Salmo Responsorial – 67(68): “Com carinho
preparastes uma mesa para o pobre!”
O Senhor nos reúne para partilhar da sua amizade, ouvindo sua Palavra e
recebendo-o na Eucaristia. Mediador da Nova Aliança, Ele preparou para todos
uma mesa no banquete do Reino, onde não há privilégios, mas acolhida dos
pequenos e simples. Celebremos em comunhão com os
catequistas, neste seu dia, e com todos os servidores das comunidades.
Anúncio do
Evangelho: Lucas
14,1.7-14
— Glória a vós, Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia!
1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E
eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros
lugares. Então, contou-lhes uma parábola: 8“Quando
tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar.
Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da
casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu
ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10Mas, quando tu
fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te
convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isso vai ser uma honra para
ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se
eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”. 12E disse também a quem o
tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus
amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes
poderiam também convidar-te, e isso já seria a tua recompensa. 13Pelo
contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos,
os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu
receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.
— Palavra da Salvação!
— Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
“Tem rico
que é tão pobre que a única coisa que tem é dinheiro” - Hoje, Jesus nos dá uma
lições magistrais sobre o verdadeiro comportamento social de um Cristão. Ao lermos o Evangelho a partir de um certo ponto de
vista, acabou-se fazendo dos fariseus o modelo de todos os vícios: hipocrisia, falsidade, etc. enfim, os inimigos por antonomásia de Jesus. Com estes significados negativos, o termo
«fariseu» passou a fazer parte do dicionário popular. Semelhante idéia
dos fariseus não é correta! Entre eles havia certamente muitos elementos que
respondiam a esta imagem da arrogância e hipocrisia, as quais Cristo os
enfrenta. Mas,porém, contudo, entretanto, todavia, nem todos os fariseus eram assim! E os evangelhos nos mostram isso! Nicodemos, que vai ver Jesus de
noite e que depois o defende ante o Sinédrio, era um fariseu (cf. João 3, 1; 7,
50ss). Também Paulo, antes de sua adesão a Cristo, era fariseu, e era certamente
uma pessoa sincera e zelosa, ainda que não estivesse plenamente iluminado. Outro grande fariseu era Gamaliel, que defendeu os
apóstolos ante o Sinédrio (cf. Atos 5, 34 e seguintes) e foi o grande mestre
reconhecido por Paulo, o qual fora formado a seus pés (Atos 22,3). Portanto,
as relações de Jesus com os fariseus não foram só de conflito. Compartilhavam
muitas vezes as mesmas convicções, como a fé na ressurreição dos mortos, no
amor de Deus, e no compromisso como primeiro e mais importante mandamento da
lei. Alguns, como neste caso, inclusive o convidam para uma refeição em sua
casa. Hoje se considera que, muito mais que os fariseus,
quem desejava ardente e urgentemente, a condenação de Jesus eram os saduceus, a quem pertencia a casta
sacerdotal de Jerusalém. Por todos estes motivos, seria sumamente
desejável deixar de utilizar o termo «fariseu» em sentido depreciativo e genérico! Ajudaria ao diálogo com os judeus, que recordam com
grande honra o papel desempenhado pela corrente dos fariseus em sua história,
especialmente após a destruição de Jerusalém. Durante a refeição,
naquele sábado, Jesus ofereceu dois ensinamentos importantes: um dirigido aos
«convidados» e outro para o «anfitrião». Ao dono da casa, Jesus disse (talvez
diante dele ou só em presença de seus discípulos): «Quando deres um almoço ou
um jantar, não convides seus amigos, nem seus irmãos, nem seus parentes, nem os
vizinhos ricos…». É o que o próprio Jesus fez, quando convidou ao grande
banquete do Reino os pobres, os humildes, os famintos, os perseguidos.«Quando
fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar» (Lc
14,8). Jesus Cristo sabe que gostamos de situar-nos no primeiro lugar: nos atos
públicos, nas reuniões, em casa, na mesa. Ele conhece da nossa tendência a
sobrevalorizar-nos por vaidade e, ainda pior, por orgulho mal dissimulado. Quem nos disse que, não existem colegas com mais méritos
ou categoria pessoal? Não se trata, pois, de algo esporádico, mas de uma
atitude assumida de nos sentir melhores, mais importantes, com mais méritos, aqueles(as) que sempre temos razão; isso é uma pretensão que supõe uma visão estreita sobre
nós e sobre o que nos rodeia. De fato, Jesus convida-nos a praticar uma
humildade perfeita, que consiste em não nos julgar nem julgar aos outros e, de
conscientizar-nos sobre a nossa insignificância individual, o respeito ao cosmos/ordem, e
à vida. Então, o Senhor, propõe que, por precaução, escolhamos o último lugar,
porque se bem desconhecemos a realidade íntima dos outros, sabemos que nós
somos irrelevantes se comparados com o espetáculo do universo. Por conseguinte,
situar-nos no último lugar, é atuar com certeza, pois como dizia Santa
Teresinha: os últimos lugares não são disputados, é lugar daqueles(as) que
confiam no Senhor. Na mesma linha de pensamento, o Mestre Jesus convida-nos a colocar-nos
ao lado dos preferidos de Deus: pobres, inválidos, coxos, cegos, e evoluir para nos assemelhar com aqueles que "Deus ama com especial
ternura que são os humildes", pois Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos
humildes (conf.Tiago 4,6). Pobreza material pode ser sinal da especial atenção
de Deus e também nossa, mas não de salvação, pois nem todo rico vai para o inferno, e
nem todo pobre vai para o céu.
“Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”
MOTIVAÇÕES PARA A
LITURGIA DIÁRIA E DOMINICAL:
A Liturgia Diária é uma ótima ocasião para que se opere a “conversão diária!” -
A leitura da Liturgia Diária forjou e moldou muitos Santos:
1)-Santo Agostinho foi
um deles. “Tolle et lege” (Toma e lê) foi a frase que o conduziu a ler um trecho
do Evangelho que mudou sua vida.
2)-O grande Santo Antão, que deu origem à vida
monástica, foi tocado pela graça ao ler a parábola do moço rico no Evangelho.
3)- São Francesco
(Francisco) cujo nome é adotado depois de uma viagem à França, onde o menino teria ficado
cativado pela vida francesa, sua música, sua poesia e seu povo, seu pai teria
começado a chamá-lo de "francesco", que significa "francês"
em italiano. Também, como Santo Antão,a passagem do
jovem rico é tão significativa que inspirou também São Francisco de Assis a
elaborar sua Regra de Vida baseada no desapego aos bens e o amor aos pobres:
“Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um
tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. (Mt 19, 21).
4)-Também para Santo
Inácio de Loyola a ocasião escolhida por Deus para sua mudança de vida foi a leitura de
consagrados livros Cristãos. Gravemente ferido na batalha de
Pamplona (20 de Maio de 1521), passou meses inválido, no castelo de seu pai. Durante o longo período de recuperação, Inácio procura ler
livros para passar o tempo, e começa a ler a "Vita Christi", de
Rodolfo da Saxônia, e a Legenda Áurea, sobre a vida dos santos, de Jacopo de
Varazze, monge cisterciense que comparava o serviço de Deus com uma ordem
cavalheiresca.A partir destas leituras, tornou-se empolgado com a ideia de uma
vida dedicada a Deus, emulando os feitos heroicos de Francisco de Assis e
outros líderes religiosos. Decidiu devotar a sua vida à conversão dos
infiéis na Terra Santa.
Os Santos recomendam com
empenho a Liturgia Diária:
1)-São Bernardo: “A leitura espiritual nos
prepara para a oração e a prática das virtudes. Leitura
e Oração são as armas com as quais se vence o demônio e se conquista o
céu”.
2)-São Cipriano (bispo
de Cartago -África): “Permanece na oração e na leitura: desse modo conversarás com Deus e
Deus estará contigo”.
3)-Santo Afonso de
Ligório: “Quantos Santos abandonaram o mundo e se deram a Deus por meio da
leitura espiritual!”
4)-São Gregório Magno,
Papa: “Eu te rogo:
empenha-te em meditar cada dia as palavras do teu Criador. Assim aprenderás a conhecer o coração de Deus através
das palavras de Deus”.
A Liturgia Diária
ajuda-nos a compreender e amar a Liturgia Católica:
O Catecismo da Igreja Católica
ensina que “a liturgia é participação na oração de
Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Nela, toda a oração cristã
encontra a sua fonte e o seu termo. Pela liturgia, o homem interior lança
raízes e alicerça-se no «grande amor com que o Pai nos amou» (Ef 2, 4).
A Liturgia Diária prepara
nossa alma para recebermos o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Na Liturgia Diária, as orações e
as leituras da Palavra de Deus são ocasião para alimentar a nossa fé. Em cada
leitura Deus fala a seu povo e o alimenta.Por esse modo
a Santa Igreja prepara o coração dos fiéis para poder receber o Corpo e Sangue
de Nosso Senhor Jesus Cristo, na Sagrada Comunhão.Na Liturgia da Palavra o fiel
ouve com atenção as leituras da Bíblia que são uma carta escrita por Deus para
cada um de nós.Na Liturgia Eucarística somos preparados para receber o
Pão dos Anjos, que transformará nossa vida, e como Elias nos dar força para
continuar a caminhada alimentados por este pão (I Reis 19,4-10).
Como viver de forma
prática a Liturgia Diária?
Este é um método de “leitura orante da Palavra de Deus”, da Liturgia Diária,
praticado e ensinado pelos Padres da Igreja desde os seus primeiros séculos.
Foi batizada com esse nome por Orígenes no Séc. III, e generalizou-se nos
séculos IV e V como maneira predominante de ler a bíblia. Esta pode ser
feita diariamente, por exemplo, meditando o Evangelho proposto pela liturgia
diária da Santa Missa.
Após suplicar a luz do
Espírito Santo, o método se desenvolve em 4 passos:
1)-Leitura: o que a Palavra diz em si?
2)-Meditação: o que a Palavra diz para mim; o
que ela me ensina, me revela, como ela me forma, como a vejo em minha vida?
3)-Oração: Qual minha resposta a palavra de
Deus?
4)-Contemplação: O que a
palavra de Deus fez em mim? O que devo mudar concretamente em minha vida? Que
postura devo tomar? O que me proponho a viver doravante durante a minha vida?
- O fruto dessa nova dinâmica de vida ao
ritmo da Palavra é uma transformação real e concreta que nos elevará em fé,
esperança e caridade, além disso, nos proporcionará uma vida junto de Deus mais
constante e digna de Seu amor! Por
último, que possamos perseverar neste caminho. Auxiliados pela graça de Deus já
provaremos aqui nesta terra das riquezas do céu, e possamos cantar esperançosos
com São Tomás de Aquino:
“...Ó Jesus, que nesta vida pela
fé eu vejo
Realiza, eu te suplico, este meu
desejo:
Ver-te, enfim, face a
face, meu divino amigo!
Lá no céu, eternamente, ser feliz
contigo!”
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