A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas no todo ou em parte, não significa necessariamente, a adesão às ideias nelas contidas, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Todas postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores primários, e não representam de maneira alguma, a posição do blog. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo opinativo desta página.
Home » , » A Mistagogia na Perspectiva da Teologia Litúrgico-Sacramental: Fundamentos, Experiência e Implicações Pastorais

A Mistagogia na Perspectiva da Teologia Litúrgico-Sacramental: Fundamentos, Experiência e Implicações Pastorais

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 12 de abril de 2023 | 12:32

 


 



Mistagogia na teologia litúrgico-sacramental



Por *Francisco José Barros Araújo

 


A palavra «mistagogia» e seus derivados — «mistagogo» e «mistagógico» — têm origem no grego, a partir dos termos myst- (mistério, o oculto) e agagein (guiar, conduzir). Ela designa, portanto, todo processo que conduz à experiência do mistério. No contexto cristão, refere-se especificamente ao Mistério de Cristo, celebrado na liturgia e vivido na existência cotidiana dos fiéis. O elemento fundamental que orienta essa condução é o Espírito Santo, que habilita o coração humano a perceber e vivenciar a presença salvadora de Cristo. Além disso, a mistagogia não se limita a um mero conceito teórico; ela se manifesta também como dinâmica interior e pedagogia litúrgica, pela qual a própria celebração e seus agentes — ministros, catequistas e comunidades — ajudam os fiéis a aprofundar sua participação nos mistérios sagrados. Nos primeiros séculos da Igreja, destacavam-se as chamadas catequeses mistagógicas, conduzidas por bispos como Cirilo de Jerusalém, João Crisóstomo, Ambrósio de Milão e Teodoro de Mopsuéstia. Essas instruções eram dirigidas aos neófitos na semana da Páscoa, após a celebração dos sacramentos da iniciação na Vigília Pascal, e tinham como objetivo ajudá-los a penetrar em profundidade no sentido dos sacramentos e do mistério cristão que haviam celebrado.






Nos documentos eclesiais da atualidade utilizou-se este termo sobretudo em duas ocasiões:



a)-Referido à «formação mistagógica» dos seminaristas (Instrução da Congregação da Educação Cristã, de 1979), entendendo por tal que sejam conduzidos, através da docência e pela prática celebrativa, a uma mais profunda sintonia com o Mistério de Cristo. 



b)- E falando do caminho da iniciação cristã, no qual, depois do catecumenato e da celebração dos sacramentos na noite pascal, se chama «tempo de mistagogia» às semanas seguintes, o Tempo Pascal, em que se quer favorecer nos neófitos a experiência dos sacramentos e da vida comunitária, progredindo assim no conhecimento e na vivência do Mistério Pascal (cf. RICA 235-239; EDREL 167-171).

 



Sacramentos: Origem, e para que servem?








Não se pode deturpar de forma exacerbada o valor e a eficácia sacramental, como se fosse um rito mágico, ou algo de caráter supersticioso  lhe concedendo  poderes sensíveis, nem muito menos confundir com doutrina "ocultista"!





A civilização tecnicista de hoje dificulta a compreensão dos símbolos e da dimensão transcendente das coisas. Muitas vezes os sacramentos são banalizados, mas, para que produzam na pessoa todo o fruto que podem produzir, é muito importante compreendê-los bem. Deus se expressa em categorias humanas, por meio de elementos sensíveis e perceptíveis para a pessoa, que está formada de corpo e alma. E Ele quis utilizar tais elementos para dar a sua graça aos que não a têm, ou aumentá-la nos que já a possuem. No entanto, os sacramentos são recebidos frequentemente sem as disposições necessárias para aproveitar todos os seus frutos e muitas pessoas têm dificuldade para compreender seu sentido. Em seu livro “A náusea”, por exemplo, o filósofo Jean-Paul Sartre oferece um pobre olhar sobre a Eucaristia, ao escrever que, “nas igrejas, à luz dos círios, um homem bebe vinho na frente de mulheres ajoelhadas”. Só quem adere de coração à Igreja, só quem se deixa ensinar por ela e cresce nela, poderá se apropriar plenamente da riqueza dos sacramentos.






