Comentários do blog Berakash: "Há uma coisa que me
incomoda profundamente, um certo comportamento de vários petistas mais radicais: O
COITADISMO.TUDO é anti-Dilma,
tudo tem a intenção de derrubar o governo ou, finalmente, tudo é PIG. Toda
crítica que se faça à Dilma, respondem que é coisa do PIG. Nenhuma crítica é
legítima. Ou melhor, só as críticas desta casta iluminada é aceita, o problema
é que eles não se autocriticam! Conheço uma penca de
gays petistas que estão revoltados. Muitos não-petistas que a princípio apoiaram Dilma, estão revoltados. E não tem nada a ver com o PIG. Dilma disse com todas as
letras que SEQUER viu os vídeos ou o material do Kit anti-homofobia. No máximo
deu uma olhada no que a mídia veiculou - onde pairam suspeitas de que sequer
eram os vídeos corretos. Depois vem o Código Florestal, a Política
Externa vergonhosa, uma comissão da Verdade que vai virando lenda, uma Reforma Agrária
abandonada, cortes no orçamento, nenhuma preocupação com a qualidade do ensino,
com a melhoria das bolsas de mestrado e doutorado, com o ensino básico, a saúde um verdadeiro caos, e ainda é para todos ficarem de bico calado ? Ora tenha paciência!"
O que foi feito em áreas estratégicas?
Antes a resposta
fosse “nada”... O problema é que foram recuos vergonhosos! PT e governo aprovam
código florestal criminoso e tem quem me diga que o PIG é que levou o mundo a
se revoltar? E que PIG é esse, se TODOS os ruralistas e partidos de direita
apoiaram o código? Tá na hora de começar a responder as críticas com coragem,
com propostas e com a verdade ao invés de tentar jogar TUDO nas costas do PIG. Esse coitadismo que
os petistas assumem sempre que cai uma bomba é irritante. A Reforma Agrária não
é nem algo mais falado pelo governo, desistiram. O Código Florestal foi o golpe
de misericórdia.Se o governo chegará ao ponto de criminalizar o MST (trair, já
traiu) eu não sei, espero que não, mas não duvidaria. E, fato, o PIG está doido
pra derrubar a Dilma, como tentou contra o Lula e, convenhamos, a Dilma está
fazendo por onde.Não quero que Dilma
caia, apenas que governe para o povo e não para uma parcela da população,que
cumpra AO MENOS o programa que foi eleita para levar a frente.Com a Reforma
Agrária, era só um recuo momentâneo, estratégico do Lula.Aí passam-se 8 anos e
nada acontece, vem campanha e nem uma linha sobre o tema, vão 5 meses de Dilma
e vem o Código Florestal.O maior inimigo (ou
os maiores inimigos) do governo são os próprios petistas, que não se auto criticam.
Ficam com medo de "fazer o jogo da direita", mas fazem exatamente
isto!
Cheguei
a perguntar: quais teriam sido as realizações de Dilma até o momento? apenas
para tentar entender "o outro lado"
1)- Rede Cegonha...
Ok, interessante...aponto apenas para um artigo da Conceição Lemes no Vi o
Mundo, que ainda não virou PIG, que desde o título dá o tom - Rede Feminista de
Saúde alerta: A Rede Cegonha é retrocesso de 30 anos.
2)- Sobre programa de
combate e prevenção ao câncer de mama e colo de útero e distribuição de
remédios, disfarçam a precariedade do SUS. Ao invés de investir universalmente
no SUS, em um sistema que efetivamente funcionasse.
3)- Pronatec,
discutível. Insere-se na lógica perversa do nacional-desenvolvimentismo do governo,
keynesianismo sem data para terminar, o que é um problema imenso! Produção de
mão de obra qualificada para as obras de infra-estrutura do governo, ou melhor,
para Belo Monte, Transposição e PAC em geral. Nenhuma intenção além.
Os retrocessos são terríveis! Sim, claro, não nego o fato! A crítica se
centra, porém, na falta de coragem de avançar. De paliativos o mundo - e o
Brasil - já estão cheios!
O Bolsa Família,
aliás, é o mais notável dos paliativos, assim como o ProUni. Bons projetos,
vieram no momento certo, mas são insuficientes, deficientes. O Bolsa Família
não vislumbra a superação desta situação, a isto vem a falta de reajuste
decente no salário mínimo, para os que podem sair do ciclo do Bolsa Família. Já
o ProUni leva muita gente à universidade, mas não exige qualquer contrapartida
em termos de qualidade por parte da universidade e a falta de investimento do
governo na educação básica não é sanada. Nem preciso comentar da total falta de
incentivo ao mestrado e doutorado, com bolsas de fome.Peço APENAS para que
Dilma aplique aquilo que o PT defendeu durante toda sua história.
