O purgatório na bíblia e a necessidade da purificação total da alma antes de entrar no Céu
A Igreja triunfante, do céu, a Igreja militante, da terra, e a
Igreja padecente, do purgatório (lugar de purificação) – nada mais são que, uma só e mesma Igreja! A Igreja purgativa não é senão este estágio intermediário de
purificação no itinerário da alma fiel. Segundo nos ensina o Catecismo da
Igreja Católica: “por aí passam os que morrem na graça e na amizade de Deus,
mas, não estão perfeitamente purificados”. É preciso entender que o Purgatório é
unicamente para expiação das penas (consequências do pecado), pois quanto a culpa,
essa foi perdoada definitivamente na Cruz para todos (conforme Col. 2,13-14).
Já na forma INDIVIDUAL e pessoal, o perdão divino se dá com o arrependimento e confissão dos pecados (confr.
1 João 1,9). Quem está no purgatório já está com a SALVAÇÃO GARANTIDA! Purgatório
não é segunda chance e sob hipótese alguma substitui o sacrifício de
Cristo! (como afirmam os protestantes, e não a doutrina católica). ATENÇÃO!
NÃO SE DEIXEM ENGANAR: “Condenados não vão para o purgatório, mas para o
inferno! E para a condenação eterna só vai quem quer, ou seja, QUEM LIVREMENTE
ODEIA DEUS E NÃO QUER PASSAR A ETERNIDADE EM SUA PRESENÇA” (já imaginou castigo
pior? Ficar por toda a eternidade na presença de quem você odeia?) - Neste caso,
ou seja, até na criação do inferno, Deus mostra-se bondoso e justo, respeitando o livre arbítrio de cada um. Ora, o entendimento é simples: Se alguém tira a vida de outro, se
arrepende sinceramente, e pede perdão, Deus perdoa a culpa, mas não o livra das
penas, as quais ele terá que pagar, conforme está escrito: “NÃO SAIRÁS DE LÁ
(PRISÃO DO PURGATÓRIO), ENQUANTO NÃO PAGARES ATÉ O ÚLTIMO CENTAVO "
(conforme Mateus 5,25-26) – Negar o pagamento dessas penas, seria cometer uma
injustiça, que de nada serviria. Portanto, quer queiramos ou não, o
PURGATÓRIO É REAL!
LUTERO TINHA CERTEZA DA EXISTÊNCIA DO PURGATÓRIO, e defendeu sua
existência nas teses de Nº 16 à 19:
16 Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17 Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.
18 Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
Fonte - http://www.luteranos.com.br/lutero/95_teses.html
A DOUTRINA SOBRE O PURGATÓRIO É BÍBLICA
Conforme a Santa Doutrina Católica, baseada nas escrituras e
tradição dos primeiros Cristãos, o Purgatório é somente para as PENAS, pois a CULPA foi perdoada e
apagada pelo sacrifício de Cristo na cruz por nós (conforme Col. 2,13-14). Se não existissem as penas não sofreríamos as conseqüências do
PECADO ORIGINAL E PESSOAL, mesmo perdoados em nossas vidas.
1)- Deus pode, mas respeita o livre arbítrio, e não eleva ao céu uma alma que mesmo após a morte, ainda não esteja completamente PURIFICADA, pois seria um risco:
-Isaias 26,10: "Ainda que se mostre favor ao ímpio, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão (o céu), ele pratica a iniquidade, e não atenta para a majestade do Senhor".
2)-O processo de purificação (PURGAÇÃO/SANTIFICAÇÃO) é necessário para poder adentrar/ser elevado(a) ao céu:
-Hb 12,14: "Segui em paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor"
-Ap 21,27: "Nada de impuro pode entrar no céu!"
3)- Ao contrário do sofrimento no inferno que é eterno, o sofrimento purgativo (no purgatório), é uma agonia temporária:
-1Cor 3,15: "Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas esse ainda será salvo, todavia pelo fogo purificador"
-Mt 5,25-26: "Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te lancem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo!"
4)-Após a morte ficamos concientes sim, e não dormindo! Cristo pregou para "seres espirituais já falecidos", contemporâneos de Noé (que não estavam nem no inferno e nem no céu):
-1Pd 3,19-20: "No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão (os mesmos de Mat.5,25-26). Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água".
-Lucas 16, 22-26: "E aconteceu que Lázaro morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão (purgatório, ou mansão dos mortos, não era o céus, pois Jesus ainda não tinha aberto), e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além de tudo isto, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá."