Os sacramentos formam um organismo no qual cada um tem seu lugar vital, ainda que a Eucaristia ocupe um lugar único, porque todos os outros estão ordenados a ela como ao seu fim, segundo São Tomás de Aquino. Cristo age nos fiéis de diversas maneiras, por meio dos sacramentos: pelo Batismo, assume-os em seu próprio Corpo, comunicando-lhes no Espírito a filiação divina; pela Crisma, fortalece-os no mesmo Espírito, para que possam confessá-lo diante dos homens; pela Confissão, perdoa os pecados e os vai curando de suas doenças espirituais; pela Unção dos Enfermos, conforta os doentes e moribundos; pela Ordem, consagra alguns para que, em seu nome, preguem, guiem e santifiquem o seu povo; pelo Matrimônio, purifica, eleva e fortalece o amor conjugal do homem e da mulher; e todo este sistema mana da Eucaristia, que contém o próprio Cristo.Quem quer colocar-se em contato com a carne de Cristo, portanto, basta que se aproxime dos sacramentos da Igreja. Para ganhar fruto, porém, mais do que simplesmente recebê-los, é preciso fazê-lo com fé, assim como a hemorroíssa do Evangelho tocou com confiança a fímbria do manto de Cristo (Jo 5, 25-34). Os sacramentos são sinais verdadeiramente eficazes da graça de Deus, mas só geram frutos na vida daqueles que se abrem dócil e generosamente à ação divina, ou seja, sem a fé e  as disposições necessárias, é considera-los meros amuletos supersticiosos.

 

 

 




Os Sacramentos são os meios sagrados que Deus usa para aplicar em nós a sua graça e santificar-nos. São sagrados por terem sido instituídos pelo próprio Cristo e têm como essência a vida pública de Jesus. A Igreja é o grande sacramento da salvação que Nosso Senhor instituiu para ministrar (distribuir) os sacramentos, pois ela é o Corpo de Cristo (1 Cor 12,28).






Conforme o Catecismo da Igreja Católica, número 1115: as palavras e ações de Jesus durante sua vida oculta e durante seu ministério público já eram salvíficas. Antecipavam o poder de seu ministério pascal. Anunciavam e preparavam o que iria dar à Igreja quando tudo fosse realizado. Os mistérios da vida de Cristo são os fundamentos daquilo que agora, por meio dos ministros de sua Igreja, Cristo dispensa nos sacramentos, pois ‘aquilo que era visível em nosso Salvador passou para seus mistérios’. 






Os sacramentos são “forças que saem” do Corpo de Cristo  sempre vivo e vivificante. São ações do Espírito Santo operante ao corpo de Cristo , que é a Igreja. São as obras-primas de Deus na Nova e Eterna Aliança.






O Sacramento  “é um sinal sensível e eficaz da graça invisível, instituído por Jesus Cristo para santificar as nossas almas”. Ora, não estamos todos nós em busca da santidade, que a meta de todo Cristão batizado(a)? Por que dispensaríamos as graças que tanto auxiliam e alavancam a nossa santificação?




Sigamos em nosso entendimento a respeito do que seja Sacramento explicando os três elementos que o compõem:



1) Sinal sensível: é um sinal porque se não pudéssemos percebê-lo (através dos sentidos audição, visão e tato) deixaria de ser um sinal. Cada  sacramento é um sinal do amor de Deus por nós. Nos Sacramentos, em cada etapa ou situação da nossa vida, Deus vem ao nosso encontro para nos amparar e nos socorrer. Este sinal consta sempre de matéria e forma. Exemplo: no Batismo, a matéria é a água (não pode ser outro líquido) e a forma são as palavras pronunciadas pelo batizante enquanto joga a água na cabeça do batizado. 






2) Instituído por Jesus Cristo: Os Sacramentos foram instituídos por Cristo durante a sua vida mortal, deixando à Igreja o estabelecimento de seus ritos. Somente Deus pode ligar um sinal visível à faculdade de produzir graça. 




