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Por que o povo judeu é tão odiado e perseguido, mas tão próspero?

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 15 de agosto de 2022 | 14:37

 




O povo Judeu corresponde a aproximadamente de 1% da população mundial. São apenas 14 milhões de judeus no mundo inteiro e cerca de metade vivendo fora de Israel. Apesar de ser um número inexpressivo, no período de 1901 a 1962, 16% dos laureados com o Nobel em Ciência foram judeus. Entre 1851 e 1986 houve 15 campeões mundiais de xadrez, sendo sete deles judeus.Mesmo com limitados recursos naturais, o desenvolvimento da agricultura ao longo das últimas décadas fez com que Israel se tornasse amplamente autossuficiente na produção de alimentos e também um dos maiores exportadores de produtos cítricos. Além disso, o País é reconhecido pelas tecnologias de ponta, dessalinização e controle de perdas de água. Outra curiosidade: no final do Século XX, havia mais árvores plantadas lá que no início do século.Israel é o primeiro no ranking mundial-per capita em número de artigos científicos e em patentes de equipamentos médicos. Veio dessa nação o primeiro aparelho de detecção de câncer de mama isento de radiação e monitorado por computador, bem como a primeira filmadora em forma de cápsula ingerível que examina o intestino delgado. O diagnóstico de câncer e das disfunções digestivas também os tornou precursores na área.

 

 

 

Qual é o segredo da prosperidade do povo Judeu?

 

 

 


 


Quando você começa a conviver com a sabedoria judaica, recebe tantos ensinamentos que eles "internalizam naturalmente". E, às vezes, a gente não percebe como coisas simples e óbvias fazem toda a diferença. O segredo é que não há segredo! Há muito estudo, trabalho, dedicação e disciplina! Alguns princípios da prosperidade Judaica são observáveis, e todos eles são extraídos da Bíblia Sagrada e conhecidos como sabedoria judaica:

 

 

 

 

-Excelência – Os judeus buscam qualidade em tudo o que fazem e isso compõe a mentalidade deles! O princípio judaico diz: “Vês um homem perito na sua obra? Perante reis será posto, não entre a plebe.” (Prv 22,29).

 

 

 

-Reputação – O povo judeu prima por ter o nome limpo na sociedade. Provérbios 22,1 diz: “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que prata e ouro.” Atualmente no Brasil, 25 milhões de pessoas estão inadimplentes.

 

 

 

-Abertura para Receber Conselhos – Os judeus buscam orientação e são abertos ao aconselhamento. Ou seja, para eles, escolher bem os projetos e os conselheiros é fundamental para o sucesso pessoal. O Brasil é um dos países que mais empreende, mas que mais tem falência. Vale lembrar o que diz Prv 15,22: “Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito.” - “Pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão, será honrado”, diz o texto de Pv 13:18. O judeu acredita que a disciplina é necessária e que aqueles que dizem verdades precisamos estar sempre na sua soleira.

 

 

 

 

-Gratidão e Generosidade – O judeu acredita que Deus providencia determinados padrões a diferentes pessoas, mas doam o excedente. Com as doações generosas que fazem, eles ajudam a construir grandes universidades e projetos.

 



 


 

-Os judeus criam seus filhos para serem pessoas preparadas para o sucesso: Primeiro ponto de tudo é que, em 5 mil anos de história, o povo judeu nunca soube o que é analfabetismo. Não há nenhum segredo dos judeus que possa estar escondido na genética ou escolha divina. Só o óbvio: culto à educação e obediência aos preceitos e leis divinas. Todo judeu dá importância máxima à educação de qualidade, pois, para eles, o conhecimento é a base para a prosperidade! Aos 13 anos, o adolescente é obrigado a ler um trecho da Torah, o livro sagrado, em público, em uma cerimônia chamada de Bar ou Bat Mitzvá. Portanto, toda criança deve saber pelo menos uma língua escrita. Assim que começam a andar e falar, as crianças pequenas também começam a receber ensinamentos básicos sobre a vida, dentre os quais "a importância da independência". As famílias judaicas têm em mente que as crianças terão sucesso na vida se acharem que podem fazer qualquer coisa. Nos restaurantes israelenses, por exemplo, é comum vermos crianças pequenas comendo bife por conta própria, e isso acontece porque as crianças podem fazer qualquer coisa por conta própria, assim que forem fisicamente capazes de fazer. Para se tornarem independentes, os esforços das crianças devem ser reconhecidos e apreciados. Se uma criança começou uma atividade, seus pais devem apoiá-la e encorajá-la. Se ele não for bom naquilo, os pais vão dizer “Kol haschalot kashot”, que significa “todos os começos são difíceis” ou "tudo é difícil antes de ser fácil". As famílias judaicas não compensam seus filhos com doces, mas sim com confiança. Os pais confiam às crianças tarefas que elas pode fazer sozinhas, e dizem que a ela que está fazendo um bom trabalho. Os pais judeus reconhecem e recompensam qualquer conquista de seu filho, mesmo que seja um rabisco numa folha.