5)-O purgatório é uma realidade espiritual entre o céu e a terra para pagamento das penas (dívidas) e não da Culpa!
-Mt 18,23-25: "Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata.Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida."
-2Cor 5,10: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal"
6)-Exitem sim, graus de gravidade e expiação dos pecados! Alguns pecados são perdoados nesta vida, e outros não serão perdoados nem aqui nem no mundo vindouro:
-Mt 12,32: "E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro" (se os pecadores no inferno não podem mais ser perdoados, é evidente que se refere aqui às penas do purgatório).
-Lucas 12,47-48: "Aquele servo que conhece a vontade de seu senhor e não prepara o que ele deseja, nem age para agradá-lo, será castigado com extrema severidade. Contudo, aquele que não conhece a vontade do seu senhor, mas praticou o que era sujeito a castigo, receberá poucos açoites. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais ainda será requerido"
-Lucas 23,34: "Jesus, porém, dizia: Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem."
- João 19,11: "mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem" (Jesus não diz que Judas está condenado e sem perdão, pois Judas não pecou contra o Espírito Santo, portanto, ainda teria possibilidade de salvação - conforme Mat 12,32).
7)- Por fim, é preciso entender que, o purgatório não é para a Culpa (perdoada pelo arrependimento), mas para as penas (consequências do pecado). Ex.: Se mato alguem propositalmente e me arrependo (Deus perdoa) mas, se me entrego a policia (terei que cumprir a pena pelo gravíssimo pecado cometido):
- 2 Samuel 12, 13-14: "Então Davi disse a Natã: Pequei contra o Senhor! E Natã respondeu: O Senhor perdoou o seu pecado. Você não morrerá. Mas, uma vez que você insultou o Senhor, o menino morrerá"
8)-Pagamos as penas relativas aos pecados de duas formas: ainda nessa vida quando aceitamos e ofertamos os sofrimentos permitidos por Deus, e ou, no Purgatório:
- Colossenses 1,24: "Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja"
-Jó 2,9-10: "Então sua mulher lhe disse: Você ainda mantém a sua integridade? Amaldiçoe a Deus, para que morra logo! Ele respondeu: Você fala como uma insensata. Aceitaremos o bem dado por Deus, e não o mal? Em tudo isso Jó não pecou com seus lábios"
AINDA SOBRE A FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA DAS MISSAS FÚNEBRES E ORAÇÕES PELOS JÁ FALECIDOS
-Livro de Jó 1,5: “Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia sacrifícios segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente.” (a atitude de Jó NUNCA foi condenada ou criticada por Jesus e nenhum dos apóstolos - Jó aparece aqui como um pai que intercede pelos filhos. Ele se preocupa não apenas com pecados visíveis, mas até com possíveis faltas interiores (“no coração”). Isso mostra que, na visão bíblica, o chefe de família tem também uma missão sacerdotal doméstica, cuidando da santidade dos seus. Mostra também, o valor da oração de intercessão, pois Jó oferece sacrifícios pelos filhos, antecipando o que mais tarde a Igreja chama de oração de intercessão: rezar a Deus em favor dos outros para que sejam perdoados os pecados (confr. Tiago 5,16). Essa prática salutar está na base da tradição católica de rezarmos uns pelos outros, inclusive pelos falecidos (cf. 2Mc 12,44-46). A atitude de Jó é uma prefiguração do sacrifício de Cristo. Os holocaustos que Jó oferece são figuras do único sacrifício perfeito de Cristo na cruz, que tira os pecados do mundo. A Igreja Católica entende que todos os sacrifícios do Antigo Testamento apontam para a Eucaristia, onde o sacrifício de Cristo é atualizado no memorial da Santa Missa e tornado presente).