3) Para produzir graça: por graça podemos entender a vida de Deus em nós; a graça nos faz partícipes da natureza divina. Então, os sacramentos comunicam a graça divina por virtude própria, ou seja cada um deles confere a graça que lhe é inerente. Um sacramento dá graça por si e em si, pelo seu próprio poder. Exemplo: o batismo confere a graça batismal, a Confirmação a graça crismal, o casamento a graça matrimonial e assim por diante. E graça é o que distingue os sacramentos, por exemplo, das orações, das obras e dos sacramentais.



Sendo o  sacramento  um sinal eficaz que transmite a graça de Deus, ele não depende do ministro, depende só de Cristo; já os seus frutos dependem da disposição (preparação) com que a pessoa (catecúmeno) recebe!







A ação da graça sacramental e as disposições humanas




Em virtude do livre arbítrio, o ser humano possui a capacidade de rejeitar a graça de Deus por um ato positivo da vontade. Por exemplo, ao recusar-se a receber a graça ou ao não se arrepender sinceramente de um pecado mortal, o fiel impede que a graça penetre plenamente em sua alma. Contudo, se não há barreira direta — como impedimento formal estabelecido por autoridade competente da Igreja — o sacramento confere a graça de maneira objetiva, independentemente da disposição moral do ministro ou da situação pessoal do fiel. O próprio sacramento, como instrumento instituído por Cristo, opera a graça.



As disposições interiores do fiel, porém, afetam a qualidade e a intensidade da graça recebida. Quanto mais viva for a fé, mais receptivo estará o coração à ação transformadora de Deus. A Igreja ensina que a abertura interior e a participação consciente amplificam os frutos espirituais do sacramento, embora a eficácia objetiva do mesmo permaneça garantida.



Na teologia católica, a eficácia dos sacramentos não depende das qualidades pessoais de quem os administra. Este princípio é central na doutrina do ex opere operato, que significa “pelo próprio efeito da obra realizada”. Assim, a graça é conferida pelo sacramento em si, independentemente da santidade ou do pecado do ministro.




Esse entendimento se liga diretamente ao conceito de "in persona Christi", segundo o qual o sacerdote, ao celebrar o sacramento, age na pessoa de Cristo, tornando-se instrumento de Sua ação salvífica. Portanto, mesmo que o ministro esteja em pecado grave, a graça sacramental não se reduz, pois é Cristo quem opera a ação salvadora.



As disposições do fiel, por sua vez, não causam a graça, mas determinam a fecundidade (frutos) com que a recebe! 



Em situações de desordem moral, como no pecado mortal, o sacramento continua válido e eficaz, mas os frutos espirituais podem ser limitados pela falta de preparação interior (cf. CIC §§1128-1131).

 



De fato, quem recebe o sacramento obterá a mesma qualidade e quantidade de graça que teria recebido se o sacramento fosse ministrado por um sacerdote em estado de graça, ou seja, sem pecado mortal. Essa realidade evidencia a ação objetiva de Cristo nos sacramentos e a confiança da Igreja na plenitude da graça sacramental, independentemente das imperfeições humanas.Portanto, a distinção entre a ação objetiva da graça e as disposições subjetivas do fiel garante que os sacramentos permaneçam instrumentos confiáveis da vida divina, transmitindo a graça de Cristo em todas as circunstâncias e sustentando os fiéis em sua caminhada de fé e santidade, mesmo diante das limitações humanas.




Referências:



-Catecismo da Igreja Católica, §§1128-1131, 1129.


-Concílio de Trento, Sessões 7 e 13, sobre a eficácia dos sacramentos.


-Santo Tomás de Aquino, Summa Theologiae, III, q. 60, a. 3, sobre ex opere operato.









“Ninguém ignora serem os Sacramentos ações de Cristo, que os administra por meio dos homens. Por isso, são santos por si mesmos e, quando tocam nos corpos, infundem, por virtude de Cristo, a graça nas almas”. (número 39 da Carta Encíclica Mysterium Fidei, Papa Paulo VI).

 




Por que são SETE os Sacramentos?




