Com juramento de fidelidade ABSOLUTA a
Igreja, a Companhia de Jesus foi usada para conter a Reforma Protestante e
propagar a fé cristã. Acabou se espalhando nos quatro cantos do mundo, foi
perseguida e banida, mas resistiu. E só agora, quase cinco séculos depois, alcançou
o cargo mais alto da Igreja. Se em momentos de emergência, o Vaticano sempre
contou com os jesuítas, a renúncia de Bento 16 trouxe as condições ideais para
a chegada do primeiro jesuíta ao papado. Enquanto Francisco levanta a bandeira
da humildade já desde os primeiros dias do seu pontificado, resta saber quais
serão as armas que o primeiro soldado de Cristo na Santa Sé usará para defender
sua fé. Um bom histórico, sua ordem já tem. Para os protestantes, os métodos de
ação dos jesuítas eram ameaçadores por se diferenciarem da visão tradicional
que tinham dos velhos monges católicos, como sedentários e preguiçosos.
Diferentemente das ordens que se dedicavam a uma vida contemplativa nos
claustros, os jesuítas pareciam fazer questão de se envolver no dia a dia da
vida terrena, com todos os seus embates. “Em
contraste com outras ordens localizadas nos arredores das cidades, os jesuítas
tentavam deliberadamente estabelecer suas igrejas perto das vias públicas mais
movimentadas”, diz Jonathan Wright, em referência a algo facilmente
confirmado por qualquer um que conhece o centro histórico de Salvador ou de São
Paulo, bem como Bergóglio atuava na Argentina como um bispo do povo, que andava
de ônibus coletivo.
A Companhia de Jesus
foi usada para conter a Reforma Protestante e propagar a fé cristã. Acabou se
espalhando nos quatro cantos do mundo, foi perseguida e banida - mas resistiu.
E só agora, quase cinco séculos depois, alcançou o cargo mais alto da Igreja.O
Vaticano estava pressionado. Estadistas do mundo inteiro aguardavam com
ansiedade a posição oficial da Igreja. Depois de quatro anos de hesitação, o
papa finalmente tomou a decisão. No dia 21 de julho de 1773, em breves 45
parágrafos, Clemente 14 extinguiu da Igreja a Companhia de Jesus, a poderosa e
temida ordem dos jesuítas. A expulsão foi fruto das pressões de diversos
governantes incomodados com o poder que os jesuítas haviam acumulado em 200
anos de existência, quando se tornaram uma das maiores organizações religiosas
do planeta.
Os soldados de
Cristo, como eram chamados, formaram a tropa de elite na defesa do Vaticano
durante a Reforma Protestante, quando novas religiões cristãs como o
luteranismo e o anglicanismo foram fundadas. Além disso, foram os jesuítas que
propagaram a fé pelos rincões da terra, das montanhas do Tibete às florestas
tropicais do Brasil. Seus mais de 700 centros de ensino educaram filósofos como
René Descartes e, ao redor do pátio de seus colégios, nasceram grandes cidades,
como São Paulo. Apesar de banida pelo papa, a Companhia de Jesus não apenas sobreviveu
como chegou ao mais alto cargo da Igreja com o jesuíta argentino Jorge
Bergoglio como papa Francisco. Com seu jeitão simpático e fisionomia pacífica,
é até difícil imaginar que a ordem da qual ele faz parte tenha sido moldada com
disciplina militar por um soldado basco ferido por uma bala de canhão.
A fundação
Um militar basco, uma
explosão. Em uma batalha contra tropas francesas na cidade de Pamplona, na Espanha,
o soldado Iñigo López de Loyola (depois conhecido como Inácio) viu sua perna
direita ser estraçalhada após ser atingida por uma bala de canhão em 1521. Nascido
em 1491 no castelo de sua família na Província de Azpeitia, no País Basco,
Loyola aspirava a uma vida de glória militar, dedicando-se a exercícios
marciais, encontros amorosos e à leitura de livros de cavalaria – talvez o
equivalente, hoje em dia, a um jovem fã de filmes de ação e de UFC.
Entediado durante a recuperação e sem acesso a livros de cavalaria, não lhe
restou alternativa a não ser passar a vista sobre algumas obras de devoção,
como a Legenda Áurea, best-seller da época com relatos da vida dos santos. Em
meio à leitura, Loyola percebeu que a vida dos santos e mártires era repleta de
ação.
