(foto reprodução- meramente ilustrativa)
Sou Cristão(ã) e tenho um(a) filho(a) homossexual. Como devo agir ?
Por: *Arlene Denise Bacarji
Esse conteúdo é dedicado às
pessoas que seguem a Doutrina Católica que diz que a “tendência homossexual não
é pecado”, mas que a PRÁTICA DOS ATOS SEXUAIS é pecado grave (cf. Catecismo da
Igreja Católica §2357). Existem passos a serem dados quando se toma consciência
da homossexualidade de um filho. O que fazer quando se descobre que um filho é homossexual
é algo relativo a cada situação, que é sempre única. Por isso não é fácil falar
disso como se fosse uma receita de bolo. Não é receita de culinária, pois cada caso é um caso! O que
vamos apresentar nesse artigo é apenas uma reflexão que poderá iluminar um
pouco quem está com esta realidade em casa. Também é muito difícil dizer sobre
esse assunto sem o embasamento teórico acoplado, para podermos compreender o
que é a homossexualidade, como se desenvolve numa pessoa, em que época, e quais
as causas.
Vamos então tentar algo prático!
1)- Primeiro passo: precisamos partir para o diálogo claro, objetivo,
acolhedor e compreensivo sobre esse aspecto do (a) jovem ou adolescente. Sem
diálogo franco tudo fica mais difícil. Se o filho (a) tem dificuldades em falar abertamente
sobre isso, nós pais e mães, precisamos aos poucos ir tentando derrubar as
barreiras que estão impedindo a franqueza, a abertura e a liberdade da filha
(o) para que haja esse diálogo.
2)- Segundo passo: No diálogo, que não será só uma vez ou outra, mas
muitas vezes, vamos então, tentar detectar se esta (e) jovem é realmente
homossexual, ou seja, a sua homossexualidade é estruturada por processos de
identificação com pessoas do sexo oposto, sendo assim, se apaixonando e se
envolvendo verdadeiramente com pessoas do mesmo sexo, ou é apenas uma
pseudo-homossexualidade (falsa homossexualidade), muito comum nos dias de hoje. Nesse caso trata-se de uma
homossexualidade não verdadeira, mas devido às influências culturais da escola,
dos colegas, das modas, das mídias, e assim ser uma forma do (a) adolescente ou
jovem mostrar “revolta” típica destas idades contra os pais. Se antes essas
manifestações contra autoridade no adolescente era o uso de maconha, ou ser
comunista, hoje pode ser a homossexualidade uma delas. Também é
bom saber que, exceto em caso de hermafroditismos que deverão ter
acompanhamento de um especialista sério, a homossexualidade nada tem a ver com
hormônios ou gens. Existem rapazes com excesso de hormônios femininos que não
são homossexuais como já havia constatado Freud em sua época. O mesmo pode se
falar das meninas. O excesso de hormônios masculinos não vai torná-la
homossexual. O que confunde muito é que muitos homossexuais, tanto meninos ou
meninas, começam a tomar hormônios. Por isso a tendência é inverter o processo
de causa e efeito.
3)- Terceiro passo: após checar se é uma homossexualidade real ou uma
pseudo-homossexualidade, poderemos então, falar de atitudes concretas. Agora vem a questão-chave: o
(a) jovem ou adolescente homossexual deseja mudar essa condição? Certamente
NÃO. Isso deve ser esclarecido no diálogo. É claro que se for uma
homossexualidade real a pessoa não vai mesmo desejar mudar, pois se uma pessoa
heterossexual desejar ser gay, ela conseguirá? NÃO. A mesma situação da pessoa
heterossexual que se apaixona e sente atração física por pessoas do sexo
oposto, ocorre com a pessoa homossexual com pessoas do mesmo sexo. Nesses casos
não adianta acreditar em mudança. Embora todos são livres, e a pessoa
homossexual é livre para querer mudar de opção sexual, normalmente uma mudança
verdadeira e profunda é muito rara.
