Por *Francisco José Barros
Araújo
Existem mais de 50 palavras no original para a palavra "louvor". E todas elas, sem exceção, são verbos que transmitem a idéia de AÇÃO. O louvor nunca é algo contemplativo, meditativo, em silêncio. Ou seja, em outras palavras, se você diz estar louvando, você tem que estar exercendo alguma ação com seu corpo ou voz!
Algumas palavras do hebraico bíblico comprovam isto! Por exemplo, a palavra Barak significa louvar, reverenciar, bendizer. A palavra Yadah significa confessar com mãos levantadas. Zamar, por sua vez, quer dizer fazer melodia ou dedilhar com cordas. Temos também Shabach, que é aclamar em alta voz, glorificar com louvor. Uma das palavras mais significativas é Hallel, que significa fazer barulho, fazer um claro e brilhante som, celebrar. Você já deve lido algumas vezes a pasagens bíblicas que mencionam que Jesus e os seus discípulos cantaram o hino. “E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras.” Marcos 14,26 O contexto da narrativa se dá no momento em que Jesus, junto com seus discípulos, comemorou a Páscoa, e instituiu a ceia como memorial de seu sacrifício. O hino, que Mateus e Marcos dizem que Jesus e os discípulos cantaram no final da ceia são os chamados “Salmos do Hallel” (hallel significa “Louvor”). Esses salmos eram tradicionalmente entoados pelo povo judeu, ou recitados quando se encerrava a ceia pascal, e são os Salmos 113-118.
A
importância da expressão física na adoração a Deus
O louvor e a adoração a Deus não nos foi dada para ser um mero engajamento intelectual com as verdades bíblicas. Também, não se limita a uma resposta emocional interior. Deus criou os nossos corpos para glorificá-lo (1 Co 6,20). Nós Cristãos não compactuamos com uma espiritualidade gnóstica que minimiza ou nega a importância do corpo na verdadeira espiritualidade (Rm 12,1; Flp 1,20.) - Deus nos ordena a amá-lo com todo o nosso coração, alma, mente e "forças" (Lucas 10,27). Isso certamente inclui o corpo que Ele nos deu. Muitas das palavras que traduzem como “adoração” em grego e hebraico contém a ideia de movimento corporal. As duas palavras mais proeminentes – histahawah no Antigo Testamento, e proskynein no grego – dão a ideia de dobrar-se na cintura, ou curvar-se como uma expressão de homenagem e reverência. Além disso, a expressão física é vista e modelada de forma espontânea nas Escrituras como uma maneira de dar glória a Deus. (Jó 1,20; Sl 47,1; Sl 95,6).
Essas expressões incluem bater palmas, cantar, se curvar, ajoelhar, levantar as mãos, tocando instrumentos, dançando, e de pé em reverência (Sl 47,1; Efe 5,19; Sl 95,6; Sl 134,2; Sl 33,1; Apoc 15,2; Sl 149,3; Sl 22,23). Alguns apontaram que o Novo Testamento contém poucas referências a expressão física: ajoelhado, cantando e erguendo as mãos, etc. No entanto, não é facilmente perceptível que as respostas corporais presentes no Antigo Testamento, fossem como que substituídas ou cumpridas pelo trabalho sacerdotal de Cristo, e que agora devemos fazer tudo apenas de forma “espiritualizada” (Ex.: meu interior está aplaudindo e aclamando em alta voz a Deus...).
Em vez disso, precisamos procurar aplicar esses princípios de uma maneira que realmente honre a Deus e edifique a igreja. Digo e repito que em liturgia "não é uma mera questão de pode, ou, não pode, mas, de por que? E para que?" Para isso, devemos com firmeza, doutrina, e convicção, ensinar nossas comunidades que a expressão física é apropriada sim na liturgia quando essa é feita de forma correta e harmonizada, ou seja, nem se comportando como um pé-de-valsa, nem também, ficando todo duro nas celebrações igual uma estátua ou cabo de vassoura, para simplesmente atender a vontade de certos grupos ou pessoas Rad Trad, ou Sedevacantistas.
Nós não somos e não vivemos como espíritos desencarnados sem um corpo. Deus quer que usemos também o nosso corpo para adora-lo (Sl 16,9).Pois tudo que Ele fez é bom! E tudo em nosso corpo é uma expressão de louvor a Deus, e nossa expressão corporal nos ajuda a expressar isso. Mas como e quando? Nós simplesmente não vamos agora dizer às pessoas para “cantarem como eles querem”, ou ” que pulem e gritem o máximo possível para Jesus oportuna e inoportunamente, não!