“Aparentemente, Loyola identificou alguma coisa de invejável nas vidas
heroicas dos santos, uma espécie de cavalaria espiritual, e seguiu o exemplo”,
conta o historiador inglês Jonathan Wright, autor de Os Jesuítas.
Decidido a empregar
sua energia à causa de Cristo, o guerreiro basco de 26 anos largou tudo para se
submeter a orações e penitências. Pragmático, Loyola buscou a melhor formação
universitária para enfrentar os debates teológicos da época, inflamados desde
que o sacerdote Martinho Lutero decidira desafiar Roma fixando 17 teses na
porta da igreja em Wittenberg (algo que pode parecer banal nestes tempos de
protestos públicos via Facebook, mas que na época foi revolucionário). Depois
de estudar em Salamanca e Barcelona, Loyola decidiu ir até Paris, o mais
fervilhante centro universitário do mundo cristão.
Jovem, cabeludo, com posições independentes e vida errante, foi várias
vezes perseguido por autoridades eclesiásticas desconfiadas de sua linha
espiritual. “Como muitos dos reformadores, ele era asceta e puritano e, durante
algum tempo, viveu como eremita, deixando crescer o cabelo e unhas, e sem comer
carne”, diz o historiador inglês Paul Johnson, autor do livro História do
Cristianismo. “Contudo, virou pelo avesso o processo da Reforma ao acreditar no
princípio da obediência absoluta à Igreja”. Ou seja: em vez de ingressar no
grupo dos rebeldes que desafiavam o Vaticano, Loyola formou sua própria milícia
cristã para a defesa e a propagação da fé.
Em agosto de 1534,
ele e mais seis companheiros de oração se reuniram em um retiro para prestar
votos de pobreza, celibato, imitar a vida de Cristo e converter infiéis em
Jerusalém e nas regiões que estavam sob o domínio dos turcos otomanos. Assim
nasceu a Companhia de Jesus.
A conquista do mundo
O grupo não perdeu
tempo e partiu para Veneza, conexão obrigatória de quem queria partir para o
Oriente. Naquele tempo, as coisas já estavam militarmente complicadas por lá.
Após meses tentando embarcar sem sucesso – nenhum barco topou sair -, mudaram
de planos e decidiram ir a Roma para se colocar à disposição do papa para
qualquer missão, por mais espinhosa que fosse. Apesar de alguns círculos no
Vaticano não verem com bons olhos os inovadores métodos espirituais do grupo, a
Igreja Católica não podia se dar o luxo de dispensar a energia de missionários
dispostos a qualquer sacrifício pela fé. Depois de conquistar o apoio de alguns
cardeais, a proposta da nova ordem foi aprovada pelo papa Paulo 3º em 27 de
dezembro de 1540.Se a missão era propagar a fé pelo mundo, nada melhor do que
pegar carona nas naus portuguesas e espanholas em destino às terras
recém-descobertas. Nove anos depois do reconhecimento da ordem, os jesuítas
chegaram ao Brasil na armada de Tomé de Souza, e logo ergueram um colégio em
Salvador, no momento em que a criação de centros de ensino foi incorporada como
missão da ordem.
“Não era a ideia inicial da Companhia, ao menos de Inácio de Loyola,
investir no ensino”, diz o historiador português Jorge Couto. “Mas a pressão
das elites católicas italianas, espanholas e francesas o convenceu a se dedicar
à educação”.
Logo, o Vaticano
percebeu que os jesuítas poderiam ser úteis na formação do clero e na criação
de uma rede de ensino que não desviasse os jovens da fé católica. Assim, os
centros de ensino jesuítas ganharam reputação e se multiplicaram. Nos 50 anos
que se seguiram à fundação da Companhia, foram erguidas cerca de seis
instituições ao ano.
A rápida expansão fez com que, em meados de 1600, a Companhia de Jesus
controlasse a mais poderosa rede de ensino do mundo, tendo entre seus alunos
futuros papas como Gregório 15 e filósofos como René Descartes. Com aulas
espalhadas pelas regiões mais remotas do planeta, os jesuítas se destacaram em
astronomia, matemática e ciências naturais.