 




 


-Amor ao estudo: Das 613 mitzvoz, as regras da vida judaica, uma das mais importantes é estudar. Principalmente a Torah, mas, para além de estudar a Torah, os judeus são ensinados a amar e estudar todo tipo de ciência: filosofia, letras, psicologia, matemática, física, química, idiomas. E não é "fazendo faculdade de tudo", mas sim, sentando na cadeira e abrindo um livro. Os judeus estudam pelo menos duas vezes por dia. E a coisa funciona mesmo. Dias atrás, um amigo judeu entrou em uma conversa profunda comigo sobre a teoria da relatividade de Einstein e quântica. Meu professor de física nunca conseguiu fazê-las parecer tão interessante na escola. Os Judeus acreditam que as leis da natureza são as leis de D´us, por isso eles se engajam no estudo de todas as ciências. Outra questão é que os judeus foram perseguidos por centenas de anos, e, por isso, aprenderam que podem arrancar suas terras, propriedades, mas não o que está em sua cabeça. Então, obter conhecimento, acima de tudo, é a garantia de sobrevivência.

 



 

 


 




3 - Ser "sócio-colabordor" de Deus: Na Torah está escrito que “o homem é criado à imagem de Deus”. Em razão disso, o judaísmo crê que se Deus é o Criador "do mundo", o homem é co-criador "no mundo" também. Ao homem foi dada a essência divina para ser um parceiro de D´us no ato da criação. A Midrash (livro de contos do judaísmo) diz que “tudo o que foi criado, durante os seis dias que Deus criou o mundo, ainda requer trabalho”. Portanto, o homem deve aperfeiçoar as coisas já existentes por meio do domínio dos recursos materiais, do trabalho e da inovação. No judaísmo, o trabalho, a atividade criativa e a inovação são caminhos pelos quais a imagem divina é expressa. Por isso, desde criança o judeu é ensinado que não se deve reproduzir, mas sim inventar! As crianças são ensinadas a olhar sempre com uma ponta de desconfiança aquilo em que todos acreditam, bem como a dar uma ponta de crédito a ideias ou projetos que todos desmerecem. Não é a toa que, desde seu lançamento, em 1901, o Prêmio Nobel foi conferido a mais de 140 judeus. Os judeus são ensinados a reverenciar a criatividade intelectual. Os judeus acreditam que o conhecimento do passado sempre pode ser aperfeiçoado e melhorado.

 

 

 

-Um judeu nunca gasta tudo o que ele ganha. E, em hipótese alguma, um judeu não gasta mais do que ele ganha! E isso incluí não estourar o cartão de crédito, não fazer excessivas compras parceladas, evitar comprar coisas que não se pode pagar à vista. Baal Shem Tov, um dos maiores rabinos de todos os tempos, também pregava o desapego às coisas materiais. O povo judeu sempre teve de se adaptar a diversas condições diferentes e passou por problemas vistos como sem solução, por isso a visão dos judeus em relação às coisas materiais é diferente. Ele ensinava algo que hoje poderia ser traduzido mais ou menos para: "sempre pense se você realmente precisa daquela coisa antes de comprar. E só compre se, depois de pensar mais de uma vez, você ainda achar que realmente precisa".

 

 


 


 