Nosso Deus é um Deus de ordem, e não de caos (I Cor 14,33). Forçar de forma imprudente uma resposta física pode produzir um afeto artificial e realmente acaba sendo algo que não brota de um coração que deseja louvar a Deus. No entanto, é claro que nas Escrituras Deus espera que usemos nosso corpo para glorificá-lo (Mc 5,6;João 9, 38-40; João 20,28). Jesus é infinitamente glorioso, desejável, bom, e digno de nossos afetos mais puros e de nossa expressões corporais que real e verdadeiramente, o dignifiquem.
Porém, a simples expressão exterior não necessariamente é um sinal de que
alguém está oferecendo uma adoração aceitável a Deus!
Jesus repreende fortemente aqueles que pensam que a expressão física (Mateus 6,5) ou palavras elogiosas e aduladoras enganem a Deus. Conduzir a igreja para uma expressão
física que não está enraizada em uma visão clara da glória de Deus, não irá colaborar para uma verdadeira e sincera adoração.
Uma das ações mais comuns no louvor e na adoração é levantar as mãos...
Ao
levantar as mãos podemos expressar uma ampla gama de emoções e atitudes: dependência, gratidão, expectativa, reverência, etc. No entanto, Deus
condenou essas ações e motivações vazias dos israelitas através do profeta Isaías:
"Quando
vocês estenderem as mãos em oração, esconderei de vocês os meus olhos; mesmo
que multipliquem as suas orações, não as escutarei! As suas mãos estão cheias
de sangue..." (Isa 1,15)
"As mãos
que levantam para adorar a Deus devem ser mãos santas" (1 Tm 2,8).
Nos louvores e celebrações, erguer as mãos tornou-se quase um sinônimo de adoração. Mas Deus “fecha seus
ouvidos” para uma adoração que não é acompanhada por uma vida reta e justa:
"Afastem
de mim o som das suas canções e a música das suas liras. Em vez disso, corra a
retidão como um rio, a justiça como um ribeiro perene! ” (Amós 5,23-24).
É fato (sem querer julgar ninguém), que já conhecemos e testemunhamos pessoas que fazem louvores com expressões exuberantes, mas que vivem em pecado público. Como também, já testemunhamos pessoas que apresentam pouca expressão física e verbal nos louvores e celebrações, mas que têm
um conhecimento profundo das Escrituras, uma vida exemplar, e um profundo amor ao Deus Uno e Trino.
Não vamos portanto, provar nossa devoção a Deus por atos externos.
Deus olha para o coração, o interior, não o exterior (1 Sam 16,7)
Em cada comunidade celebrativa sempre haverá diferentes graus de expressividade física e verbal. Embora o foco da nossa expressão corporal é o próprio Deus, somos chamados também, a fazer o que é edificante para os outros (1 Co 14,12; 13,1-8). Isso significa que eu não preciso sair gritando e dançando entusiasmado(a) só porque eu sinto isso. Eu quero que as pessoas vejam a glória e a grandeza de Deus, não minhas expressões físicas. Apesar de que também, não posso julgar que aqueles(as) que estão se expressando fisicamente, estão apenas buscando ou querendo atenção, e que são todos hipócritas. Talvez Deus queira que eu aprenda com expressividade livre e sincera do meu próximo. Nosso foco deve ser exaltar a Deus de uma forma que realmente glorifique e bendiga Sua santidade infinita e Sua graça insondável que nos trouxe perto d'Ele através de Jesus Cristo. Nossa cultura, personalidade e estado de espírito não pode determinar nosso louvor, pois é nosso dever e salvação darmos graças em todo tempo e lugar! Que as nossas celebrações litúrgicas expressem a verdade o mais claramente para os outros, demonstrando o quanto Deus é digno de louvor e adoração.
ATENÇÃO! Meditação não é louvor!
Se você estiver sentado, observando, quieto, indiferente, ou imóvel, você não estará louvando a Deus. Você pode até estar o adorando, mas não está louvando!
E para terminar, quero deixar algumas razões pelas quais devemos louvar a Deus que é digno de todo louvor, AGRADECIMENTO, e adoração DIANTE DOS HOMENS!