-2Macabeus 12,44-46:“Porque, se não esperasse que os que tinham caído ressuscitariam, teria sido supérfluo e tolo orar pelos mortos. Mas se considerava que uma magnífica recompensa estava reservada para os que adormeceram na piedade, era este um pensamento santo e piedoso. Por isso, ele mandou oferecer um sacrifício expiatório pelos mortos, para que fossem libertos do pecado.” - (Protocanônicos → São os livros aceitos desde o início sem contestação na Igreja, como Gênesis, Isaías, Evangelhos, etc. - Deuterocanônicos → São os livros que foram discutidos em alguns momentos da história, mas que a Igreja confirmou como inspirados e canônicos como os evangelhos e cartas apóstólicas, que até hoje não são aceitos pelos Judeus, nos concílios de Hipona 393, Cartago 397 e 419, Florença 1442 e Trento 1546 - Os livros de 1 e 2 Macabeus são considerados deuterocanônicos pela Igreja Católica. DETALHE: a Igreja Ortodoxa que é separada da Igreja Católica desde 10054, os incluem como parte integrante e inspirada da Bíblia. - O autor sagrado afirma que Judas Macabeu agiu assim porque acreditava que os mortos ressuscitariam. Ou seja, a oração pelos falecidos só tem sentido se houver esperança de vida após a morte. Isso confirma que, já no judaísmo, havia a fé na vida eterna e na recompensa final dos justos. Oração e sacrifícios em favor dos mortos Judas manda oferecer um sacrifício expiatório por seus soldados caídos. Isso mostra que a comunidade de fé pode interceder por aqueles que morreram, pedindo a Deus que perdoe seus pecados e os purifique. Aqui se encontra um fundamento bíblico direto da oração e sufrágio pelos defuntos, prática mantida pela Igreja Católica (missas de 7º dia, 30º dia, sufrágios e indulgências aplicadas aos falecidos).
-2Timóteo 1,16-18: “O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes ele me reanimou e não se envergonhou pelo fato de eu estar preso; ao contrário, quando chegou a Roma, procurou‑me diligentemente até me encontrar. Conceda‑lhe o Senhor que, naquele dia, encontre misericórdia da parte do Senhor! Você sabe muito bem quantos serviços ele me prestou em Éfeso” - (Isso expressa a fé de que as boas obras têm valor diante de Deus e que a salvação é graça, mas a graça atua também por meio da resposta concreta do homem. Essa passagem é um dos Fundamento bíblico para a oração pelos falecidos. Muitos Padres da Igreja da igreja primitiva entendem que Onesíforo provavelmente já tinha morrido quando Paulo escreveu a carta (porque Paulo fala de sua “casa” no presente, mas de Onesíforo no passado, pedindo que receba a misericórdia “naquele Dia”). Se for assim, Paulo estaria fazendo uma espécie de salutar oração intercessória por um falecido. A tradição católica vê aqui um indício bíblico do valor da oração pelos mortos, prática consolidada no cristianismo desde os primeiros séculos e expressa claramente em 2Macabeus 12,44-46).
-1 Cor 15,29: “Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?” - (Tanto a igreja católica como os protestantes históricos não veem nesta passagem um apoio a prática de "batismo vicário" (batizar-se no lugar de um morto).O versículo oferece esperança para aqueles que oram por seus familiares falecidos, mesmo que NÃO TENHAM visto a obra de Deus em suas vidas na Terra. Alguns Padres da Igreja primitiva interpretaram que “batizar-se pelos mortos” poderia significar o batismo motivado pelo testemunho dos mártires já falecidos. Pessoas que viam a fé e coragem dos cristãos mortos passavam a se converter e pedir o batismo “por causa deles” (em grego, hyper tōn nekrōn pode ser entendido como “em vista dos mortos”).
1)- A missa de sétimo dia se fundamenta no texto do livro dos Macabeus, da bíblia SEPTUAGINTA, que foi a bíblia usada pelos primeiros Cristãos,os apóstolos e o próprio Cristo.Neste livro deuterocanônico, Judas Macabeu ordena que se façam sacrifícios no Templo de Jerusalém pelas almas de seus soldados que haviam morrido numa batalha, por terem pecado levemente contra Deus:
"Santo e salutar pensamento este de orar pelos mortos. Eis porque ofereceu um sacrifício expiatório pelos defuntos, para que fossem livres dos seus pecados" (II Macabeus 12, 41-46).
2)- A narração do livro do Gênesis (2, 2), mostra que Deus levou sete dias para criar o mundo e, quanto terminou, vendo que era bom e perfeito, descansou. Portanto, no paralelismo desta passagem com a missa do sétimo dia, simboliza que aquela pessoa, após cumprir sua missão nesta terra, poderá agora também descansar.Observamos que várias destas referências bíblicas estão relacionadas diretamente com as cerimônias fúnebres e com os tipos de comportamentos nesta categoria de eventos, como, por exemplo, o ato de chorar, jejuar e fazer penitências, além das lamentações, são comportamentos característicos destas ocasiões fúnebres tanto no passado como no presente.