A Sagrada Escritura não apresenta uma enumeração formal dos sacramentos, nem os classifica explicitamente em sete. Contudo, a vida pública de Jesus Cristo revela múltiplos sinais eficazes de graça, que a Igreja reconhece como sacramentos. A prática da comunidade cristã primitiva, apoiada na tradição apostólica, permitiu identificar sete sacramentos, cada um correspondendo a etapas essenciais da vida cristã e expressando a ação de Deus na existência humana.Historicamente, a contagem e a definição dos sacramentos não foram imediatas nem uniformes. Antes da definição formal, alguns Padres da Igreja e teólogos medievais consideravam mais ritos como sacramentos, incluindo, por exemplo, a consagração sacerdotal de diáconos ou bispos ou ritos penitenciais avançados. Por outro lado, correntes reformistas ou mais rigorosas buscavam reduzir o número de sacramentos, enfatizando apenas aqueles considerados explicitamente instituídos por Cristo na Escritura, como Batismo, Eucaristia e Penitência.Essa diversidade de opiniões levou a reflexões sistemáticas sobre a natureza, a eficácia e o número dos sacramentos. Um marco importante foi o Concílio de Florença (1439), que reafirmou os sete sacramentos como expressão da plenitude da graça de Cristo, apoiando-se na tradição e na prática contínua da Igreja. Santo Tomás de Aquino também fundamentou teologicamente essa definição, explicando, na Summa Theologiae (III, q. 60-65), que os sacramentos são “sinais sensíveis da graça, instituídos por Cristo, pelos quais nos é comunicada a vida divina”. O Catecismo da Igreja Católica (CIC 1210-1211) reforça esta compreensão: os sete sacramentos — Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio — são instrumentos divinos que acompanham o homem em todas as etapas e circunstâncias da vida, da iniciação cristã à morte, promovendo a santidade e fortalecendo a fé.



A escolha do número sete não é arbitrária; ela reflete a plenitude da graça divina distribuída ao longo da existência humana



A tradição e o Magistério sublinham que cada sacramento é verdadeiro, completo e eficaz, e que qualquer tentativa de reduzir ou expandir o número original comprometeria a integridade da vida sacramental da Igreja. Assim, os sete sacramentos permanecem como marcos fundamentais da ação salvífica de Cristo, guiando os fiéis no crescimento espiritual, no serviço à comunidade e na participação plena na vida de Deus.



Referências sobre a definição dos 7 Sacramentos:


-Catecismo da Igreja Católica, §§ 1113-1131, 1210-1211.


-Concílio de Florença (1439), Sessão 7, sobre os sacramentos.


-Santo Tomás de Aquino, Summa Theologiae, III, q. 60-65.


-San Cirilo de Jerusalém, Catecheses Mystagogicae – sobre iniciação e sinais sacramentais.


-João Paulo II, encíclica Ecclesia de Eucharistia (2003), sobre centralidade da Eucaristia e outros sacramentos.








Para efeito de estudo, segundo o CIC os sete Sacramentos se dividem em três grupos:  




1.Os Sacramentos da Iniciação Cristã são: BATISMO, CONFIRMAÇÃO e EUCARISTIA. Por estes sacramentos são lançados os fundamentos de toda a vida cristã. Por eles o homem recebe a vida nova de Cristo. (CIC 1212 e 1420)







2.Os Sacramentos de Cura são: PENITÊNCIA e UNÇÃO DOS ENFERMOS. Por estes, o Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, quis que sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação junto de seus próprios membros; esta é a finalidade destes dois sacramentos. (CIC 1421)









3.Os Sacramentos de Serviço da Comunhão são: MATRIMÔNIO e ORDEM. São sacramentos que estão ordenados à salvação de outrem e por eles são conferidas missões particulares na Igreja. Os que recebem o sacramento da ORDEM são consagrados para ser, em nome de Cristo, os pastores da Igreja. Por sua vez, os esposos cristãos, para cumprir dignamente os deveres de seu estado, são fortalecidos e como que consagrados por um sacramento especial. Estes sacramentos servem para a edificação do Povo de Deus. (CIC 1534 e 1535)









Que a falta de conhecimento não nos permita perder as graças que o Senhor quer nos conceder através dos Sacramentos, que nos santificam e nos diferenciam dos demais cristãos. É um presente da graça imerecida de Deus a nós, como católicos, podermos participar dos sacramentos instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo, olhando com alegria, com fé e disposição interior cada um deles de modo a desejá-los ardentemente nos momentos e etapas da vida que deles podemos nos servir.Como católicos, e membros de uma Comunidade, temos a obrigação de compreender e de dar a conhecer a todos a possibilidade que temos de continuamente participarmos da divindade de Cristo através dos Sacramentos. Pesa sobre nós a responsabilidade do conhecimento da fé que professamos.