4)-
Quarto passo: Supomos que a pessoa não aceite mudar de opção e não queira isso,
que é o mais comum, então agora a questão é com os pais:
a) -
Separar a homossexualidade (que para nós pode ser algo muito complicado de
aceitar), da pessoa do filho (a), pois acolher o filho (a) não precisa querer
dizer acolher a homossexualidade! Deixar isso muito claro para o(a) filho (a) homossexual.
b) - Ter uma atitude de compreensão, acolhimento, afeto, e pensar como
Cristo agiria, como Ele se comportaria, o que Ele faria? O que Cristo diria
para esta pessoa? O que o
Espírito santo poderia nos ensinar com isso, o que Ele poderia colocar em nossa
mente para dizermos ao nosso filho ou filha com esta cruz para carregar, pois
para ele (a) também será uma cruz, e nada leve.
5)-
Quinto passo: Chegou a hora de dizer a esse filho ou filha o que Cristo talvez,
em nosso lugar diria: “Meu filha ou minha filha, você é
muito mais do que homossexual, a homossexualidade assim como a
heterossexualidade não precisa moldar suas atitudes e seu caráter perante o
mundo, perante a vida, perante o outro.”
Os pais
poderão cuidar da conduta desse filho ou filha e mostrar que a boa conduta, o
bom caráter, a veracidade na fala, nos comportamentos, os valores e princípios
de uma pessoa de boa vontade é que fazem a vida da pessoa e não um aspecto da
sexualidade.
ATENÇÃO! Devemos
mostrar a essa (e) jovem ou adolescente que a sexualidade pode ser discreta
como é a sexualidade de uma pessoa heterossexual. Por que a necessidade de
chocar? Para que a necessidade de ir contra regras, contra o povo, contra
instituições? Isso só irá trazer mais danos para esta pessoa. Ser homossexual nem sempre precisa viver a condição provocativa de “perseguido(a)".
Caso os pais não tenha condição de trabalhar
essas questões com o próprio filho (a), então talvez seria interessante
encaminhar a um terapeuta sério para que esta pessoa possa, também saber lidar
com sua condição, pois muitos não sabem e acabam por cavar a própria cova com
comportamentos persecutórios. E por
fim, dizer a este (a) filho (a) que ele(a) não precisa se afastar de Deus, de
Jesus, da Igreja, pois Deus irá trabalhá-lo (a) se ele ou ela deixar, como dizia
santo Inácio de Loyola:“Um tronco de árvore grosso e
disforme nunca sonharia poder transformar-se em obra de arte, e por isso nunca
se submeteria ao escopro e ao martelo do escultor, capaz de ver nele o que dele
pode ser feito (Santo Inácio).
*Arlene Denise Bacarji - Possui graduação em filosofia
pela Universidade Católica Dom Bosco (1991), mestrado em Sociologia pela
Universidade Federal do Paraná (2000), mestrado em Teologia pela PUC (RS) e
doutorado em Teologia sistemático-pastoral pela PUC-Rio. Foi professora e coordenadora
adjunta da Faculdade Palotina de Santa Maria (RS) no curso de Teologia. Atualmente, é coordenadora do Curso de
Teologia da Faculdade Canção Nova em Cachoeira Paulista (SP).
Conclusão
Ser pai ou mãe de um(a) filho(a) homossexual é, sem dúvida, um desafio de fé e amor. Mas a postura cristã nunca pode ser a do afastamento ou da rejeição, e sim a de acolhimento da pessoa, sem jamais relativizar a verdade do Evangelho.
A Igreja ensina com clareza: a tendência homossexual não é pecado, mas a prática dos atos é. Portanto, o chamado dos pais cristãos é duplo: amar o filho como filho, com ternura e respeito, mas também guiá-lo para a vivência da castidade e da santidade, sem medo de anunciar a verdade. Essa é a autêntica caridade: não esconder a verdade, mas oferecê-la com misericórdia e firmeza, como faria o próprio Cristo. Acolher não significa concordar com tudo, e corrigir não significa deixar de amar.
Ao contrário: é justamente porque amamos que não podemos abandonar nossos filhos às ilusões do mundo. Cabe aos pais serem sinais vivos de que é possível caminhar com a cruz, sem perder a fé nem a dignidade humana e de filhos de Deus. Que Maria, Mãe da Igreja, ensine-nos a amar nossos filhos sem nunca negociar a verdade, lembrando que todo homem e toda mulher só encontra a verdadeira liberdade em Cristo.
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