O coitadismo nacional e o culto à
vitimização
O “coitadismo” é uma
característica muito difundida no Brasil, infelizmente. O povo, de forma geral,
adora uma vítima. O PT sabe disso, e sempre explorou bastante tal fenômeno a
seu favor. No debate do SBT, em que Dilma foi fulminada por argumentos,
acusações e uma postura firme de Aécio Neves, os petistas viram na vitimização
uma oportunidade para tentar reverter o quadro de evidente derrota, diria até
massacre.A vitimização
oportunista de Dilma foi tema da coluna de Merval Pereira. O jornalista lembrou
que essa tática já foi usada quando Dilma foi vaiada na Copa, e não deu muito
certo. Também, refrescando a memória do leitor com as declarações da própria
Dilma contra Marina Silva, quando esta foi alvo da artilharia pesada e infame
de sua campanha. Disse na ocasião: “Um presidente da República sofre pressão 24 horas por dia. Se a pessoa
não quer ser pressionada, não quer ser criticada, não quer que falem dela, não
dá para ser presidente da República. Acho que, (para) ser presidente, a gente
tem que aguentar a barra.”
Mas o PT sempre foi
assim: um discurso para cada hora e público. Dilma diz agora que não gosta de
briga, mas mente, como de praxe, pois sua história sempre foi feita à base de
muita briga. O PT sempre teve necessidade de criar inimigos, como fazem os
regimes totalitários. Ele precisa do “nós contra eles” para sobreviver. Dessa
vez, encontrou pela frente um tucano com mais coragem. Merval conclui: “Na verdade, Aécio é o primeiro candidato tucano que enfrenta o PT sem
receios, resgatando o legado de Fernando Henrique Cardoso e exorcizando de vez
a demonização que o PT vem fazendo dos governos tucanos pelos últimos 12 anos.” - Tanto Serra quanto
Alckmin entraram na disputa contra o PT com receio de se indispor com Lula e
seus seguidores, e tiveram dificuldades para defender as políticas do PSDB,
quando não evitaram simplesmente temas polêmicos como as privatizações. A
postura de Aécio Neves já mostrou que há um projeto político para enfrentar o
lulismo, e defendê-lo não tira votos.Dilma não está sabendo lidar bem com essa
mudança. O PT não está acostumado a esta reação. Antes era só bater e pronto.
Hoje, ele bate e apanha.Finalmente a Terceira Lei de Newton está em curso: para toda ação, há
uma reação. Não vai colar essa vitimização.
De forma pérfida, os petistas acusam os outros daquilo que são!
Agressivos,
truculentos, radicais. Mas o eleitor não cai mais nessa! O povo já sabe que o PT é que
vem segregando o país, instigando o ódio, fomentando a divisão. Os que se uniram
contra o PT – e são muitos, de todos os campos ideológicos – não odeiam
ninguém; estão apenas cansados, indignados com tanta mentira, roubalheira,
incompetência e imundice! O PT se faz de vítima, mas a verdadeira vítima é o povo brasileiro, que
não aguenta mais apanhar de um governo corrupto e autoritário. O brasileiro
quer se libertar disso.
E Aécio Neves fez bem ao comparar o quadro atual com aquele da época de
seu avô Tancredo Neves!
"Hoje nós temos um
desafio que não é menor do que aquele (de Tancredo Neves), que é encerrar o
ciclo deste governo que aí está, que perde condições de governar o Brasil, a
meu ver, pelo fracasso da economia e descompromisso com a ética. Deixo de ser
um candidato de uma coligação e passo a ser o candidato de um movimento de
mudança. E como o Brasil precisa de mudança! Quando eu era criança, passei
por extrema necessidade. Meus pais, muito pobres, não tinham dinheiro para
alimentar todos os 7 filhos, e tínhamos que dividir o pouco de arroz e farinha
que chegava à mesa. Carne era item mais raro do que honestidade no PT. Quando
surgia um pedaço, celebrávamos como se tivéssemos ganhado na loteria. Além da
fome, as doenças foram uma constante em nossas vidas. Dos sete irmãos, três não
chegaram à adolescência. Eu mesmo escapei da morte por muito pouco. Acometido
pela diabetes, cujo tratamento é bastante dispendioso, cheguei a ter crises em
que o médico decretava a falta de possibilidade de reversão. No entanto, resisti,
sobrevivi e cá estou eu. Enquanto outras crianças brincavam na rua nos fins de
semana, desde muito cedo tive que trabalhar para ajudar no sustento em casa.