TODOS OS SETE SACRAMENTOS FORAM ISTITUIDOS DIRETAMENTE POR JESUS CRISTO!





1)- O Batismo

 








-A preparação do batismo de João: Mc 1,4.8; At 1,5; 11,16; 19,4.


-Abrange todo gênero humano: Mt 28,19; Mc 16,15-16; Lc 24,47; At 2,38.


-Administrado em nome da Santíssima Trindade: Mt 28,19.Batizado na morte de Cristo: Rm 6,3.


-Batizado para uma nova vida: Rm 6,4; Tt 3,5.


-Com água e o Espírito Santo: Jo 3,5; Ef 5,26; Tt 3,5.


-É administrado pelos discípulos de Cristo: Jo 4,2.


-É necessário: Mc 16,16; Jo 3,5.


-É nossa garantia de ressurreição: Rm 6,3-5; 1Cor 15,29.


-É para nossa justificação: 1Cor 6,11.


-É para nossa redenção: 1Jo 5,6.


-É para nossa santificação: 1Cor 6,11; Ef 5,26.


-É um presente gratuito de Deus: Tt 3,5.


-Há um só batismo: Ef 4,5.


-Perdoa o pecado: At 2,38; 22,16; 1Pd 3,21.


-Prefigurado no AT: Ez 36,25; 1Pd 3,20-21.

 



 

2)-Confirmação/CRISMA

 




Lucas 22,32: "Pedro, quando te converteres, confirma teus irmãos."




 






-É conferido pela imposição das mãos: At 8,17; 19,6.


-É distinto do Batismo: At 8,15.


-Envolve o Espírito Santo: Jo 14,17; At 2,4; 10,44.


-Foi prometido por Cristo: Jo 14,16.26; 15,26.


-Recebido antes do Batismo: At 10,44.


-Recebido após o Batismo: At 2,38; 8,14-17; 19,5-6.



 

3)- Reconciliação (Confissão , ou,  Penitência)


 


João 20,22: "A quem perdoardes os pecados serão perdoados. A quem não perdoardes os pecados não serão perdoados...” 


 



 

(papa Francisco confessando-se e recebendo a absolvição)



 

Os fundamentos para uma CONFISSÃO PERFEITA: Arrependimento, confissão e reparação do dano causado. Se o protestante se confessa diretamente a Deus, como saber se ele fez a reparação, e como receber o perdão e reconciliação com a Igreja?




-A Penitência reconcilia o pecador com Deus, consigo mesmo e com a Igreja (com o próximo é preciso a satisfação)  2Cor 2,5-8.


-A Reconciliação foi instituída por Cristo: Jo 20,22-23.


-A Reconciliação provém de Cristo Rm 5,11; Cl 1,20; Hb 1,3.


-Cristo tem o poder de perdoar os pecados: Mt 9,6; Mc 2,10; Lc 5,24; Cl 3,13.


-Deus perdoa os pecados: Mc 2,7; Lc 5,21.


-Há graus de pecado (mortal/grave e venial/leve): 1Jo 5,16.


-Liga/desliga no céu e na terra: Mt 18,18.


-Ministério da Reconciliação: 2Cor 5,18.


-O perdão é dado através de Cristo: 2Cor 2,10.








-O poder de perdoar é delegado por Cristo: Jo 20,23; 2Cor 5,18.


-Perdão dos pecados, unção dos enfermos e confissão: Tg 5,14-16.


-Reconcilia com Cristo: 2Cor 5,18.