-Pensamento equilibrado acerca abundância: Todo judeu é ensinado a dividir tudo o que ganha de forma tripartite: a) 1/3 para viver; b) 1/3 para reservar/investir; c) 1/3 para "fazer o bem". Um judeu sempre tem uma reserva. E, ainda que em tempos difíceis não consiga guardar 1/3, o judeu, pelo menos, sempre vai guardar o suficiente ou o que ele puder guardar. O importante é ter a reserva e ter investimentos. Há 3.300 anos atrás, a Torah já ensinava a importância de poupar e investir! Para além disso, a acumulação de riquezas é vista como uma virtude, como uma benção. Inclusive a Torah descreve com muitos detalhes a riqueza dos patriarcas Avraham, Itzhak, Yaacov (Abraão, Isaque e Jacó, bem como José no Egito no período da grande seca). A riqueza (talentos) multiplicada honestamente é sinal de colaboração com a obra de Deus, elogiada e motivada por Jesus na parábola dos talentos (Mateus 25,14-30). O indivíduo rico não é aquele que "tem muito dinheiro", mas é aquele que foi bem sucedido como Salomão que não pediu riquezas, mas sabedoria para saber administrar em favor de seu povo, e não apenas em benefício próprio de forma egoísta como o rico que quis construir mais celeiros para si (Lucas 12,16-23). Isto porque, se o homem participa do processo criativo, e se o faz através de um trabalho ético e honesto, ele é abençoado com o resultado desse trabalho. O resultado desse trabalho é a "riqueza", e sim, ela deve ser tratada como uma benção, e, por ser uma benção, não deve ser desperdiçada, mas bem administrada em favor de todos, principalmente dos mais necessitados. Em resumo, os judeus estão sempre cuidando com inteligência daquilo que têm em abundância. É importante esclarecer que a acumulação de riqueza não está relacionada com a mesquinhez. A Torah também ensina a doar. Há um dever de cuidar dos mais pobres, através de doações. A Torah ensina o mandamento da Tzedakah, ou caridade, "não deves fechar a mão para seu irmão necessitado" (Devarim. 15:7-8). O papel do homem no mundo não é só trabalhar, criar, inovar, acumular riquezas, mas também cuidar do próximo mais necessitado. Inclusive, o maior nível de caridade judaica é achar uma ocupação de trabalho remunerado para alguém, nem que seja dar comida a porcos. Ademais, os judeus têm uma fé muito interessante sobre compartilhamento, não somente em relação a doação de dinheiro em espécie, mas ao compartilhamento das coisas em geral. Por exemplo, no mundo da competição, se você encontrasse uma forma de ganhar muito dinheiro, você guardaria o segredo a 7 chaves, temendo que outra pessoa encontrasse e ganhasse mais do que você! Esse tipo de pensamento não é da cultura Judaica. É como se você estivesse dizendo que você não vai compartilhar a sua ideia porque o mundo é escasso, e que as coisas irão faltar porque não tem para todo mundo. Para um judeu essa é uma negação de um princípio básico da fé judaica: Que Deus é infinito e que, de acordo com a sua infinitude, a bondade, misericórdia e provisão Dele também são infinitas. A partir do princípio de co-criação e administradores dos bens de Deus, também, podemos gerar bens e abundância para todos! Reconhecer que "tem provisão para todo mundo" é reconhecer a infinita providência divina! Negar isso é o mesmo que negar que Deus não é abundantemente providente! Um judeu tem o hábito de indicar o bom trabalho dos outros, falar bem de pessoas que conhece, "vender" produtos e serviços que nem são dele. Um judeu no mercado de trabalho não será aquele funcionário que retém ideias e informações, pelo contrário, mesmo a ideia mais genial dele vai circular, simplesmente pelo hábito de compartilhar! O judeu acredita no compartilhamento, não só dinheiro, mas também conhecimento, informação. Para o judeu quanto mais você compartilhar o que faz bem, mais daquilo você terá. Isso é pensamento de abundância providencial divina.

 

 

 

 

6 - Adaptação: O judeu não se intimida com barreiras e dificuldades, se adapta. Não só se adapta, como, durante o processo de adaptação, busca oportunidades. Um judeu não se deixa abater pelos entraves, mas foca em procurar oportunidades e pontos positivos. O livro "A histórias dos judeus", de Paul Johnson, descreve como os judeus que fugiram da miséria na Europa para a América do Norte, quando os Estados Unidos ainda era um protótipo de país, e viram em Nova York uma oportunidade de crescer na vida através da indústria, em uma época que não tinha nada por lá e que a revolução industrial nem era tudo isso ainda. Aquele país era recém independente da Inglaterra, berço da revolução industrial, e, quando os judeus chegaram, as primeiras fábricas ainda estavam começando a funcionar. Os judeus, muito pobres e recém chegados, foram trabalhar nas primeiras indústrias de lá, para aprender como funcionavam, e, após, saíram para abrir suas próprias indústrias. Hoje, em Nova York, bairros inteiros são judaicos. E eles são os maiores industriais dos Estados Unidos da América! Sucesso não está ligado à posição onde você se encontra, mas a direção em que você olha!