Primeiro fazendo biscates, depois como contínuo em um escritório do patrão de
minha mãe. Era o último a sair, e a grande dúvida era se chegaria vivo em casa,
pois tinha que atravessar uma vizinhança extremamente perigosa no trajeto.Hoje
estou aqui, pedindo o seu voto para poder ajudar todos aqueles que sofrem o
mesmo tipo de penúria, que conhecem de perto as agruras da vida dos brasileiros
simples. Quero retribuir de alguma forma aquilo que recebi como oportunidade
para melhorar de vida. Conto com seu apoio.”
ATENÇÃO! O texto acima, caro
leitor, é totalmente fictício e inventei tudo agora (acho que alguns esquerdistas
já estavam até com pena de mim e com um olhar mais obsequioso). Apesar de ser
uma história criada, tenho certeza de que muitos passaram exatamente por isso,
ou coisa bem parecida, uma vez que essa é a realidade de milhões de
brasileiros.
Agora,
pergunto: o que tal trajetória tem a ver com minha capacidade de gestão?
O que meu passado de
miséria e sofrimento diz sobre minha habilidade como político? O que a fome da
infância garante quando o desafio é aprovar medidas que efetivamente reduzam a
fome dos outros? - Quis, com isso, mostrar como nosso país está mergulhado em um culto à
vitimização. O que cada um sofreu na vida parece mais importante do que aquilo
que desenvolvemos como habilidades e conhecimento. É uma ótica invertida, do
coitadismo. Conheço algumas pessoas que tiveram infância quase tão triste como
essa que criei. Deram a volta por cima, não pelas benesses estatais, mas com
base em muito esforço e mérito pessoal, quase sempre contra os obstáculos
criados pelos governos populistas que agem em nome dos mais pobres. A campanha de Pezão
aqui no Rio tem batido insistentemente nessa tecla de seu passado de pobreza e
de sua humildade permanente, mesmo depois de subir na vida. Sua mãe, soubemos
na campanha, até hoje não tem empregada, mesmo bem idosa. Lindo! Mas… o que
isso significa em termos de gestão do estado? (hoje todos já sabemos o resultado desastroso deste coitadismo na administração de Pesão no RJ).
A
MANIPULAÇÃO E APELO AO COITADISMO NA POLÍTICA BRASILEIRA É CLARA!
A “marcha dos oprimidos” tem tudo a ver com isso! Em nosso modelo de
estado de bem-estar social generoso, com um paternalismo exacerbado, quem não
chora, não mama! É preciso chorar, e muito! É preciso extrair lágrimas dos
outros, apelar às suas emoções e empatia. Quem posar de mais vítima, ganha! E ficamos sem saber
as propostas concretas, o histórico profissional de cada um, suas principais
ideias, seu currículo de conquistas práticas. Não é porque alguém passou fome que saberá como atacar o problema da
fome ainda existente. O mundo não funciona assim, dependente da “vontade
política” e das boas intenções. Ou será que somente quem teve câncer pode
tratar do câncer, e não um médico especialista e bem treinado para tanto?
Como
exemplo, basta pensar no coitadismo de Dilma e sua administração do Brasil!
Exploraram até o
cansaço seu passado de “militante” (guerrilheira comunista, na verdade) que
combateu a ditadura (defendia outra pior, na verdade) e foi vítima do regime
militar. Enquanto bem mais importante do que isso era o eleitor saber que
levara à falência uma loja de bugigangas, sua única experiência como gestora! Deu nisso ai que estamos vendo: Ingonvernabilidade e caos! Temos a mania do
sentimentalismo exagerado. Quem costuma vencer os insuportáveis Big Brother
Brasil são os que se fazem de vítimas, mostram-se como “minorias” alvos da
maioria dominante, procuram se vender como “bonzinhos” e sofredores. Como
gostamos de uma vítima! Digo o óbvio
ululante! Mas, como sabia o nosso grande Nelson Rodrigues, que foi um desses
que tiveram uma infância de fome e doenças, mas deu a volta por cima por mérito
pessoal, é "preciso constatar o óbvio, que só os profetas enxergam!"
Rodrigo Constantino
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