Para a Companhia, a
propagação da fé pelo mundo não era figura de linguagem. Um dos seus votos
implicava “ir a qualquer lugar que sua Santidade ordenasse, sem alegar nenhuma
desculpa, sem requisitar nenhuma verba para a jornada, em nome da prosperidade
da religião cristã”. Para isso, os missionários passavam por um
alistamento parecido com o dos militares de hoje em dia: deveriam se adaptar a
qualquer ambiente do planeta, e eram vetados caso apresentassem alguma
limitação física. Mas não faltavam jovens dispostos a pregar – e morrer – na
África, Ásia, América ou na China.
O herói que inspirava
esses jovens (e pode ter influenciado a escolha do nome do novo papa, além de
São Francisco de Assis) foi São Francisco Xavier, um dos co fundadores da
Companhia que desbravou regiões da África, Índia e Japão. Morto em 1552 na ilha
chinesa de Sanchoão (São João) e canonizado em 1622, a Igreja Católica
considera que São Francisco Xavier converteu mais pessoas ao Cristianismo do
que qualquer outro missionário, desde São Paulo – por isso, tornou-se o
padroeiro dos missionários. Na época em que Xavier foi canonizado, a
Companhia de Jesus já havia se consolidado como uma multinacional: o número de
integrantes passou de mil, na época da morte de Loyola (1556), para 15.544, em
1626. Sem dúvidas, foi esse milagre numérico que multiplicou também o número de
inimigos da ordem – dentro e fora da Igreja.
A expulsão
Fora dos domínios de Roma, os maiores inimigos dos jesuítas eram os
protestantes que haviam sofrido ataques incansáveis da Companhia durante a
chamada Contra-Reforma. Numa época em que as guerras religiosas assolavam a
Europa, os jesuítas eram recrutados para missões secretas em países
protestantes, o que os tornava perseguidos como atualmente são os terroristas
islâmicos. Na Inglaterra, por exemplo, o jesuíta Edmund Campion foi enforcado e
esquartejado, acusado de traição por trabalhar clandestinamente no país.
Para os protestantes,
os métodos de ação dos jesuítas eram ameaçadores por se diferenciarem da visão
tradicional que tinham dos velhos monges católicos, como sedentários e
preguiçosos. Diferentemente das ordens que se dedicavam a uma vida
contemplativa nos claustros, os jesuítas pareciam fazer questão de se envolver
no dia a dia da vida terrena, com todos os seus embates. “Em contraste com
outras ordens localizadas nos arredores das cidades, os jesuítas tentavam
deliberadamente estabelecer suas igrejas perto das vias públicas mais
movimentadas”, diz Jonathan Wright, em referência a algo facilmente confirmado
por qualquer um que conhece o centro histórico de Salvador ou de São Paulo.
Quando se tornaram confessores dos poderosos reis da Europa, não se
furtavam de participar diretamente na ação política e diplomática. O jesuíta
português Antonio Vieira, por exemplo, foi homem de confiança de Dom João 4º, e
acabou enviado aos Países Baixos para negociar a devolução do nordeste do
Brasil. Mas a influente pregação de Vieira contra a escravização dos indígenas
logo o fez entrar em conflito com a Igreja e com os proprietários de terra
brasileiros. Com o passar do tempo, essa intimidade com o poder aliada a uma
independência de posições fizeram com que os jesuítas fossem vistos como uma
ameaça para as outras ordens católicas. Dominicanos e franciscanos viam com
preocupação a perda de espaço para os jesuítas como confessores dos nobres e
poderosos.
Mas o embate mais
desgastante se deu em torno das missões jesuítas na América do Sul. Elas eram
aldeamentos indígenas que tentavam recriar uma sociedade cristã européia mais
pura nos trópicos. Quando o modelo se expandiu, passou a enfrentar a oposição de setores
da Igreja Católica, que não concordavam com uma catequese que se adaptava a
valores culturais dos índios. Em meados do século 18, as missões haviam
alcançado tamanha fama que os jesuítas passaram a ser acusados de tentar criar
um império independente, em uma campanha difamatória na América e na Europa. Os
líderes da Companhia se tornaram tão poderosos que acabariam apelidados de
“Papas Negros”, em oposição ao oficial do Vaticano, que se veste de branco.