 

 

 

-O princípio da excelência profissional: Os judeus valorizam o trabalho e amam trabalhar transformando a situação em algo sempre melhor! Os judeus entendem que qualquer pessoa, independente com o que ela trabalhe, deve trabalhar com extrema excelência. Excelência a ponto de se destacar em meio aos outros profissionais de sua área. Esse princípio é extraído no trecho do livro de Míshlê (Provérbios) 22,29 que diz:“Você está vendo alguém que é habilidoso naquilo que faz? Ele será posto diante de reis.” Na Torah, os trabalhadores produtivos e virtuosos são repetidamente recompensados com grandes riquezas. Dificilmente você verá um judeu rezando no sentido de pedir que Deus lhe dê algo material, mas sim pela liberdade de conquistar a geração de riqueza por meio do conhecimento e do trabalho abnegado e focado.Não é à toa que grande parte da tecnologia atual é desenvolvida em Israel, os grandes avanços da medicina atual também acontecem por lá, os maiores bancos internacionais são de judeus e as maiores bancas de advocacia do mundo também. A Torah usa muitas vezes a palavra "habilidoso", que também pode ser traduzida como "perito", incentivando o judeu a ficar habilidoso em algum ofício. O perito em alguma coisa é aquele que possui enorme especialização. Segundo o Dr. Anders Ericsson, da Universidade Estadual de Flórida, são necessárias 10.000 horas de prática em um determinado assunto para nos tornarmos um expert, ou seja, um perito, em alguma coisa. Para um judeu que estuda, obrigatoriamente, duas vezes ao dia, não é muito difícil virar um perito em alguma área. E esse é o grande objetivo judaico do trabalho, ser tão habilidoso em algo ao ponto de se tornar o melhor profissional na sua área. O judeu decide ser o melhor, e não ser apenas o médio.Um judeu sempre quer ser reconhecido pela excelência no seu trabalho.

 

 

 





Um exemplo de judeu de sucesso que temos qui no Brasil é o apresentador de TV Sr. Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos. Para quem não sabe, Silvio Santos começou a vida profissional vendendo canetas na rua. E ele amava se comunicar e vender. Era tão bom nisso que passou a ser vendedor ambulante de vários produtos. Com a experiência de venda popular nas ruas, foi trabalhar como comunicador. Se empenhou tanto, que se tornou o maior comunicador da TV brasileira. Silvio Santos é judeu! E, até hoje, com mais de 80 anos, o próprio Silvio Santos ainda se diz apaixonado pelo próprio trabalho. Os diversos casos de sucesso do povo judeu estão ligados à atitude positiva frente ao trabalho duro e ao foco nas oportunidades.A prosperidade dos Judeus não é mera coincidência. Eles construíram e trilharam um caminho levando em consideração:

 

 

 

-Confiando em Deus, seguindo seus ensinamentos,trabalhando e ajudando uns aos outros.

 

 

-Aprendendo com muita humildade, e agindo no hoje, sem deixar para depois.

 


 

 

CONCLUSÃO:

 




 





O livro de Míshlê (Provérbios) também ensina a respeitar, valorizar e admirar seus colegas de trabalho e, pasmem! seus concorrentes! Eles são concorrentes, não nossos inimigos. Eles nos ajudam e nos motivam a superar desafios com sabedoria e paciência. Os judeus sabem que no mundo cada um nasceu para ocupar um determinado espaço designado no plano de Deus, nada é por acaso, tudo tem um propósito (Ecle 3,1). E, por isso, não faz sentido ser inimigo de seus conterrâneos e nem de seus concorrentes! Ninguém é seu inimigo no trabalho da vinha do Senhor. Eles estão apenas ocupando o espaço que lhes fora destinado para que deem fruto 100 x 1, do esforço de seu trabalho, também como colaboradores de Deus na criação. Se você não faz a sua parte com o único talento que Deus lhe deu e só fica a murmurar sem nada fazer, o próprio Jesus disse que tiraria esse único talento que lhe deu e dará a quem tem dois ou mais(Mateus 25,29). Um judeu admira seus concorrentes mais bem sucedidos, respeita-os, aproxima-se deles, estabelece relações de amizade, de convivência e de confiança e cresce COM eles, não contra eles! E, principalmente, valoriza extremamente a produção do conhecimento e o trabalho duro para crescer JUNTO COM eles. Isso, no final das contas, é o que faz com que os judeus sejam o povo mais próspero da história da humanidade.






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