (ARGENTINO)
Padre Luis Pascual tem 96 anos, continua
servindo ao Senhor todos os dias administrando o Sacramento da Reconciliação.
Nasceu em Federación, província de Entre Ríos, Argentina, em 17 de abril de
1927, em uma família onde todos, menos um dos filhos, se consagraram a Deus na
vida religiosa. Desde muito jovem trabalhou na roça, cuidando dos animais e
também plantando milho e alfafa. Entrou no Seminário Capuchinho em janeiro de
1938 com 11 anos de idade, vestiu o hábito capuchinho em 21 de fevereiro de
1945. Em 29 de março de 1952 foi ordenado sacerdote na Catedral de Montevidéu.
Diretor do Seminário Menor San Francisco de Carrasco em 1953, em 1961
especializou-se na Europa como formador de noviços. Em 1962 iniciou sua missão
como educador no Colegio y Liceo Secco Illa de Uruguay, até 1974. Pároco em
várias igrejas, no início de 2000 foi transferido para o Santuário Nossa
Senhora da Pompeia, Buenos Aires, onde passou três anos. Depois foi nomeado
pároco em Mar del Plata. A partir de 2007 voltou ao Santuário de Nuestra Señora
de Pompeya.
QUEM SÃO OS 08 CARDEAIS BRASILEIROS?
1. Dom Geraldo Majella Agnelo, 88 anos - Arcebispo emérito de Salvador - Nomeado em 2001 (Não eleitor)
2. Dom Odilo Scherer, 72 anos - Arcebispo de São Paulo - Nomeado em 2007 (Eleitor)
3. Dom Raymundo Damasceno Assis, 85 anos - Arcebispo emérito de Aparecida - Nomeado em 2010 - (Não eleitor)
4. Dom João Braz de Aviz, 75 anos - Prefeito da Vida Consagrada . Nomeado em 2012 (Eleitor)
5. Dom Orani João Tempesta, 72 anos - Arcebispo do Rio de Janeiro. Nomeado em 2014 (Eleitor)
6. Dom Sérgio da Rocha, 62 anos Arcebispo de Salvador. Nomeado em 2016 (Eleitor)
7. Dom Leonardo Steiner, 71 anos - Arcebispo de Manaus. Nomeado em 2022 (Eleitor)
8. Dom Paulo Cezar Costa, 55 anos Arcebispo de Brasília - Nomeado em 2022 (Eleitor)
Fonte - https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-09/papa-francisco-consistorio.html
Sobre os 21 novos cardeais criados no consistório de 30.09.2023
Na Igreja Católica, o sacerdócio tem três graus: diácono, sacerdote e bispo. Com esta figura, e seguindo a origem histórica dos cardeais, estes foram divididos ou estruturados em três ordens: dos diáconos, dos presbíteros e dos bispos. Os cardeais diáconos recebem uma diaconia em Roma, ou uma igreja diaconal.
Assim, o papa atribui um título ou diaconia a cada um dos 21 novos
cardeais:
1)-O cardeal Robert Francis Prevost recebeu a diaconia de Santa Mônica.
2)-O cardeal Claudio Gugerotti recebeu a diaconia de Santo Ambrósio della Massima.
3)-O cardeal Víctor Manuel Fernández foi designado com a diaconia dos Santos Urbano e Lorenzo na Prima Porta.
4)-O cardeal Emil Paul Tscherrig recebeu a diaconia de San Giuseppe na Via Trionfale.
5)-O cardeal Christophe Pierre recebeu a diaconia de S. Benedetto fuori Porta S. Paolo.
6)-O cardeal
Pierbattista Pizzaballa recebeu o título de San Onofrio.
7)-O cardeal Stephen Brislin recebeu o título de Santa Maria Domingas Mazzarello.
8)-O cardeal Angelo Sixto Rossi recebeu o título de Santa Bernadette Soubirous.
9)-O cardeal Luis José Rueda
Aparicio foi designado com o título de São Lucas na Via Prenestina.
10)-O cardeal Grzegorz Rys recebeu o título de Santos Cirilo e Metódio.