3)- Quanto aos relatos bíblicos sobre os rituais da morte, o livro do Gênesis descreve que quando morreu Jacó, um dos patriarcas do Antigo Testamento, “fizeram um funeral grandioso e solene e José guardou por seu pai um luto por sete dias” (Gn, 50, 10).
4)- O primeiro livro de Samuel afirma que, por ocasião da morte do rei Saul, seus comparsas guerreiros, numa cerimônia fúnebre, queimaram seu corpo e depois enterraram os ossos debaixo de uma árvore, fazendo um jejum de sete dias (1 Sm, 31, 13).
5)- Outras duas passagens bíblicas que refere a morte e seus sete dias posteriores estão nos livros de Judite e Eclesiástico. O primeiro afirma que, quando morreu Judite, a heroína do povo hebreu, os israelitas fizeram luto por sete dias (Jd 16, 24) e o livro do Eclesiástico afirma que “o luto pelo morto duram sete dias” (Eclo, 22, 11).
Dessa maneira, ganha respaldo bíblico a crença de que é necessário ficar de luto durante sete dias para eliminar as interferências da morte na vida dos familiares e, com isso, diluir a dor.
A devoção católica convencionou encerrar esse ciclo com a referida cerimônia, chamada de missa do sétimo dia. Desse modo, um refinamento do simbolismo do número sete, adaptado ao costume que se formou em torno dessa cerimônia fúnebre, confere ao fiel católico a confiança de que seu ente querido, com a prática desse ritual de recomendação da alma a Deus no sétimo dia da morte, adentra a uma vida de perfeição, ou de Purgação (purificação). O costume, em toda a Igreja Católica, sempre foi o de rezar Missa pelos mortos logo após o seu falecimento, no mesmo dia do sepultamento. Era a chamada "Missa de corpo presente", ou Missa rezada diante do cadáver da pessoa pela qual se oferecia a Missa. Apesar de não constar no Missale Romano ou no Oficio de Defuntos, a Missa de Sétimo dia não nasceu no Brasil, mas sim veio com os portugueses, como parte da tradição católica europeia. A prática de rezar missas pelos falecidos já existia desde os primeiros séculos do cristianismo, em forma de orações em datas específicas após a morte (3º, 7º, 30º e 1 ano). Essa tradição se fundamenta em costumes judaicos.No Antigo Testamento há registros de luto e purificação ligados ao 7º e 30º dia (cf. Números 19,11-12; Deuteronômio 34,8). A Igreja Católica incorporou essas práticas, fixando datas como o sétimo dia e o trigésimo dia para rezar pela alma do falecido. Os portugueses, como povo de tradição católica, já celebravam essas missas em sua terra natal. Quando chegaram ao Brasil, trouxeram esse salutar costume religioso, que se enraizou profundamente na cultura brasileira, tornando-se quase um rito social e comunitário.

Mas será Deus tão rigoroso a ponto de não
tolerar nem mesmo a menor imperfeição, limpando-a com penas severas? Já dizia Santa Catarina de Gênova:
“A divina Essência é
tão pura – infinitamente mais pura do que podemos imaginar – que a alma, vendo
nela mesma a menor das imperfeições, prefere atirar-se em mil infernos a
aparecer suja na presença da divina Majestade. Sabendo então que o Purgatório
está criado para a purificar, ela se joga nele e encontra ali grande
misericórdia: a destruição de suas faltas”.
Apesar de terem feito o bem e cumprido os
mandamentos da Lei divina, restaram apegos exagerados às criaturas, às
imperfeições e aos pecados veniais!
Como isso tudo diminui na alma o amor de
Deus, por causa dessas afeições desregradas, estabelece-se um estado de
desordem em nós, afastando-nos do principal dever do Cristão: amar a Deus de
todo coração.A alma, assim, se sujeita ao castigo do
Purgatório com alegria, em plena conformidade com a vontade do Senhor, já que
seu único desejo é ver-se limpa.
De forma brilhante, explicou São João Paulo
II, na alocução de 3 de julho de 1991:
“Mesmo
que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das
últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza,
de alegria, pois sabe que pertence para sempre ao seu Deus”
Santa Catarina de Gênova ainda afirma:
“Estou certa de que em nenhum outro lugar, excetuando o Céu, o espírito pode
achar uma paz semelhante à das almas do Purgatório”.
Isso ocorre porque a alma se fixa na
disposição em que se encontra na hora da morte, pois a liberdade humana termina
com a morte. Visto que a alma do Purgatório faleceu na
amizade de Deus, ela se adapta com docilidade à sua santa vontade.
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(Lucas 1,43)
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