1º)
Porque somos ordenados a fazê-lo. (Sl 150,1) e sem nos envrgonhar de fazê-lo diante dos homens (Lc 9,26).
2º)
Porque Deus habita no meio dos louvores. (Sl 22,3)
3º) Há uma força no louvor (Sl 149,6)
4º)
Porque é bom louvar e bendizer a Deus (Sl 92,1; Sl 135,3)
5º)
Porque fomos criados para isso (I Pe 2,9; Isa 43,21)
6º)
Acima de tudo, porque ELE É DIGNO E MERECEDOR de toda honra, glória e louvor! (Sl 48,1; Ap 4,11)
Nós
louvamos a Deus quando nos achegamos a Ele de com as mãos limpas e de coração puro e sincero (Sal 15). Quando Ele se achega a nós, então nossa única reação é adorar! Louvor é o que fazemos para que Ele se manifeste, porque presente Ele já está. Adoração é o que fazemos quando Ele se manifesta...
Por *Francisco José Barros
Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma
Nº 31.636 do Processo Nº 003/17
Um Deus que canta, dança, que se fez carne, e habitou entre nós! "Tão humano assim, só podia ser de condição divina!"
Por Wilma Rejane
"Se eles querem que eu acredite no seu
deus,
eles
vão ter que cantar comigo melhores músicas.
Eu só
poderia acreditar em um deus que dança."
(Friedrich W. Nietzsche - 1844-1900 - Filósofo alemão)
Com a frase acima o filosofo Nietzsche desafia o Deus dos cristãos em sua obra “Assim Falou Zaratustra” . Segundo ele, e revestido de um personagem do zoroastrismo, o cristianismo era a maior desgraça da humanidade e uma “muleta” para os fracos. O homem deveria decretar a morte de Deus para se tornar enfim um “super-homem”, confiando em seu potencial interior para ser vitorioso (?). Ironicamente Nietzsche havia nascido em lar protestante , seus avós eram pastores luteranos. Ele ingressou na teologia, mas abandonou a fé ao se aprofundar na Filosofia. O pensamento de Nietzsche influenciou significativamente o mundo moderno - infelizmente – e continua fazendo adeptos até nossos dias. Pobre Nietzsche, viveu de forma miserável , convalescendo de tantos males que peregrinou por diversos lugares na tentativa de que em alguns deles, o clima lhe fosse favorável: Veneza, Gênova, Turim , Nice... até terminar seus dias em um sanatório em Basileia. Ele não sabia, mas desconfio – tenho fortes motivos para isso - que padecia de infelicidade crônica. A falta de fé no Deus que dança esvaziou seu ser e para onde se movesse não encontrava paz. Ele a procurou em muitos lugares, mas ao matar dentro de si, o Deus que poderia salvá-lo , morre ele. O Deus que dança é tão latente que é impossível torna-Lo ausente. Ele dança nas nuvens, na natureza, nos homens. Através do movimento dos dias dos poentes e nascentes quando o céu muda em cores e luminosidade. Deus dança nas folhas das árvores que balançam pela força do vento, que se umedecem pelas 'lágrimas” do orvalho. Deus dança na brisa que nos acaricia, na lua que ora é cheia, nova, minguante, crescente. A lua dança com as estrelas, com a noite que chega, que se vai. Deus dança no mar quando rugem as ondas, bravas e mansas, “varrendo” a areia, emprestando movimento aos navegantes de um país a outro. Deus dança e canta por todos os dias pois sem Sua “batuta”, Sua harmonia, sem Sua voz, nem vida existiria.
Sofonias 3,17 diz: “O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar, Ele se deleitará em ti com alegria, calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo”.
Alegria = Rinnah - significa: “dar brados de júbilo, aclamar, aplaudir fortemente com triunfo; cantar”. Literalmente: Deus dançara sobre o seu povo, jubilara, dará brados de vitória com alegria”. Esse é o Deus de nós os Cristãos, que dançou com seu povo ao abrir o mar vermelho, recolhendo as ondas como em espelhos para libertá-los do Egito. Rinnah foi a música que embalou as vitórias de Abraão, Isac e Jacó. O Isac, batizado riso, porque Deus dançou com o tempo grávido de promessas para uma mãe estéril e um pai de quase 100 anos. Deus dançou com os antigos profetas e suas visões precisas do futuro que anunciavam o Messias Salvador nascido em Belém da Judéia, porque O Espírito Santo dançou no ventre de uma virgem, chamada Maria, obedecendo a melodia de Deus Criador.