11)-O cardeal Stephen Ameyu Martin Mulla recebeu o título de Santa Gemma Galgani.
12)-O cardeal José Cobo Cano recebeu o título de
Santa Maria em Monserrato degli Spagnoli (dos espanhóis).
13)-O cardeal Protase Rugambwa recebeu o título de Santa Maria em Montesanto.
14)-O cardeal Sebastian Francis recebeu o título de Santa Maria Causa Nostræ Lætitiæ.
15)-O cardeal Stephen Chow Sau-Yan
recebeu o título de San Giovanni Battista de La Salle.
16)-O cardeal François-Xavier Bustillo recebeu o título de Santa Maria Immacolata di Lourdes a Boccea.
17)-O cardeal
Américo Manuel Alves Aguiar recebeu o título de San Antonio da Padova na Via
Merulana.
18)-O cardeal Ángel Fernández Artime recebeu a diaconia de Santa Maria Auxiliadora na Via Tuscolana.
19)-O cardeal Agostino Marchetto recebeu a diaconia de Santa Maria Goretti.
20)-O cardeal Diego Rafael Padrón Sánchez recebeu o título de San Gaetano.
21)-O Cardeal Luis Pascual
Dri recebeu a diaconia de San Angelo in Pescheria.
Fonte:https://www.acidigital.com/noticia/56316/os-titulos-e-diaconias-atribuidos-aos-21-novos-cardeais
Novo colégio de cardeais é “global, diverso
e imprevisível”
Por Matthew Bunson - REDAÇÃO CENTRAL, 29 de set de 2023
Ao receber o novo colégio de cardeais - que
inclui 18 novos eleitores para votar em qualquer possível conclave - o papa
Francisco continua a desenvolver o trabalho de seus antecessores ao tornar o
colégio mais internacional, embora tenha adicionado sua marca própria aos
membros.
Após o consistório, o colégio de cardeais terá 136 cardeais eleitores
com menos de 80 anos - Desses:
-53 da Europa,
-24 da América Latina,
-22 da Ásia,
-19 da África,
-15 da América do Norte
-03 da Oceania.
Este grupo está bem acima do limite de 120 eleitores, mas esse requisito estabelecido pelo papa são Paulo VI em 1970 foi posto de lado várias vezes, incluindo pelo papa são João Paulo II em 2001 e 2003, pelo papa Bento XVI em 2010 e 2012, e agora pelo papa Francisco. Quinze cardeais completam 80 anos no próximo ano, de modo que o limite tradicional será alcançado naturalmente com o tempo. Francisco nomeou 131 cardeais ao todo, com uma média de um consistório por ano, com uma pausa em 2021 por causa da pandemia de covid-19. Ao todo, ele nomeou 98 atuais cardeais eleitores em nove consistórios, o que significa que 72% de todos os atuais eleitores foram nomeados por ele. Os demais foram nomeados por João Paulo II e Bento XVI. Em comparação, João Paulo II nomeou 231 cardeais em apenas nove consistórios. No entanto, tal como está, o número de cardeais eleitores conta apenas uma parte da história que se desenrolou com o colégio ao longo das últimas décadas. Francisco abraçou e acelerou o processo de internacionalização do organismo. Embora tenha nomeado um total de 37 eleitores da Europa, reduziu a proporção do contingente europeu e aumentou o número de cardeais da Ásia, América Latina e África. Ao todo, ele nomeou cardeais de 66 países, incluindo várias nações de primeira viagem, como Sudão do Sul, Singapura e Mongólia. O declínio dos europeus no colégio faz parte de um processo contínuo que se desenrola há mais de um século. No conclave de 1903 que elegeu o papa são Pio X, todos os 62 cardeais participantes, exceto um, eram da Europa (o único não europeu era o cardeal James Gibbons, de Baltimore, nos EUA), e dos europeus, mais da metade eram italianos. No conclave de 1958 que elegeu o papa são João XXIII, o colégio era radicalmente diferente geograficamente, graças aos esforços deliberados do papa Pio XII para adicionar cardeais de todo o mundo. Dos 51 participantes votantes, 17 eram de Itália, 16 eram da Europa e 18 eram de vários países não europeus. Houve dois participantes americanos, os cardeais James McIntyre, de Los Angeles, e Francis Spellman, de Nova York, ao lado de cardeais da Argentina, Cuba, Índia, Colômbia, China, Síria e outros lugares. O número de eleitores não-europeus continuou a aumentar durante os conclaves de 1963, 1978, 2005 e 2013.
