uário
da mais profunda intimidade de um homem de Deus, Leão pergunta:
“Porque
choras, Frei Francisco?”. Francisco não responde, apenas continua a dizer: “o
amor não é amado”, “o amor não é amado”…
Leão, talvez para consolá-lo, mas totalmente convencido do que dizia, interrompe o choro de Francisco e lhe diz:
“Mas
Francisco, não te parece que já fizeste o bastante por Jesus deixando o teu pai
e a tua mãe, os teus amigos e um futuro de glória?” E Francisco responde: “Não,
não é o bastante”.
“Mas Francisco” - continua dizendo Leão – “não te parece que já fizeste o bastante despindo-te de tuas vestes diante de todos, pedindo esmola pela estradas de tua [própria] cidade, abraçando um leproso... de tal forma a ser considerado um louco?”. “Não, não é o bastante”, responde de novo Francisco.
Pela terceira vez, Leão insiste: “Francisco, não te parece suficiente sofrer como estás sofrendo por causa dos Estigmas, da rebelião dos Ministros, da enfermidade nos olhos?”. E, mais uma vez, Francisco, desta vez com voz forte, grita: “Não, não é o bastante, não é o bastante, não é o bastante!”.
E
conclui: “Escreva e guarde em teu coração, Frei Leão:
“Tudo que fazemos para Deus nunca é o bastante, pois pouco ou nada
fizemos, somos servos inúteis, e fizemos apenas o que era necessário e de nossa
obrigação...”
Lucas 17,7-10:
"Qual de vocês que, tendo um servo que esteja arando ou cuidando
das ovelhas, lhe dirá, quando ele chegar do campo: 'Venha agora e sente-se para
comer'? Ao contrário, não dirá: 'Prepare o meu jantar, apronte-se e sirva-me
enquanto como e bebo; depois disso você pode comer e beber'? Será que ele agradecerá ao servo por ter
feito o que lhe foi ordenado?.Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o
que for ordenado, devem dizer: 'Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso
dever' ".
*Obras
Completas de São Francisco de Assis
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