O primeiro choque de
poder se deu em Portugal. Desde o terremoto de Lisboa, em 1755, que destruiu a
cidade, o principal ministro do rei, o Marquês de Pombal, não estava nada feliz
com as insinuações de alguns jesuítas de que o evento era uma punição pelos
pecados do país. Mas foi uma crise envolvendo as missões jesuítas que serviriam
de combustível para a expulsão da ordem. Ao trocar a cidade de Colônia de
Sacramento com a Espanha por terras ao leste do rio Uruguai, sete missões
guaranis passaram a fazer parte de Portugal. Quando alguns índios guaranis se
rebelaram contra a mudança, os jesuítas foram acusados de apoiá-los, e uma
agressiva campanha foi montada contra a ordem. Membros da Companhia foram
presos e torturados e, em abril de 1759, acabaram banidos de Portugal. Em
seguida, foi a vez da França em 1764 e da Espanha em 1767.
Restava saber quando a Companhia finalmente seria extinta. A
oportunidade veio com a escolha do papa Clemente 14, em 1769. Após hesitar por
quatro anos, o pontífice finalmente cedeu à pressão do embaixador espanhol
Moniño e lançou, em 21 de julho de 1773, a bula Dominus ac Redemptor, que,
apesar de não conter nenhuma acusação específica à Companhia, alegava que a
remoção dela era necessária “pelo bem da paz cristã”. A ordem usada pelo
Vaticano para destruir os hereges acabou destruída pela própria Igreja
Católica.
A volta por cima
A supressão da ordem
não representou um golpe apenas para os missionários. Na prática, foram
desativados mais de 700 centros de ensino e 600 bibliotecas. Graças à proteção
de alguns monarcas, contudo, a ordem nunca foi extinta completamente. Na
Rússia, a imperatriz Catarina fez questão de fazer vista grossa e deixou os
jesuítas em paz no seu reino. Na Prússia, parte da atual Alemanha, eles também
foram poupados.Mas o Vaticano logo teve de reconhecer que havia feito
da Companhia de Jesus um bode expiatório. Em pouco tempo, ficou claro que os
Estados europeus não estavam implicando especificamente com os jesuítas – mas,
sim, com uma interferência direta de qualquer fé sobre os seus assuntos.
Em 1814, o papa Pio 7º restaurou a ordem sob a justificativa de que “O
mundo católico exige com unanimidade o restabelecimento da Companhia de Jesus”.
A Companhia
rapidamente se reestruturou, mas a vida para os jesuítas e a Igreja não seria
nada fácil nos séculos seguintes. Em um mundo impactado pela Teoria da Evolução
de Darwin e por ideologias que viam a religião como fonte de atraso e
ignorância, a Igreja Católica precisava se reinventar. Mas, em vez de tentar se
adaptar aos novos tempos, o Vaticano preferiu reagir reforçando seus símbolos
mais tradicionais. Mais uma vez, os jesuítas estariam na vanguarda da defesa da
fé.O primeiro movimento, no século 19, foi o resgate do símbolo do “Sagrado
Coração de Jesus”, uma imagem poderosa que lembrava ao mundo que os ataques
impiedosos contra a fé sangravam o coração de Cristo. Depois, veio o resgate da
imagem de Maria, por meio do dogma da Imaculada Conceição, em 1854. E
finalmente, quando o Concílio Vaticano 1º declarou, em 1870, a infalibilidade
papal nos assuntos relativos à moral e à fé, os jesuítas também estavam
presentes na condenação aos erros do “racionalismo, do materialismo e do
ateísmo”.
Dali em diante, a
Igreja sobreviveu não apenas às duas Guerras Mundiais no século 20, como
testemunhou a expansão, ascensão e queda dos regimes comunistas – queda ajudada
por um empurrãozinho nada desprezível do carismático papa João Paulo 2º. Após a
morte do João de Deus, que resgatou o poder da Igreja no Ocidente, houve quem
apostasse que já era hora de um jesuíta assumir o papado. Mas a eleição do
cardeal alemão Joseph Ratzinger parecia confirmar a tese de que caberia aos
jesuítas manter-se sempre à margem da burocracia do clero para executar missões
em nome do papa.Se, em momentos de emergência, o Vaticano sempre contou com os
jesuítas, a renúncia de Bento 16 criou as condições ideais para a chegada do
primeiro jesuíta ao papado. Enquanto Francisco levanta a bandeira da humildade
já nos primeiros dias do seu pontificado, resta saber quais serão as armas que
o primeiro soldado de Cristo na Santa Sé usará para defender sua fé. Um bom
histórico, sua ordem já tem.