 

 

4)-A Eucaristia/comunhão









-Instituída por Cristo: Mt 26,26-29; Mc 14,22; Lc 22,15-20; 1Cor 11,23-25.


-Apenas as espécies do pão e do vinho podem ser consagradas: Lc 24,30; Jo 6,51.57-58; At 20,7; 1Cor 10,17; 11,27.


-Chamada "a Ceia do Senhor": 1Cor 11,20.


-Chamada "ágape" (=festa do amor): Jd 1,12.


-Chamada "Fração do Pão": At 2,42.


-Comemoração do Calvário: Mt 26,28; Lc 22,19-20; 1Cor 10,16; 11,25-26.


-Cristo está realmente presente nela: Mt 26,26; Lc 22,19-20; Jo 6,35.41.51-58; 1Cor 11,27-29.


-Discurso sobre a Eucaristia: Jo 6,32-58.


-Fonte de vida divina: Jo 6,27.33.50-51.58; 1Cor 11,30.


-"Isto É o meu Corpo... Isto É o meu Sangue": Mt 26,26-27; Mc 14,22.24; Lc 22,19-20; 1Cor 10,24-25.


-Jesus é o Pão da Vida: Jo 6,35.41.48.51.


-Nos une a Cristo: At 2,42; Rm 12,5; 1Cor 10,17.


-Prometida por Cristo: Jo 6,27-59.


-Sérias consequências de pecar contra a eucaristia: 1Cor 11,26-30.

 



 

5)- Unção dos Enfermos

 



 





-Administrado em nome do Senhor: Tg 5,14.


-Recebido com oração de fé: Tg 5,15.


-Restaura a saúde do doente: Mc 6,13; Tg 5,15.


-Também perdoa os pecados: Tg 5,15.


-Uso de óleo: Mc 6,13; Tg 5,14 (implica perdão dos pecados, portanto, somente os Presbíteros podem ministra-lo).

 



 

6)- Sagradas Ordens (sacerdócio ministerial)







 


-Consagração dos Apóstolos: Jo 20,22.


-Deveres e funções dos sacerdotes no AT: Dt 33,7-11.


-Funções dos sacerdotes: Ml 1,11; Mt 28,19; Jo 20,23; 1Cor 11,24; Tg 5,14.


-É o chamado dos Apóstolos: Mt 10,1; 16,16-19; Lc 6,13; 22,32; Jo 21,15-17.


-Graus de autoridade: 1Cor 12,28; Ef 4,11; 1Ts 5,12; Tg 3,1.


-Melquisedec se aproximava de Cristo: Sl 110,4; Hb 5,6.10; 6,20.


-O sacerdócio de Cristo foi perfeito: Hb 3,1-4; 7,27; 8,4-6; 9,12-14.25; 10,5.


-O sacerdócio de Melquisedec foi superior ao de Aarão: Hb 7,1-17; 8,1-13.


-Orar para despertar vocações sacerdotais: Mt 9,37-38; Lc 10,2.


-Os Apóstolos são enviados: Mt 28,19; Mc 16,15; Lc 24,47; Jo 20,21.


-Sacerdócio no NT: Rm 15,16.


-Transmissão do sacerdócio: 1Tm 4,14; 5,22; 2Tm 1,6; Tt 1,5.

 

 

 

7)- Matrimônio








 

-Ordenado por Deus: Gn 1,28; 2,18; Tb 8,5-7; Mt 19,6.


-A morte dissolve o matrimônio: Rm 7,2; 1Cor 7,39.


-A união é sagrada: 1Cor 7,13-14; Ef 5,25-26.


-Duas pessoas em uma só carne: Gn 2,23-24; Mt 19,3-6; Ef 5,31.


-É para a procriação de filhos: Gn 1,28.


-O casamento é como Cristo e sua Igreja: Ef 5,21-23.


-O divórcio não é permitido: Mt 5,32; 19,9; Mc 10,2-12; Lc 16,18; 1Cor 7,10.


-Os filhos são a bênção de Deus: Gn 24,60; 30,1-3; Sl 127,3: 1Sm 1,6; Lc 1,25.


-Respeito mútuo: 1Cor 7,4; Ef 5,21-25.33; Cl 3,18-19.