João 8,56: "Vosso pai Abraão muito se alegrou, pois veria o meu dia; e ele o viu e ficou feliz.”
Deus dança através do tempo e faz natureza cantar!
Diz o Salmo 65,8-13: “Tu visitas a terra, e a refrescas; tu a
enriqueces grandemente com o rio de Deus, que está cheio de água; tu lhe
preparas o trigo, quando assim a tens preparada. Enches de água os seus sulcos;
tu lhe aplanas as levas; tu a amoleces com a muita chuva; abençoas as suas
novidades. Coroas o ano com a tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura.
Destilam sobre os pastos do deserto, e os outeiros os cingem de alegria. Os
campos se vestem de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; eles se regozijam
e cantam."
Quem, a
não ser um Deus que dança, desceria do céu para festejar com os homens "a morte
da morte?"
Quem, a não ser um Deus que dança se ofereceria em sacrifício de morte pela humanidade para ressurgir vivo ao terceiro dia? Oh, poderosa melodia do Deus que canta e dança! Aleluia é o Teu cântico preferido, a Ti entoamos louvores de gratidão por ter vindo dançar com teu povo! Por todos os lugares se ouve a Tua voz, ainda no silêncio Te ouvimos. O que seria de nós, não fora um Deus que canta e dança e que nos convida para dançar com Ele, no banquete celestial onde já não haverá lágrima, nem pranto, nem qualquer dor? (Apoc. 21,4).Bendito esse Deus que não se cansa de cantar e dançar nos corações que se transformam pela obediência a canção da Cruz, entoada aos quatro cantos da terra: Jesus, Jesus, Jesus! Amo esse Deus que nos faz cantar e dançar de alegria por ouvir Sua voz de Pai amoroso. Nietzsche só poderia estar aturdido, embriagado por canções infernais vindas de um mundo onde não se pode dançar. É isso, prisioneiros não dançam. Escravos não podem dançar. Só mesmo a misericórdia de um Deus que canta e dança para os libertar. Jamais ele ou algum outro incrédulo poderia encontrar paz e felicidade não fora nos braços do Cristo ressuscitado que se move em dança para perdoar e amar.
Fonte:
A tenda da Rocha
A dança
como forma de evangelização e salvação - Testemunho de Aryana Fideles,
dançarina e consagrada da Comunidade Aliança.
Por
Janaina Teixeira
Dizem que "quem canta reza duas vezes!" Mas, e quem dança, será que também consegue expressar alguma oração? A oração expressa pelo movimento corporal é sim, uma forma de rezar e dialogar com Deus. Por meio desta linguagem corporal, muitas pessoas são alcançadas e vivem uma verdadeira experiência do amor de Deus.Não são apenas bailarinos ou intérpretes, mas adoradores que não se apresentam, e sim ministram o louvor a Deus com a linguagem da dança. Todo processo criativo é uma possibilidade de arte inscrita no corpo, traduzida em metáforas do pensamento e realidade desse mesmo corpo.A exemplo dos pintores, que usam as cores e as linhas para dar forma no plano pictórico, ou dos poetas, que se utilizam palavras para construir poemas, o bailarino e o coreógrafo utilizam-se dos gestos corporais para dar forma à dança.Um claro exemplo disso é a dançarina Aryana Fideles, que confirma a dança como expressão artística. Em um rede social, criou o perfil @mu.dança82 para falar e expor mais sobre dança e evangelização. Aryana é coreógrafa e faz parte do corpo de baile da Banda Missionário Shalom há 20 anos, pôde por diversas vezes viajar e evangelizar nas mais diversas missões. Conheça um pouco mais sobre a história dela.