Como são os verdadeiros votos de um Jesuíta
(Informação elaborada
com a inestimável ajuda do Pe. Claudio Pires, S.J., que é o colaborador do
Provincial dos jesuítas do Brasil Meridional)
Os "primeiros
votos" de um jesuíta são feitos no final dos 2 anos de noviciado. Estes
votos já são perpétuos, mas o vínculo do que faz estes votos com a Ordem é
condicional. Depende da confirmação a ser feita mais tarde pelos Superiores.
Por isso promete uma entrada juridicamente definitiva para mais adiante
("prometo entrar na mesma Companhia para viver nela perpetuamente").
Só com a confirmação no final da formação é que vêm os "últimos
votos".
A fórmula dos "primeiros votos" é a
seguinte:
“Deus eterno e todo poderoso, eu (...) indigno de estar diante de vós,
confiado contudo em vossa bondade e misericórdia infinitas e movido pelo desejo
de vos servir, na presença da santíssima virgem Maria, dos anjos e santos, faço
voto a vossa divina majestade de pobreza, castidade e obediência perpétuas na
companhia de Jesus. E prometo entrar na mesma companhia para viver nela
perpetuamente. Entendo tudo de acordo com as suas constituições. Por isso peço
humildemente à vossa imensa bondade e clemência, pelo sangue de Jesus Cristo,
que vos digneis aceitar este holocausto, qual oferenda agradável, e me
concedais abundantes graças para cumprir, como me destes a graça para o desejar
e oferecer.”
Os "últimos
votos" podem ser de 4 tipos: de professos de 4 votos solenes, de professos
de 3 votos solenes, de coadjutor espiritual e de irmão jesuíta. A fórmula dos
"últimos votos" para os professos de 4 votos solenes é a seguinte. As
outras são semelhantes:
“Eu, NN. (nome de batismo e de família), em presença da Virgem Maria Mãe
de Deus, de todos os santos do céu e de todos aqui presentes, faço minha
profissão e prometo a Deus todo-poderoso e a ti R. P. N.N., (nome e cargo, sem
dizer de que casa ou lugar), representante de Deus em lugar do Prepósito Geral
da Companhia de Jesus e de seus sucessores, pobreza, castidade e obediência
perpétuas; e, de acordo com a mesma obediência, prometo especial dedicação à
instrução das crianças, segundo consta no modo de vida determinado nos
Documentos Pontifícios da Companhia de Jesus e nas suas Constituições. Prometo,
ainda, especial obediência ao Sumo Pontífice para qualquer missão que me envie,
segundo consta nos mesmos Documentos Pontifícios e nas Constituições.”
Além destes 4 votos, há algumas promessas
acrescentadas a eles:
1- Não afrouxar a legislação
da Ordem em coisas de pobreza evangélica.
2- Não buscar cargos
(como o de bispo); se for escolhido para bispo, escutar os conselhos do
Superior Geral relacionados com a própria salvação.
3- Se souber que um
jesuíta procura dignidades eclesiásticas, colocar o Superior Geral ao par.
4- Dar uma atenção
especial à juventude.
O Verdadeiro Juramento dos Cavaleiros de
Colombo (associação caritativa leiga):
"Comprometo-me como um cidadão católico e um cavaleiro de Colombo,
dedicar-me inteiramente a meus deveres como cidadão e conscientemente exercer
essa função inteiramente para os interesses do meu país e independentemente de
todas as consequências pessoais. Eu me comprometo a fazer tudo ao meu alcance
para preservar a integridade e a pureza do voto, para promover a reverência e o
respeito pela lei e a ordem. Eu prometo praticar a minha religião de forma
aberta e coerente, mas sem ostentação, e assim conduzir-me nos assuntos
públicos, e no exercício da virtude pública, para refletir, mas nada de crédito
para a Santa Igreja, a fim de que ela possa florescer e o nosso país prosperar
para a maior honra e glória de Deus. "
PARA SABER MAIS:
-História do
Cristianismo - Paul Johnson, Imago, 2001.
-Os Jesuítas - Jonathan
Wright, Ediouro, 2006.
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