Conclusão




A mistagogia, portanto, revela-se como um instrumento teológico e pastoral essencial, que permite não apenas compreender, mas viver o Mistério de Cristo de forma transformadora. Ela articula a dimensão litúrgica com a experiência cotidiana da fé, promovendo um diálogo constante entre celebração e vida espiritual. Através da mistagogia, a Igreja oferece aos fiéis uma pedagogia sacramental que conduz à maturidade cristã, integrando conhecimento, experiência e vivência do mistério. Estudar essa tradição, tanto na perspectiva histórica quanto na contemporânea, mostra a relevância da catequese mistagógica como prática que continua a iluminar o caminho dos cristãos na busca por uma fé mais consciente, participativa e profundamente enraizada na experiência litúrgica.




*Francisco José Barros de Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma Nº 31.636 do Processo Nº  003/17 - Perfil curricular no sistema Lattes do CNPq Nº 1912382878452130.




BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA




-SILVA, Jerônimo Pereira. O RICA, um caminho de iniciação antes e depois do Batismo. Revista de Liturgia. N. 249. Maio/Junho 2015


-https://paulinascursos.com/mistagogia/


-CAVALLOTTO, G., Iniziazione cristiana e catecumenato


-https://diocesedemiracemato.org.br/upload/arquivos/173.pdf


-https://pt.slideshare.net/fabioiv12/mistagogia-caminho-para-o-mistrio


https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p2s2cap1_1210-1419_po.html


-https://www.liturgia.pt/rituais/RICA.pdf


-Missal Romano. Vigília Pascal: oração depois da comunhão. São Paulo: Paulus, 1991.




----------------------------------------------------------



 




📌 Gostou do conteúdo?


👉  Clique aqui para seguir o Blog Berakash

👉 Clique aqui e siga  em nosso canal no YouTube

 

A Paz em Cristo e o Amor de Maria, a mãe do meu Senhor (Lucas 1,43)


Curta este artigo :

Postar um comentário

Todos os comentários publicados não significam nossa adesão às ideias nelas contidas.O blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a).Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos se ofensivos a honra.

TRANSLATE

QUEM SOU EU?

Minha foto
CIDADÃO DO MUNDO, NORDESTINO COM ORGULHO, Brazil
Blog educativo e formativo inspirado em 1Pd 3,15, dedicado à defesa da fé e à evangelização. Nele somos apenas o jumentinho que leva Cristo e sua verdade aos povos, proclamando que Ele é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14,6) e que sua Igreja é a coluna e sustentáculo da verdade (1Tm 3,15). Nossa Missão: promover a educação integral da pessoa, unindo fé, razão e cultura; fortalecer famílias e comunidades por meio da formação espiritual e intelectual; proclamar a verdade revelada por Cristo e confiada à Igreja. Nossa Visão: ser um espaço de evangelização que ilumina também os campos social, político e econômico, mostrando que fé e razão caminham juntas, em defesa da verdade contra ideologias que afastam de Deus. Áreas de Estudo: Teologia: mãe de todas as ciências. Filosofia: base da razão e da reflexão. Política: análise crítica de governos e ideologias à luz da fé. Economia: princípios éticos e cristãos aplicados à vida financeira. Rejeitamos uma imagem distorcida e meramente sentimentalista de Deus, proclamando o verdadeiro Deus revelado em Jesus Cristo. Nosso lema é o do salmista: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória” (Sl 115,1).

SIGA-NOS E RECEBA AS NOVAS ATUALIZAÇÕES EM SEU CELULAR:

POSTAGENS MAIS LIDAS

TOTAL DE ACESSOS NO MÊS

ÚLTIMOS 5 COMENTÁRIOS

SOMOS CONSAGRADOS JESUS PELAS MÃOS DE MARIA SANTÍSSIMA

SOMOS CONSAGRADOS JESUS PELAS MÃOS DE MARIA SANTÍSSIMA
 
Support : Creating Website | Johny Template | Mas Template
Copyright © 2013. O BERAKÁ - All Rights Reserved
Template Created by Creating Website Published by Mas Template
Proudly powered by Blogger