“Não
quero me utilizar de medidas humanas, para medir algo que é celeste” (Emmir
Nogueira)
Meu nome é Aryana Fideles, sou casada, mãe e consagrada na Comunidade de Aliança. Deus me confiou uma missão que me ultrapassa e muito! Mas o motivo é claro: a glória é toda dEle. Conheci a Comunidade Shalom em 1994, devido a uma situação bem delicada na minha família. Participei do grupo de oração no projeto criança, mas só fui me engajar no serviço (ministério) em 1998. Na ocasião, eu tinha 8 anos e buscava uma aula de dança de graça, mal sabia eu, que já era uma desculpa de Deus, e que ali se iniciava todo um processo de salvação na minha vida através das artes na Comunidade Shalom. Permaneci no ministério de dança durante longos anos da minha vida. Servimos nos mais diversos lugares e ocasiões, desde Paixão de Cristo até noites natalinas. E dentro desse contexto fui entendendo a real dinâmica do serviço do artista na comunidade Shalom, a vivência do caminho de cruz e ressurreição.Em 2001, no auge da minha adolescência, (ainda servindo no ministério de dança) surgiu uma nova proposta: começarmos um corpo de baile dentro de uma banda da comunidade que se chamava Missionário Shalom. Até então tudo era muito novo. Não se entendia dança com banda no meio cristão, precisamos ir nos descobrindo e deixando-se conduzir pelo Espírito para entender o que realmente Deus queria como missão para aquele grupo de bailarinas.
Ainda me lembro do lançamento do CD “Lançai as redes”. Minha estreia na banda. E a partir deste momento, o Missionário nunca mais saiu da minha vida (graças a Deus!). Estive com eles em 2 turnês, a qual viajamos por quase todas as capitais do Nordeste, Sudeste, Sul e cidades próximas (de ônibus ) levando o Carisma para diversos lugares. E a cada show, um novo batismo, uma nova graça, um Deus mais generoso que se derramava em amor e misericórdia. Ainda hoje é assim, mas todas as vezes Ele sempre surpreende! Nessa caminhada, produzimos os shows do Halleluya (cada um com uma ideia mais louca que a outra), fizemos clipes, montamos coreografias juntos, fomos tocar na Canção Nova inúmeras vezes, até no exterior tive a graça de estar dançando com eles. Impressionante poder ter vivido essa experiência! Não tenho palavras para descrever a unidade, a alegria, a graça de ser Shalom e levar o carisma aos confins do mundo. Cada show sempre foi uma explosão do carisma. Nessa dinâmica de serviço, de ver tão de perto a vida dos meus irmãos consagrados, de rezar com eles, de escutar as músicas que falavam da vocação…. fui conhecendo, aprendendo a amar o Carisma e me deixei vencer pela misericórdia de Deus. Aceitei enfim o chamado a ser Shalom que estava há muito tempo no meu coração. O MSH sempre foi uma escola pra mim, uma desculpa de Deus, na verdade, para me salvar.Passei a amar tanto a missão que fui para Salvador em 2010 (como Aliança Missionária) e ainda assim servia nos shows da banda. A dança no MSH nunca foi um mero entretenimento! Uma coisa que inventaram, pra deixar o show legalzinho. Não! A dança, assim como a banda e os cantores, tem a missão de conduzir o público para Deus, ajudar as pessoas a entrarem na oração, mostrar quem é realmente o verdadeiro Artista. E isso só é possível com uma experiência concreta com Jesus. Quanto mais real a experiência, mais o bailarino se entrega e consegue cumprir a missão. E Deus, em sua generosidade, renova essa experiência na mesma do hora do show. Ele escolhe aqueles que mais precisam e ali mesmo, durante o movimento que a gente executa, Ele está curando, libertando, preenchendo… é tão real que o show acaba e a gente ainda está feliz! Porque é uma alegria que não passa, vai muito além de simplesmente “se apresentar”.Isso gera uma gratidão a Deus sem limites… por isso que a cada show a gente quer se esbagaçar (como diz o Gustavo Osterno) porque a gratidão é tão grande que esse seria o desejo da nossa alma que transborda no corpo. A entrega total! A oferta total. A doação integral a esse Deus que tanto nos ama, mesmo a gente sendo pobre miserável. Esse ano, jamais imaginaria que desse certo um show online, um Halleluya on-line… Ainda bem que as medidas humanas são infinitamente pobres. Porque, mesmo em meio ao medo, aos sacrifícios desse tempo, as lutas, as perdas, não só aconteceu o show como aconteceu o Halleluya inteirinho. E Deus mais uma vez, superou as expectativas!!! Eu, que esse ano completo 20 anos servindo no MSH, posso dizer sem medo de errar, que esse show nesse Halleluya me reergueu, me transformou, sim, eu não estava naquela arena lotada, é verdade, mas eu vi o mesmo Deus agindo com toda sua força e poder. Espero que você tenha sentido daí da sua casa a onda de misericórdia.
Shalom!
Deus os abençoe!
Fonte:https://comshalom.org/a-danca-como-forma-de-evangelizacao-e-salvacao/
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