A partir desse consistório:
-39% dos eleitores serão da Europa,
-18% da América Latina e do Caribe,
-16% da Ásia,
-14% da África,
-11% da América do Norte,
-2% da Oceania.
Isto marca um declínio do número de europeus no Colégio desde 2013, de 53%, e um aumento na América Latina de 16% para 18%, de 9% para 16% para a Ásia e de 9% para 14% para África. E olhando para a influência dos italianos, o seu número diminuiu de 28 eleitores em 2013 para 16 no último consistório. As mudanças geográficas e os realinhamentos dentro do colégio sob o papa Francisco estão, portanto, em sintonia com a tendência de longa data de um colégio representativo do catolicismo global. O papa, no entanto, moldou diretamente o colégio de duas outras maneiras significativas. Na verdade, Francisco nomeou alguns cardeais das fileiras das principais arquidioceses tradicionais, como os cardeais Blase Cupich, de Chicago, e Jozef De Kesel, de Mechelen-Bruxelas, em 2016, Celestino Aós Braco, de Santiago do Chile, e o recém-nomeado José Cobo Cano, de Madri. Mas, visivelmente, ele tem ignorado com frequência as sedes cardinalícias tradicionais – grandes arquidioceses como Los Angeles, Paris, Milão e Veneza – em favor de bispos de pequenas dioceses ou mesmo bispos auxiliares. Em agosto de 2022, Francisco nomeou cardeal o bispo Robert McElroy de San Diego, uma diocese sufragânea de Los Angeles, uma declaração clara de seu apoio pessoal ao prelado e outro desprezo inequívoco da arquidiocese de Los Angeles – a maior dos EUA - que já foi contornada nove vezes pelo papa. Ainda mais incomum foi a decisão de nomear bispos auxiliares para o colégio. Em 2017, por exemplo, foi nomeado Gregorio Rosa Chávez, então bispo auxiliar de San Salvador, El Salvador (completou 80 anos em outubro de 2022). Da mesma forma, neste último conclave, Francisco nomeou dom Américo Manuel Alves Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa. E, embora houvesse rumores de que dom Aguiar se dirigia a Roma para chefiar um dos dicastérios da Cúria ou mesmo para suceder ao cardeal Manuel José Macário do Nascimento Clemente como patriarca de Lisboa, ele foi enviado para a modesta diocese portuguesa de Setúbal, diocese sufragânea de Lisboa. Igualmente incomum tem sido a seleção de novos cardeais por Francisco de territórios e dioceses genuinamente distantes, muitas vezes com pequenas populações católicas – um movimento que incorpora as preocupações do Santo Padre em alcançar as periferias da Igreja. Estes incluem cardeais da Mongólia, Marrocos, Suécia e Laos, cujas populações católicas são contadas não na casa dos milhões, mas na casa dos milhares. No geral, o colégio em 2023 é mais internacional, diverso e imprevisível do que aquele que elegeu Francisco ao papado em 2013. Certamente, existem cardeais progressistas comprometidos, mas é impossível fazer suposições abrangentes sobre as tendências ideológicas ou teológicas do todo o corpo de eleitores globalmente distantes. Isto torna igualmente difícil prever o resultado de um futuro conclave e, embora Francisco possa parecer ter adotado uma abordagem vanguardista ao nomear cardeais eleitores, essa própria imprevisibilidade pode ser exatamente o que ele deseja.
Fonte - https://www.acidigital.com/noticia/56312/novo-colegio-de-cardeais-e-global-diverso-e-imprevisivel
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